SACERDOTE – COMUNIDADE JESUS MENINO

novembro 30, 2010

TEMPO DE ESPERANÇA

novembro 30, 2010

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Tempo de Esperança

O primeiro olhar do tempo do Advento

A Igreja acompanha os mistérios de Jesus Cristo durante os diversos ciclos da Liturgia. Com o primeiro domingo do Advento inicia-se um novo ano litúrgico. Não se trata de girar continuamente em torno de um eixo, mas de reencontrar a presença de Deus em etapas novas de nossa vida, nas quais a morte e a ressurreição de Cristo, o núcleo de nossa fé, iluminam a compreensão dos desafios de cada hora presente.

O primeiro olhar do tempo do Advento descortina o horizonte de sua volta do fim dos tempos. Olhamos para a definitiva manifestação do Cristo, quando vier em Sua glória, e clamamos com a Igreja “Vem, Senhor Jesus”. Verdadeiramente, o Senhor voltará e seremos julgados pelo amor, como Ele mesmo indicou no sermão escatológico do Evangelho de São Mateus. “O Senhor virá!”

Na conjugação do verbo da esperança, diremos depois que o Senhor vem. De fato, as duas semanas centrais do Advento abrirão nossos corações para a experiência da presença de Cristo em nossa história. Presente no próximo, especialmente nos mais pobres, presente na Comunidade, em sua Palavra e na Eucaristia. E Ele nos espera ainda no silêncio orante de nosso coração.

Para acompanhar-nos, a Igreja oferece dois “padrinhos” de Advento, o profeta Isaías e São João Batista. O profeta viu de longe e anunciou a chegada do Salvador. Com ele se aprende a sonhar alto! “Sim! As velhas angústias terminaram, desapareceram de minha vista. Sim! Vou criar novo céu e nova terra! As coisas antigas nunca mais serão lembradas, jamais voltarão ao pensamento. Mas haverá alegria e festa permanentes, coisas que vou criar, pois farei de Jerusalém uma festa, do meu povo, uma alegria. Eu farei festa por Jerusalém, terei alegria no meu povo. Ali não mais se ouvirá o soluçar do choro nem o suspirar dos gemidos. Não haverá ali crianças que só vivam alguns dias, nem adultos que não completem os seus dias, pois será ainda jovem quem morrer com cem anos. Não alcançar os cem anos será maldição. Quem fizer casas, nelas vai morar, quem plantar vinhedos, dos seus frutos vai comer. Ninguém construirá para outro morar, ninguém plantará para outro comer. A vida do meu povo será longa como a das árvores, meus escolhidos vão gozar do fruto do seu trabalho. Ninguém trabalhará sem proveito, ninguém vai gerar filhos para morrerem antes do tempo, porque esta é a geração dos abençoados do Senhor, ela e seus descendentes. E, então, antes que me chamem, já estou respondendo, ao começarem a falar, já estou atendendo. Lobo e cordeiro pastarão juntos, o leão comerá capim junto com o boi… Ninguém fará o mal, ninguém pensará em prejudicar na minha santa montanha” (Is 65, 17-25). “O Senhor vem!”

João Batista, por sua vez, anunciou a proximidade do Reino de Deus e pregou a conversão dos corações, para preencher vales e abaixar os montes. Indicou estradas até para os desertos da vida, veredas que se abrem para o encontro com o Salvador.

Na última semana antes do Natal, aí sim, é que voltaremos os olhos para o nascimento de Jesus Cristo em Belém de Judá. É o tempo do presépio, tempo de fazer festa para o Aniversariante, que é Jesus. Com Maria, José, pastores e magos, meditaremos de novo a cena sempre nova do Deus feito homem para a nossa salvação, nascido num estábulo e reclinado numa manjedoura. “O Senhor veio!”

O tempo do Advento não é em primeiro lugar uma preparação para o Natal, já que a Igreja só reserva a última semana para isso. Advento é tempo de conhecimento de Deus que está sempre se dirigindo a nós, homens e mulheres de cada tempo. Batendo à porta dos corações, quer encontrar uma reposta de amor. É o dinamismo da fé cristã, que vai ao encontro do Senhor que vem. A madrinha que a Igreja oferece para a última etapa do Advento é a Virgem Maria. O grande Papa Paulo VI considerava o Advento o tempo mais adequado para o cultivo da devoção mariana.

Conduzidos por tais testemunhas, a Santíssima Virgem Maria, João Batista e Isaías, deixemo-nos tocar pela graça de Deus. É hora de arrumar a casa de nossa vida, para receber carinhosamente a visita de Nosso Senhor Jesus Cristo. Certamente, são muitas as coisas que ocupam nossos corações. Desfazer-se do supérfluo, olhar ao redor para a prática da caridade, escutar mais e melhor a Palavra de Deus. Tempo de graça, pois o Senhor, virá, vem e veio, Nosso Salvador, Jesus Cristo! Maranathá! Vem, Senhor!

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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém – PA

Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.

26/11/2010

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12100


“Aparecida – o milagre” estreia dia 17 de dezembro

novembro 29, 2010

“APARECIDA – O MILAGRE” estréia dia 17 de dezembro

O filme “Aparecida – o milagre”, com estreia prevista para 17 de dezembro, já é esperado por muitos devotos, ansiosos por ver, na tela do cinema, a história da Padroeira do Brasil narrada de forma contemporânea.

Estrelado por Murilo Rosa e grande elenco, o longa-metragem aborda uma trajetória de transformação, superação e reencontro de um homem com a família, o filho e, sobretudo, consigo por meio da fé em Nossa Senhora Aparecida.

Dirigido por Tizuka Yamasaki e produzido por Gláucia Camargos, toda a trama se passa no Vale do Paraíba, região do Estado de São Paulo onde está localizada a Basílica Nacional de Aparecida, o maior santuário mariano do mundo.

A produtora da obra cinematográfica afirma ser grande a emoção e a responsabilidade em produzir um filme com um olhar atual sobre a história e a devoção à Padroeira do Brasil. “É impossível fazer um filme sem se aproximar dela, e isso me emociona muito: falar da minha aproximação com ela”, comenta Gláucia referindo-se à Mãe Aparecida.

O ator Murilo Rosa, protagonista da trama, define seu personagem como um barril de pólvoras. “Este homem de sucesso é um trator, mas carente de pai, carente da mãe de quem se distanciou, carente de filho com quem não consegue se relacionar e, sobretudo, carente de fé”, explica o ator. De família católica, o artista se diz um homem de fé, pois, ao longo da vida pessoal e profissional, ele tem uma história muito ligada à Nossa Senhora Aparecida.

Sobre a expectativa em relação ao longa, o protagonista diz acreditar que as pessoas vão se identificar com essa busca pela fé. “Acredito que, pela verdade dos personagens e pela emoção da história, o filme tem todos os elementos para comover o espectador”, opina.

Outros nomes conhecidos pelo público, como Maria Fernanda Cândido, Leona Cavalli e a veterana Bete Mendes também compõem o elenco e falam sobre o papel que interpretam.

