PADRE EDMUNDO: QUE O MEU CORAÇÃO ESTEJA PREPARADO PARA RECEBER O SALVADOR

novembro 30, 2011

O VERBO ETERNO DE RICO SE FEZ POBRE

novembro 30, 2011

O VERBO ETERNO DE RICO SE FEZ POBRE

Coragem, alma cristã, exclama o profeta, sacode-te do pó das afeições terrenas; levanta-te, sai da lama do vício em que te mergulhaste miseravelmente. Assenta-te no trono que te pertence, e reina sobre as paixões que procuram privar-te da glória celeste e te expõem ao perigo duma eterna ruína. 

Mas que deverá fazer uma alma para conseguir isso? — Lançar os olhos para a vida de Jesus Cristo, que, soberano Senhor de todas as riquezas do céu e da terra, se fez pobre e calcou aos pés todos os bens deste mundo. À vista de Jesus feito pobre por amor de nós, é impossível que não nos movamos a desprezar tudo por amor de Jesus. — Consideremo-lo, pois, atentamente; e para isso peçamos a Jesus e Maria nos iluminem.

I. Tudo o que há no céu e na terra pertence a Deus: Minha é a terra e tudo o que ela encerra, diz o Senhor. Mas isso é pouco; o céu e a terra não são o todo, mas uma mínima parte das riquezas de Deus. A riqueza de Deus é infinita e imperecível, porque não depende de outrem: Ele a possui em si mesmo e é um bem infinito. Eis por que Davi lhe dizia: Tu és o meu Deus, que não tens necessidade dos meus bens. — Pois bem, esse Deus tão rico se fez pobre fazendo-se homem, a fim de enriquecer a nós miseráveis pecadores. Ele sendo rico se fez pobre por vós, a fim de que vós fosseis ricos pela sua pobreza, diz o apóstolo.

Como! um Deus fazer-se pobre! e por que? — Procuremos compreendê-lo. Os bens terrenos não podem ser senão terra e lama; mas essa lama cega de tal forma o homem, que este não vê mais os verdadeiros bens. Antes da vinda de Jesus Cristo, o mundo era cheio de trevas, porque era cheio de pecados: Toda a carne corrompera o seu caminho. Todos os homens haviam violado e alterado a lei da razão; viviam como irracionais pensando só em gozar os bens ou prazeres terrenos e descuidando-se inteiramente dos bens eternos. Mas, graças à divina misericórdia, o Filho de Deus veio esclarecer esses cegos: Aos que habitavam na região da sombra da morte nasceu-lhes o dia.

Jesus Cristo foi chamado por Simeão a Luz das nações; e por S. João a Luz que resplandece nas trevas e que ilumina a todo o homem. O Senhor já nos predissera que Ele mesmo seria o nosso Mestre, e um Mestre visível a nossos olhos, que viria ensinar-nos o caminho da salvação, o qual não é outro que a prática das virtudes e esclarecimentos da santa pobreza:

Os teus olhos verão o teu Mestre. Ora, esse divino Mestre devia ensinar-nos não só por Sua palavra, mas ainda e sobretudo pelo exemplo da Sua vida.

A pobreza, diz S. Bernardo, não existia no céu; ela só se achava na terra; mas o homem não conhecia o seu valor e por isso a detestava. Eis porque o Filho de Deus desceu do céu à terra e escolheu a pobreza por companheira de toda a Sua vida a fim que seu exemplo no-la fizesse estimar e procurar. Eis, pois, vosso Redentor Menino, desde o Seu nascimento feito Mestre da pobreza na gruta de Belém, que por esse motivo Bernardo chama “escola de Jesus Cristo” e S. Agostinho “a gruta do Mestre”.

Por expressa disposição de Deus, o edito de César fez que Jesus nascesse não só pobre, mas o mais pobre de todos os homens, vindo ao mundo longe de sua própria habitação numa gruta que servia de abrigo aos animais. Ordinariamente os pobres nascem em suas casas e aí encontram ao menos as coisas indispensáveis: panos, lume e pessoas que ao menos por compaixão os socorrem. Qual a criança cujos pais são tão pobres que a fazem nascer num estábulo? Nos estábulos só se vêem animais.

S. Lucas narra as circunstâncias desse grande acontecimento. Chegado o tempo que Maria devia dar à luz, José Lhe procurou alojamento na cidade. Em vão vai de porta em porta, nenhuma se lhes abriu. Dirige-se à hospedaria, e lá não há mais lugar para eles. É assim que a Mãe de Deus Se viu obrigada a refugiar-Se a uma miserável gruta, onde, apesar da grande afluência de estranhos, só se achavam dois animais.

