A Vinda do Divino Espírito Santo.

maio 30, 2009

DES

 A Vinda do Divino Espírito Santo.

                Segundo as visões de Anna Catharina Emmerich:

            Preparação dos Apóstolos e discípulos para a vinda do Espírito Santo

 

            Os dez dias entre a ascensão do Senhor e a vinda do Espírito Santo passaram-nos os Apóstolos reunidos com a Santíssima Virgem, no Cenáculo. Reuniram-se freqüentemente para a oração, na sala da última Ceia, em que observavam uma ordem mais rigorosa do que o grande número de discípulos e fiéis, também presentes. Demais viviam muito recolhidos, tremendo também a perseguição dos Judeus.

 

         Um dia Pedro, estando no meio dos Apóstolos, vestido da vestidura episcopal, propôs a eleição de um Apóstolo em lugar de Judas, indicando a José Bársabas e Matias para esse fim. Ambos nunca tinham pensando nisso, nem desejado tal dignidade, enquanto muitos dos discípulos que assistiram à eleição, desejavam ser Apóstolos.

 

         Matias, apesar de mais delicado e fraco, por possuir maior fortaleza da alma foi preferido por Deus a Bársabas, que era jovem, na flor da idade. Como a piedosa Emmerich relata em poucas palavras apenas esse acontecimento importante, damos a seguir aqui a bela narração dos Atos dos Apóstolos de S. Lucas (1, 15-26):

         Naqueles dias, levantando-se Pedro no meio dos Irmãos (e montava a multidão dos que ali se achavam juntos, a quase cento e vinte pessoas), disse: Irmãos, é necessário que se cumpra a Escritura, em que o Espírito Santo predisse, pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o condutor daqueles que prenderam Jesus; e o qual estava entre nós alistado no mesmo número e a quem coube parte deste ministério. E este possui de fato um campo do preço da iniqüidade; e depois de se enforcar, arrebentou pelo meio e todas as entranhas se lhe derramaram na terra. E tão notório se fez a todos os habitantes de Jerusalém este fato, que se ficou chamando aquele campo, na língua deles, Hacéldama, isto é, campo de sangue. Porque escrito está no livro dos Salmos: Fique deserta a habitação dele e não haja quem nela habite e receba-lhe outro o seu cargo. Convém, pois, que destes homens, que têm estado juntos na nossa companhia, todo o tempo em que viveu entre nós o Senhor Jesus, começando desde o batismo de João, até o dia em que foi arrebatado ao céu, que um dos tais seja testemunha conosco da ressurreição.

         E propuseram dois: José, que era chamado Bársabas, o qual tinha por sobrenome o Justo e Matias. E orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces os corações de todos, mostra-nos destes dois a quem escolheste, para que tome o lugar deste ministério e apostolado, do qual pela prevaricação decaiu Judas, para ir ocupar-lhe o lugar. E a respeito lançaram sortes e caiu a sorte sobre Matias, que foi contado no número dos Apóstolos.

 

 

            A vinda do Espírito Santo.

 

 

            Para a santa festa de Pentecostes enfeitaram a sala da última Ceia festivamente, com árvores, grinaldas e flores. Nas vésperas da festa, Pedro benzeu dois pães ázimos, partiu e distribuiu-os aos Apóstolos e à Santíssima Virgem. A cidade, porém, chegaram muitos peregrinos para a festa de Pentecostes, estrangeiros de variadíssimos trajes e costumes estranhos.

 

         Os Apóstolos e discípulos passaram a noite antes de Pentecostes, junto com Maria e as santas mulheres, na sala da última ceia, em oração e silenciosa meditação, preparando-se para a vinda do Espírito Santo. Estavam reunidas ao todo mais de cento e vinte pessoas. Todos desejavam ardentemente a vinda do Consolador prometido, que os encheria, segundo a promessa de Jesus, de força celeste. A piedosa serva de Deus descreve esse importante acontecimento com palavras intuitivas:

 

         “Percebi, depois de meia-noite, uma maravilhosa intensidade e um movimento misterioso e benfazejo na natureza inteira, que se comunicava a todos os presentes. Pareceu-me também que, pela abertura no teto da sala, se podia ver o céu tornar-se mais claro. Os Apóstolos tinham-se retirado em silêncio do meio da sala para junto das paredes, ficando perto das colunas; por entre eles vi os discípulos nos pórticos laterais, olhando pelas paredes abertas para dentro da sala. Pedro estava diante da cortina atrás da qual se guardava o Santíssimo Sacramento; a Santíssima Virgem, porém, estava na sala, diante da porta do vestíbulo, no qual se achavam as santas mulheres.

 

         Estando assim todos silenciosos, cheios de veemente desejo, com os braços cruzados sobre o peito, olhos baixos, propagou-se-lhe a calma e o silêncio por toda a casa. Os discípulos, nos átrios laterais, se dirigiram todos aos respectivos lugares e após alguns momentos, reinava o maior silêncio em todo o redor da casa.

 

         Pela manhã vi sobre o Monte das Oliveiras, onde Nosso Senhor subira ao céu, se aproximar uma nuvem luminosa, resplandecente, prateada, vindo do céu, em direção à casa dos Apóstolos, em Sião. Vi-a primeiro, a grande distância, como um globo, cujo movimento acompanhava uma doce e ardente brisa. Ao aproximar-se, aparecia cada vez maior a nuvem luminosa, passando como um nevoeiro brilhante sobre a cidade, até que parou sobre Sião e a casa da última Ceia, concentrando-se cada vez mais e tomando-se cada vez mais clara e transparente como um sol brilhante; finalmente desceu, com crescente sussurro, como uma nuvem de trovoada muito baixa. Muitos judeus, que ouviram o bramido e viram a nuvem, correram assustados ao Templo. Toda essa cena tinha alguma semelhança com uma trovoada que se aproxima rapidamente, mas em vez de trovão, ouvia-se o zunido, que se sentia, porém, como uma brisa cálida e profundamente reconfortante.

 

         Quando a nuvem luminosa pairava muito baixa sobre o Cenáculo e, a par do crescente ruído, se tornava cada vez mais brilhante, vi também a casa e os arredores banhados numa luz intensa, mas os Apóstolos, discípulos e mulheres, cada vez mais silenciosos e ardentes.

 

         Eram cerca de três horas da manhã, antes do nascer do sol, quando vi de repente saírem das nuvem, sussurrante, torrentes de luz branca, que se cruzavam sete vezes e ao cruzarem, se dissolviam em raios e gotas ígneas, que caíram sobre a casa e arredores. O ponto em que as sete torrentes de luz se cruzaram, era cercado como de um arco-íris, onde vi formar-se uma figura luminosa e pairar sobre a casa; parecia-me que essa figura tinha asas estendidas sob os ombros; mas não posso dizer com certeza se eram asas, pois tudo parecia emanação de luz. Nesse momento, porém, toda a casa estava cheia de luz em redor. Não vi mais a luz do candelabro de cinco braços. As pessoas reunidas estavam todas como pasmas e extasiadas; levantaram inconscientemente os rostos; com desejo ardente e vi derramar-se na boca de todos uma torrente de luz, como pequenas línguas de fogo em chamas. Era como se respirassem e recebessem ardentemente esse fogo e como se algo de sua boca, em ardente desejo, fosse ao encontro dessas chamas. O santo fogo derramou-se também sobre os discípulos e as mulheres, no vestíbulo e desta forma se dissolveu a nuvem luminosa gradualmente, como uma nuvem que derrama chuva de luz. As línguas de fogo vieram sobre todos, mas com intensidade e cores diferentes.

 

         O estrondo semelhante a uma trovoada acordou muitos homens. O Espírito comoveu muitos fiéis e discípulos que moravam nos arredores.

 

         Depois de acabada a efusão do Espírito, nasceu alegre coragem em toda a assembléia. Todos estavam comovidos e como embriagados de alegria e confiança. Rodeavam a Santíssima Virgem, única que permanecia toda tranqüila e calma, em seu habitual recolhimento e santo silêncio, apesar de feliz e confortada. Os Apóstolos, porém, abraçavam-se uns aos outros, penetrados de uma jubilosa audácia de falar. Era como se clamassem uns aos outros: Em que estado estávamos? Que foi feito de nós? – Também as santas mulheres abraçavam umas as outras; todos os discípulos, nos corredores, estavam do mesmo modo comovidos. Os Apóstolos correram para eles e em todos havia, por assim dizer, nova vida, cheia de alegria, confiança e coragem.

 

         Esse transporte de iluminação do coração e de conforto terminou em uma ação de graças. Reuniram-se em oração, dando graças a Deus, com profunda comoção. No entanto desapareceu gradualmente a luz. Pedro fez então um discurso aos discípulos e enviou alguns para os acampamentos de peregrinos bem-intencionados, vindos para a festa de Pentecostes.

 

         Havia, porém, entre o Cenáculo e a piscina de Betesda diversos barracões e dormitórios abertos, onde os forasteiros que vinham para a festa, dormiam e guardavam os animais. Estavam ali muitos dormindo; outros estavam acordados e receberam também a graça do Espírito Santo; pois passara uma emoção geral pela natureza. Muitos homens bons receberam iluminação e a graça da conversão; os maus, porém, ficaram tímidos, medrosos e ainda mais endurecidos. – A maior parte dessa gente, que estava acampada naqueles arredores, onde se reunira a nascente comunidade, estava já ali desde a Páscoa, porque, pela distância de sua terra, não valia a pena fazer a viagem de ida e volta entre a Páscoa e Pentecostes. Esses, pois, por tudo que ouviram e viram, se tornaram mais familiares e amigos dos discípulos do que os outros. Quando os discípulos enviados por Pedro os procuraram e lhes anunciaram o cumprimento da promissão do Espírito Santo, tornaram-se de diversos modos conscientes de sua própria conversão e, obedecendo à palavra dos discípulos, reuniram-se todos em redor da piscina de Betesda, que ficava próxima.

 

         No entanto Pedro no Cenáculo impôs as mãos a cinco Apóstolos, que deviam ajudar a ensinar a batizar na piscina de Betesda. Se me lembro bem, foram esses Tiago o Menor, Bartolomeu, Matias, Tomé e Judas Tadeu. Vi nessa ordenação, que o último tinha uma visão: foi como se o visse abraçar o corpo de Nosso Senhor.

 

         Antes de Irem à piscina de Betesda, para benzer a água e batizar, vi-os ainda receber a benção da SS. Virgem, ajoelhados diante dela; antes da ascensão de Jesus a recebiam em pé. Vi os Apóstolos receberem essa bênção sempre, nos dias seguintes, antes de saírem e depois de voltarem. Nesses atos de bênção e sempre quando comparecia entre os Apóstolos, em sua dignidade, a SS. Virgem vestia um longo manto branco, um véu amarelo sobre o rosto e na cabeça, caindo de ambos os lados até quase ao chão, uma larga faixa de pano azul celeste, dobrada sobre a testa um pouco para trás, enfeitada de bordado e segura na cabeça por uma pequena coroa de seda branca.

 

 

            Sermão e batismo na piscina de Betesda

 

 

            Convidada pelos discípulos reuniu-se uma grande multidão de povo em redor da piscina de Betesda. Os discípulos contaram com grande alegria o que sucedera. Pedro enviou os cinco Apóstolos antes mencionados, que se colocaram nas cinco entradas da piscina e falaram com entusiasmo ao povo. Esse, porém, se assustou, porque cada um os ouvia falar em sua própria língua.

 

         Estavam, pois, todos atônitos e admiravam-se, dizendo: “Porventura não se está vendo que todos estes que falam são galileus? E como os ouvimos falara cada um na língua de nosso país natal? Partos e Medos e Elamitas e os que habitavam a Mesopotâmia, a Judéia e a Capadócia, o Ponto e a Ásia, a Frigia e o Egito, várias partes da Líbia, que fica próximo de Cirene e os que vieram de Roma; também Judeus e prosélitos, Cretenses e Árabes, todos nós os ouvimos narrar nas nossas línguas as maravilhas de Deus”. Estavam, pois atônitos e maravilharam-se, dizendo uns aos outros: “Que quer isto dizer?” Outros, porém, escarnecendo, diziam: “É porque estão embriagados de vinho de doce”. (Atos 2, 7-13)

 

         Pedro, porém, subiu a um púlpito, levantou a voz e disse:

         “Homens da Judéia e todos os que habitais em Jerusalém, sabei e com ouvidos atentos escutar as minhas palavras. Estes homens não estão tomados de vinho, como pensais, pois é ainda a hora terceira do dia; mas é o que foi dito pelo profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei meu Espírito sobre toda a carne e profetizarão vossos filhos e vossas filhas e vossos jovens terão visões e os vossos anciãos sonharão. Sim, naqueles dias derramarei meu Espírito sobre os meus servos e sobre as minhas servas e profetizarão; e farei ver prodígios em cima no céu e sinais em baixo na terra, sangue e fogo e vapor de fumo. O sol converter-se-á em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e ilustre dia do Senhor. E isto acontecerá: Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo.

            Israelitas, ouvi estas palavras: Jesus Nazareno, homem aprovado por Deus entre vós, com virtudes e prodígios e sinais, que Deus operou por Ele no meio de vós, como bem o sabeis, depois de vos ser entregue pela decreta vontade e presciência de Deus, vós, crucificando-O por mãos de iníquos, lhe tirastes a própria vida; Deus, porém, o ressuscitou, dissipadas as dores do reino da morte, porquanto era impossível que por este fosse retido. Pois Davi diz dEle: Eu via sempre o Senhor diante de mim, porque está à minha direita, para que eu não seja abalado; por isso se alegrou o meu coração e se regozijou a minha língua e além disto, também a minha carne repousará na esperança, porque não deixarás a minha alma no reino dos mortos, nem permitirás que o teu Santo experimente corrupção.     Fizeste-me conhecer os caminhos da vida e encher-me-ás de alegria, mostrando-me a tua face. Irmãos, seja-me permitido dizer-vos ousadamente do patriarca Davi que ele morreu, foi sepultado e o seu sepulcro se vê entre nós, até o dia de hoje. Sendo, pois, um profeta e sabendo que com juramento lhe havia Deus prometido que do fruto de seu sangue se assentaria alguém sobre o seu trono, antevendo-o, falou da ressurreição de Cristo, que nem seria deixado no reino dos mortos, nem a sua carne veria a corrupção.

            Deus o ressuscitou, e todos nós somos testemunhas. Assim é que, depois que subiu à direita de Deus e havendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, O derramou sobre nós, como vedes e ouvis. Pois Davi não subiu ao céu, mas ele mesmo disse: O Senhor disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés. Saiba portanto toda a casa de Israel, com a maior certeza, que Deus o fez não só Senhor, mas também Cristo, a este Jesus que crucificastes”.

            Tendo ouvido estas coisas, ficaram compungidos no coração e disseram a Pedro e aos mais Apóstolos: “Que devemos fazer, irmãos”? Pedro então lhes respondeu: “Fazei penitência e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados e recebereis o dom do Espírito Santo; porque para vós é a promessa e para vossos filhos e para todos os que estão longe e quantos chamar a si o Senhor nosso Deus”. Com outras muitíssimas razões e testificou ainda e exortava-os, dizendo: “Salvai-vos dessa geração depravada”. (Atos 2, 14-40).