Maria Fernanda, que interpreta Beatriz, define sua personagem como uma mulher contemporânea. Alta executiva, ela acompanha Marcos, personagem de Murilo Rosa, em vários momentos importantes de sua vida profissional e pessoal. “Certamente, o público irá encontrar diversos pontos de identificação com as personagens e situações desse filme maravilhoso!”, enfatiza a atriz.

Leona Cavalli e Bete Mendes disseram ter gostado da possibilidade de atuar num filme dirigido por Tizuka Yamasaki e do roteiro sobre a fé em Nossa Senhora. Os atores Rodrigo Veronese e Jonatas Faro, estreantes na cinematografia, também são integrantes do filme.

Trilha sonora

Com estilo próximo ao dos filmes clássicos italianos e tema que visa aproximar o espectador da trama, a trilha sonora foi produzida por Paulo Francisco Paes. Bastante extensa – cerca de 50 minutos – ela é composta por três temas principais: um da infância do Marcos, um religioso ligado à Virgem Maria e ao milagre, e um para o protagonista na fase adulta, desenvolvido em diferentes situações da vida. A trilha também inclui um coral para 40 vozes.

O gênero musical, sempre apresentado em temas religiosos, está presente no início e no final do filme, e também no momento do milagre, quando o pescador João Alves recupera a imagem da santa.

“A música está muito presente em boa parte do filme, e foi uma grande experiência, sobretudo, para um estreante. Trabalhei muito, mas acredito que o objetivo inicial foi atingido: acentuar a religiosidade da história”, conta Paes.

Assista ao trailer oficial do filme:

 


PADRE FABIO DE MELO – AMIZADES POSSESSIVAS

novembro 29, 2010

PAPA BENTO XVI: O HOMEM ESTÁ VIVO ATÉ QUANDO EM SEU CORAÇÃO ESTIVER VIVA A ESPERANÇA

novembro 29, 2010

ANGELUS DO PAPA BENTO XVI

O HOMEM ESTÁ VIVO ATÉ QUANDO
EM SEU CORAÇÃO ESTIVER VIVA A ESPERANÇA

28.11.10 – Cidade do Vaticano O Santo Padre presidiu a oração mariana do Ângelus, deste domingo, na Praça São Pedro, no Vaticano, onde o aguardavam vários fiéis e peregrinos.

Bento XVI frisou que neste I Domingo do Advento, a Igreja inicia um novo Ano Litúrgico, um novo caminho de fé que recorda o evento Jesus Cristo. No Tempo do Advento olhamos tanto para a vinda do Filho de Deus, quando nasce da Virgem Maria, quanto ao seu retorno glorioso, quando virá a julgar os vivos e os mortos.

O Papa frisou que este sugestivo tema da expectativa tem um aspecto profundamente humano, “em que a fé se torna uma só coisa com a nossa carne e o nosso coração”.

“A expectativa, a espera – segundo Bento XVI – é uma dimensão que atravessa toda a nossa existência pessoal, familiar e social. A expectativa está presente em mil situações desde as pequenas e banais até as mais importantes que nos envolvem totalmente e profundamente”.

E o Papa citou como exemplo o casal que espera um filho, uma pessoa que espera um parente ou um amigo que vem de longe, a espera de um colóquio de trabalho, a espera nas relações afetivas, do encontro com a pessoa amada, a expectativa da resposta de uma carta, do acolhimento do perdão, e outras situações. E Bento XVI acrescentou: “Pode-se dizer que o homem está vivo até quando sabe esperar, até quando em seu coração estiver viva a esperança. E o homem reconhece suas expectativas: a nossa ‘estatura’ moral e espiritual pode ser medida por aquilo que desejamos, por aquilo em que esperamos.”

Podemos nos perguntar, neste Tempo de Advento, que nos prepara para o Natal: o que espero? Para onde se dirige neste momento o meu coração? Tais perguntas – segundo o Papa – devem ser feitas pelas famílias, comunidades e nações. “O que nós esperamos, juntos? O que une as nossas aspirações?” – perguntou ainda o Santo Padre.

Bento XVI frisou que antes do nascimento de Jesus, era muito forte em Israel a expectativa do Messias, ou seja, do Consagrado, descendente de Davi, que teria libertado o povo da escravidão moral e política e instaurado o Reino de Deus.

“Ninguém imaginou que o Messias poderia nascer de uma humilde jovem como Maria, prometida como esposa a José. Nem ela teria pensado nisso, mas em seu coração a espera do Salvador era tão grande, a sua fé e a sua esperança eram tão fortes, que Ele pôde encontrar Nela uma mãe digna” – frisou o Santo Padre.

Bento XVI concluiu a oração mariana do Angelus exortando os fiéis a aprenderem com Maria, Mulher do Advento, “a viver os gestos cotidianos com um espírito novo, com o sentimento de uma expectativa profunda, que somente a vinda do Senhor pode preencher”. O Papa concedeu a todos a sua bênção apostólica.

Fonte: Rádio Vaticano.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/O%20HOMEM%20ESTÁ%20VIVO%20ATÉ%20QUANDO%20EM%20SEU%20CORAÇÃO%20ESTIVER%20VIVA%20A%20ESPERANÇA%20%20.htm


REVESTE-ME SENHOR, COM O TEU AMOR

novembro 29, 2010

Reveste-me Senhor, com o teu amor

Dom Irineu Danelon
Foto: Vânia Regina/CN

 

Hoje parece que as leituras foram feitas para nos da Pastoral da Sobriedade, pois realmente o que nos fazemos é transformar as armas em ferramentas, para ajudar, levantar, animar à outros. Os fracos fazem guerra, os fortes compreendem uns aos outros, e nos precisamos transformar a fera que existe dentro de nós. Quando você usa drogas se torna uma pessoa feroz e uma pessoa perigosa, porquê nos somos os únicos animais que podemos usar da inteligencia para fazer o mal.

Jesus veio fazer a revolução da fraternidade e o Tempo do Advento é esse tempo de fraternidade, mas a arma mais perigosa é a língua, que é mais perigosa que uma metralhadora. O tempo do Advento diz a Segunda leitura (Romanos 13,11-14a), é o tempo de se revestir de Cristo.

É preciso se revestir de Cristo por inteiro, dos pés a cabeça, do ultimo fio de cabelo ao dedão do pé.
Deixar Cristo revestir o nosso ouvido, para ouvir a Voz de Deus, que Cristo revista os nossos olhos, pois quem não tem amor não enxerga, e se nossa língua for ungida, for revestida por Jesus a serviço do amor, nossa palavra sera capaz de animar, motivar, consolar, levantar a todos e não mais dividir, e por fim se o nosso coração for o lugar onde o amor reside, seremos como uma fornalha, que arde de compaixão.

Peça também que nossas mãos sejam ungidas, para abençoar, para levantar, para ajudar o outro, peça que o amor de Jesus transforme as suas mãos, pois se você trabalha sem amor, de nada adianta. O amor precisa entrar até no seu bolso, para que você possa ser solidário, partilhar, e lembrar-se das palavras que falamos pela manhã: sobriedade e solidariedade.