Os filhos dos príncipes da terra nascem em apartamentos preparados com cuidado e ricamente ornados; têm berços de prata e os mais finos paninhos; os grandes do reino e as mais nobres damas os assistem. O Rei do céu, em vez de apartamento bem guarnecido e aquecido, não tem por abrigo senão uma fria gruta onde crescem as ervas; em lugar dum leito de plumas, só tem um pouco de palha dura e pungente; em vez de panos finos tem só alguns trapos grosseiros, frios e úmidos; dois animais formam a sua corte, e o hálito deles, substituindo o fogo, lhe aquece os membros; enfim por berço só tem uma miserável manjedoura.

“Ah! exclama S. Pedro Damião, ao ver o Criador dos anjos nesse abatimento, envergonhe-se o nosso orgulho!” “E como é possível, pergunta S. Gregório de Nissa, ao Rei dos reis, que enche o céu e a terra, não encontrar para repousar Seus membros vindo ao mundo, senão essa pobre manjedoura?” É que por nosso amor esse Rei dos reis quis ser pobre e o mais pobre de todos os homens. — Os filhos dos pobres tem ao menos leite suficiente para saciá-las; mas mesmo nisso Jesus quis ser mais pobre do que eles, pois o leite de Maria era miraculoso; Ela o recebera não da natureza, mas do céu, como a Igreja no-lo dá a entender; e Deus para comprazer Seu Filho que queria ser o mais pobre dos filhos dos homens, não proveu Maria de grande abundância de leite, mas só de quantidade apenas suficiente para sustentar a vida de Seu divino Infante; isso a Santa Igreja exprime em seus cânticos: “Por alimento teve apenas um pouco de leite”.

Nascido na pobreza, continuou Jesus a ser pobre durante toda a sua vida, e não só pobre, mas indigente, segundo a expressão de S. Paulo: Egenus. Do texto grego Cornélio a Lápide deduz que Ele foi até mendigo. Nascido nessa extrema pobreza nosso Redentor foi constrangido a fugir para o Egito, deixando a Sua pátria. S. Boaventura contempla compassivo a Maria e José nesse longo e penoso trajeto; imagina-os privados de tudo e levando em seus braços o santo Infante que muito sofreu com a pobreza deles: “Onde achavam alimento? pergunta-se ele; onde pernoitavam? onde se hospedavam?” Mas de que podiam eles nutrir-se senão dum pouco de pão duro? onde se deitavam no deserto senão sobre a terra nua, ao relento ou debaixo duma árvore? Ah! se alguém encontrasse de caminho esses três nobres exilados, por quem os poderia tomar senão por três pobres mendigos?

Chegaram enfim ao Egito; e podemos imaginar-nos quão penosa foi a permanência de sete anos que lá estiveram, eles pobres, em um país estranho, onde não tinham nem amigos, nem parentes. Segundo S. Basílio, eles mal chegavam a conseguir o necessário à força de trabalho. “Mais duma vez, ajunta Landolfo de Saxônia, o Menino Jesus, premido pela fome, pediu à Sua Mãe um pedaço de pão, e Maria teve de dizer-Lhe que não havia mais”.

Do Egito voltam de novo à Palestina e dirigem-se a Nazaré; e lá Jesus continua a viver na pobreza. “Uma casa pobre, móveis pobres, eis com que se contenta o Criador do mundo”, diz S. Cipriano. Nessa humilde morada leva a vida dos pobres: ganha o pão com o trabalho e no suor de seu rosto, como o faz um pobre artífice, filho de artífice; é assim que os hebreus o conheciam e o designavam: Não é Ele o carpinteiro, — o filho do carpinteiro?

Nosso divino Redentor começa enfim a pregar o Seu Evangelho. Nesses três últimos anos que Ele passou sobre a terra, longe de ficar à vontade, pratica uma pobreza ainda mais rigorosa que antes, e vive de esmolas. A alguém que mostrara intenção de segui-lO levado pela esperança duma vida cômoda, Jesus disse: As raposas têm suas covas e os pássaros do céu os seus ninhos; mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça. Cornélio a Lápide interpreta assim essas palavras: Se esperais fazer fortuna seguindo-Me, estais enganados, porque Eu vim à terra ensinar a pobreza, e para esse fim Me tornei mais pobre do que os animais, que têm ao menos um abrigo, enquanto que Eu não tenho neste mundo nem a menor parcela de terra que me pertença e onde possa repousar; e Eu quero que os Meus discípulos sejam como Eu. E com efeito, observa S. Jerônimo, os verdadeiros discípulos de Jesus não têm e não desejam nada senão a Jesus.

Numa palavra, Jesus Cristo viveu pobre e morreu pobre, sendo preciso que José de Arimatéia Lhe desse um lugar de sepultura, e outros Lhe fizessem a esmola dum lençol para sepultar o Seu corpo.

II. O Cardeal Hugo, considerando a pobreza, as humilhações e os sofrimentos a que nosso divino Salvador quis submeter-se, não pôde contentar-se e disse: Parece que nosso Deus levou o amor dos homens até a demência, tomando sobre Si tantas misérias, a fim de lhes proporcionar as riquezas da graça divina e da glória celeste.