 

         Batizaram então durante todo o dia. No entanto ensinavam os Apóstolos, para preparar o povo à recepção dos santos Sacramentos. Cerca de três mil homens receberam no dia de Pentecostes o santo Batismo, inclusive as santas mulheres. Auxiliada por elas, distribuía Maria as vestes brancas aos batizados.

         A Mãe de Deus foi batizada depois de Pentecostes, sozinhas, na piscina de Betesda, por João, que celebrou antes a Santa Missa, como era celebrada naqueles tempos: consagravam-se a hóstia e o vinho com algumas orações.    

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20Página/Anna%20Catharina%20Emmerich/A%20Vinda%20do%20Divino%20Espírito%20Santo..htm


Eucaristia: Impacto de Amor – Marcus Vinicius, CCN

maio 30, 2009

O TREMENDO VALOR DA SANTA MISSA

maio 30, 2009

missal

O TREMENDO VALOR DA SANTA MISSA

        São Leonardo

        Imprimatur:  + Michael Augustine Archbishop of New York, Jan 2, 1890.

1. Na hora da morte, as Santas Missas que tiverdes ouvido devotamente serão vossa maior consolação.

2. Deus vos perdoa todos os pecados veniais que estais determinados a evitar.

3. Ele vos perdoa todos os vossos pecados desconhecidos que jamais confessáreis.

4. O poder de Satanás sobre vós é diminuído.

5. Cada Missa irá convosco ao Julgamento e implorará por perdão para vós.

6. Por cada Missa tendes diminuída a punição temporal devida a vossos pecados, mais ou menos, de acordo com vosso fervor.

7. Assistindo devotamente à Santa Missa, rendeis a maior homenagem possível à Sagrada Humanidade de Nosso Senhor.

8. Através do Santo Sacrifício, Nosso Senhor Jesus Cristo repara por muitas de vossas negligências e omissões.

9. Ouvindo piedosamente a Santa Missa, ofereceis às Almas do Purgatório o maior alívio possível.

10. Uma Santa Missa ouvida durante vossa vida será de maior benefício a vós do que muitas ouvidas por vós após vossa morte.

11. Através da Santa Missa, sois preservados de muitos perigos e infortúnios, que de outra forma cairiam sobre vós.

12. Vós encurtais vosso Purgatório a cada Missa.

13. Durante a Santa Missa, vós ajoelhais entre uma multidão de santos Anjos, que estão presentes ao Adorável Sacrifício com reverente temor.

14. Pela Santa Missa sois abençoados em vossos bens e empreendimentos temporais.

15. Quando ouvis a Santa Missa devotamente, oferecendo-a ao Deus Todo-Poderoso em honra de qualquer Santo ou Anjo em particular, agradecendo a Deus pelos favores dispensados nele, etc., etc. Vós conseguis para aquele Santo ou Anjo um novo grau de honra, alegria e felicidade, e dirigis seu amor e proteção especiais para vós.

16. Toda vez que assistis a Santa Missa, entre outras intenções, deveis oferecê-la em honra do Santo do dia

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20Página/O%20Poder%20da%20Santa%20Missa/O%20Tremendo%20valor%20da%20santa%20Missa..htm


Amar-se para amar (www.fabiodemelo.blogger.com.br)

maio 29, 2009

A COMUNHÃO DE JOELHOS É A ADORAÇÃO A DEUS

maio 29, 2009

comunhão

A Comunhão de joelhos, é a adoração a Deus.

D. Albert Malcolm Ranjith, Secretário da Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos

O Prefácio de D. Malcolm Ranjith, Secretário da Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos à obra “Dominus Est – Riflessioni di un Vescovo dell’Asia Centrale sulla sacra Comunione”, escrito por D. Athanasius Schneider, Bispo auxiliar de Karaganda (Cazaquistão)

No livro do Apocalipse, São João narra que tendo visto e ouvido o que lhe havia sido revelado, se prostrava em adoração aos pés do Anjo de Deus (cf. Ap. 22, 8). Prostrar-se ou ajoelhar-se ante a majestade da presença de Deus, em humilde adoração, era um hábito de reverência que Israel manifestava sempre ante a presença do Senhor.

Diz o primeiro livro dos Reis: “Quando Salomão acabou de dirigir a Javé toda essa oração e súplica, levantou-se diante do altar de Javé, no lugar em que estava ajoelhado e de mãos erguidas para o céu. Ficou em pé e abençoou toda a assembléia de Israel” (1 Reis 8, 54-55). A postura da súplica do Rei é clara: ele estava genuflectido perante o altar.

A mesma tradição se encontra também no Novo Testamento onde vemos Pedro ajoelhar-se diante de Jesus (cfr Lc 5, 8); Jairo para Lhe pedir que cure a sua filha (Lc 8, 41); o Samaritano quando volta para agradecer-Lhe e a Maria, irmã de Lázaro, para Lhe pedir a vida em favor de seu irmão (Jo 11, 32). A mesma atitude de se prostrar, devido ao assombro causado pela presença e revelação divinas, nota-se não raramente no livro do Apocalipse (Ap 5, 8, 14 e 19, 4).

Estava intimamente relacionada com esta tradição a convicção de que o Templo Santo de Jerusalém era a casa de Deus e portanto era necessário dispor-se nele em atitudes corporais que expressassem um profundo sentimento de humildade e de reverência na presença do Senhor.

comunhão 1 

Também na Igreja, a convicção profunda de que sob as espécies eucarísticas o Senhor está verdadeira e realmente presente, e o crescente costume de conservar a santa comunhão nos tabernáculos, contribuiu para a prática de ajoelhar-se em atitude de humilde adoração do Senhor na Eucaristia.

Com efeito, a respeito da presença real de Cristo sob as espécies Eucarísticas, o Concilio de Trento proclamou: “in almo sanctae Eucharistiae sacramento post panis et vini consecrationem Dominum nostrum Iesum Christum verum Deum atque hominem vere, realiter ac substantialiter sub specie illarum rerum sensibilium contineri” (DS 1651).

Além disso, São Tomás de Aquino já tinha definido a Eucaristia latens Deitas (S. Tomás de Aquino, Hinos). A fé na presença real de Cristo sob as espécies eucarísticas já pertencia então à essência da fé da Igreja Católica e era parte intrínseca da identidade católica. Era evidente que não se podia edificar a Igreja se esta fé fosse minimamente desprezada.

Portanto, a Eucaristia Pão transubstanciado em Corpo de Cristo e vinho em Sangue de Cristo, Deus em meio a nósdevia ser acolhida com admiração, máxima reverência e atitude de humilde adoração.

O Papa Bento XVI recordando as palavras de Santo Agostinho “nemo autem illam carnem manducat, nisi prius adoraverit; peccemus non adorando” (Enarrationes in Psalmos 89, 9; CCLXXXIX, 1385) ressalta que “receber a Eucaristia significa colocar-se em atitude de adoração d’Aquele que comungamos (…) somente na adoração pode amadurecer um acolhimento profundo e verdadeiro” (Sacramentum Caritatis, 66).

Seguindo esta tradição, é claro que adotar gestos e atitudes do corpo e do espírito que facilitam o silêncio, o recolhimento, a humilde aceitação de nossa pobreza diante da infinita grandeza e santidade d’Aquele que nos vem ao encontro sob as espécies eucarísticas, torna-se coerente e indispensável. O melhor modo para exprimir o nosso sentimento de reverência para com o Senhor Eucarístico seria seguir o exemplo de Pedro que, como nos narra o Evangelho, se lançou de joelhos diante do Senhor e disse “Senhor, afasta-te de mim, porque sou um pecador!” (Lc 5, 8).

Ora, nota-se que nalgumas igrejas, tal prática se torna cada vez mais rara e os responsáveis não só impõem aos fiéis receber a Sagrada Eucaristia de pé, mas inclusive tiraram os genuflexórios obrigando os fiéis a permanecerem sentados ou em pé, até durante a elevação das espécies eucarísticas apresentadas para a Adoração.

É estranho que tais procedimentos tenham sido adotados em dioceses, pelos responsáveis da liturgia, e nas igrejas pelos párocos, sem a mais mínima consulta aos fiéis, se bem que hoje se fale mais do que nunca, em certos ambientes, de democracia na Igreja.

Ao mesmo tempo, falando da Comunhão na mão é necessário reconhecer que se trata de uma prática introduzida abusivamente e à pressa nalguns ambientes da Igreja imediatamente depois do Concilio, alterando a secular prática anterior e transformando-se em seguida como prática regular para toda a Igreja. Justificava-se tal mudança dizendo que refletia melhor o Evangelho ou a prática antiga da Igreja.

É verdade que se se recebe na língua, se pode receber também na mão, sendo ambos órgãos do corpo de igual dignidade. Alguns, para justificar tal prática, referem-se às palavras de Jesus: “Tomai e comei” (Mc 14, 22; Mt 26, 26). Quaisquer que sejam as razões para sustentar esta prática, não podemos ignorar o que acontece a nível mundial em todas partes onde é adotada.

Este gesto contribui para um gradual e crescente enfraquecimento da atitude de reverência para com as sagradas espécies eucarísticas. O costume anterior, pelo contrário, preservava melhor este senso de reverência. Àquela prática seguiu-se uma alarmante falta de recolhimento e um espírito de distração geral.

comunhão 2 

Atualmente vêem-se pessoas que comungam e freqüentemente voltam aos seus lugares como se nada de extraordinário se tivesse dado. Vêem-se mais distraídas ainda as crianças e adolescentes. Em muitos casos, não se nota este sentido de seriedade e silêncio interior que devem indicar a presença de Deus na alma.

O Papa fala da necessidade de não só entender o verdadeiro e profundo significado da Eucaristia, como também de celebrá-la com dignidade e reverência. Diz que é necessário estar conscientes “dos gestos e posições, como, por exemplo, ajoelhar-se durante os momentos salientes da Oração Eucarística” (Sacramentum Caritatis, 65).

Além disso, tratando da recepção da Sagrada Comunhão, convida todos para “que façam o possível para que o gesto, na sua simplicidade, corresponda ao seu valor de encontro pessoal com o Senhor Jesus no Sacramento” (Sacramentum Caritatis, 50).

Nesta perspectiva é de apreciar o opúsculo escrito por S. Excia. D. Athanasius Schneider, Bispo auxiliar de Karaganda, no Cazaquistão, sob o muito significativo título “Dominus Est” (é o Senhor). Ele deseja dar uma contribuição à atual discussão sobre a Eucaristia, presença real e substancial de Cristo sob as espécies consagradas do Pão e do Vinho.

É significativo que D. Schneider inicie a sua apresentação com uma nota pessoal recordando a profunda fé eucarística da sua mãe e de outras duas senhoras; fé conservada no meio de tantos sofrimentos e sacrifícios que a pequena comunidade dos católicos daquele país padeceu nos anos da perseguição soviética.

Começando desta sua experiência, que nele suscitou uma grande fé, admiração e devoção pelo Senhor presente na Eucaristia, ele apresenta-nos um excursus histórico-teólogico que esclarece como a prática de receber a Sagrada Comunhão na boca e de joelhos foi recebida e exercitada pela Igreja durante um longo período de tempo.

Creio que chegou a hora de avaliar a prática acima mencionada, de reconsiderá-la e, se necessário, abandonar a atual, que de fato não foi indicada nem pela Sacrosanctum Concilium, nem pelos Padres Conciliares, mas foi aceite depois da sua introdução abusiva nalguns países.

Hoje mais do que nunca é necessário ajudar o fiel a renovar uma fé viva na presença real de Cristo sob as espécies eucarísticas para reforçar assim a vida da Igreja e defendê-la no meio das perigosas distorções da fé que tal situação continua a criar.

As razões de tal medida devem ser não tanto acadêmicas, quanto pastorais – espirituais como litúrgicas –, em suma, as que edificam melhor a fé. D. Schneider neste sentido mostra uma louvável coragem, pois soube entender o significado das palavras de São Paulo: “mas que tudo seja para edificação” (1 Cor 14, 26).

+ Malcolm Ranjith, Secretário da Congregação do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20Página/O%20Poder%20da%20Santa%20Missa/A%20Comunhão%20de%20joelhos%20e%20a%20Comunhão%20na%20mão.htm


O cachorro e o coelho

maio 28, 2009

VENCENDO AFLIÇÕES, ALCANÇANDO MILAGRES

maio 28, 2009

aflições

Vencendo aflições, alcançando milagres

O desespero torna pior o estado da pessoa

Em algumas situações específicas, em que duas pessoas eram condenadas à morte, os romanos costumavam aplicar uma pena extremamente cruel. Amarravam as duas pessoas uma à outra, rosto com rosto, braço com braço, mão com mão, perna com perna e assim por diante; depois matavam apenas um deles e colocavam a ambos no sepulcro, amarrados. À medida que o cadáver ia se decompondo, liberava substâncias que consumiam em vida o corpo daquele que com ele estava amarrado.

Dessa maneira, podemos entender melhor a que São Paulo aludia ao dizer: “Homem infeliz que sou! Quem me livrará deste corpo que me acarreta a morte?” (Romanos 7,24). Ele não falava de seu corpo físico, mas do corpo do pecado ao qual estava amarrado.

Qual aquele condenado, não temos forças para nos livrar deste corpo de pecado que nos consome; estamos de tal maneira amarrados a ele que parecemos formar um só corpo; e não estamos amarrados por fora, mas por dentro, em nosso coração.

Precisamos de alguém que nos desamarre e nos livre desse corpo que nos mata e que nos faz apodrecer em vida.

Os cristãos são o suave odor de Cristo, mas, quando se tem um corpo de pecado trancado no coração, o próprio coração se corrompe e começa a empestear, com o mau cheiro, o ar à sua volta. Em vez de ser causa de alegria e felicidade para si e para os outros, torna-se causa de sofrimento e infelicidade porque se afasta de Deus entrando em discórdia com as pessoas para defender interesses egoístas.

A verdade é que somos as primeiras vítimas desse mal; sentimo-nos tristes, abatidos e abandonados porque somos pecadores, porque, em nosso coração, vive uma lepra chamada pecado, que o insensibilizou à presença amorosa de Deus. E o pior é que não podemos fugir dele, como se foge de uma pessoa desagradável; não podemos fugir, porque o pecado nos fala de dentro do nosso coração (cf. Sl 36,2), nós o levamos conosco para onde vamos.

Tenha certeza: o pecado é o motivo de sua tristeza, e só Jesus pode lhe devolver a alegria verdadeira. É necessário que Ele o liberte desse mal, mate essa lepra e mude seu coração corrompido em um novo coração. Toda pessoa que pensa ser impossível que seus pecados lhe sejam perdoados, entra em desespero e com o seu desespero torna o seu estado pior do que era antes. Então, tenha confiança em Deus!

Se você alguma vez já se sentiu perdido e, por causa de alguma coisa que fez, teve medo de cair no inferno, sentiu-se desolado e sem forças, se depois de repetidas lutas contra um mesmo pecado mais uma vez você foi vencido e sentiu vontade de desistir, tenho uma ótima notícia para você: Só quem assim se sentiu pode experimentar o que é ser salvo pelo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, e este mesmo Jesus pode eliminar a sua tristeza na raiz.

.: Do livro: “Vencendo Aflições Alcançando Milagres”

marciomendes 

Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
Missionário da Comunidade Canção Nova, estudante teologia, autor dos livros “Quando só Deus é a resposta” e “Vencendo aflições, alcançando milagres”.