O Natal só acontece com pessoas novas, quando você se torna novo, revestido pelo mesmo Espirito Santo que revestiu Jesus. Quando o seu natal acontece? Quando você pode dizer: “Já não sou eu que vivo, mas é Cristo que vive em mim” (Gal.2, 20)

Sede sóbrios. O Natal não é tempo de bebedeiras, de drogas, mas tempo de revestir-nos do Cristo, pois não sabemos, quando vamos prestar contas da nossa vida ao Senhor.

“o Tempo do Advento é tempo de fraternidade”
Foto: Vânia Regina/CN
 

Quero terminar contando uma pequena parábola:

Um homem foi preso, e na cadeia durante uma noite ele sonhou com Jesus. No sonho Jesus aparecia para ele pois havia chegado sua hora de prestar da sua vida. Este homem ficou preocupado, pois não havia nem mesmo se livrado do tribunal dos homens. Então no sonho Jesus diante deste homem o perguntou: Você me ama? O homem pensou um pouco e respondeu que sim, neste momento Jesus o questionou novamente dizendo: Então prova! Há quantos você amou? O homem começou a pensar, e não encontrava ninguém que ele pudesse afirmar verdadeiramente que havia amado, então se viu sem resposta diante de Jesus. Neste momento o homem acordou e se viu mais uma vez na cela, junto com outros presos e percebeu que aquele sonho era um aviso. Deste dia em diante, o homem fez a opção de começar amar por ali, começando com seus companheiros cela, a partir daquele dia, tudo era partilhado: o alimento, a limpeza da cela e tudo mais.

A Pastoral da Sobriedade nasceu de uma inspiração, esta inspiração vem do Amor Maior que é o que precisamos viver neste Advento, pois Jesus vai nos perguntar se amamos os nossos, aqueles que precisam da nossa ajuda, que precisam do nosso apoio. O amor é o que importa, é o que devemos viver.

Transcrição e adaptação: Carlos Eduardo

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos/novoeventos/cobertura.php?cod=2483&pre=6748&tit=Reveste-me%20Senhor,%20com%20o%20teu%20amor


FLAVINHO – COMIGO ESTÁS

novembro 28, 2010

O ESSENCIAL É INVISÍVEL AOS OLHOS

novembro 28, 2010

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O essencial é invisível aos olhos

Não fomos criados apenas para esta vida transitória e passageira

Você já percebeu que o mundo está dominado pelo consumismo, pela vaidade do corpo, pelo amor à vanglória e pela busca do prazer (hedonismo). O importante hoje é a “cultura do corpo”, não mais a do espírito; e esta inversão pôs o homem de cabeça para baixo. Por isso ele está desnorteado, sem norte. As academias de ginástica, os salões de beleza e os consultórios dos cirurgiões plásticos se multiplicam a cada dia, mas os homens e as mulheres continuam infelizes. Falta-lhes algo invisível… A indústria de cosméticos é uma das que mais faturam em todo o mundo.

O valor maior da pessoa humana é o espírito, a alma criada à imagem do Criador; depois vem o corpo, a bela morada da alma. Se o corpo pesa sobre o espírito, este agoniza e o homem fica aniquilado, frustrado, vazio. Se você bater num tambor cheio d’água, ele não fará barulho; mas se você bater num tambor vazio, vai fazer um barulhão.

Os homens também são assim, fazem muito barulho quando estão vazios… Se a hierarquia de valores for invertida, a grandeza do homem fica comprometida. Quando você permite que as paixões do corpo sufoquem o espírito, não há mais homem ou uma mulher em você, mas uma “caricatura” de homem ou de mulher.

O homem do século XX dominou a matéria e a tecnologia, mas lamentavelmente está de cabeça para baixo. É por isso que vimos a matança de dez milhões de irmãos na Primeira Guerra Mundial, o extermínio de cinquenta milhões na Segunda e de mais de cem milhões de vítimas do comunismo na União Soviética e na China.

Além disso, jovem, saiba de uma realidade muito triste: neste século das maravilhas da tecnologia, não houve um dia sequer sem que houvesse, em algum lugar do planeta, uma guerra. Em nenhum dia deste século XX, que há pouco terminou, a humanidade conheceu cem por cento o gosto da paz!

Não é à toa, caro jovem, que a nossa geração é a que mais consome antidepressivos e remédios para dormir e necessita cada vez mais de psicólogos e psiquiatras. Não é mais o corpo que está doente; é a alma. E quando o espírito adoece, toda a pessoa fica enferma.

A cultura do corpo, da glória e do prazer deixa um vazio; porque o homem só pode se satisfazer com aquilo que está acima dele; não com o que está abaixo. 

O prazer, sobretudo, se é imoral, passa e deixa sabor de morte; a alegria, por outro lado, que é a satisfação do espírito, deixa gosto de vida.

Se você se frustrar no nível biológico, porque tem algum defeito físico, pode sublimar essa frustração e ser feliz se realizando num nível mais alto, o da cultura, o do saber.

Se você não pode se realizar no nível racional, pode se realizar no nível espiritual, que é o mais elevado, numa relação íntima com Deus. Mas se você desprezar o nível espiritual, não poderá se realizar porque acima deste não há outro no qual você possa buscar a compensação.

O grande poeta francês Exupèry dizia que “o essencial é invisível aos olhos”. A razão é simples: tudo que é visível e material passa e acaba; o invisível, o espiritual, fica para sempre.

Você sabe que os todos os seres criados voltam ao seu nada, voltam ao pó da terra. Por quê? Porque a força que os mantém vivos está em cada um, mas não lhes pertence. O poder de ser uma rosa está na rosa, mas não é dela. Quando você vê uma bela flor murchar é como se ela estivesse lhe dizendo: “A beleza estava em mim, mas não me pertencia; Deus a tinha me emprestado”. Da mesma forma, o poder de ser um cavalo está no cavalo, mas não é dele. Se fosse dele, jamais ele morreria. Ele foi criado por Alguém que o mantém vivo. Assim como quando uma bela artista envelhece, e surgem as rugas, ela está dizendo que a beleza estava nela, mas não era propriedade dela.

Deus disse a Moisés: “Eu Sou Aquele que Sou! Yahweh!” Isso quer dizer: Somente Deus é a fonte da vida, e todos os seres dependem d’Ele para existir. Se você ficar cultivando apenas o seu belo corpo e se esquecer de sua alma, amanhã estará amargurado, pois, do mesmo jeito que a rosa murchou, o seu corpo também envelhecerá; e isso é para todos, de maneira inexorável.

Por outro lado, quanto mais você viver, tanto mais a alma poderá se tornar bela e jovem, tanto mais o espírito poderá se renovar.
São Paulo expressou muito bem esta mensagem cristã:

“É por isso que não desfalecemos. Ainda que exteriormente se desconjunte nosso homem exterior, nosso interior renova-se de dia para dia […] Porque não miramos as coisas que se veem, mas sim as que não se veem. Pois as coisas que se veem são temporais e as que não se veem são eternas” (II Cor 4, 16-17).

Jovem, você não foi criado apenas para esta vida transitória e passageira, na qual tudo fica velho e se acaba. Você foi feito para a eternidade; para uma vida que nunca acaba.