E se Jesus Cristo não houvesse operado esse prodígio de amor, continua o mesmo autor,quem poderia achar possível que o Senhor de todos os bens quisesse jamais tornar-Se tão pobre, o Senhor de todos os seres fazer-Se servo, o Rei do céu padecer tanto desprezo, o Ser infinitamente feliz sujeitar-Se a tantas dores?”

Sem dúvida, há na terra príncipes compassivos que gostam de empregar seus tesouros em alívio dos pobres; mas viu-se jamais algum rei que, para auxiliar os pobres, se tenha tornado semelhante a eles como o fez Jesus Cristo? Cita-se como um prodígio de caridade o que fez S. Eduardo: encontrando de caminho um mísero mendigo incapaz de se mover e abandonado de todos, tomou-o afetuosamente sobre os ombros e levou-o à igreja. Isso foi certamente uma ação sublime de molde a excitar a admiração dos povos; mas procedendo assim, esse Santo não deixou de ser rei e rico como antes. O Filho de Deus, o Rei do céu e da terra, vai mais longe: desejando salvar sua ovelha desgarrada, isto é, o homem, não se contenta de descer do céu para vir buscá-la, nem de pô-la sobre os ombros: não hesita despojar-Se de Sua majestade, de Suas riquezas, de Suas honras; faz-Se pobre e o mais pobre de todos os homens.

“Ele oculta a sua púrpura, isto é, a Sua divindade e realeza sob as aparência dum pobre operário”. Assim fala S. Pedro Damião. E S. Gregório de Nazianzo exclama com transporte: “Aquele que enriquece os outros submete-Se à indulgência; abraça a minha pobreza humana para me fazer partilhar Suas riquezas divinas”. Sim, Aquele do qual os ricos tem suas riquezas, quer ser pobre a fim de nos merecer não os bens faltos e transitórios deste mundo, mas as riquezas divinas que são imensas e eternas; e com Seu exemplo induz-nos a nos desapegarmos das coisas deste mundo, que nos põem em grande perigo de eterna ruína! — Lê-se na vida de S. João Francisco Regis, que o assunto ordinário de suas meditações era a pobreza de Jesus.

S. Alberto Magno diz que Jesus quis nascer num estábulo, perto da via pública, por dois fins. Oprimeiro foi para nos fazer melhor compreender que somos todos viajores sobre a terra, onde estamos de passagem, como o diz S. Agostinho. Ninguém se apega certamente ao lugar onde se hospeda uma noite de passagem: sabe que o tem de deixar em breve. Ah! se os homens não se esquecessem que são viajores neste mundo, e que se dirigem à morada da eternidade, haveria acaso um só que quisesse prender-se aos bens terrenos com risco de perder os do céu? — O segundo fim que Nosso Senhor teve em vista, segundo S. Alberto Magno, foi de ensinar-nos por Seu exemplo “a desprezar o mundo”, que nos não oferece bem algum capaz de contentar nosso coração. O mundo ensina a seus adeptos que a felicidade consiste no gozo das riquezas, dos prazeres, e das honras; mas esse mestre enganador foi condenado pelo Filho de Deus feito homem: Agora chegou o juízo do mundo. Esse julgamento do mundo começou, segundo S. Anselmo e S. Bernardo, no estábulo de Belém. Jesus quis lá nascer pobre para induzir-nos com Seu exemplo a banirmos dos nossos corações a afeição aos bens terrenos e a consagrar-nos inteiramente ao amor de Deus e da virtude. Ele assim entrou, diz Cassiano, e nos conduziu por um caminho novo inteiramente oposto ao do mundo, que odeia e foge da pobreza.

Fiéis a esse divino exemplo os Santos nada tiveram tanto a peito como despojar-se de tudo para na pobreza seguirem a Jesus pobre. “A pobreza de Jesus, disse S. Bernardo, é mais rica do que qualquer tesouro”.

Com efeito ela nos proporcionou bens mais preciosos do que todos os tesouros do mundo, porque pelo desprezo que nos inspira das riquezas da terra, nos anima à conquista das riquezas celestes. O Apóstolo considerava todas as coisas como lodo e fumaça em comparação da graça de Jesus Cristo: Renunciei todas as coisas e as considero como esterco para ganhar a Cristo. S. Bento, filho de família opulenta, renuncia na flor da mocidade às comodidades da casa paterna, e retira-se a uma caverna onde viverá dum pouco de pão recebido de esmola dum caridoso monge chamado Romano. S. Francisco de Borja abandona todas as suas riquezas para abraçar a via pobre na Companhia de Jesus. S. Antão vende todo o seu rico patrimônio, distribui-o aos pobres e retira-se a um deserto. S. Francisco de Assis devolve ao pai até a camisa para viver mendigando o resto de sua vida.