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11464

 


Direção Espiritual – Viver no tempo certo – Pe.Fábio de Melo

maio 27, 2009

DEVOÇÃO AO MENINO JESUS DE PRAGA

maio 27, 2009

menino jesus de praga

DEVOÇÃO AO MENINO JESUS DE PRAGA

CONSAGRAÇÃO.

Gracioso e amável menino, milagroso Jesus de Praga, Segunda Pessoa da SANTÍSSIMA TRINDADE, verdadeiro Filho da Santíssima Virgem Maria, eu vos saúdo, amo e adoro; e me consagro inteiramente a Vós, sob a proteção de Maria Santíssima e de São José.

Abençoai-me, ó meu Redentor; ensinai-me a imitar e praticar Vossas Virtudes, e que o Vosso Sagrado Coração seja o meu refúgio agora e na hora de minha morte. Amém.

Ó amável Menino Jesus de Praga, abençoai-me!

NOVENA PODEROSA AO MENINO JESUS DE PRAGA

Ó Jesus que dissestes no Vosso Evangelho: “Pedi e recebereis, procurai e achareis, batei à porta e ela se abrirá”, por intermédio de Maria, Vossa Mãe Santíssima, com fé e confiança eu bato à porta do Vosso Coração e humildemente peço a Vossa divina Graça. Atendei, Senhor, à humilde prece que nesse dia vos dirijo. (Mencione o pedido…).

Ó Jesus, que prometestes: “Tudo que pedirdes ao Meu PAI em Meu Nome, Ele vo-lo concederá”;  a Deus, vosso PAI e Meu PAI celestial, apresento a minha Oração. Intercedei junto ao PAI de bondade e Deus de toda consolação, para que Ele ouça nesta hora a minha súplica. (Mencione o pedido…).

 

Ó Jesus que afirmastes: “Passarão o Céu e a terra, porém minhas palavras não passarão”, confio em Vossa promessa, Senhor, e espero que vosso poder e imensa  bondade me consolarão e me darão o que vos peço neste momento. (Mencione o pedido…).

Em união com Jesus, rezar um Pai Nosso a Deus, e em seguida, três Ave-Marias, pedindo a intercessão de Nossa Senhora junto de Seu Filho Menino Jesus.

NOVENA AO MENINO JESUS DE PRAGA 

Primeiro Dia

Ó dulcíssimo Menino Jesus, consciente de minha pequenez, prostrado a Vossos pés, dirijo-me a Vós, que sois todo meu. Tenho grande necessidade de Vossa ajuda. Lançai-me Vosso olhar de piedade. Vós, que sois onipotente, vinde socorrer-me em minha necessidade.

Pai Nosso – Ave Maria – Glória ao Pai

Por Vossa divina infância, ó Jesus, concedei-me a graça que insistentemente vos peço (faz-se o pedido), se for para o meu bem e conforme Vossa vontade. Não olheis os meus pecados, mas minha fé, e Vossa grande misericórdia.

            Hino ao Santíssimo Nome de Jesus

Jesus, doce memória,
do coração harmonia,
mais que o vinho, mais que tudo,
tua presença é alegria.

Teu canto é o mais suave
e o mais agradável ao ouvido;
teu pensamento é o mais doce,
Jesus, Filho de Deus e meu Rei.

Esperança do penitente,
benigno com quem te invoca,
bondoso com quem te busca,
Como será o encontrar-te?

A língua não pode dizer,
nem a palavra expressar,
somente quem te encontrou,
sabe o que é amar.

Jesus, és nossa alegria,
és nosso prêmio eterno;
em Ti está nossa glória
agora e pelos séculos.
Amém.

V. Bendito seja o nome do Senhor.

R. Agora e por todo o sempre.

Oração

Ó Deus, que constituístes Vosso Filho Unigênito como Salvador do gênero humano, e lhe destes o nome de Jesus, concedei-nos um dia poder contemplar no céu Aquele cujo Santo Nome veneramos na terra. Amém.

Segundo Dia

Ó celeste esplendor do Pai, em quem brilha a divindade, profundamente vos adoro e vos confesso verdadeiro Filho de Deus. Ofereço-vos a humilde homenagem de todo o meu ser. Não permitais que jamais me separe de Vós, meu Sumo Bem.

Pai Nosso – Ave Maria – Glória ao Pai

Por Vossa divina Infância… (a oração prossegue como no primeiro dia)

Terceiro Dia

Ó Menino Jesus, ao contemplar Vossa face, sinto uma grande confiança em Vós. Sim, tudo espero de Vossa bondade. Irradiai, ó Jesus, Vossas graças sobre mim e meus entes queridos. Assim poderei cantar Vossa infinita misericórdia.

Pai nosso – Ave Maria – Glória ao Pai

Por Vossa divina Infância… (a oração prossegue como no primeiro dia)

Quarto Dia

Ó Jesus, reconheço-vos como meu soberano absoluto. Não quero servir o demônio, nem às minhas paixões e pecados. Reinai, ó Jesus, neste pobre coração e tornai-o Vosso para sempre.

Pai Nosso – Ave Maria – Glória ao Pai

Por Vossa divina Infância… (a oração prossegue como no primeiro dia)

Quinto Dia

Eu vos contemplo, ó dulcíssimo redentor, revestido de um manto de púrpura. Este é o Vosso uniforme real. Como me evoca o sangue! Sangue derramado por mim. Fazei, ó Jesus, que eu corresponda a tamanho sacrifício e não recuse nenhum sofrimento por Vossa causa.

Pai Nosso – Ave Maria – Glória ao Pai

Por Vossa divina Infância… (a oração prossegue como no primeiro dia)

Sexto Dia

Ó amabilíssimo Menino, ao contemplar-vos segurando o mundo, meu coração se enche de alegria. Também a mim sustentais em todos os momentos de minha vida, Vós me guardais como Vossa propriedade. Cuidai de mim, ó Jesus, e socorrei-me em todas as minhas necessidades.

Pai Nosso – Ave Maria – Glória ao Pai

Por Vossa divina Infância… (a oração prossegue como no primeiro dia)

Sétimo Dia

Sobre Vosso peito, ó Menino Jesus, brilha uma cruz, eis o estandarte de nossa redenção. Eu também tenho minha cruz, ó Divino Salvador, bem mais leve que a Vossa, mas mesmo assim me angustia. Ajudai-me a carregá-la, para que eu possa colher seus frutos. Bem sabeis o quanto sou fraco.

Pai Nosso – Ave Maria – Glória ao Pai

Por Vossa divina Infância… (a oração prossegue como no primeiro dia)

Oitavo Dia

Junto à Cruz, vislumbro sobre Vosso peito, ó Menino Jesus, a imagem de Vosso coração. Sois o verdadeiro amigo, que generosamente vos repartis e imolais por todos os que são objeto de Vosso amor. Enchei-me de caridade, ó Jesus, e ensinai-me a corresponder ao Vosso Amor.

Pai Nosso – Ave Maria – Glória ao Pai

Por Vossa divina Infância… (a oração prossegue como no primeiro dia)

Nono Dia

Vossa destra onipotente, ó Menino Jesus, quantas bênçãos derrama sobre aqueles que vos honram e vos invocam. Abençoai-me também e bendizei toda minha vida. Abençoai meus desejos e socorrei-me em minhas necessidades. Escutai benigno meus pedidos e bendirei Vosso Santo Nome cada dia de minha vida.

Pai Nosso – Ave Maria – Glória ao Pai

Por Vossa divina Infância… (a oração prossegue como no primeiro dia)

 ORAÇÃO EM HONRA AO MENINO JESUS DE PRAGA

(Com Aprovação Eclesiástica)

Lembrai-vos   Menino Jesus de Praga, que dissestes estas palavras cheias de consolação para nossa humanidade, amargurada e sofredora:

“Saciai-vos no meu Coração Divino… Pedi tudo quanto quiserdes pelos méritos de minha infância; nada vos será recusado”.

Cheios de confiança em Vós, ó Jesus, que sois a verdade eterna, nós vimos expor-Vos todas as nossas necessidades. Ajudai-nos a levar, pelos méritos de vossa encarnação, as graças das quais temos urgência.

Por Vossa divina promessa, acolhei as nossa Orações e dignai-vos atende-las. Amém.

Divino Jesus de Praga Abençoai-me!

Rezar 3 Ave-Marias e 1 Salve Rainha.

ORAÇÃO PARA PEDIR FAVORES AO MENINO JESUS DE PRAGA.

(Revelada pela Virgem Maria ao Pe. Cirilo, Carmelita Descalço).

Ó Menino Jesus, a Vós recorro e vos suplico pela intercessão de Vossa Santíssima Mãe, assisti-me nesta necessidade (pede-se a graça), porque creio firmemente que Vossa Divindade pode me socorrer.

Espero com toda confiança obter Vossa santa graça. Amo-vos de todo meu coração e com todas as forças de minh’alma. Arrependo-me sinceramente de todos os meus pecados, e vos imploro, ó bom Jesus, que me fortaleceis para que eu possa ser vitorioso. Proponho-me a não vos ofender e me ofereço a Vós, dispondo-me a sofrer antes de fazer-vos sofrer.

Doravante, quero servir-vos com toda fidelidade, e por Vosso amor, ó Menino Deus, amarei a meu próximo como a mim mesmo. Menino onipotente, Senhor Jesus, mais uma vez vos suplico que me atendeis nesta necessidade (apresenta-se o pedido). Concedei-me a graça de vos possuir eternamente, na companhia de Maria Santíssima e São José, para que possa vos adorar com todos os anjos na Corte Celestial. Amém.

 Pequena Coroa do milagroso Menino Jesus de Praga:

Para Honrar Os Mistérios De Sua Infância.

No Inicio:

Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus, Nosso Senhor, dos nossos inimigos.

Senhor meu Jesus Cristo, Deus e Homem Verdadeiro, Criador e Redentor meu, por serdes Vós quem sois, sumamente Bom e digno de ser amado sobre todas as coisas, porque vos amo e estimo, pesa-me, Senhor, de todo o meu coração, de vos ter ofendido, e proponho-me firmemente nunca mais vos tornar a ofender. Espero alcançar o perdão de minhas culpas, pela Vossa infinita misericórdia. Amém.

V. Abri, Senhor, os meus lábios.
R. E minha língua proclamará Vosso louvor.
V. Deus, vinde em nosso auxílio.
R. Senhor, socorrei-nos e salvai-nos.

Seja adorada e glorificada a Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

Adorado e glorificado seja o Pai.

V. O verbo se fez carne.
R. E habitou entre nós.

Pai Nosso…

Divino Menino Jesus, bendito e louvado sejais pelo mistério de Vossa Encarnação.

Ave Maria…

Divino Menino Jesus, bendito e louvado sejais pelo mistério de Vossa Visitação.

Ave Maria…

Divino Menino Jesus, bendito e louvado sejais pelo mistério de Vosso Nascimento

Ave Maria…

Divino Menino Jesus, bendito e louvado sejais pelo mistério da adoração dos pastores.

Ave Maria…

Adorado e glorificado seja o Filho.

V. O Verbo se fez carne

R. E habitou entre nós.

Pai Nosso…

Divino Menino Jesus, bendito e louvado sejais pelo mistério de Vossa Circuncisão.

Ave Maria…

Divino Menino Jesus, bendito e louvado sejais pelo mistério da Epifania.

Ave Maria…

Divino Menino Jesus, bendito e louvado sejais pelo mistério de Vossa apresentação no templo.

Ave Maria…

Divino Menino J esus, bendito e louvado sejais pelo mistério de Vossa fuga para o Egito.

Ave Maria…

Adorado e glorificado seja o Espírito Santo.

V. O Verbo se fez carne.
R. E habitou entre nós.

Pai Nosso…

Divino Menino Jesus, bendito e louvado sejais pelo mistério de Vossa permanência no Egito.

Ave Maria…

10 º Divino Menino Jesus, bendito e louvado sejais pelo mistério de Vosso regresso a Nazaré.

Ave Maria…

11º Divino Menino Jesus, bendito e louvado sejais pelo mistério de Vossa vida oculta em Nazaré.

Ave Maria…

12º Divino Menino Jesus, bendito e louvado sejais pelo mistério de Vossa perda e reencontro no Templo.

Ave Maria…

Gloria ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, agora e sempre, por todos os séculos, dos séculos. Amém.

V. Bendito seja o nome do Senhor.

R. Agora e para sempre. Amém.

 Oração do enfermo:

Ó querido e doce Menino Jesus: eis aqui um pobre enfermo que, movido pela mais viva fé, sinceramente invoca Vossa divina ajuda em favor de sua enfermidade.

Ponho em Vós toda a minha confiança. Sei que tudo podeis e sois muito misericordioso, sois a própria misericórdia infinita.

Grande pequenino, por Vossas divinas virtudes e pelo imenso amor que nutris pelos sofredores, aflitos e a todos os necessitados, ouvi-me, bendizei-me, socorrei-me, consolai-me. Amém.

Rezar três Glórias ao Pai

 Oração para pedir a saúde de um enfermo:

Ó Menino Jesus, Senhor da vida e da morte, eu, embora indigno e pecador, prostro-me diante de Vós para implorar a saúde (diz-se o nome da pessoa para quem se pede a graça), a quem tanto amo.

Esta pessoa que vos recomendo está sofrendo muito, afligida por dores, e não tem outro recurso a não ser confiar em Vossa onipotência, na qual deposita todas as suas esperanças.

Aliviai, ó médico Celeste, suas penas, livrai-a de seus sofrimentos e concedei-lhe perfeita saúde, se isto for de acordo com a Vossa divina vontade e reverter em verdadeiro bem para sua alma.

Pai Nosso – Ave Maria – Glória

ORIGEM DA DEVOÇÃO AO MENINO JESUS DE PRAGA

Fernando II, imperador da Alemanha, para expressar sua gratidão a Nosso Senhor pela insigne vitória alcançada em uma batalha, construiu em 1620, na cidade de Praga, um convento de Padres Carmelitas. A Boêmia passava por momentos muito difíceis, assolada por guerras sangrentas. A cidade de Praga era vítima das mais indizíveis calamidades. Neste contexto, chegam estes excelentes religiosos, cujo mosteiro carecia até do indispensável para sua sobrevivência. Nessa época, vivia em Praga a piedosa princesa Policena Lobkowitz. Sofrendo na alma as prementes necessidades dos Carmelitas, presenteou-lhes com uma pequena estátua de cera, de 48 cm., que representava um formoso Menino Deus, de pé, com a mão direita erguida em atitude de bênção. A mão esquerda segurava um globo dourado. Seu rosto era muito amável e gracioso. A túnica e o manto tinham sido confeccionados pela própria princesa. Esta, ao dar a estátua aos religiosos carmelitas, disse-lhes: “Meus padres, entrego-lhes o maior tesouro que possuo neste mundo. Prestem muitas honras a este Menino Jesus e nada lhes faltará.”

Os Carmelitas, muito agradecidos, receberam a estátua. Colocaram-na no oratório interno do convento, passando a ser venerada por aqueles bons religiosos, especialmente pelo Padre Cirilo. Sem dúvida, este homem poderia receber o título de “Apóstolo do Divino Menino Jesus de Praga”.

A profecia da piedosa princesa cumpriu-se literalmente. Não tardaram a se manifestar os efeitos maravilhosos da proteção do Divino Menino. Muito rapidamente, e em várias ocasiões, verificaram-se inúmeros prodígios e as necessidades do mosteiro foram milagrosamente socorridas.