O jovem fogoso que foi Santo Agostinho, um dia, chegou a esta conclusão: “De que vale viver bem, se não posso viver sempre?”
Para você viver sempre, vai precisar cultivar a sua alma, muito mais do que o seu corpo.

Uma pergunta intrigante: Se você conhecesse uma mulher que está grávida, e já tem 8 filhos, dos quais 3 são surdos, 2 são cegos,  um é retardado mental, e ela tem sífilis, recomendaria que ela fizesse um aborto? Se sua resposta foi “sim”, você teria impedido de nascer e viver o grande gênio da música, o compositor alemão Ludwig van BEETHOVEN (1770-1824).

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Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Trocando Idéias”. Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: http://www.cleofas.com.br

26/11/2010

PRÉ-NATAL: ORAÇÃO EM TEMPO DE CANSAÇO

novembro 27, 2010

 

 

 
A primeira vitrine de Natal que vejo nas ruas me encontra cansado, surpreso, aflito por pressentir a passagem acelerada do tempo, levando-me junto, sem dar tempo de que me ocupe mais com pessoas e coisas que me façam realmente feliz.Vem aí mais uma maratona de fim de ano, com sua previsível cota de filas no comércio, agônicos engarrafamentos no trânsito, e não me sinto, ainda, natalinamente preparado.

 

Hoje, o Natal que sobrevive em mim é suficiente apenas para elevar a esse Deus tão menino uma prece, pedindo, simplesmente, que eu não me canse…
Que eu não me canse, Senhor, dos pequenos gestos.

Que eu não desanime dos heroísmos anônimos, do tempo gasto ouvindo lamentos, da paciência exigida para suportar rancores, mágoas, da generosidade sem a qual seria impossível amar o irmão que espera de mim, mesmo contra toda esperança, gestos de acolhida, afeto, respeito, carinho e compreensão.

Num mundo que valoriza tanto a vitrine, que eu seja capaz de garantir que haja algo que valha realmente a pena, guardado no estoque das minhas poucas e preciosas certezas.
           
Que eu não me canse, nem desanime, Senhor, mesmo diante da aparente vitória dos que gestam e geram conflitos e guerras, sobre os muitos que anseiam e  precisam de serenidade e paz!
           
Ensina-me a ser paciente, Senhor. A caminhar de volta sobre passos já dados, e retomar o caminho quantas vezes for preciso, sem perder de vista o rumo, o destino que busco: estar cada vez mais perto de Ti.
           
Que eu não me canse, Senhor, se o peso das dificuldades, se os acidentes no percurso, as grandes e pequenas perdas e tragédias do cotidiano, tornarem a caminhada quase insuportável. Que eu retome, todos os dias, a minha cruz, sem esquecer a minha alegria, a minha fé, a minha esperança, e com essa bagagem, que eu siga em frente, sabendo que estás ao meu lado, companheiro de caminhada, presente nos amigos, na família, nos tantos que caminham comigo, ainda que eu não saiba ou perceba,  fazendo-nos assim, teu povo, tua Igreja.
           
Em meio a tanto barulho, que haja silêncio em meu coração para que eu possa ouvir tua voz que fala no silêncio, Senhor. Que, nesse tempo e espaço de serenidade, a sinfonia da tua beleza se manifeste em mim, criando e recriando harmonias.
           
Que eu não me canse, Senhor, nem me deixe enganar pelas promessas que garantem o paraíso em suaves prestações da minha consciência. Que eu não me aliene nem transfira para quem quer que seja a responsabilidade por meus atos e omissões, por minhas escolhas, pelo SIM e pelo NÃO que pronuncio a cada minuto da vida, frutos da minha sagrada liberdade.
          
O mundo em que vivo e que ajudo a construir, valoriza demais, espera demais pelos grandes momentos, pelo sucesso explosivo, a fama instantânea, a fortuna lotérica das mega-senas da virada, os segundos na passarela, na tela, na manchete, quase sempre seguidos por uma imensa e depressiva solidão.
          
Que eu aprenda, todos os dias, a viver a beleza sem maquiagem dos momentos simples. Que eu recupere a clareza dos sorrisos lavados, purificados, ternos e eternos que contemplo principalmente nas crianças e nos bem velhinhos. Que eu saboreie cada gota de eternidade que mina nos pequenos gestos de doação, em mim e à minha volta. E que eu canalize, junto com teu povo, essa energia toda, em cascata, para abastecer as fontes onde, um dia, os guerreiros do mundo virão, cansados e derrotados de si mesmos, matar a sede que, eles ainda não sabem, só Tu podes saciar.
É que, antes de inventarmos as guerras, as misérias, o cansaço, as vitrines, as luzes ofuscantes e artificiais, sob o brilho frágil de uma vela, alguém escreveu no livro da vida:

A minha alma tem sede do Senhor!

Amém, à espera do Aleluia de Natal!                                                                       
 
Autor: Eduardo Machado

 

http://www.espacomaria.com.br Artigo n.º 2889
Publicado em: 18/11/10 às 08:48:27

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=12&id=2889


COMENTÁRIO DO EVANGELHO DE DOMINGO 28/11/2010

novembro 27, 2010

Comentário do Evangelho do 1° domingo do Advento Ano:A
Irmãos(as),com alegria iniciamos hoje o novo ano liturgico.

Clique no link abaixo e confira o comentário do Padre Mateus Maria:

http://nossasenhorademedjugorje.blogspot.com/2010/11/esperai-o-senhor-com-alegria.html


PADRE FABIO DE MELO CANTANDO ROMARIA

novembro 26, 2010

OS DEZ MANDAMENTOS DA SERENIDADE

novembro 26, 2010

Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este meu dia,
sem querer resolver o problema de minha vida, todo de uma vez.

Só por hoje terei o máximo de cuidado com o modo de tratar os outros: serei delicado nas minhas maneiras, não criticarei ninguém, não pretenderei melhorar ou disciplinar ninguém senão a mim mesmo.

Só por hoje me sentirei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só no outro mundo, mas também neste.

Só por hoje me adaptarei às circunstâncias, sem pretender que as circunstâncias, se adaptem todas aos meus desejos.

Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, pois, assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a minha alma.

Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém.

Só por hoje farei uma coisa de que não gosto e, se for ofendido nos meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

Só por hoje farei um programa bem completo de meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo o caso, vou fazê-lo. E evitarei dois males: a pressa e a indecisão.

Só por hoje serei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim, como se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.

Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de crer na bondade.

João XXIII

Fonte: http://www.paulinas.org.br/diafeliz/mensagem.aspx?Data=25/11/2009&MensagemID=1023


Dalvimar Gallo – Chaga Do Ombro

novembro 25, 2010

A cura da Anencefalia – Omar de Jesus

novembro 25, 2010

A CURA DA ANENCEFALIA 

OMAR DE JESUS

quarta-feira, 24 de novembro de 2010 , Posted by Pe. Mateus Maria at 11:30

Caros amigos, a paz! Vos envio um lindo testemunho por e-mail, na verdade um milagre do Grande amor de Deus, que revela que a ultima palavra não é nem dos médicos, mas de Deus mesmo.