Quem ama as riquezas, dizia S. Filipe Néri, jamais se santificará. E com efeito, num coração cheio de terra não pode ter lugar o amor divino. “Trazeis um coração vazio?” essa era, na opinião dos antigos monges, a pergunta mais necessária a fazer-se aos que se apresentavam para ser admitidos em sua companhia. Perguntando se tinham o coração livre de afeições terrenas, queriam dizer: Sabei que sem isso jamais podereis ser inteiramente de Deus.Onde está o vosso tesouro, aí está também o vosso coração, disse Jesus Cristo. Ora, tesouro de cada um é o objeto de sua estima e de sua afeição.

Morrendo uma vez um rico, S. Antônio de Pádua publicou do alto do púlpito que esse infeliz estava condenado; e como prova do que avançava, disse que fossem ver o lugar onde estava o seu dinheiro, e lá encontrariam o seu coração. Com efeito foram e acharam o coração daquele infeliz ainda quente no meio de seu dinheiro.

Deus não pode ser o tesouro duma alma apegada aos bens da terra; eis por que Davi fazia esta oração: Senhor, criai em mim um coração puro, tirai do meu coração toa afeição terrena, a fim de que eu possa exclamar: Vós só, ó meu Deus, pois o Deus do meu coração e a minha partilha para sempre.

Quem, pois, deseja santificar-se de verdade, deve banir de seu coração tudo o que não é Deus. De que servem os tesouros, as riquezas? para que esses bens, se não podem contentar o nosso coração, e se os temos de deixar tão depressa? Não amontoeis tesouros sobre a terra, diz o Senhor, onde a ferrugem e a traça os consomem; entesourai para vós tesouros no céu.

Oh! que bens imensos prepara Deus no céu aos que O amam! Que tesouro é a graça de Deus e o divino amor para quem lhe conhece o valor! Comigo estão as riquezas… para enriquecer os que me amam. Deus contém em Si e leva consigo a riqueza e o prêmio. No paraíso Deus só é a recompensa dos eleitos; dando-Se a eles satisfaz plenamente todos os seus desejos, conforme disse a Abraão: Eu mesmo serei a tua recompensa infinitamente grande.

Mas se queremos amar muito a Deus no céu, temos primeiro de amá-lO muito na terra. O grau de amor ao qual tivermos chegado no fim de nossa peregrinação terrestre, será a medida eterna do amor em que nos abrasaremos por Deus no céu. E se queremos estar ao abrigo de todos os perigos que nos poderiam separar de Deus nesta vida, estreitemos sempre mais os laços do nosso amor, a exemplo da esposa sagrada que dizia: Achei a quem ama a minha alma; agarrei-me a ele e não o largarei mais. Como pode a esposa sagrada agarrar o seu dileto? Brachiis caritatis. Nos braços de seu amor, responde Guilherme. Sim, diz S. Ambrósio, “é pelo amor que Jesus se deixa prender”. Feliz pois quem puder exclamar com S. Paulino: “Guardem os ricos o seu ouro e os reis os seus cetros; Jesus é a nossa glória, a nossa riqueza, a nossa coroa”. E com S. Inácio: “Senhor, dai-me a Vossa graça e o Vosso santo amor; fazei que Vos ame e seja de Vós amado; e sou bastante rico e não quero outra coisa e nada mais tenho a desejar!” “Quem possui tudo em Deus, diz S. Leão, tem certeza de nunca sentir falta de coisa alguma”.

Para chegarmos a essa perfeição, invoquemos sem cessar nossa augusta Mãe, Maria, e procuremos amá-lA sobre tudo depois de Deus; Ela nos afirma pelas palavras que a Santa Igreja Lhe põe nos lábios, que enriquece de graças a todos os que A amam.

Afetos e Súplicas

Meu caro Jesus, inflamai-me de Vosso santo amor, pois que para isso viestes à terra. É verdade que eu, miserável, por Vos haver ofendido após tantas luzes e graças especiais que me destes, não mereço arder nessas benditas chamas, em que ardiam os Santos; as chamas do inferno deveriam ser a minha partilha; mas, apesar da minha ingratidão, estou ainda fora dessa horrível prisão que tenho merecido; ouço que Vos, voltando-Vos para mim, me dizeis: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração. Ó meu Deus, agradeço-Vos por me renovardes esse doce preceito; e já que me mandais amar-Vos, quero obedecer-Vos, quero amar-Vos de todo o meu coração.

Senhor, no passado fui um ingrato, um cego; esqueci voluntariamente o amor que tendes por mim; mas agora que me aclarais novamente e me recordais tudo o que fizestes por meu amor; agora que considero que Vos fizestes homem por mim e que Vos carregastes das minhas misérias; agora que Vos vejo pobre na palha, tremendo de frio, gemendo e chorando por mim, ó divino Infante, como poderia viver sem Vos amar? Ah! perdoai-me, amor meu, perdoai todos os desgostos que Vos tenho dado.