Mais uma vez explode a guerra na Boêmia. Em 1631, o exército da Saxônia se apodera da cidade de Praga. Os Padres Carmelitas, prudentemente, acharam por bem transferir-se para Munique. Durante essa época tão desastrosa, especialmente para Praga, a devoção ao Menino Jesus caiu no esquecimento. Os hereges destruíram a Igreja, saquearam o mosteiro, entraram no oratório interno, zombaram da estátua do Menino Jesus e lhe quebraram as mãos, jogando-a com desprezo atrás do altar.

No ano seguinte, com a retirada dos inimigos de Praga, os religiosos puderam retornar ao seu convento. Mas ninguém se lembrou da preciosa estátua. Por isto, sem dúvida, o mosteiro viu-se reduzido à miséria, como o resto da população. Os religiosos careciam de alimentos e dos recursos necessários para a restauração de sua casa.

Em 1637, após sete anos de desolação, o Padre Cirilo retornou a Praga. A Boêmia, cercada de inimigos por todas os lados, corria o risco de sucumbir e, quem sabe, até de perder o dom inestimável da fé. Em meio a tais agruras, enquanto o Padre Guardião exortava aos religiosos para que insistissem junto a Deus para colocar fim a tantos males, o Padre Cirilo aproveita para falar-lhe da inesquecível imagem do Divino Menino. Obtém licença para buscá-la e a encontra, finalmente, entre os escombros detrás do altar. Limpou-a e a cobriu de beijos e lágrimas. Estando ainda intacto o rosto da imagem, ele a expôs no coro para que os religiosos a venerassem. Estes, confiantes em sua proteção, se ajoelharam diante do Divino Infante, implorando para que fosse seu refúgio, fortaleza e amparo em todos os sentidos.

A partir do momento em que a imagem foi colocada em seu lugar de honra, o inimigo bateu em retirada e o convento foi reabastecido de tudo que os religiosos necessitavam.

Certo dia, o Pe. Cirilo orava diante da imagem, quando ouviu claramente estas palavras: “Tende piedade de mim e eu terei piedade de Vós. Devolvei minhas mãos e eu vos devolverei a paz. Quanto mais me honrardes, tanto mais vos abençoarei”. Realmente a imagem estava sem as mãos, detalhe para o qual o Pe. Cirilo não atentara, de tão alegre que estava. Surpreso, o bom Padre correu imediatamente à cela do Padre Superior e lhe contou o fato, pedindo-lhe para mandar reparar a imagem. O Superior se negou a atendê-lo, alegando a extrema pobreza do convento. O humilde devoto de Jesus foi chamado a atender um moribundo, Benedito Maskoning, que lhe deu 100 florins de esmola. Pe. Cirilo levou o dinheiro ao Superior, convicto de que poderia usá-lo para consertar a imagem. Mas o Superior achou melhor comprar outra imagem, ainda mais bela. E assim foi feito. O Senhor não demorou a manifestar seu desagrado. No mesmo dia da inauguração da nova efígie, um candelabro que estava bem fixo e seguro na parede se soltou e caiu sobre a imagem, despedaçando-a . O Padre Superior adoeceu e não pôde terminar seu mandato.

Foi eleito um novo Superior. Pe. Cirilo volta a suplicar-lhe para consertar a imagem. Mais uma vez seu pedido foi rejeitado. Sem desanimar, o Pe. Cirilo recorreu a Nossa Senhora. Mal terminara sua oração, chamam-no à igreja. Aproxima-se dele uma senhora de aspecto venerável, que lhe entrega uma vultosa esmola. Esta senhora desaparece sem que ninguém a tivesse visto entrar nem sair da igreja. Cheio de alegria, o padre foi contar ao Superior o que se passara, mas este só lhe deu meio florim (25 centavos). Sendo tal soma insuficiente para restaurar a imagem, tudo voltou à estaca zero.

Novas calamidades recaíram sobre o convento. Os religiosos não podiam pagar as despesas de uma propriedade improdutiva que haviam arrendado. Os rebanhos morreram, a peste devastou a cidade. Muitos carmelitas, inclusive o Superior, foram açoitados. Todos recorreram ao Menino Jesus. O Superior se penitenciou e prometeu celebrar 10 missas diante da estátua e propagar seu culto. A situação melhorou consideravelmente, mas como a imagem continuava no mesmo estado, o Pe. Cirilo não se cansava de se lamentar diante de seu generoso protetor, quando ouviu de seus divinos lábios estas palavras: “Coloca-me na entrada da sacristia e encontrarás quem se compadeça de mim”.

Com efeito, apareceu um desconhecido que, notando o belo Menino desprovido de mãos, ofereceu-se espontaneamente para colocá-las, não demorando a ser recompensado: em poucos dias ganhou uma causa quase perdida, com a qual salvou sua honra e sua fortuna.

Os inúmeros benefícios alcançados por intermédio do milagroso Menino multiplicavam dia a dia o número de seus devotos. Por isto os carmelitas desejavam construir-lhe uma capela pública, considerando que o lugar onde deveriam levantá-la já fora indicado pela Santíssima Virgem ao Pe. Cirilo. Porém, faltavam os recursos e, além do mais, tinham medo de iniciar esta nova construção num tempo em que os calvinistas estavam arrasando todas as igrejas. Contentaram-se em colocar a imagem na Capela exterior, sobre o altar-mor, até 1642, quando a princesa Lobkowitz mandou construir um novo santuário, inaugurado em 1644, no dia da festa do Santíssimo Nome de Jesus.

Vinham pessoas de todas as partes para prostrar-se diante do milagroso Menino: pobres, ricos, enfermos, toda espécie de pessoas referiam-se a Ele como remédio para todas as suas tribulações.

Em 1655, o Conde Martinitz, Grão Marquês da Boêmia, brindou a imagem com uma preciosa coroa de ouro cravejada de pérolas e diamantes. O Reverendo D. José de Corte colocou-a no Menino em uma solene cerimônia de coroação.

Graças e maravilhas incontáveis atribuídas ao “pequeno Grande” (assim chamam na Alemanha o Menino Jesus de Praga), divulgaram-se nas regiões mais longínquas, o que fez seu culto se espalhar até os nossos dias de uma maneira prodigiosa.

A devoção ao Menino Jesus de Praga foi acolhida com amor em todas as nações. Mosteiros, colégios, escolas e famílias têm-lhe dedicado magníficos tronos. Numerosas paróquias possuem a estátua real e, em todos os lugares em que o honram, o Menino Jesus de Praga derrama inestimáveis favores sobre seus devotos. O Divino Menino deseja cumulá-los de graças. Veneremo-lo, tornemo-lo conhecido e amado, e ele nos abrirá os tesouros de sua bondade.

As práticas de piedade estabelecidas em honra do Menino Jesus de Praga são inumeráveis, mas aquelas pelas quais ele tem revelado sua especial complacência são: a Ladainha do Nome de Jesus; a recitação de 5 Pai Nossos, Ave-Marias e Glórias, seguidos da jaculatória: “Bendito seja o Nome do Senhor agora e por todos os séculos dos séculos”, que também deve ser repetida 5 vezes; a oração eficaz do Padre Cirilo; a oração do Rosário do Menino Jesus; e, finalmente, a celebração de sua festa, que é a festa de Seu Santíssimo Nome, no Segundo Domingo após a Epifania.

A leitura da história do milagroso Menino Jesus de Praga leva-nos a perceber que, freqüentemente, as graças solicitadas são concedidas após uma novena de súplicas e orações rezadas em sua honra. Também se nota que graças especiais são facilmente obtidas nas seguintes situações: quando se mandam celebrar missas, doam-se esmolas aos pobres em seu nome e quando os devotos se propõem a participar dos sacramentos e a publicar as graças recebidas.

Por meio desta nova e simpática manifestação do amor divino, Jesus deseja por fim a uma calamidade atual que se generalizou pelo mundo inteiro: a perdição da infância causada pela educação anticristã. Nosso Senhor Jesus Cristo, que sempre demonstrou um amor de predileção às crianças, manifesta claramente, através desta devoção, o seu grande desejo de ser honrado de forma especial como Rei e Salvador da infância, e quer, por isto, transmitir ao mundo inteiro, especialmente às crianças, os méritos das humilhações sofridas em sua divina infância.

Dediquemo-nos, pois, a honrar este amabilíssimo Menino, já que, tão abundantemente podemos obter suas bênçãos. Particularmente vocês, crianças inocentes, que têm a graça de ser os preferidos do coração desse amoroso Menino Jesus, devem professar uma fervorosa devoção ao Deus que se fez Menino como vocês e para vocês. Imitem suas virtudes. Tendo-o como exemplo, sejam obedientes, castos, amáveis, caridosos e piedosos. Recorram a Ele com total confiança em todas as suas necessidades e lhe confiem todos os sofrimentos do coração de vocês. Rezem muito por vocês mesmos, pela Igreja, por seus pais, familiares, mestres e amigos. Amem-no sinceramente e em nada o desagradem. Entreguem-se a Ele o máximo que puderem. Dêem-lhe sua alma, seu corpo e coração, para que os conservem puros e inocentes. Para merecerem sua constante proteção, carreguem com amor sua medalha, beijem com respeito sua imagem. De vez em quando pratiquem em sua honra alguma mortificação. Façam-lhe diariamente alguma oração que vocês conheçam e deste modo vocês experimentarão como é bom e generoso o Menino Jesus de Praga, o Menino Rei, o Deus enamorado das crianças.

Observação:

A festa do Menino Jesus de Praga se celebra no primeiro Domingo do mês de junho.

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20Página/As%20Devoções/1.%20DEVOÇÕES%20A%20JESUS%20CRISTO/Menino%20Jesus%20de%20Praga.htm


LEIAM E REFLITAM

maio 26, 2009

A IRA

maio 26, 2009

perdão

A IRA

O MUNDO NOS ENSINA A REVIDAR; JESUS, POR OUTRO LADO, A MANSIDÃO

A maior lição que Jesus nos ensinou foi a de “amar o nosso inimigo” (cf. Mateus 5, 4 4 ). O mundo ensina que é preciso revidar, “não levar desaforo para casa”, ir à revanche, e assim por diante. Jesus, por outro lado, ensina a mansidão; isto é, “não pagar o mal com o mal”, mas com o bem. O segredo cristão para destruir a força do inimigo não é a vingança, mas o perdão.

O Senhor ensina que aí está um dos pontos da perfeição cristã. Ele quer que sejamos “perfeitos como o Pai celeste é perfeito”, que manda a chuva e o sol para os bons e para os maus (cf. Mateus 5,48). Ele morreu na cruz dolorosamente, dando o maior exemplo do que é perdoar. “Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem” (Lucas 23,31). Cristo explica a razão desta exigência tão difícil: “Se amais somente os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem assim os próprios publicanos? Se saudais apenas vossos irmãos, que fazeis de extraordinário? Não fazem isto também os pagãos?” (Mateus 5,46-47).

Perdoar aquele que nos ofendeu é uma “prova de fogo” para verificar se de fato você é cristão.

É claro que não é fácil perdoar aquela pessoa que o magoou, aquele “amigo” que o traiu, aquele assassino do seu filho ou aquela mulher que seduziu seu marido. Se fosse fácil não teríamos mérito algum. E é preciso dizer que por nossas próprias forças não o conseguiremos [perdoar].

É preciso a “força do alto” para vencer a fraqueza da nossa natureza ferida e que clama por vingança. Santo Agostinho ensina-nos que “o que é impossível à natureza, é possível à graça”.

A única exigência que Deus nos impõe para perdoar os nossos pecados, quaisquer que sejam, é que estejamos dispostos a perdoar a todos os que nos ofenderam. “Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará. Mas, se não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai vos perdoará” (Mateus 6,14 -15) . E no “Pai-Nosso”, Jesus acrescenta: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos aos que nos ofenderam”(cf. Mateus 6,12).

O ódio e o desejo de vingança são armas do demônio para destruir a boa convivência dos filhos de Deus; por isso São Paulo ensina: “Não deis ocasião ao demônio; não se ponha o sol sobre a vossa ira” (Efésios 4, 26-27).

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 fihos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Trocando Idéias”. Conheça mais em Blog do Professor Felipe
Site do autor: www.cleofas.com.br

Extraído do site: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=11451

 


A CIVILIZAÇÃO ABORTISTA

maio 25, 2009

Parte 1 de 3

parte 2 de 3

parte 3 de 3


A ASCENSÃO DE JESUS AO CÉU.

maio 25, 2009

ascensão

A ASCENSÃO DE JESUS AO CÉU.

            Segundo as visões de Anna Catharina Emmerich:

            O Senhor despede-se dos seus.

            Na véspera da ascensão veio Jesus, com cinco discípulos à casa de Lázaro, em Betânia, onde se encontraram com Maria e as outras santas mulheres. Muito povo se reuniu em redor da casa, para ver mais uma vez Jesus e despedir-se dEle. O Divino Mestre apareceu à gente de fora, benzeu e distribuiu-lhes muitos pãezinhos; depois se afastaram.

         Na casa tomou Jesus, em pé, um refresco com os discípulos, que choravam amargamente, porque ia deixá-los. Ele, porém, disse: “Por quê chorais, queridos irmãos? Vede esta mulher, que não chora”. Dizendo-o, apontou para a Mãe Santíssima.

         Jesus despediu-se mais intimamente de Lázaro. Deu-lhe do pão bento a comer, abençoou-o e apertou-lhe a mão.

         Depois se encaminharam todos, com exceção de Lázaro, que morava escondido em casa, para Jerusalém, onde Nicodemos e José de Arimatéia prepararam uma refeição.

         “Vi Jesus, com os Apóstolos, andando por vários caminhos, em redor do Monte das Oliveiras; os outros grupos O seguiam. Às vezes parava Jesus, para lhes explicar alguma coisa. Todos estavam em grande angústia, alguns choravam; outros estavam muito abatidos. Vi um deles pensando: “Quando Ele for embora, quem será o mestre? E como se cumprirá tudo o que foi prometido a respeito do Messias?”

         Pedro e João parecia-me mais calmos e compreendendo tudo melhor. Muitas vezes faziam perguntas ao Senhor e Ele parava, explicando-lhes muitas coisas. Assim andaram até à noite. O Senhor parava freqüentemente, estava muito sério, ao ensinar-lhes, às vezes desaparecia repentinamente. Então ficavam muito assustados, mas de repente lhes voltava de novo. Era como se quisesse prepará-los para a próxima separação. Vi-os andando por belas campinas, por caminhos agradáveis e debaixo de árvores. O sol brilhava lindamente à tarde.

         Quando Jesus e os Apóstolos se aproximaram da casa do banquete, já o sol se tinha posto. Maria, Nicodemos e José de Arimatéia vieram-Lhe ao encontro em frente à casa. Jesus entrou ao lado de sua Mãe. As outras mulheres vieram mais tarde. Depois de lhes haver dito algumas palavras e de terem chegado os outros discípulos, Jesus entrou na grande sala do banquete. Benzeu o peixe, o pão e as verduras e ofereceu a todos; cada um recebeu um bocado.

         Durante o banquete, Jesus não deixou de ensinar-lhes, com palavras muito sérias. Vi as palavras saírem-lhe da boca como raios de luz e entrarem na boca dos Apóstolos, num mais depressa, noutro mais vagarosamente, conforme o grau de desejo ou sede de doutrina de Jesus.