Quito, 22 nov 2010

Com todo meu coração agradeço por toda a ajuda que nos deram para salvar a vida de Omar de Jesus, que depois de sete meses no ventre da mamãe foi diagnosticado com anencefalia e no Hospital de Pablo Arturo Suarez Quito, o médico o condenou à morte e ordenou que o aborto de imediato porque uma criança com deficiência não tem o direito de viver, segundo alguns médicos.

Imediatamente ouvimos o caso através um grupo de voluntários da Fundação Pró-Ação começou uma grande corrente de oração para a criança e ajudar a a mamãe -orientando, informando sobre o procedimento do aborto e da maneira cruel em que seu bb pequeno seria morto na sala de cirurgia, também oferecemos apoio psicológico, alimentar, médico e espiritual no processo.

Especialmente a nossa ajuda a despertar o amor da mãe pelo seu filho, a coisa mais importante é amar nossos filhos como eles são, que o tempo que Deus permitiu que estar conosco para nos divertir, conhecer-te e orar por eles, que sua vida só pertence a Deus .

Com a bênção de Deus concordou e disse sim à vida, Omar de Jesus nasceu a 28 de agosto, os médicos disseram-nos que só vive 72 horas, por isso chamou de imediato a ajuda de um padre. Depoisde 36 horas fomos orientados a desligar os aparelhos , porque ele vivia de uma forma artificial, nós consultamos nosso guia espiritual, aconselhou-nos que sim mas que nao tirassemos a alimentação e continuou tubo de alimentação pelo nariz, depois de 48 horas foi-nos dito, levem para casa para morrer com dignidade com sua família e não num quarto de hospital. Compramos o caixão. Omar de Jesus antes de tudo isto, ele riu, moveu a cabeça que estava toda aberta; ele só ofereceu amor a todos aqueles que o visitaram.

Uma semana depois apesar dos médicos pessimistas levaram para um hospital especializado em pediatria; nos insultaram, porque tinhamos deixado viver um “fenômeno”, enfrentamos a todos os médicos de emergência e um neurocirurgião se ofereceu para operar mas fez-nos assinar papéis em que assumimos a responsabilidade por tudo o que aconteceria na operação; confiantes de que tudo está nas mãos de Deus, assinamos e com a bênção de Deus e a ajuda de muitos doadores que ajudaram a pagar todas as contas do hospital, Omar de Jesus, a operação correu bem.

Hoje fora de todos os prognósticos médicos, Omar de Jesus!, está vivo, os ossos do crânio dele cresceram e surpreenderam o médicoque reconheceu que ele é realmente um milagre de Deus e que até mesmo o cérebro está crescendo normalmente e que, com boa estimulação , o amor e a dedicação o bebê pode crescer e desenvolver-se sem grandes dificuldades. Olhe para as fotos.

Tudo isto é possível graças a sua ajuda, sua generosidade e sobretudo graças à Virgem de Guadalupe, que intercede por para esses bebês e nossos benfeitores por aqueles que rezam todos os dias, Deus abençoe seu coração generoso. Para saber mais sobre este evento ou deseja contribuir para esse ministério, por favor ligue para 5932 241 80 40C.

DEUS ABENÇOE !!!!, até hoje 2.976 crianças foram salvas do aborto, graças à Providência Divina e você.

Atenciosamente,

Amparo Medina
Pró-Ação / subsidiária da Human Life International

Fonte: http://nossasenhorademedjugorje.blogspot.com/2010/11/cura-da-anencefalia-omar-de-jesus_24.html

 


PADRE FABIO DE MELO – AMADURECER O AMOR

novembro 24, 2010

Maria é sinal de que Deus não nos abandona

novembro 24, 2010
 
Neste ano de 2010, celebramos sessenta anos da definição solene do Dogma da Assunção de Nossa Senhora em Corpo e Alma ao Céu. Esta celebração litúrgica é uma das mais antigas festas marianas. Na verdade, a Igreja sempre acreditou e defendeu, que, após a morte, a Bem-Aventurada Virgem Maria subiu à glória do céu em corpo e alma, mas só em 1950 o Papa Pio XII proclamou através da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, em 1° de novembro a Assunção de Nossa Senhora, como dogma de fé:
a Santa Mãe de Deus, a Arca da Nova Aliança, intimamente associada ao sofrimento e à morte de Cristo, foi também e, desde logo, associada à Sua gloriosa Ressurreição. Na homilia em Gastel Gandolfo, no dia 15/08/10, o Papa Bento XVI falou que “No final de sua vida, Maria foi levada em corpo e alma ao céu, ou seja, à gloria da vida eterna, na plena e perfeita comunhão com Deus”. Desta forma A Mãe de Deus foi inserida no Mistério de Cristo e participa da Ressurreição de seu Filho. Continuou o Santo Padre: “Nós cremos que Maria, como Cristo seu Filho, venceu a morte e triunfa na gloria celeste na totalidade de seu ser, em alma e corpo“. Podemos perguntar, quais são as raízes desta vitória sobre a morte antecipada em Maria? “As raízes estão na fé da Virgem de Nazaré, uma fé que é obediência à Palavra de Deus e abandono total à iniciativa e à ação divina. A fé é a grandeza de Maria, como proclama alegremente Isabel: Maria é bendita entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre, porque é a Mãe do Senhor, porque crê e vive de maneira única a primeira das bem-aventuranças, a bem-aventurança da fé” – frisou Bento XVI. Estamos numa fase dos Exercícios Espirituais na Vida Cotidiana, a “Contemplação para Alcançar o Amor” e somos chamados a olhar o que o Senhor, em seu amor, quis também para nós, para o nosso destino final: “viver através da fé na comunhão perfeita de amor com Ele e assim viver realmente para sempre. É o seu amor que vence a morte e nos doa a eternidade, é este amor que chamamos céu” (cf. Papa Bento XVI, na homilia em Gastel Gandolfo). Então, a lembrança do Dogma da Assunção de Nossa Senhora, nos recorda que Deus, o Deus que se fez homem, não nos abandona nem mesmo na morte e depois da morte, mas Ele tem um lugar para nós e nos doa a eternidade. Desta forma, as maravilhas, que Deus realizou em Maria de Nazaré, introduz-nos no dinamismo e contemplação da esperança da vida eterna, a Vida plena em Deus, após a morte. Na Virgem cheia de Graça, o Verbo Eterno do Pai, Cristo Jesus, fez-se Carne e habitou entre nós. Sua Mãe Imaculada, concebida sem pecado original, não podia, por isso, segundo a fé da Igreja, estar sujeita à corrupção da morte. S. João Damasceno, monge e grande teólogo do séc. VIII, ilustre doutor da Igreja, dizia em um de seus sermões: “todas as criaturas e nações a devem aplaudir e a celebrar a Mãe de Deus” e, referindo-se à sua morte, afirma: “Ela, que gerou o destruidor da morte, (…) vê aproximar-se sem temor, esta partida luminosa, cheia de vida e de santidade”. Se hoje, somos convidados a contemplar Maria na glória do Céu, ela também nos convida a imitar as suas sublimes virtudes, como modelo de fé e de amor a Cristo e aos irmãos. No Evangelho de Lucas, cf Lc 1,39-56, contemplamos a jovem Maria de Nazaré, subir apressadamente a montanha da Judéia para ajudar sua prima Isabel, que estava grávida. O “Sim” incondicional de Maria a Deus, abre-lhe um horizonte imprevisível de total doação e serviço aos outros. A sua fé profunda e viva é dinâmica: cheia de amor e de alegria corre a visitar e a ajudar Isabel. O encontro feliz entre as duas mães ficou célebre na História da Salvação. Maria e Isabel irrompem em cânticos de louvor. É a festa do Amor e da Alegria, porque Aquele que é a Vida e a Luz do mundo, está a chegar! Mistério de Amor, que as mães celebram, agradecidas! “No céu temos uma Mãe. O céu está aberto, o céu tem um coração” cf. Papa Bento XVI.
http://www.espacomaria.com.br Artigo n.º 2894
Publicado em: 20/11/10 às 09:11:22