Ó Deus, como pude ofender-Vos assim, sabendo pela fé tudo o que sofrestes por mim? Mas essas palhas que Vos pungem, essa vil manjedoura que Vos acolhe, esses ternos vagidos que soltais, essas lágrimas de amor que derramais, fazem-me esperar com confiança o perdão de minhas falta e a graça de Vos amar o resto de minha vida. Sim, eu Vos amo, ó Verbo encarnado, eu Vos amo, ó divino Infante, eu Vos amo e me dou todo a Vós. Pelas penas que sofreis no estábulo de Belém, ó meu Jesus, não rejeiteis um mísero pecador que quer amar-Vos. Ajudai-me e dai-me a perseverança; tudo espero de Vós.

Ó Maria, que sois a digna Mãe de tão grande Filho e a mais amada desse Filho, rogai por mim.

(Encarnação, Nascimento e Infância de Jesus Cristo por Santo Afonso Maria de Ligório)

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=8&id=3715


ELIANA RIBEIRO (NO COLO DA MÃE): DEUS TE ESPERA

novembro 29, 2011

ADVENTO, A REALIZAÇÃO E CONFIRMAÇÃO DA ALIANÇA

novembro 29, 2011

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Advento, a realização e confirmação da Aliança

É uma trajetória que passa pela fidelidade a Deus e ao próximo

Começamos novo Ano Litúrgico e um novo ciclo da liturgia com o Advento, tempo de preparação para o nascimento de Jesus Cristo no Natal. É hora de renovação das esperanças, com a advertência do próprio Cristo, quando diz: “Vigiai!”, para não sermos surpreendidos.

A chegada do Natal, preparado pelo ciclo do Advento, é a realização e confirmação da Aliança anunciada no passado pelos profetas. É a Aliança do amor realizada plenamente em Jesus Cristo e na vida de todos aqueles que praticam a justiça e confiam na Palavra de Deus.

Estamos em tempo de educação de nossa fé, quando Deus se apresenta como oleiro, que trabalha o barro, dando a ele formas diversas. Nós somos como argila, que deve ser transformada conforme a vontade do oleiro. É a ação de Deus em nossa vida, transformando-a de Seu jeito.

Neste caminho de mudanças, Deus nos deu diversos dons conforme as possibilidades de cada um. E somos conduzidos pelas exigências da Palavra de Deus. É uma trajetória que passa pela fidelidade ao Todo-poderoso e ao próximo, porque ninguém ama a Deus não amando também o seu irmão.

O Advento é convocação para a vigilância. A vida pode ser cheia de surpresas e a morte chegar quando não esperamos. Por isso é muito importante estar diuturnamente acordado e preparado, conseguindo distanciar-se das propostas de um mundo totalmente afastado de Deus.

Outro fato é não desanimar diante dos tipos de dificuldades e de motivações que aparecem diante nós. Estamos numa cultura de disputa por poder, de ocupar os primeiros lugares sem ser vigilantes na prestação de serviço. Quem serve, disse Jesus, é “servo vigilante”.

Confiar significa ter a sensação de não estar abandonado por Deus. Com isso, no Advento vamos sendo moldados para acolher Jesus no Natal como verdadeiro Deus. Aquele que nos convoca a abandonar o egoísmo e seguir Jesus Cristo.

Preparar-se para o Natal já é ter a sensação das festas de fim de ano. Não sejamos enganados pelas propostas atraentes do consumismo. O foco principal é Jesus Cristo como ação divina em todo o mundo.

Saiba mais sobre o Advento

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto.

22/11/2011

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12581


PADRE LÉO: LIVRAI-NOS DO MAL

novembro 28, 2011

PAPA BENTO XVI: A EXPECTATIVA DO RETORNO DE CRISTO…

novembro 28, 2011

Angelus do Papa Bento XVI

27.11.2011 – Cidade do Vaticano: Bento XVI conduziu a oração mariana do Angelus, deste I Domingo do Advento, na Praça São Pedro, no Vaticano, repleta de fiéis e peregrinos que ouviram as palavras proferidas pelo Papa.

Queridos irmãos e irmãs!

Hoje, iniciamos com toda a Igreja o novo Ano Litúrgico: um novo caminho de fé, a se viver unidos nas comunidades cristãs, mas também, como sempre, a se percorrer no interior da história do mundo, para abri-la ao mistério de Deus, à salvação que vem do seu amor.

O Ano Litúrgico inicia com o Tempo do Advento: tempo estupendo em que se desperta nos corações a expectativa do retorno de Cristo e a memória da sua primeira vinda, quando se despojou da sua glória divina para assumir a nossa carne mortal.

“Vigiai!”. Esse é o apelo de Jesus no Evangelho de hoje. Dirige-o não somente aos seus discípulos, mas a todos: “Vigiai!” (Mc 13,37). É um apelo salutar a recordar-nos que a vida não tem somente a dimensão terrena, mas é projetada rumo a um “além”, como uma muda que brota da terra e abre-se para o céu. Uma muda pensante, o homem, dotada de liberdade e responsabilidade, pelo que cada um de nós será chamado a dar conta de como viveu, de como utilizou as próprias capacidades: se as reteve para si ou as fez desfrutar para o bem dos irmãos.