         No fim da refeição Jesus benzeu também um cálice de vinho, bebeu e ofereceu-o aos outros e todos beberam. Mas não foi o Santíssimo Sacramento.

         Depois dos discípulos se terem levantado do ágape (refeição), reuniram-se os outros, que comeram nas salas laterais, debaixo das árvores, em frente à grande sala; vi Jesus aproximar-se-lhes, ensinar-lhes por muito tempo e abençoá-los; depois se afastaram.

         Vi então as outras mulheres, que nesse meio tempo tinham chegado, entrarem no jardim, debaixo das árvores. A Santíssima Virgem estava com elas. Jesus aproximou-se-lhes e deu a mão a sua Mãe. Falou-lhes muito sério. Todas estavam muito comovidas e senti que Madalena desejava veemente abraçar os pés do Senhor. Tendo-lhes falado assim por algum tempo e depois de as haver abençoado, deixou-as Jesus. Choraram muito, mas silenciosamente, abafando a dor; a Santíssima Virgem, porém, não a vi chorar, nessa ocasião.

         Ao aproximar-se a meia noite, saiu Jesus com os Apóstolos, tomando o caminho pelo qual viera à cidade no domingo de Ramos. Maria seguiu depois dos Apóstolos e após ela, um grupo de discípulos. Muita gente se lhes aproximou no caminho e o Senhor falou-lhes.

         “Em companhia dos onze apóstolos, cerca de trinta discípulos, a Santíssima Virgem e algumas mulheres, dirigiram-se ao Cenáculo.

         Só Jesus, os onze e Maria penetraram na sala interior; os discípulos entraram nas salas laterais, onde havia bancos de dormir, não sei se dormiram ou rezaram. As companheiras de Maria ficaram no vestíbulo. Foi preparada a mesa da última Ceia e aceso o candeeiro. Havia na mesa apenas um pão ázimo e um pequeno cálice. Os Apóstolos revestiram-se das vestes de cerimônia e Pedro pôs a veste própria de sua dignidade. A Santíssima Virgem sentou-se em frente ao Senhor. Vi Jesus fazer o mesmo que fizera na última ceia: marcar o pão, oferecê-lo a Deus, partir, benzer e dá-lo aos discípulos; depois beberam também do cálice, sem que o enchessem de novo. Vi o Santíssimo Sacramento brilhando, ao pronunciar Jesus as palavras, penetrar como um pequeno corpo luminoso na boca dos Apóstolos. Na consagração do cálice, se lhe derramou a palavra sacramental no cálice como um rubro fulgor de sangue. Madalena, Marta e Maria Cleofé já tinham recebido o SS. Sacramento nos últimos dias.

         No começo da noite fizeram a oração e cantaram com mais solenidade do que comumente, à luz do candeeiro. Jesus deu mais uma vez a Pedro poder sobre os outros. Impôs-lhe mais uma vez o manto, repetindo o que dissera, ao aparecer-lhes na praia do lago Tibérias e no cume da montanha. Ensinou ainda sobre o batismo e a bênção da água. – durante a oração e a doutrina, já pela manhã, vi ainda cerca de dezessete discípulos, dos mais íntimos de Jesus, atrás da SS. Virgem, na sala do Cenáculo.

         Antes de saírem de casa, o Senhor apresentou-lhes a Santíssima Virgem como centro e intercessora dos fiéis. Pedro e os outros inclinaram-se diante dela; Maria, porém, abençoou-os.

         No momento em que isso se deu, vi Maria revestida, de um modo sobrenatural, de um grande manto, de cor azul celeste, colocada sobre um trono, tendo na cabeça uma coroa. Era um símbolo de sua dignidade”.

            Jesus sobe ao céu

            Ao amanhecer do dia, saiu o Senhor do Cenáculo, conduzindo os onze Apóstolos pelas ruas de Jerusalém, por todo o caminho da Paixão. Seguiram-nos Maria e um grupo de discípulos. Onde se dera uma cena da Paixão, demorava-se alguns momentos, explicando-lhes a significação do lugar ou um trecho dos profetas referente a isso. Onde, porém, os judeus tinham obstruído o lugar, para impedir a veneração dos fieis, mandou Jesus tirar esses obstáculos.

         Assim saíram da cidade e vieram a um jardim ou lugar de oração, onde se sentaram à sombra das árvores e Jesus ensinou e consolou-os. Como no entanto começava a amanhecer, tornaram-se-lhes os corações um pouco mais alegres, na esperança de que Jesus ainda ficasse com eles.

         Aproximaram-se então muitas turbas de povo. Jesus continuou o caminho para o monte Calvário e dali para o Monte das Oliveiras, onde se sentou novamente num jardim, falando ainda muito tempo com os discípulos, como para terminar a sua obra.

         Já estava reunida numerosa multidão em redor de Jesus e por toda a redondeza; em Jerusalém correu o boato do grande concurso de povo no Monte das Oliveiras, ao qual se juntaram novos grupos da cidade.

         Então se dirigiu o divino Salvador do Horto de Getsêmani e subiu o Monte das Oliveiras.

         “A multidão caminhava como em procissão, subindo o monte pelos diversos caminhos, de todos os lados e muitos grupos passavam pelas moitas, pelas sebes e cercas.

         O Senhor, porém, tornava-se cada vez mais resplandecente e ligeiro. Os discípulos seguiam-no, mas não mais podiam alcançá-Lo. Tendo o Senhor chegado ao cume do monte, brilhava como a luz branca do sol. Do céu, porém, desceu sobre Ele um circulo luminoso, que brilhava com todas as cores do arco-íris. Todos os que O seguiram, ficaram parados, em vasto círculo, como que ofuscados. O Senhor brilhava ainda mais do que o esplendor que o cercava. Pousando a mão esquerda sobre o peito, abençoou com a direita elevada todo o mundo, virando-se para todos os lados. A multidão ficou imóvel, vi que todos foram abençoados. Jesus não abençoava como os rabinos, com a mão aberta para a frente, mas como os bispos cristãos. Senti com grande felicidade esse benção sobre todo o mundo.

         Então se lhe uniu o próprio esplendor à luz do alto e notei que se tornava invisível, a partir da cabeça, dissolvendo-se-lhe a figura na luz celeste e desaparecia como que subindo. Era como se um sol entrasse no outro ou como uma chama entrando numa luz ou uma centelha numa chama. Era como se se fitasse o sol radioso do meio-dia e ainda mais branco e claro; o pleno dia parecia escuro, em comparação com aquela luz. Quando já não se Lhe via mais a cabeça, ainda se podia distinguir-Lhe os pés resplandecentes, até que desapareceu inteiramente, no esplendor do céu. Inúmeras almas vieram de todos os lados, entrando nessa luz e desapareceram no céu com o Senhor. Não posso dizer que O vi tornar-se cada vez mais pequeno, como algo que voa no ar; mas vi-O desaparecer numa nuvem de luz.

         Ao aparecer a nuvem luminosa, caiu, por assim dizer, um orvalho de luz sobre todos e não podendo mais suportar essa luz, ficaram todos cheios de espanto e admiração. Os Apóstolos e discípulos achavam-se mais perto de Jesus; estavam em parte deslumbrados e olhavam para baixo; muitos se prostraram por terra. A santíssima Virgem estava logo atrás dos Apóstolos, olhando tranqüilamente para a frente.

         Após alguns momentos, quando o esplendor diminuiu um pouco, toda a assembléia, no maior silêncio e nas mais intensas emoções da alma, olhou para a luz do alto, que ainda ficou por algum tempo. Nessa luz vi descer duas figuras, no começo pequenas, crescendo cada vez mais e aparecer, com vestes longas e brancas e um bastão na mão, como profetas, falando à multidão; as vozes soavam alto e forte, como a de trombetas e parecia-me que as deviam ouvir em Jerusalém. Não se movimentam, mas estavam inteiramente imóveis, ao dizer as poucas palavras: “Homens da Galiléia, que estais aí olhando para o céu? Esse Jesus que acaba de vos ser arrebatado, para subir ao céu, voltará como o vistes subir ao céu”. Tendo dito essas palavras, desaparecerem.

         O esplendor, porém, ficou ainda por algum tempo, até que afinal se desfez, como do dia se passa à noite. Os discípulos estavam fora de si, sabiam agora o que lhes tinha sucedido: O Senhor tinha ido embora para o Pai Celestial. Muitos caíram por terra de dor e atordoamento. Enquanto desaparecia o esplendor, recobraram ânimo e ergueram-se, cercados pelos outros. Muitos formaram grupos, as mulheres aproximaram-se também e assim se demoraram ainda, olhando para o céu, pensando e falando sobre o sucedido; depois voltaram os discípulos a Jerusalém, seguidos pelas mulheres. Alguns dos mais simples choravam como crianças, outros se conservavam recolhidos e pensativos. A Santíssima Virgem, Pedro e João estavam muito tranqüilos e consolados. Vi, porém, também muitos outros que não estavam comovidos, mas descrentes e duvidosos e que apartaram dos outros e se afastaram; pouco a pouco se dispersou toda a multidão.

         No lugar onde Jesus subiu ao céu, havia uma grande laje, sobre a qual o Divino Mestre estava ensinado ainda, antes de dar a bênção e desaparecer nas nuvens luminosa. As pegadas do Senhor ficaram impressas na pedra e numa outra se imprimiu uma das mãos da Santíssima Virgem.

         Meio dia já tinha passado, quando toda a multidão acabou de dispersar-se. Os discípulos e a Santíssima Virgem dirigiram-se ao Cenáculo. Sentindo a princípio a separação de Jesus, estavam inquietos e julgavam-se abandonados. Quando, porém, se acharam reunidos no Cenáculo, encheram-se todos de consolação, principalmente pela presença calma da Santíssima Virgem no meio deles e, confiando inteiramente na palavra de Jesus, de que Maria lhes seria o centro, a Mãe e intercessora, recuperaram a paz de coração.

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20Página/Anna%20Catharina%20Emmerich/A%20Assunção%20de%20Jesus%20ao%20Céu..htm


24 de maio – FELIZ ANIVERSÁRIO LUCIENE

maio 24, 2009

Luciene, que a paz de Jesus e o amor de Maria permaneçam sempre contigo. Queremos desejar toda felicidade do mundo para você e sua linda família. São os votos dos seus amigos do círculo. Gostariamos de rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria para você neste dia.

Pai Nosso que Estais nos céus, santificado seja o Vosso Nome, venha a nós o Vosso reino, seja feita a Vossa vontade, assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois Vós entre as mulheres, bendito é o fruto em Vosso ventre, Jesus. Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós os pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. Recados

Que Deus te abençoe. PAZ E BEM.


A ESTRADA REAL – Parte I

maio 24, 2009

A ESTRADA REAL

A ESTRADA REAL

Parte I.

     Amados de DEUS, em uma época na qual a humanidade passou a ignorar a verdade de nossa fé e existência, cumpre-nos mais uma vez fazer ecoar nos corações de nossos irmãos o chamado para trilharmos o reto caminho que nos leva a salvação de nossas almas.

         Atualmente, segundo consenso mundial, o autor da importantíssima obra “Imitação de CRISTO”, foi o Frei alemão Tomás de Kempis, nascido em 1380, na aldeia de Kempen, próxima a Colônia. Esse abençoado Frei foi monge agostiniano, sendo ordenado sacerdote em 1412. Durante seus 91 anos de vida, viveu no Mosteiro de Santa Ana, onde foi responsável pela condução das almas daqueles que chegavam para se entregar a CRISTO, ou seja, mestre de noviços.

         Tomás de Kempis entregou sua bendita alma a nosso SENHOR em 1471, na cidade de Zwolle, distrito de Utreque. É importante ainda que se registre, que o referido Frei além de ser inspirado por DEUS em seus diversos escritos (livros), também foi agraciado com Locuções interiores de nosso SENHOR JESUS CRISTO; como fica muito claro em diversas páginas da abençoada Obra “Imitação de CRISTO”.

         Desse referido livro, transcrevemos o seguinte texto:

“A Estrada Real da Santa Cruz”

         A muitos parece dura esta linguagem: “Renuncia a ti mesmo, toma a tua cruz e segue a JESUS CRISTO”. (MT. 25, 41)

         Pois os que agora ouvem e seguem, docilmente, a palavra da Cruz, não recearão a sentença da eterna condenação.

         Este sinal da Cruz estará no Céu, quando o SENHOR vier para julgar.

         Então, todos os servos da cruz, que em vida se conformam com CRISTO crucificado, com grande confiança chegar-se-ão a CRISTO Juiz.

         Por que temes, pois, tomar a Cruz, pela qual se caminha ao reino do Céu?

         Na Cruz está a salvação; na Cruz a vida; na Cruz amparo contra os inimigos; na Cruz a abundância da suavidade Divina; na Cruz a fortaleza do coração; na Cruz o compêndio das virtudes; na Cruz a perfeição da santidade.

         Não há salvação da alma, nem esperança de vida, senão na Cruz.

         Toma, pois, a tua cruz, segue JESUS e entrarás na vida eterna.

         O SENHOR foi adiante, com a Cruz às costas, e NELA morreu por teu amor, para que tu também leves a tua cruz e nela desejes morrer.

         Porquanto, se com ELE morreres, também com ELE viverás.

         E, se fores seu companheiro na pena, também o serás na Glória.

         Verdadeiramente, da Cruz tudo depende e em morrer para si mesmo está tudo; não há outro caminho para a vida e para a verdadeira paz interior, senão o caminho da Santa Cruz e da Continua mortificação.

         Vai para onde quiseres, procura o quanto quiseres e não acharás caminho mais sublime em Cima, nem mais seguro embaixo, do que o caminho da Santa Cruz.

         Dispõe de ordena tudo conforme teu desejo e parecer, e verás que sempre, hás de sofrer alguma coisa, de bom ou mau grado teu; o que quer dizer que sempre haverás de encontrar a cruz… Ou sentirás dores no corpo, ou tribulações no espírito. Ora serás desamparado de DEUS, ora perseguido pelo próximo, e, o que é pior, não raro serás molesto a ti mesmo.

         E não haverá remédio, nem conforto que te possa livrar ou aliviar. Cumpre que sofras quanto tempo DEUS quiser. Pois DEUS quer ensinar-te a sofrer a tribulação sem alivio, para que de todo te submetas a ELE, e mais humilde te faças pela tribulação.

         Ninguém sente tão vivamente a Paixão de CRISTO como quem passou por semelhantes sofrimentos.

         A cruz, pois, está sempre preparada, e em qualquer lugar te espera. Não lhe podes fugir, para onde quer que te voltes, pois em qualquer lugar a que fores, a levarás contigo, e sempre a encontrarás em ti mesmo.

         Volta-te para cima ou para baixo, volta-te para fora ou para dentro, em toda a parte acharás a cruz; e é necessário que sempre tenhas paciência, se queres alcançar a paz da alma e merecer a coroa eterna.

         Se levares a cruz de boa vontade, ela te há de levar e conduzir ao termo desejado, onde acaba os sofrimentos, posto que não seja neste mundo. Se a levares de má vontade, aumenta-lhe o peso e fardo maior te impões; contudo é forçosa que a leves.

         Se rejeitares uma Cruz, sem dúvida acharás outra, talvez mais pesada.

         Pensas escapar aquilo de que nenhum mortal pode eximir-se?

         Que santo houve no mundo sem tribulação?