 

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=8&id=2894


PADRE ZEZINHO – QUANDO EU ERA PEQUENO

novembro 23, 2010

A PACIÊNCIA

novembro 23, 2010

 

 
A paciência, diz o Apóstolo, vos é necessária para que, fazendo a vontade de Deus, alcanceis o que Ele vos tem prometido. Sim, nos diz Jesus Cristo, possuireis vossas almas pela paciência.
O maior bem do homem consiste, Filotéia, em possuir seu coração e tanto mais o possuímos quanto mais perfeita é nossa paciência; cumpre, portanto, aperfeiçoarmos nesta virtude.
Lembra-te também que, tendo Nosso Senhor nos alcançado todas as graças da salvação pela paciência de Sua vida e de Sua morte, nós também no-las devemos aplicar por uma paciência constante e inalterável nas aflições, nas misérias e nas contradições da vida.
Não limites a tua paciência a alguns sofrimentos, mas estende-a universalmente a tudo o que Deus te mandar ou permitir que venha sobre ti. Muitas pessoas há que de boa mente querem suportar os sofrimentos que têm um certo cunho de honroso: ter sido ferido numa batalha, ter sido prisioneiro ao cumprir seu dever, ser maltratado pela religião, perder todos os seus bens numa contenda de honra, da qual saíram vencedores, tudo isso lhes é suave; mas é a glória e não o sofrimento o que amam.
O homem verdadeiramente paciente tolera com a mesma igualdade de espírito os sofrimentos ignominiosos como os que trazem honra. O desprezo, a censura e a deseducação dum homem vicioso e libertino é um prazer para uma alma grande; mas sofrer esses maus tratos de gente de bem, de seus amigos e parentes, é uma paciência heróica. Por isso aprecio e admiro mais o Cardeal São Carlos Borromeu, por ter sofrido em silêncio, com brandura e por muito tempo, as invectivas públicas que célebre pregador duma ordem reformada fazia contra ele do púlpito, do que ter suportado abertamente os insultos de muitos libertinos; pois, como as ferroadas das abelhas doem muito mais que as das moscas, assim as contradições procedentes de gente de bem magoam muito mais do que as que provêm de homens viciosos. Acontece, no entanto, muitas vezes que dois homens de bem, ambos bem intencionados, pela diversidade de opiniões, se afligem mutuamente não pouco.
Tem paciência não só com o mal que sofres, mas também com as suas circunstâncias e conseqüências. Muitos se enganam neste ponto e parecem desejar aflições, recusando, entretanto, sofrer suas incomodidades inseparáveis. Não me afligiria, diz alguém, de ficar pobre, contanto que a pobreza não me impedisse de ajudar a meus amigos, de educar meus filhos, e de levar vida honrosa. E eu, declarava um outro, pouco me inquetaria disso, se o mundo não atribuísse esta desgraça à minha imprudência. E eu, dizia ainda um terceiro, nada me importaria esta calúnia, contanto que não achasse crédito em outras pessoas. Muitos há que estão prontos a sofrer uma parte das incomodidades conjuntas aos seus males, mas não todas, dizendo que não se impacientam de estar doentes, mas do trabalho que causam aos outros e da falta de dinheiro para se tratar.
Digo, pois, Filotéia, que a paciência nos obriga a querer estar doentes, como Deus quiser, da enfermidade que Ele quiser, no lugar onde Ele quiser, com as pessoas e com todos os incômodos que Ele quiser; e eis aí a regra geral da paciência! Se caíres numa enfermidade, emprega todos os remédios que Deus te concede; pois esperar alívio sem empregar os meios seria tentar a Deus; mas, feito isso, resigna-te a tudo e, se os remédios fazem bem, agradece a Deus com humildade e, se a doença resiste aos remédios, bendize-o com paciência.
Sou do parecer de S. Gregório, que diz: Se te acusarem de uma falta verdadeira, humilha-te e confessa que mereces muito mais que esta confusão. Se a acusação é falsa, justifica-te com toda a calma, porque o exigem o amor à verdade e a edificação do próximo. Mas, se tua escusa não for aceita, não te perturbes, nem te esforces debalde para provar a tua inocência, porque, além dos deveres da verdade, deves cumprir também os da humildade. Assim, não negligenciarás a tua reputação e não faltarás ao afeto que deves ter à mansidão e humildade do coração.
Queixa-te o menos possível do mal que te fizeram; pois queixar-se sem pecar é uma coisa raríssima; nosso amor-próprio sempre exagera aos nossos olhos e ao nosso coração as injúrias que recebemos. Se houver necessidade de te queixares ou para abrandar o teu espírito ou para pedir conselhos, não o faças a pessoas fáceis de exaltar-se e de pensar e falar mal dos outros. Mas queixa-te a pessoas comedidas e tementes a Deus, porque, ao contrário, longe de tranqüilizar a tua alma, a perturbarias ainda mais e, em lugar de arrancares o espinho do coração, o cravarias ainda mais fundo.
Muitos numa doença ou numa outra tribulação qualquer guardam-se de se queixar e mostrar a sua pouca virtude, sabendo bem (e isto é verdade) que seria fraqueza e falta de generosidade; mas procuram que outros se compadeçam deles, se queixem de seus sofrimentos e ainda por cima os louvem por sua paciência. Na verdade temos aqui um ato de paciência, mas certamente duma paciência falsa, que na realidade não passa dum orgulho muito sutil e duma vaidade refinada.
Sim, diz o Apóstolo, tem de que gloriar-se, mas não diante de Deus. Os cristãos verdadeiramente pacientes não se queixam de seus sofrimentos nem desejam que os outros os lamentem; se falam neles é com muita simplicidade e ingenuidade, sem os fazer maiores do que são; se outros os lamentam, ouvem-nos com paciência, a não ser que tenham em vista um sofrimento que não existe, porque, então, lhes declaram modestamente a verdade; conservam assim a tranqüilidade da alma entre a verdade e a paciência, manifestando ingenuamente os seus sofrimentos, sem se queixarem.
Nas contrariedades que te sobrevierem no caminho da devoção (pois que delas não hás de ter falta), lembra-te que nada de grande podemos conseguir neste mundo sem primeiro passarmos por muitas dificuldades, mas que, uma vez superadas, bem depressa nos esquecemos de tudo, pelo íntimo gozo que então temos de ver realizadas as nossas aspirações. Pois bem, Filotéia, queres absolutamente trabalhar para formar a Jesus Cristo, como diz o Apóstolo, em teu coração, como em tuas obras, pelo amor sincero de Sua doutrina e pela imitação perfeita de Sua vida. Há de custar-te algumas dores, sem dúvida; mas hão de passar e Jesus Cristo, que viverá em ti, há de encher tua alma duma alegria inefável, que ninguém te poderá furtar.
Se caíres numa doença, oferece as tuas dores, a tua prostração e todos os teus sofrimentos a Jesus Cristo, suplicando-Lhe de os aceitar em união com os merecimentos de Sua paixão. Lembra-te do fel que Ele bebeu por teu amor e obedece ao médico, tomando os remédios e fazendo tudo o que determinar por amor de Deus. Deseja a saúde para O servir, mas não recuses ficar muito tempo doente para obedecer-Lhe e mesmo dispõe-te a morrer, se for a Sua vontade, para ir gozar eternamente de Sua gloriosa presença.