Também Isaías, o profeta do Advento, nos faz refletir hoje com uma oração sincera, destinada a Deus em nome do povo. Ele reconhece as faltas do seu povo e, em certo ponto, diz: “Não há ninguém para invocar vosso nome, para recuperar-se e a vós se afeiçoar, porque nos escondeis a vossa Face, e nos deixais ir a nossos pecados” (Is 64,6). Como não se sentir atingido por essa descrição?

Parece refletir certos panoramas do mundo pós-moderno: as cidades onde a vida torna-se anônima e horizontal, onde Deus parece ausente e o homem o único patrão, como se fosse ele o artífice e o regente de tudo: as construções, o trabalho, a economia, os transportes, as ciências, a técnica, tudo parece depender somente do homem. E, às vezes, neste mundo que parece quase perfeito, acontecem coisas chocantes, ou na natureza, ou na sociedade, devido ao que nós pensamos que Deus tenha como que se retirado, tenha nos, por assim dizer, abandonado a nós mesmos.

Na realidade, o verdadeiro “patrão” do mundo não é o homem, mas Deus. O Evangelho diz: “Vigiai, pois, visto que não sabeis quando o senhor da casa voltará, se à tarde, se à meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã, para que, vindo de repente, não vos encontre dormindo” (Mc 13,35-36). O Tempo do Advento vem a cada ano recordar-nos isso, para que a nossa vida reencontre a sua justa orientação, em direção ao rosto de Deus. O rosto não de um “patrão”, mas de um Pai e de um Amigo.

Com a Virgem Maria, que nos guia no caminho do Advento, façamos nossas as palavras do profeta. “Senhor, vós sois nosso pai; nós somos a argila da qual sois o oleiro: todos nós fomos modelados por vossas mãos” (Is 64,7).

Ao final do Angelus, o Papa dirigiu-se aos peregrinos de língua portuguesa:

Saúdo com particular afeto os peregrinos de língua portuguesa presentes nesta oração do Angelus, nomeadamente os fiéis vindos de Lisboa e de Setúbal. O tempo do Advento convida-nos a fazer nossa a primeira vinda do Filho de Deus a fim de nos prepararmos para o seu regresso glorioso. Neste sentido, tomai por modelo e intercessora a Virgem Maria. E que Deus vos abençoe!

Fonte: Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/Angelus%20do%20Papa%20Bento%20XVI%20%20%20.htm


COMENTÁRIO DO EVANGELHO DE DOMINGO 27/11/2011

novembro 25, 2011

COMENTÁRIO DO EVANGELHO DO I DOMINGO DO ADVENTO ANO: B DO DIA 27/11/2011, FEITO PELO PADRE MATEUS MARIA, FMDJ.

Clique no link abaixo e assista:

http://www.gloria.tv/?media=218577


PADRE FABIO DE MELO: TESTEMUNHO CRISTÃO

novembro 25, 2011

O VERDADEIRO CRISTÃO NÃO TEM PROBLEMAS, TEM DESAFIOS

novembro 25, 2011
Padre Crystian Shankar
Foto: Wesley Almeida
 

O verdadeiro cristão não tem problemas, tem desafios

 
A família é a esperança na vida de qualquer um. Mas, infelizmente, o mal tem sido muito esperto, pois ele tem um jeito muito sutil de entrar no seu lar e destruir o relacionamento familiar.Deixamos que coisas entrem em nosso lar, sem mesmo saber o motivo disso estar acontecendo. Muitas vezes, convivemos com as drogas, a bebida, a prostituição e muitas outras coisas, mas não nos preocupamos em saber o porquê.

Nós permitidos que nossa família adoeça, mesmo recebendo o amor de Deus. E se ela não receber os devidos cuidados, será rapidamente morta.

O primeiro passo para a cura é aceitar que somos amados por Jesus, independentemente da nossa miséria. Ele não quer saber dos nossos vícios, pecados e carências. Ele nos acolhe da forma em que nos encontramos.

Não pense que Deus se esqueceu da sua família, profetize a glória independente da situação que seus queridos estejam vivendo hoje.

O verdadeiro cristão não tem problema, tem desafios. Deus nos prepara para o que vamos enfrentar, por isso, demos glória pela preocupação d’Ele para conosco.

Quem ama não esquece e, com certeza, somos amados por Jesus. Ele jamais vai se esquecer de Seus filhos amados e das nossas necessidades.

Cristo diz hoje que você não está morto, assim como falou para Seus apóstolos sobre a morte de Lázaro. E ao falar isso, Ele quis dizer que nada estava perdido, assim como nenhum de nós o está. Para Deus sempre há esperança de um recomeço.