         Nem JESUS CRISTO, SENHOR nosso, esteve uma hora, em que toda a SUA Vida, sem dor e sofrimento. “Convinha – disse ELE – que CRISTO sofresse e ressurgisse dos mortos, e assim entrasse na SUA Glória.” ( Lc. 24, 26).

         Como, pois, buscas outro caminho que não seja o caminho real da Santa Cruz? Toda a vida de CRISTO foi Cruz e Martírio; e tu procuras só descanso e gozo? Andas errado, e muito errado, se outra coisa procuras, e não sofrimentos e tribulações, pois toda esta vida mortal está cheia de misérias e assinalada de cruzes.

         E quanto mais uma pessoa faz progressos na vida espiritual, tanto maiores cruzes encontra; muitas vezes porque o amor lhe torna o exílio mais doloroso. Mas, apesar de tantas aflições, o homem não está sem o alívio da consolação, porque sente o grande fruto que lhe advém à alma pelo sofrimento da cruz.

         Pois, quando de bom grado a toma às costas, todo o peso da tribulação se lhe converte em confiança na Divina consolação. E quanto mais a carne é cruciada pela aflição, tanto mais se fortalece o espírito pela graça interior.

         E, às vezes, tanto se fortalece pelo amor das penas e tribulações que, para conformar-se com a Cruz de CRISTO, não quisera estar sem dores e sofrimentos, pois julga ser tanto mais aceito a DEUS, quantos mais e maiores males sofre por SEU Amor.

         Não é isto virtude humana, mas Graça de CRISTO, que tanto pode e realiza na carne frágil, que o espírito com ardor abraça e ama o que a natureza aborrece e de que foge.

         Não é conforme a inclinação humana levar a cruz, amar a cruz, castigar o corpo e impor-lhe sujeição, fugir às honras, aceitar as injúrias, desprezar-se a si mesmo e desejar ser desprezado, suportar as aflições, desgraças e não almejar prosperidade alguma neste mundo.

         Se olhares somente a ti, reconheces que de nada disso és capaz. Mas se confiares em DEUS, o Céu te concederá a fortaleza e sujeitar-se-ão teu mando o mundo e a carne. Nem o infernal inimigo temerás, se andares escudado na fé e armado com a Cruz de CRISTO.

         Portanto, como bom e fiel servo de CRISTO, dispõe-te a levar a Cruz do teu SENHOR, por teu amor crucificado.

         Prepara-te a sofrer muitos contratempos e incômodos nesta vida miserável, pois em toda a parte, onde quer que estiveres, ou te esconderes, os encontrarás. Convém que assim seja e não há outro remédio contra a tribulação da dor e dos males, senão sofrê-los com paciência.

         Bebe, generoso, o cálice do SENHOR, se queres ser seu amigo e ter parte com ELE.

         Entrega a DEUS as consolações, para ELE dispor delas como LHE aprouver.

         Tu, porém, dispõe-te a suportar as tribulações, e considera-as como as consolações mais preciosas, porquanto “não tem proporção as penas do tempo com a Glória futura” (Rom. 8, 18) que havemos de merecer, ainda que tu só as devesses sofrer todas.

         Quando chegares a tal ponto em que a tribulação te seja doce e amável por amor de CRISTO, deves dar-te por feliz, pois achaste o Paraíso na terra.

         Enquanto o padecer te é molesto e procuras fugir-lhe, andas mal, e em toda parte te persegue o medo da tribulação. Se te resolveres ao que deves, isto é, a padecer e morrer, logo te sentirás melhor e acharás paz. Ainda que fosses arrebatado, como São Paulo, nem por isso estarias livre de sofrer alguma contrariedade.

         “EU – diz JESUS – mostrar-lhes-ei o quanto terão de sofrer por Meu Nome.” (At. 9, 16).

         Não te resta, pois, senão sofrer, se pretendes amar e servir a JESUS para sempre.

         Oxalá fosses digno de sofrer alguma coisa pelo Nome de JESUS!

         Que grande glória resultaria para ti, que alegria para os santos de DEUS e que edificação para o próximo!

         Pois todos recomendam a paciência, ainda que poucos queiram praticá-la.

         Com razão devia padecer, de bom grado, este pouco por amor de CRISTO, quando muitos sofrem pelo mundo coisas incomparavelmente maiores.

         Fica sabendo, e tem por certo, que tua vida deve ser uma morte continua, e quanto mais cada um morre a si mesmo, tanto mais começa a viver para DEUS.

         Só é capaz de compreender as coisas do Céu, quem por CRISTO se resolve a sofrer toda adversidade.

         Nada neste mundo é mais agradável a DEUS, nem mais proveitoso a ti, que o sofrer, de bom grado, por CRISTO. E se te dessem a escolher, antes deverias desejar sofrer adversidade por amor de CRISTO, do que receber muitas consolações, porque assim serias mais conforme a CRISTO e mais semelhante a todos os santos.

         Porquanto não consiste nosso merecimento e progresso espiritual em ter muitas doçuras e consolações, mas em sofrer grandes angústias e tribulações.

         Se houvera coisa melhor e mais proveitosa para a salvação dos homens do que o padecer, CRISTO, de certo, o teria ensinado com palavras e exemplos.

         Pois claramente exorta Seus discípulos e quantos o desejam seguir, a que levem a cruz, dizendo: “Quem quiser vir após MIM, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, e siga-ME.” (Lc. 9, 23)

         Seja, pois, de todas as lições e estudos este o resultado final:

         “Cumpre-nos passar por muitas tribulações, para entrar no Reino de DEUS.” (At 14, 21).

         Ao encerrarmos a transcrição dessas inspiradas palavras do Frei Tomás de Kempis, deixamos um breve apelo:

         – Este texto necessita ser muitas vezes lido, e profundamente meditado; frase por frase…

         “Louvado seja nosso SENHOR JESUS CRISTO e Sua Santíssima MÃE!”

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Vários%20Assuntos/A%20ESTRADA%20REAL/A%20ESTRADA%20REAL%20-%20Parte%20I%20.htm


Eliana Ribeiro reza, pedindo o perdão

maio 23, 2009

LITURGIA GERAL – OS SANTOS LUGARES: ORNAMENTOS DO ALTAR

maio 23, 2009

LITURGIA - os santos sinais

LITURGIA GERAL

CAPÍTULO III.

OS SANTOS LUGARES

§ 50. ORNAMENTOS DO ALTAR

163.    I. As toalhas do altar.

O altar cristão, ao menos durante as funções litúrgicas, está sempre coberto de toalhas brancas (mappa, tobalea) por causa de asseio, decência e reverência devida ao SS. Sangue que por acaso se derrame.  Pertencem aos paramentos mais antigos, mencionados expressamente no século IV. Primeiro foi julgada necessária só uma, mais tarde os sínodos exigiram duas, e mesmo cinco. (Braun, die lit. Param. 186.) O missal de Pio V (Rub. Gen. XX) prescreve três toalhas de cânhamo – ou de linho branco. As duas inferiores, que podem ser substituídas por uma dobrada, cobrem toda a mesa; a de cima deve chegar à terra dos dois lados do altar. (d. 4029, ad 1.) Devem ser benzidas pelo bispo.

Para proteger as toalhas e enfeitar o altar fora da missa e exposição do SS. Sacramento tem-se o costume de cobri-lo com um véu ou guarda-pó. O elenco dos utensílios sacros (C. P. p. 706, n. 39) enumera: “Duas cobertas para cada altar.” A cor e o material são de livre escolha.

164.    II. O corporal é o pano sagrado destinado a receber o corpo sacramentado de Jesus Cristo. Simboliza o santo sudário. É sem dúvida, o mais antigo de todos os paramentos. No século IX era tão grande que dois diáconos estavam encarregados de estendê-lo no altar. Uma das extremidades servia para cobrir o cálix. Os cartuxos ainda guardam este rito. Na Igreja universal, porém, cobriram o cálix primeiro com um corporal dobrado, que depois foi substituído pela pala.

Convém bordar uma cruz pequena rente à orla do corporal do lado do celebrante (não no meio do quadrado anterior). Assim, se evita por a sagrada hóstia em diferentes lados e o perigo de se perderem com mais facilidade partículas sagradas. Tamanho: 50 cm de cada lado pouco mais ou menos.

III. A pala (de palliare = esconder, cobrir, pala = cortina) feita de pano de linho, serve para cobrir o cálix. Confecciona-se ou de várias camadas de linho bem engomadas, para ficar tesa, ou de duas peças de linho cosidas em forma de bolsa, tendo no meio um cartão, ou de um cartão coberto, em baixo, de linho, e em cima, de seda de qualquer cor, nunca, porém, preta; também pode ter bordados, menos os sinais de morte. (d. 3832, ad 4.) Deve ser benta. Tamanho: 15X18 cm, pouco mais ou menos.

IV. O sanguinho ou purificador é peça de linho (d. 3455 ad 2) de área de 45X50 cm de comprimento e 30 de largura, com o qual o sacerdote, depois da comunhão, purifica o cálix, a patena, sendo preciso, a boca e os dedos. Pode ter nas duas extremidades renda ou bordados. Dobra-se em três partes, ficando a bainha por baixo, quando se coloca sobre o cálix. Não é bento.

Sempre foi uso limpar e enxugar o cálix. Um pano especial para isto se encontra já no século XI. Mas o uso de levá-lo para o altar só, se generalizou na reforma do missal por Pio V.

165.    V. O simbolismo. Desde o século V as toalhas do altar foram consideradas símbolo dos lençóis, em que foi amortalhado o corpo sagrado de Jesus Cristo. Durandus (IV c. 29) dá explicações minuciosas sobre o corporal e a pala. Segundo ele, significam:

1) os panos sepulcrais de Cristo. De propósito, diz ele, foi determinado que o santo sacrifício não se ofereça em seda ou pano tinto, mas em linho puro, Como o corpo de Jesus Cristo foi amortalhado em pano puro de linho;

2) a Igreja, que é o corpo de Jesus Cristo e a qual por muitos sofrimentos é conduzida à alvura da vida eterna;

3) o mesmo Jesus Cristo: como a hóstia fica unida ao corporal e deposta sobre o altar, assim a carne de Jesus Cristo unida à divindade é pregada na cruz;

4) O corporal, por causa da sua cor branca, indica a pureza da alma, a qual é sempre indispensável a quem quer comungar. No rito da ordenação do subdiácono a Igreja diz: as palas e os corporais do altar são os membros de Cristo, a saber os fiéis, dos quais o Senhor se cerca como de vestes preciosas.

166.    VI. Frontal (de frontale, ornamento da fronte). Antigamente o altar se elevava no meio do coro, de sorte que a conveniência exigia que se cobrisse o suporte de todos os lados (pallium, antependium). Mais tarde, quando o altar foi encostado à parede da ábside, era bastante enfeitar o lado anterior. É este o destino do frontal.

Confeccionava-se de ricos estofos, de panos pintados e bordados, posteriormente de prata, de metal dourado com obras de filigrana e ornamentos artísticos.

Quando e onde nos tempos modernos o próprio suporte do altar foi transformado numa jóia de arte e de bom gosto, dispensava-se o frontal, o que ainda se pode observar. (Manuale Lit. Victor de App. p. 58: muitos autores citados.)

A sua cor deve corresponder, se for possível, à cor litúrgica do dia. (Rub. gen. XX.)

167.    VII. A cruz do altar. É uma cruz com a imagem de Jesus crucificado (crux cum imagine SS. Crucifixi, C. E. 12, 11), que se deve colocar durante a missa no altar e elevar acima dos castiçais. (C. E. 12, 11.) Pode ser substituída por um crucifixo grande no retábulo ou parede detrás do altar. (d. 1270 ad 2.) Em todo caso a cruz deve ser visível ao Celebrante e ao povo. (Decr. tom. 5, p. 133; 2621 ad 7.) O Decreto de 20 de dez. de 1659, que declarava suficiente a cruz sem a imagem de Jesus Cristo, foi revogado.

Não pode ser colocada no lugar onde se expõe o SS. Sacramento na custódia, nem no corporal que serve para a exposição (cl. 3567 ad 3), nem no trono de degraus, nem acima do altar (super Altari, C. B. – n. 327, § 1), nem diante da porta do sacrário; porém sobre o sacrário. (d. 4136 ad 2; C. B. 1. c.)

168.   No Oriente a cruz do altar era conhecida desde o século VI; no Ocidente, desde o século XI. No século XII foi costume em Roma por a cruz processional, nos dias de estação, sobre o altar. No século XIII seguiu-se o preceito de Inocêncio III de colocar a cruz entre dois castiçais (De sacr. alt. myst. II, 21); este preceito foi renovado no missal (Rub. Gen. XX) por Pio V. A cruz tem por fim designar o altar como o lugar do sacrifício perpétuo de Jesus Cristo, lembrar a identidade do sacrifício da cruz e da missa, e avivar nos corações a caridade para com o amoroso Redentor.

169.    VIII. A sacra (tabella secretarum), abreviação de sacra consecrationis fórmula, é quadro pequeno com as palavras da santa consagração em tipo grande, e algumas outras orações. Serve para auxiliar a memória do celebrante. Na idade média era desconhecida. O uso da sacra do meio começou pela metade do século XVI, das duas outras sacras, que no missal não são prescritas, mas exigidas pelo costume, no século XVII. Os bispos usam em lugar delas um livro próprio, Cânon Missae.

170.    IX. Estante e almofada. Entre os requisitos do altar, o missal (R. Gen. XX) menciona a almofada (cussinus, pulvinum.) Servia para resguardar as capas artísticas dos sacrarnentários e missais, como também para facilitar a leitura. Desde o século XIII foi empregada para o missal em geral. O C. E. permite substituir a almofada por uma estante, a qual já era usada no século XIII. (Braun, Lit. Handl., s. v.)

Cobrir a pequena estante para o missal com véu, não é proibido nem prescrito. (Cf. Mem. Rit. Sab. S. “uma almofada branca para o missal, quando não se usa uma estante”.) Serve porém para adorno do altar.

171.    X. Os relicários, imagens e flores.

1. O culto das relíquias dos mártires remonta até aos primeiros tempos do cristianismo. No século V também as relíquias dos confessores eram veneradas. Relicários preciosíssimos são testemunhas deste culto. Pela sua beleza eram muito próprios para enfeitar a igreja. Desde o século IX foram postos sobre o altar. O cerimonial dos bispos (C. E. 1. 1, c. 12, n. 12) recomenda que nas solenidades se coloquem, entre os castiçais, relicários ou imagens de prata ou de outra matéria, de tamanho conveniente.

É louvável expor nas igrejas para a veneração as imagens de Jesus Cristo e dos santos. Mas para que sirvam ao mesmo tempo de adorno e de instrução religiosa devem corresponder às prescrições litúrgicas.

Nas igrejas, mesmo nas isentas, sem licença escrita do ordinário do lugar não é permitido colocar estátuas novas ou insólitas, quadros pintados, inscrições e quaisquer monumentos ou introduzir obra nova. Mais que uma estátua ou imagem do mesmo santo sob o mesmo título não se permita na mesma igreja nem no mesmo altar, embora com diverso título. (C. B. n. 397.)

Imagens de papel são proibidas nas igrejas, mas se permitem oleografias coladas em tela. (C. B. 398.) Os donativos ou oblações votivas tenham o seu lugar na igreja, mas doravante só se aceitem aqueles em forma de coração. (C. B. 401.)