Lembra-te, Filotéia, que as abelhas, enquanto fazem o mel, vivem dum alimento muito amargo e que nunca nós outros poderemos encher mais facilmente o coração desta santa suavidade, que é fruto da paciência, do que comendo com paciência o pão amargo das tribulações que Deus nos envia; e quanto mais humilhantes forem, tanto mais preciosa e agradável se tornará a virtude ao nosso coração.
Pensa muitas vezes em Jesus crucificado; considera-O coberto de feridas, saturado de opróbrios e dores, penetrado de tristeza até ao fundo de Sua alma, num desamparo e abandono completo, carregado de calúnias e maldições; verás então que tuas dores não se podem comparar às Suas, nem em quantidade, nem em qualidade, e que jamais sofrerás por Ele alguma coisa de semelhante ao que Ele sofreu por ti.
Compara-te aos mártires, ou, sem ires tão longe, às pessoas que sofrem atualmente mais do que tu e exclama, louvando a Deus: Ah! meus espinhos me parecem rosas e minhas dores, consolações, se me comparo àqueles que vivem sem socorros, sem assitência e sem alívio, numa morte contínua, opressos de dores e de tristezas.
(São Francisco de Sales, FILOTÉIA, trad. Frei João José P. de Castro, O.F.M., págs. 180-186, Editora Vozes, 16ª edição, 2008.)

 

http://www.espacomaria.com.br Artigo n.º 2899
Publicado em: 22/11/10 às 09:51:04

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=33&id=2899


Letanía Lauretana – Litanie lauretane

novembro 22, 2010

Na solenidade de CRISTO REI: Servir a fé na obediência à CRUZ

novembro 22, 2010

O SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA

NA SOLENIDADE DE CRISTO REI.

 21.11.10 – Cidade do Vaticano: Bento XVI celebrou na manhã deste domingo – Solenidade de Cristo-Rei do Universo – na Basílica de São Pedro lotada de fiéis e peregrinos, a santa missa com os 24 novos cardeais criados no Consistório deste sábado, dia 20.

Senhores Cardeais,
Venerados Irmãos no Episcopado e no Sacerdócio,
Queridos irmãos e irmãs!

Na Solenidade de Cristo Rei do Universo, temos a alegria de reunir-nos em torno do Altar do Senhor juntamente com os 24 novos cardeais que, ontem, eu agreguei ao Colégio Cardinalício. A esses, antes de tudo, destino a minha cordial saudação, que estendo aos outros Purpurados e a todos os Prelados presentes; da mesma forma às distintas Autoridades, aos Senhores Embaixadores, aos sacerdotes, aos religiosos e a todos os fiéis, vindos de várias partes do mundo para essa feliz circunstância, que se reveste de um forte caráter de universalidade.Pantocrator na abside de uma antiga basílica. Essa coincidência convida-nos a meditar profundamente sobre o mistério do Bispo de Roma e sobre aquele, a esse ligado, dos Cardeais, à luz da singular Realeza de Jesus, nosso Senhor.O primeiro serviço do Sucessor de Pedro é aquele da fé. No Novo testamento, Pedro torna-se “pedra” da Igreja enquanto portador do Credo: o “nós” da Igreja inicia com o nome daquele que professou por primeiro a fé em Cristo, inicia com a sua fé; uma fé inicialmente amarga e ainda “demasiado humana”, mas então, depois da Páscoa, madura e capaz de seguir a Cristo até o dom de si; madura no crer que Jesus é verdadeiramente o Rei; que o é exatamente porque permaneceu sobre a Cruz e, daquele modo, deu vida para os pecadores.  

Muitos de vós deveis ter notado que também o precedente Consistório Público para a criação dos Cardeais, ocorrido em novembro de 2007, foi celebrado na vigília da solenidade de Cristo Rei. Passaram-se três anos e, então, segundo o ciclo litúrgico dominical, a Palavra de Deus vem-nos ao encontro através das mesmas Leituras bíblicas, próprias desta importante festividade. Essa se coloca no último domingo do ano litúrgico e apresenta-nos, ao final do itinerário da fé, o rosto real de Cristo, como o

No Evangelho, vê-se que todos pedem que Jesus desça da cruz. Zombavam dele, mas também é um modo de se desculpar, como quem diz: não é culpa nossa se tu estás aí sobre a cruz; é somente culpa tua, porque, se tu fosses verdadeiramente Filho de Deus, o Rei dos Judeus, tu não estarias aí, mas te salvarias descendo daquele patíbulo infame.  Portanto, se permaneces ali, isso significa que tu estás errado e nós temos razão.

O drama que se desenrola sob a cruz de Jesus é um drama universal; diz respeito a todos os homens frente a Deus, que se revela por aquilo que é, isto é, Amor. Em Jesus Crucificado, a divindade é desfigurada, despojada de toda a glória visível, mas está presente e real. Somente a fé sabe reconhecê-la: a fé de Maria, que une no seu coração também essa última peça do mosaico da vida de seu Filho; Ela não vê ainda tudo, mas continua a confiar em Deus, repetindo mais uma vez com o próprio abandono “Eis a serva do Senhor” (Lc 1,38). E aí está a fé do bom ladrão: uma fé muito rudimentar, mas suficiente para assegurar-lhe a salvação: “Hoje estarás comigo no paraíso”.

Decisivo é aquele “comigo”. Sim, é isso que o salva. Certo, o bom ladrão está sobre a cruz como Jesus, mas, sobretudo, está sobre a cruz com Jesus. E, ao contrário do outro malfeitor, e de todos os outros que o escarnecem, não pede a Jesus que desça da cruz, nem que o faça descer. Diz, ao contrário: “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino”. Vê-o na cruz, desfigurado, irreconhecível, mas, no entanto, confia-se a Ele como a um rei, antes, como ao Rei. O bom ladrão crê naquilo que está escrito na tábua sobre a testa de Jesus: “O rei dos Judeus”: crê, e se entrega. Por isto está já, subitamente, no “hoje” de Deus, no paraíso, porque paraíso é isto: estar com Jesus, estar com Deus.