É pelo amor que nossa família será curada e liberta. Mas é preciso fazer nossa parte, é necessário dar o primeiro passo, pois Deus está nos chamando para restaurar nossa família, mas talvez estejamos fechados para esse chamado.

Seja um Evangelho vivo dentro da sua família, seja a própria graça de Deus dentro da sua casa. Se hoje a sua família está destruída, é porque, por muitas vezes, Jesus não esteve dentro da sua casa.

“O verdadeiro cristão não tem problema, tem desafios”, ensina padre Crystian
Foto: Wesley Almeida

Se você acredita na Palavra de Deus, a partir de hoje você vai parar de pedir e começará a agradecer, pois a obra d’Ele já está sendo realizada no seu lar.

Nós transformamos nossa família de paraíso a vale de lágrimas, onde pessoas gemem e choram. Se é assim que seu lar se encontra, então mude, porque ainda há salvação para aquele que se arrepende dos seus erros.

Não importa a forma que sua família se encontra hoje, mas se você quiser ver um milagre, obedeça a ordem que Jesus deu diante do túmulo de Lázaro: “Tirai a pedra”. E com isso, retire tudo que o impede de se aproximar de Deus e dos seus queridos.

Deus vai usá-lo para ressuscitar a sua família, pois o impossível Ele pode realizar na sua família! Sozinho ninguém pode ir além, mas uma família unida tem o poder de realizar maravilhas e receber infinitas graças do Nosso Senhor Jesus Cristo.

 
Transcrição e adaptação: Gustavo Souza

Padre Crystian Shankar

Sacerdote do Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Divinópolis (MG)

24/11/2011 – 16h00

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/eventos/novoeventos/cobertura.php?cod=2634&pre=7232&tit=O%20verdadeiro%20cristão%20não%20tem%20problemas,%20tem%20desafios 

 

PADRE FERNANDO: DEPOSITE A SUA CONFIANÇA NO SENHOR EM MEIO AS DECEPÇÕES

novembro 24, 2011

TERAPIA DO ABRAÇO

novembro 24, 2011

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Terapia do abraço

Estamos nos condicionando a ter o mínimo de contato com o ser humano

Vivemos em tempos de medo! Muito do que empreendemos tem por conta o zelo pela nossa segurança. Os homens querem cercar-se de garantias para estar a salvo: da vida afetiva, profissional e econômica à integridade física.

É tanta cautela, que todos esses procedimentos tomados têm cada vez mais afastado as pessoas e formado um ser humano desequilibrado e frio. São grades que engaiolam crianças, blindagens contra a liberdade, ensinamentos que não transmitimos por medo de perder o cargo, mãos que não selam acordos. Estamos nos condicionando a ter o mínimo de contato com o ser humano.

Somos seres dotados de afetividade. Afetividade é o que afeta, interfere no íntimo da pessoa. O gênero humano tem por aspiração o ser comunitário. Precisamos viver juntos, necessitamos uns dos outros.

Sentimentos e afetos são parte do todo do ser humano. São faculdades que proporcionam cor e intensidade a cada momento e circunstância da nossa vida e trazem significado em nosso interior sobre pessoas e acontecimentos. Juntamente com o lado racional, as emoções também são alicerces para tomadas de decisão.

Daí, a importância de cultivarmos boas emoções, estarmos sadios afetivamente. E isso acontece por meio do relacionamento, das conversas, da procura da concórdia, dos gestos que demonstram carinho e consideração. Contudo, depois daquele agradável encontro ou ao ser gerada uma boa impressão a respeito de alguém, quando entendemos que amamos e somos amados, o que vem a ser o penhor e coroar todo tipo de relacionamento são as diversas formas de contato, como o toque, o aperto de mãos, o abraço, o beijo, o afago, entre outros. Gestos muito importantes na construção de nossa afetividade, que geram homens e mulheres sadios emocionalmente, pois ao sentirmos o amor pelo calor humano conectamos a impressão psicológica e espiritual ao que experimentamos fisicamente.

Então a partir daí todo gesto de amor que recebemos pode ser sentido pelas três instâncias do ser: Física, Psiquica e Espiritual.
Um exemplo é quando um indivíduo sabe que sua família o ama pelas palavras proferidas ou pelo sustento que lhe garantido, mas se não há o carinho físico, fica faltando uma dimensão.

O amor manifestado para o todo (três dimensões) do ser humano gera segurança e autoconfiança. Sentir a mão de quem amamos nos passa a sensação concreta de porto seguro. Dá uma percepção palpável do amor que antes intuímos pelo lado racional e na alma.