Nas grandes festas a decoração da igreja seja moderada e vistosa. Panos de menos preço e flores de papel são proibidas. (C. B. n. 356.)

Nas igrejas se podem admitir distintivos ou bandeiras que não pertençam a associações manifestamente contrárias à religião católica ou com estatutos reprovados, e quando os distintivos ou bandeiras não mostrem emblema por si proibido ou reprovado. (C. B. n. 374, § 2.)

172.    2. O costume de enfeitar as igrejas com plantas e flores já foi louvado por S. Jerônimo e S. Paulino de Nola. S. Agostinho (De Civ. Dei, 22, 8 ) menciona flores que adornavam um altar. O C. E. recomenda as flores para adorno dos altares (I, 12, 12), em primeiro lugar flores naturais, só em segundo lugar flores de seda.

O C. B. (n. 328) diz: Enfeitem-se os altares com as relíquias dos santos e flores, as quais, porém, não se coloquem diante da porta do tabernáculo ou em cima da mesa do altar. As flores sejam, se for possível, naturais e frescas ou ao menos de seda ou artísticas; nunca, porém, de papel ou celulóide, as quais são proibidas absolutamente.

173.    3. O C. E. distingue 3 modos litúrgicos de adornar: o modo festivo, o menos festivo e o simples.

A. O modo festivo (C. E. I, 12, 11) consiste no emprego de castiçais de prata ou de metal dourado mais altos do que nos dias comuns, de relicários, imagens, flores e tapetes.

B. O modo simples (C. E. II, 11, 1 simplex) não admite ornato festivo, nem imagem, mas só a cruz e os castiçais. É de obrigação:

a) para a missa de réquie solene. (C. E. II, 11, 1.)

b) para dias em que há ofício de ea no tempo do advento, da quaresma e da paixão (C. E. II, 20, 3; Victor de App. p. 59; Martinucci, 1. 2, n. 1, sine vasis floreis; Mem. Rit. tit. 2. c. 1, n.° 1 absque vasis florum), com exceção dos domingos Gaudete e Lcetare, em que o ornato dos altares é permitido.

174.    C. O modo menos festivo (C. E. II, 20, 2, simplicior), sendo distinto do modo simples, que explicitamente exclui as flores, este modo evidentemente as permite. Tal modo de adornar é usado nos dias de ofício festivo ritus duplicis et semiduplicis (Martinucci, 1. 2, c. 6, art. 1, n. 3) do advento e da quaresma. Pois, segundo C. E., o advento e a quaresma empregam o modus simplicior. (C. E. II, 20, 2.)

O mesmo vale para a semana da paixão. Pois Martinucci diz: “apparatus exterior congruat cum festo, a não ser que seja dia de luto, p. ex., domingo da paixão” (1. 2, c. 1, n. 6). O Memoriale Rituum exige (Dom. Palmar. c. 1. n. 3): “Rami Palmarum, loco florum”; supõe, por conseguinte, que nos dias anteriores da paixão se punham flores nos altares, ao menos, havendo uma festa.

Cappello diz que “não é proibido” (vetitum non est) enfeitar, mesmo no tempo da quaresma, os altares com flores, mas não convém. Pois é tempo “de tristeza e de penitência.” (Theol. mor. I, n. 778.)

Por ocasião da primeira comunhão das crianças, as flores se permitem também nos dias de e a (tempore Quadragesimae, d. 3448 ad 1). Diante da porta do tabernáculo não se pode colocar um vaso com flores ou coisa semelhante, mas este deve-se pôr em lugar mais baixo. (d. 2067 ad 10; cf. n. 932.)

O altar da exposição do SS. Sacramento sempre se enfeita com flores (Rubrica F. V. Cxna Dni), mesmo para a bênção.

175.    4. Todas as cruzes e imagens de Nosso Senhor Jesus Cristo e dos santos devem estar cobertas com véu roxo, véu da paixão, desde as primeiras vésperas do domingo da paixão. (C. E. II, 20, 3; Miss. Sabb. ante Dom. Pass.; cl. 1275 ad 3.)

Entendem-se as imagens sobre os altares. Pois, à pergunta: “an non solum Cruces et imagines Salvatoris, sed etiam omnes imagines Sanctorum, que super altaribus reperiuntur, tegi debent?”, respondeu a S. R. Congregação: Debent tegi omnes imagines. Este inciso: omnes imagines é a resposta à pergunta e compreende só “imagines Salvatoris et omnes imagines Sanctorum super altaribus”. Não modificando nada, a S. Congregação dos Ritos aprova a restrição: super altaribus. Portanto, não está prescrito que se cubram com véu as imagens fora do altar.

176.   Nem parece segundo o espírito da Igreja, respeitadora da beleza clássica, meter as imagens dos santos fora do altar, em sacos roxos, sendo impossível outro modo de velá-las. Na catedral de S. Pedro em Roma as imagens dos santos em a nave não são cobertas com véu.

No mês de março, em honra de S. José, a Sua estátua que está fora do altar, pode ficar descoberta e os altares podem ser ornados com flores. (d. 3448 ad 11.) Portanto, é permitido colocar uma imagem de S. José numa espécie de altar semelhante ao que se costuma erigir em honra de Maria Santíssima no mês de maio, e enfeitá-lo com flores. Com maior razão outras imagens fora do altar e menos visíveis podem ficar sem véu. As imagens da via sacra não se precisa cobrir. (d. 3638 ad 2.)

177. 5. O uso das imagens.

a) As imagens dos santos podem ser veneradas por toda parte; as imagens dos bem-aventurados, onde a sua missa é permitida ou houver indulto; as imagens dos servos de Deus ainda não beatificados só podem ser representadas nas paredes e janelas fora do altar e sem emblema de santidade. (d. 3835; 1156; 1130.) É proibido representar o Espírito Santo em forma humana quer com o Pai e Filho quer separada. (S. Off. 14.3.1928. Eph. lit. 1928 p. 197.)

178.   b) O altar fixo não exige a imagem do orago. (d. 2752 ad 5; 7.) Se, porém, alguma se põe, deve ser a do orago. (d. 4191 ad 4.) Uma imagem na janela não serve de imagem de altar; por isso não recebe inclinação durante a missa, se ocorrer o nome do santo nela representado. As imagens dos santos e as relíquias colocadas entre os castiçais devem ser incensadas na missa e nas vésperas. (d. 2375 ad 3.) Nunca podem ser postas no trono da exposição (d. 3589) sobre o tabernáculo, de sorte que este sirva de peanha (d. 2613 ad 6), nem ser levadas na procissão do SS. Sacramento. (d. 3878; 3997.) No mesmo altar haja uma só imagem principal; outra secundária é apenas tolerada. (C. B. n. 327, § 2.)

179.    XI. O tabernáculo (= tenda, morada) é espécie de armário para guardar o SS. Sacramento. O seu desenvolvimento foi muito lento e passou por diferentes fases.

1. Sem tabernáculo. Nos primeiros tempos, os cristãos eram muito fervorosos e comungavam todos durante a missa. O que restava do pão eucarístico era distribuído entre as crianças. Além disso os fiéis podiam levar o SS. Sacramento para casa e guardá-lo (Tertull. Ad uxor. 2, 5) e comungar. O tabernáculo na Igreja não era necessário.

2. Tabernáculo fora da igreja num quarto contíguo.

a) Na igreja oriental. Nas constituições apostólicas (IV-V sec.) foi determinado que as hóstias consagradas restantes fossem guardadas no pastofório. Era isto um quarto (sacristia) ou um nicho (armário).

180.    b) No ocidente este lugar se chamava sacrarium ou Secretariam (= lugar para esconder, depor os vasos sagrados e os paramentos; VII ord. rom.) Ainda no século XVI vigorava o costume de guardar assim o SS. Sacramento.

3. Tabernáculo dentro da igreja, mas fora do altar.

a) Na primeira metade do século XII, guardava-se o SS. Sacramento num armário encaixado na parede ou num nicho. Continuou este uso até ao século XVII.

b) Na época do estilo ogival, mormente nos séculos XIV-XVI, construíam-se torrezinhas muito artísticas, às vezes bastante altas, do lado do evangelho, para conservar o SS. Sacramento. Ainda no século XIX vigorava este costume.

181.    4. O tabernáculo sobre o altar.

a) Nos séculos IX e X colocava-se em alguns lugares unia espécie de tabernáculo sobre o altar, em que se guardava o viático para os enfermos.

b) Nesta época reinava, na França e na Inglaterra principalmente, o costume de conservar o SS. Sacramento num vaso suspenso por cima do altar. Em algumas igrejas permaneceu este método até aos séculos XVIII e XIX. Ainda está em vigor, com licença da S. Congregação dos Ritos, em Amiens.

c) A este vaso deram à forma de uma pomba, que pendia do cibório ou de um suporte semelhante ao báculo episcopal. No interior cabiam só poucas hóstias. Além disso não estavam bem fechados.

182.    d) Bem fechado. O 4° concílio de Latrão (1215) prescreveu que a S. Eucaristia fosse bem guardada debaixo de chave. Não exigiu, porém, que o tabernáculo fosse inamovível.

e) O ritual romano (1614) determinou que o tabernáculo fosse colocado sobre o altar, insinuando que ficasse inamovível. Este modo de conservar o SS. Sacramento não era novo. Na catedral de Colônia existe um altar do século XIV com o tabernáculo fixo; é o mais antigo.

183.   f) A recente legislação (cân. 1269) prescreve que a S. Eucaristia seja guardada num tabernáculo, fabricado com primor, de todos os lados solidamente fechado, inamovível colocado no meio do altar, decentemente coberto (cân. 1269, § 2), com o conopéu. (Rit. IV, 1, n.° 6.) Conopéu (mosquiteiro) significa a coberta do tabernáculo em forma de tenda. Muitas vezes se reduz a uma cortina (pavilhão, respeito) diante da porta do tabernáculo. O seu uso é obrigatório.

1) apesar do costume contrário (d. 4137);

2) apesar da preciosidade do tabernáculo (d. 3520) ;

3) apesar da cortina interior que é somente tolerada sob a condição de que o tabernáculo esteja coberto pelo pavilhão. (d. 3150.)

O conopéu pode ser feito de pano de algodão, lã, ou cânhamo, de cor sempre branca ou conveniente ao tempo e à festa, exceto a cor preta (d. 1615), que se substitui pela cor roxa nas exéquias. (d. 3035, ad 10.) Mas no altar em que está exposto o SS. Sacramento deve ser branco. (d. 1615, ad 7, 8, 9; 2673.) Não se deve tolerar pôr na porta do tabernáculo em lugar do conopéu um anteparo de metal, de pano bordado ou oleografia com símbolos da sagrada Eucaristia ou santo nome de Jesus, ou imagem de Maria Santíssima. (Decret. t. V. p. 481; C. B., n. 384, § 1.) Deve ser feito de pano tecido, sendo proibida a renda e obra de crochê. (S. R. C., 11 de julho de 1940.)

É proibido fazer os tabernáculos por detrás do altar. (C. B. n. 327, § 3.) O interior seja forrado de seda branca ou melhor de lâminas. (C. B. n. 384, § 1.) A chave seja de ouro ou prata, se for possível (C. B. n. 212, § 1), e guardada conforme as seguintes normas prescritas pela Santa Se (A. A. S., 1938, p. 98-107):

aa) O sacerdote encarregado de guardar a chave do tabernáculo está obrigado a isto sob pecado grave. Tem estrita obrigação de nunca deixar a chave do tabernáculo no altar ou na porta do tabernáculo nem mesmo durante o tempo das funções litúrgicas. Findas estas a chave ou é guardada pelo reitor da igreja em casa ou ele a leva sempre consigo, evitando, porém, o perigo de perdê-la; ou é colocada na sacristia num lugar seguro e oculto, fechado com outra chave, a qual deve ser guardada como foi dito. Se ele se ausenta, deve confiar a guarda da chave a outro sacerdote. Se a chave fica na sacristia; debaixo de outra chave, pode entregar esta última ao sacristão durante a ausência.

bb) Nos conventos das religiosas a chave não pode ser guardada dentro da clausura (inter septa), mas o deve ser na sacristia num lugar seguro, sólido e oculto, fechado com duas chaves. Uma delas é guardada pela superiora da comunidade ou pela irmã que faz as vezes dela, e outra por uma irmã, p. ex., a sacristã, de sorte que seja necessário o concurso das duas para abrir o lugar mencionado.

cc) Nos oratórios de seminários, colégios, hospitais, etc., o diretor, no for sacerdote, deve guardar a chave do tabernáculo. Se não for sacerdote, o diretor espiritual ou o capelão deve guardá-la com cuidado, para que não venha a cair nas mãos de outras ressoas.

dd) Nos oratórios privados a guarda da chave se entrega à família. O bispo pode dispor de outra maneira.

ee) Todas as vezes que houver roubo sacrílego, em que a S. Eucaristia for violada, o bispo deve meter em processo o pároco ou o sacerdote secular ou regular, ainda mesmo que seja isento encarregado da guarda da SS. Eucaristia e mandar as atas para a S. Congregação e propor o castigo talvez merecido.

ff) Responsável é sempre o sacerdote encarregado e não se admite a desculpa de que outro sacerdote foi negligente. Pois ele é que dá ocasião para o sacrilégio por sua culpa.

184.    XII. As balaustradas do coro. São conhecidas desde o século IV. Tem por fim:

1) “Separar o presbitério do corpo da igreja”. (C. P., p. 708, n.° 13.) É o lugar reservado ao clero (d. 157; 175 et alia);

2) designar o recinto do altar como santuário;

3) separar o santuário do lugar do povo;

4) impedir o transtorno das funções sagradas;

5) indicar que oferecer o sacrifício eucarístico é privilégio reservado aos sacerdotes.

O feitio e a altura têm sido nas várias épocas muito diferentes. Agora a balaustrada serve também de mesa da comunhão para o povo. A toalha com que está coberta “representa a sagrada mesa”. (C. P., p. 55, n.° 225.) Os objetos e alfaias indispensáveis enumera a C. P., p. 683. Convém (C. P., n.° 813) que haja nas sacristias uma tabela com os nomes do titular, do prelado diocesano e a oração imperada.

Titularis Ecclesiae __________________

Episcopus ________________________

Imperata ________________________

185.    XIII. Castiçais. Os castiçais, destinados para sustentar velas de cera, eram usados na antiguidade e pelos cristãos dos primeiros séculos. Na vida do papa Silvestre conta-se que o imperador Constantino ofereceu sete candelabros de bronze para o serviço do altar. Colocavam-se no pavimento ao lado do altar e eram sustentados por acólitos. Até o séc. IX não se tem notícias de castiçais postos no altar.

Podem ser iguais, embora segundo o C. E. (i, c. 12, n. 1 i) não devem ser iguais, decrescendo em altura desde a cruz para os dois lados; pois parece que neste caso o preceito do C. E. não se deve tomar rigorosamente, diz a S. R. C. (d. 3035 ad 7; t. V. p 56.) Não precisam estar na mesa do altar, mas podem ficar na banqueta. (d. 3759 ad 2.) Não podem ser substituídos por castiçais de sete braços a modo do castiçal mosaico (d. 3137 ad 4), nem por dois, postos dos dois lados na parede (d. 3137 ad 1), nem cobertos de um pano ou tecido no tempo da missa e dos ofícios. (d. 3059 ad 11.) Ao evangelho os acólitos não podem usar tochas em vez de castiçais. (d. 3333 I, 2.)