Aqui então, queridos Irmãos, emerge claramente a primeira e fundamental mensagem que a Palavra de Deus hoje diz a nós: a mim, Sucessor de Pedro, e a vós, Cardeais. Chama-nos a estar com Jesus, como Maria, e a não lhe pedir que desça da cruz, mas estar ali com Ele. E isso, por ocasião do nosso ministério, devemos fazê-lo não somente por nós mesmos, mas por toda a Igreja, por todo o povo de Deus.

Sabemos dos Evangelhos que a cruz foi um ponto crítico da fé de Simão Pedro e dos outros Apóstolos. É claro e não podia ser diferente: eram homens e pensavam “segundo os homens”; não podiam tolerar a idéia de um Messias Crucificado. A “conversão” de Pedro realiza-se plenamente quando renuncia ao desejar “salvar” Jesus e aceita ser salvo por Ele. Renuncia ao desejar salvar Jesus da cruz e aceita ser salvo pela sua cruz. “Eu roguei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, por tua vez, confirma os teus irmãos” (Lc 22,32), diz o Senhor.

O ministério de Pedro consiste todo na sua fé, uma fé que Jesus reconhece prontamente, desde o início, como genuína, como dom do Pai celeste; mas uma fé que deve passar através do escândalo da cruz, para tornar-se autêntica, verdadeiramente “cristã”, para tornar-se “pedra” sobre a qual Jesus possa constituir a sua Igreja. A participação no Senhorio de Cristo verifica-se concretamente somente na partilha com a sua base, com a Cruz. Também o meu ministério, queridos irmãos, e por conseqüência também o vosso, consiste todo na fé. Jesus pode construir sobre nós a sua Igreja tanto quanto encontra em nós aquela fé verdadeira, pascal, aquela fé que não deseja fazer Jesus descer da Cruz, mas confia-se a Ele sobre a Cruz. Nesse sentido, o lugar autêntico do Vigário de Cristo é a Cruz, persistir na obediência da Cruz.

É difícil esse ministério, porque não se alinha com o modo de pensar dos homens – àquela lógica natural que permanece sempre ativa também em nós mesmos. Mas isso é e permanece sempre o nosso primeiro serviço, o serviço da fé, que transforma toda a vida: crer que Jesus é Deus, que é Rei exatamente porque chegou até aquele ponto, porque amou-nos até o extremo. E essa realeza paradoxal, devemos testemunhá-la e anunciá-la como fez Ele, o Rei, isto é, seguindo a sua mesma estrada e esforçando-nos por adotar a sua mesma lógica, a lógica da humildade e do serviço, do grão de trigo que morrer para produzir fruto.

O Papa e os Cardeais são chamados a serem profundamente unidos antes de tudo nisso: todos juntos, sob a guia do Sucessor de Pedro, devem permanecer no senhorio de Cristo, pensando e operando segundo a lógica da Cruz – e isso não é nunca fácil nem óbvio. Nisso devemos ser compactos, e isso porque o que nos une não é uma idéia, uma estratégia, mas nos une o amor de Cristo e o seu Santo Espírito. A eficácia do nosso serviço à Igreja, a Esposa de Cristo, depende essencialmente disso, da nossa fidelidade à realeza divina do Amor crucificado. Por isso, sobre o anel que vos entreguei, selo do vosso pacto nupcial com a Igreja, está representada a imagem da Crucificação. E, pelo mesmo motivo, a cor do vosso hábito alude ao sangue, símbolo da vida e do amor. O Sangue de Cristo que, segundo uma antiga iconografia, Maria recolhe do lado transpassado do Filho morto sobre a cruz; e que o apóstolo João contempla enquanto flui junto com a água, segundo as Escrituras proféticas.

Queridos Irmãos, daqui deriva a nossa sabedoria: sapientia Crucis. Sobre isso refletiu a fundo São Paulo, o primeiro a traçar um orgânico pensamento cristão, centrado exatamente sobre o paradoxo da Cruz (cf. 1Cor 1,18-25; 2,1-8). Na Carta aos Colossenses – da qual a Liturgia hodierna propõe o hino cristológico – a reflexão paulina, fecundada pela graça do Espírito, chega a um nível impressionante de síntese ao expressar uma autêntica concepção cristã de Deus e do mundo, da salvação pessoal e universal; e tudo está centrado em Cristo, Senhor dos corações, da história e do cosmo. “Porque aprouve a Deus fazer habitar nele toda a plenitude e por seu intermédio reconciliar consigo todas as criaturas, por intermédio daquele que, ao preço do próprio sangue na cruz, restabeleceu a paz a tudo quanto existe na terra e nos céus” (Col 1,19-20).

Isso, queridos Irmãos, somos sempre chamados a anunciar ao mundo: Cristo “imagem do Deus invisível”, Cristo “primogênito de toda a criação” e “daqueles que ressurgiram dos mortos”, porque – como escreve o Apóstolo – “ele tem o primeiro lugar em todas as coisas” (Col 1,15.18). O primado de Pedro e dos seus Sucessores está totalmente ao serviço desse primado de Jesus Cristo, único Senhor; ao serviço do seu Reino, isto é, do seu Senhorio de amor, a fim de que venha e se difunda, renove os homens e as coisas, transforma a terra e faça germinar nessa a paz e a justiça.

No interior desse projeto, que transcende a história e, ao mesmo tempo, revela-se e realiza-se nessa, encontra lugar a Igreja, “corpo” do qual Cristo é a “cabeça” (cf. Col 1,18). Na Carta aos Efésios, São Paulo fala explicitamente do senhorio de Cristo e o coloca em relação com a Igreja. Ele formula uma oração de louvor à “grandiosidade do poder de Deus”, que ressuscitou Cristo e constituiu-o Senhor universal, e conclui: “E sujeitou a seus pés todas as coisas, e o constituiu chefe supremo da Igreja, que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas sob todos os aspectos” (Ef 1,22-23).

A mesma palavra “plenitude”, que diz respeito a Cristo, Paulo atribuiu aqui à Igreja, por participação: o corpo, de fato, participa da plenitude da Cabeça. Eis, venerados Irmãos Cardeais – e me dirijo também a todos vós, que com nós compartilhais a graça de sermos cristãos –, eis qual é a nossa alegria: aquela de participar, na Igreja, na plenitude de Cristo através da obediência da Cruz, de “participar da herança dos santos na luz”, de sermos “introduzidos” no reino do Filho de Deus (cf. Col 1,12-13). Por isso nós vivemos em perene ação de graças, e também em meio às provações não diminui a alegria e a paz que Deus nos deixou, como garantia de seu Reino, que está já em meio a nós, que esperamos com fé e esperança, e antecipamos na caridade. Amém.

Fonte: Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/SIRVAM%20A%20FÉ%20NA%20OBEDIÊNCIA%20À%20CRUZ.htm