O seu número prescrito é diferente conforme o número das velas prescritas para a função litúrgica. São dois, quatro ou seis. O sétimo deve-se acrescentar, quando o bispo diocesano celebrar a missa pontifical. Na missa estritamente privada devem ser duas velas nem podem ser mais para o celebrante inferior ao bispo. (d. 2984.)

Podem-se acender mais de duas:

1) na missa do bispo;

2) na missa conventual (d. 3065);

3) nas missas paroquiais ou semelhantes nos dias de festa e quando se trata de missas celebradas em lugar de missa solene ou cantada, por ocasião de real ou costumada festividade, p. ex., a missa da comunidade nas casas religiosas. (Cappello I, n: 740; 774.) Missa paroquial neste caso é qualquer missa que se diz para o povo satisfazer a sua obrigação nos domingos e festas. (Cappello 1. c.)

Nas missas cantadas de réquie se devem acender ao menos quatro velas. (d. 3029 ad 7.)

Para as missas solenes com ministros sacros são prescritas seis velas (C. E. I, c. 12, n. 11), mas não é proibido pôr mais. Diante das imagens ou relíquias de santos, que há no altar, se pode empregar número maior de velas por serem acesas por causa do culto e não do celebrante. (Zualtli, Solans.)

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/4.%20CURSO%20DE%20LITURGIA%20-%20Pe.%20Reus/LITURGIA%20-%20PARTE%20II.%20.htm#50.%20ORNAMENTOS%20DO%20ALTAR


Oração ao Espírito Santo

maio 22, 2009

22 de maio – dia de Santa Rita de Cássia

maio 22, 2009

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Santa Rita de Cássia

Santa dos Impossíveis e Advogada das Causas Perdidas.

Exemplo de virtude em todos os estados de vida pelos quais passou. Sua intercessão é tão poderosa, que se tornou advogada de pessoas com problemas insolúveis

Dedicação e amor a Deus talvez sejam as qualidades que mais definam o caráter de Santa Rita de Cássia; essa mulher humaníssima agüentou como poucos a “tragédia da dor e da miséria, moral e social”.

Rita nasceu na Úmbria,bispado de Espoleto, em Roccaporena um pequeno povoado de Cásscia (Província de Perúgia) na Itália no dia 22 de maio de 1381.

Seus pais, Antonio Mancini e Amata Serri, ambos católicos praticantes, já eram de idade provavelmente casaram em 1339 e tiveram sua única filha, Rita, depois de mais de 40 anos de casados. Seu nascimento foi um grande milagre. Foi batizada, e recebeu a primeira Eucaristia na Igreja de Santa Maria dos Pobres, em Cássia.

Conta uma história que, certa vez, seus pais a levaram para o campo e, enquanto trabalhavam na roça em seus afazeres, deixaram a recém-nascida debaixo de uma árvore, na sombra num berço dormindo. Um enxame de abelhas brancas como a neve voou até a menina e girava em torno de seus lábios, como se fossem flores das mais perfumadas.

Um homem que passava por ali, e que tinha pouco antes ferido a mão, ao ver Rita e as abelhas, gritou assustado aos seus pais. As abelhas foram embora e o homem teve a mão curada naquele mesmo instante.

          O CASAMENTO FORÇADO E INFELIZ.

         Foi num lar católico que Rita cresceu. Antonio e Amata a educaram na fé em casa, e a ensinaram a rezar. Desde a infância, ela demonstrou uma grande afeição a Nossa Senhora e a Jesus Crucificado.

Na adolescência os 12 anos, tinha um desejo intenso de consagrar-se a Deus na vida religiosa. Em Cássia havia um mosteiro das monjas agostinianas. Seus pais, porém, já idosos, queriam que ela se cassasse.

 Seu temor a Deus e a obediência que mostrava ter aos seus pais a obrigaram renunciar ao seu desejo de se entregar a religião e se fechar em um convento, para aceitar abraçar o matrimônio com um jovem rapaz da religião, tido como violento daqueles que “não levava desaforo pra casa”, chamado Paulo Ferdinando.

Rita foi obediente, casou-se. Ele se embriagava com freqüência, brigava com os amigos e, chegando em casa, espancava Rita. Houve uma ocasião em que Rita esteve à beira da morte de tanto apanhar do marido.

         Foram muitas as vezes em que Rita não foi à igreja porque Paulo Ferdinando a impediu de ir. Ela, contudo, rezava por ele diante do crucifixo, pedindo pela conversão.

         Durante o seu matrimônio, Santa Rita de Cássia era uma mulher doce, preocupada com o bem-estar de seu marido. Mesmo consciente de seu caráter violento, sofria, mas rezava em silêncio, oferecia tudo a Deus.

A bondade de Santa Rita de Cássia era tão aparente que seu marido foi contagiado por ela. Passado um tempo, e perseverando Rita na oração pelo seu marido, Paulo Ferdinando caiu aos seus pés, pediu perdão a ela e a Deus, e mudou sua vida e seus costumes. Rita feliz, agradeceu a graça recebida.

          Rita e Paulo Ferdinando tiveram dois filhos: Tiago Antonio e Paulo Maria. Ambos foram educados na fé por seus pais e, com Rita, constantemente saíam de casa para visitar os enfermos e os pobres.

             SOFRIMENTO DESDE JOVEM.

Em 1402 morreram Antonio e Amata, pais de Rita. Seu pai morreu aos 19 de março e sua mãe aos 25 do mesmo mês, com 90 anos.

Logo depois, alguns antigos inimigos de Paulo Ferdinando, por vingança o assassinaram. Os filhos, já crescidos, e influenciados por amigos, planejaram vingar a morte do pai.

Rita, ao saber do desejo dos filhos Rezou, pedindo a Deus que tirasse este desejo do coração de seus filhos, ou, se fosse vontade divina, que os levasse para a glória do Céu para obterem a salvação, mas que não fossem assassinos. Deus ouviu suas preces, ambos adoeceram, e Rita cuidou deles com amor. Depois de pouco tempo, Tiago Antonio e Paulo Maria morreram.

A mãe carregou no coração a grande dor da perda dos pais, do marido e dos filhos sem perder a fé. Perdoou publicamente os assassinos de Paulo Fernando.

          A SOLIDÃO NO MUNDO.

               Sozinha no mundo, Rita transformou-se numa mulher de oração. Além do trabalho doméstico, ela continuava a visitar os enfermos e os pobres.

Participava da missa no mosteiro das agostinianas. Um dia, procurou a superiora e pediu-lhe para ingressar na ordem, mas não foi aceita. Provavelmente, por ser viúva e não ser mais virgem. As irmãs tinham medo também dos inimigos de Paulo Fernando, já que eles continuavam a ameaçar Rita. Por três vezes Rita pediu para ser admitida no mosteiro, e por três vezes ouviu o “não” da superiora. Rita vivia em casa, sozinha.

                 MOSTEIRO DAS IRMÃS AGOSTINIANAS

          Vivendo em casa, Rita vivia como se estivesse no mosteiro.

Num dia, a noite em profunda oração, ouviu um chamado: “Rita! Rita!”. Abriu a porta e eram três homens que foram à sua casa. Ao acolhe-los, ela os reconheceu. Eram os seus três santos protetores: São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolau de Tolentino.

Levantou-se e seguiu seus santos protetores. Era noite, e a porta do convento estava fortemente trancada. Eles então a levaram no interior do mosteiro das agostinianas, em Cássia.Ao amanhecer, as religiosas agostinianas ficaram estupefatas ao verem Rita, na capela do convento, rezando, sendo que a porta estava fechada.

As religiosas, a começar pela superiora, ficaram pasma com a presença de Rita, mesmo estando fechadas as portas do mosteiro. Vendo que era Deus que destinava à vida religiosa, a recebera na Ordem. Há quem veja o acontecimento afirmado que, ao ser aceita no mosteiro, Rita atribuiu a graça aos seus santos protetores.

No mosteiro, Rita mostrou-se serviçal e contemplativa. Ao mesmo tempo em que estava disponível às irmãs, servindo-as, também estava em constante oração, passando muitas horas diante de Jesus crucificado. Mesmo no mosteiro, continuou a sair para visitar os enfermos e os pobres. Enfrentou dificuldades e tentações; a tudo superou na força da fé.

OBEDIÊNCIA TAMBÉM NO CONVENTO.

Consciente de que obedecendo à superiora, obedeceria a Jesus.

Certo dia, a superiora, para pô-la a prova, pediu-lhe que, todos os dias, regasse um galho seco pela manhã e à tarde. Em sinal de obediência, Rita o fez com todo o carinho e, tempos depois, milagrosamente, o galho seco se transformou em uma bela videira. Esta ainda existe, em Cássia, e continua produzindo uvas.

O ESPINHO DA COROA DE JESUS.

               A devoção a Jesus crucificado sempre foi uma constante na vida de Rita. No ano de 1443, Tiago della Marca- depois canonizado – pregou um retiro em Cássia sobre a Paixão e a Morte de Jesus.

Voltando para o mosteiro depois de uma das pregações, Rita prostrou-se diante do crucifixo, na capela, e pediu para participar de alguma forma, da Paixão do Senhor. Foi quando um espinho da coroa de Cristo se destacou e feriu profundamente sua fronte, e ela desmaiou. Ao acordar, tinha uma ferida na testa. Com o tempo, essa ferida tornou-se mal-cheirosa. Rita então passou a viver numa cela à parte, distante das demais monjas; uma religiosa levava alimento a ela, diariamente. A ferida causava muitas dores; tudo ela oferecia a Deus. Por 15 anos Rita carregou consigo a marca feita pelo espinho da coroa de Cristo.

            CURAS E PEDIDOS.

                O povo de Cássia, atento ao que acontecia no mosteiro, percebeu que havia algo de diferente em Rita. Muitos Ian até ela e pediam a sua intercessão, e eram atendidos. Em pouco tempo sua fama de santidade se espalhou pela região.

             A PEREGRINAÇÃO A ROMA.

           Em 1450 o papa Nicolau V proclamou o Ano Santo. De toda parte pessoas iam a Roma em busca de indulgências. As monjas agostinianas de Cássia tomaram a decisão de ir a Roma. Rita queria receber as indulgências plenárias – perdão de todos os pecados – mas, devido a ferida fétida e por estar doente, não obteve da superiora permissão para participar da peregrinação. Diante do crucifixo, ela rezou, pediu a Jesus que retirasse temporariamente a ferida de sua fronte, mas mantivesse a dor para que pudesse ir a Roma. E conseguiu tal milagre. Rita foi a Roma, viu o Papa, obteve as indulgências, visitou os túmulos de Pedro e Paulo e outros lugares sagrados (igrejas). A viagem foi difícil, em parte feita a pé. Rita em nenhum momento perdeu a coragem e o ânimo. Ela estava, então, com 60 anos e, durante toda peregrinação, sentiu a dor do espinho (na fronte). Ao retornar a Cássia, a ferida voltou a se abrir, e a cada dia mais pessoas a visitavam para pedir a sua intercessão diante de Deus.

                  O ENFRAQUECIMENTO DO CORPO.

                Aos poucos a saúde de Rita foi se debilitando, até o momento em que já não mais se alimentava, vivendo apenas da Eucaristia. Permaneceu doente por quatro anos, até a morte.

            O MILAGRE DA ROSA.

         Já no leito de morte uma parente de Rita a visitou no inverno, quando tudo estava coberto pela neve. Ao se despedir, a parente perguntou se Rita queria algo. Ela disse que sim, e pediu uma rosa do jardim de sua antiga casa, em Roccaporena. A parente julgou que ela estava delirando; desde quando havia rosas no inverno? Para atender o pedido foi em sua antiga casa e chegando em sua vila, a surpresa: Milagrosamente em meio à neve, havia uma rosa magnífica! A parente a colheu e levou para Rita, que agradeceu a Deus por Sua bondade.

             A MORTE DE SANTA RITA.

Com o corpo debilitado pela falta de alimento, Rita pediu o Viático e recebeu a Unção dos Enfermos. O tempo todo tinha, sobre o peito, um crucifixo. Morreu no dia 22 de maio de 1457, aos 76 anos de idade, e tendo passado 40 anos no mosteiro. A ferida em sua fronte cicatrizou assim que ela morreu e, em lugar do mau cheiro, passou a exalar um suave perfume. Seu rosto tornou-se sorridente, como quem está pleno de contentamento.

             CORPO DE SANTA RITA APÓS A MORTE.

          Uma grande multidão acorreu ao oratório do mosteiro, para velar o seu corpo. No local da ferida, apenas a marca do que fora o sinal provocado pelo espinho. Todos olhavam para ela admirados, e louvavam a Deus. Já era tida como santa pelo povo. Rita não foi sepultada; seu corpo ficou exposto no oratório até 1595, ocasião em que foi transladado para a igreja anexa ao mosteiro, hoje dedicado a ela. O seu corpo permanece intacto.

                 OS MILAGRES.

                 Muitos fatos extraordinários e milagres de Deus são atribuídos à intercessão de Santa Rita, conhecida como a SANTA DOS IMPOSSÍVEIS.

São muitas as pessoas que visitam a capela onde Rita recebeu o espinho da coroa de Cristo, bem como a igreja de Cássia, onde está o seu corpo. São inúmeros os testemunhos de conversão, milagres e curas.

             A DEVOÇÃO MUNDIAL

         A devoção a Rita não ficou restrita a Cássia, nem a Itália. Espalhou-se por todo o mundo. Muitas são as igrejas dedicadas a ela.

                  A CANONIZAÇÃO DE SANTA RITA.

         Rita foi beatificada duzentos anos depois de sua morte, em 1628. O papa Leão XIII, aos 24 de maio de 1900, a canonizou.

                 SOCIEDADE DAS OBRAS DE CARIDADE

          Um ano após a canonização de Rita, o padre Salvador Font, da Ordem dos Agostinianos, fundou a Sociedade das Obras de Caridade de Santa Rita. São senhoras que recolhem donativos e costuram roupas com as próprias mãos, para depois oferecê-las aos enfermos e pobres. São imitadoras e discípulas de Santa Rita.

             AS LIÇÕES DEIXADAS POR RITA.

Eis algumas dentre muitas outras lições que podemos tirar da vida de Santa Rita de Cássia:

               1. Ela colocou a vontade de Deus acima de tudo;

2. Ela foi perseverante na oração e no perdão;

3. Ela sempre esteve a serviço dos enfermos e dos pobres;

4. Ela foi fiel à Igreja;

5. Ela amou a sua família;

6. Ela transformou o sofrimento em amadurecimento humano e espiritual;

7. Ela praticou o jejum como caminho para a doação ao próximo e como comunhão com Deus;

8. Ela alimentava-se da Eucaristia, de onde tirava coragem e força;

9. Ela acreditou no amor de Deus em todos os momentos da vida e, Ela nunca se cansou de interceder por aqueles que pediam a sua intercessão.

“Rita foi reconhecida ‘santa’ não tanto pela fama dos milagres que a devoção popular atribui à eficácia de sua intercessão junto de Deus todo-poderoso, porém, muito mais pela sua assombrosa ‘normalidade’ da existência quotidiana, por ela vivida como esposa e mãe, depois como viúva e enfim como monja agostiniana” (João Paulo II, no centenário da canonização de Santa Rita de Cássia).

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20Página/Santa%20Rita%20de%20Cássia.htm


A Historia do Ernani

maio 21, 2009