Jesus tocava os doentes e abraçava as crianças e, um dia, disse ao fariseu que O convidou para jantar: “Não me deste o ósculo (beijo); mas esta, desde que entrou, não cessou de beijar-me os pés” (Lc 7, 45). Em referência àquela pecadora que, em seu gesto, demonstrou um amor no qual o anfitrião não o manifestava (cf. Lc 7, 47). Da mesma forma os apóstolos também tocavam nos enfermos e assim ministravam a cura “quando impuserem as mãos sobre os doentes, estes ficarão curados” (cf. Mc 16, 17-18).

Quem sabe hoje não precisemos abraçar alguém que há muito não trazemos para perto do coração e deixemos calar as mágoas passadas num gesto que é imprescindivelmente humano? Talvez até pessoas da nossa família, de dentro de nossa casa que há tempos não sentimos o calor nem o perfume, porque não mais nos aproximamos.

Diminuamos as distâncias e construamos pontes de amor que nos liguem a outras pessoas. Não tenhamos medo de apertar a mão ou envolver com um abraço aquele(a) que não é ainda parte do nosso círculo de amizades. Este gesto pode salvar uma alma. Há muita gente por aí precisando de um abraço, nos hospitais, prisões, asilos ou talvez no trabalho, na escola, alguém que esteja próximo fisicamente de nós. Vidas gritam por isso!

Um grande abraço a você!

Deus o abençoe!

Sandro Ap. Arquejada-Missionário Canção Nova
sandroarq@geracaophn.com

24/11/2011

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12577


ELIANA RIBEIRO(NO COLO DA MÃE): NÃO SE PREOCUPE DEUS ESTÁ NO CONTROLE!

novembro 23, 2011

A SUPERAÇÃO DE NOSSOS PROBLEMAS

novembro 22, 2011

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A superação de nossos problemas

É bom saber que crise alguma dura para sempre
 

Diante dos inesperados acontecimentos que surgem em nossas relações, aprendemos que, somente a partir deles, vamos crescer e amadurecer dentro de nossos relacionamentos.

É bom saber que crise alguma dura para sempre, tampouco é inédita. E para o nosso conforto, de alguma forma, sempre haverá perto de nós alguém que já tenha vivido uma história tão delicada quanto a nossa e, que tendo enfrentado situações semelhantes, apesar de toda dificuldade, naquele momento conseguiu encontrar soluções alternativas, fazendo dessa experiência uma lição de vida.

Assim, para aqueles que estão envoltos nos ventos das adversidades, fica a certeza de que também será possível vencê-las tomando como estímulo a história de superação de outras pessoas que passaram por provações. Isso não significa que os procedimentos que alguém tenha tomado para resolver um impasse seja exatamente o que precisaremos fazer.

As pessoas são diferentes, trazem hábitos e comportamentos próprios, dessa forma, aquelas atitudes que foram assumidas por outras pessoas poderão nos servir apenas como pistas para as alternativas que podemos optar diante do nosso problema. Contudo, conhecer outras histórias de superação nos enche da certeza de que também seremos capazes de vencer nossos obstáculos e dilemas que, por ora, enfrentamos nos desafios da nossa convivência.

Para essa retomada da esperança diante das adversidades, basta recobrar outros momentos de nossa história, quando, naquela ocasião, determinado problema nos parecia também não ter solução. Se as crises financeiras que atingiram alguns países os fizeram fortes após uma nova atitude e investidas para sair dos problemas; o mesmo acontece em nossas vidas, quando nos colocamos dispostos a viver o resgate dos laços dos nossos relacionamentos.

Lembremo-nos de alguns impasses que foram superados há 2 ou 3 anos… Quem sabe não encontremos outros que tenham sido recentemente superados. Para todos eles a solução comum para o problema foi a descoberta de que a resposta estava simplesmente no desejo de recomeçar.

Todas essas fases foram vencidas e, hoje, essas histórias fazem parte de mais um capítulo que vai compor o nosso filme autobiográfico das “causas superadas”. Talvez, no futuro, poucas pessoas venham a se interessar em assistir o nosso “filme”, mas as lembranças dos acontecimentos, os quais um dia foram superados, não permitirão que o desânimo nos faça desistir do propósito de viver um “longa-metragem” com quem escolhemos contracenar nesta vida.

Um abraço!

Foto Dado Moura
contato@dadomoura.comDado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista. Autor do livro Relações sadias, laços duradouros
Outros temas do autor: http://www.dadomoura.com
twitter: @dadomoura
facebook: http://www.facebook.com/reflexoes

22/11/2011

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12573


PADRE RUDINEI ZORZO: ASSUMIU A NOSSA CARNE PARA NOS ELEVAR-MOS AO PAI

novembro 22, 2011

PAPA BENTO XVI: JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO

novembro 21, 2011

Papa na Missa

em Benin

Jesus Cristo

Rei do Universo.

20.11.2011 – Cotonou (África): África, tenha coragem! O Estádio da Amizade de Cotonou foi o palco, na manhã deste domingo, da Santa Missa celebrada pelo Papa Bento XVI, no seu último dia de visita ao Benin. O estádio estava com sua capacidade máxima esgotada, 30 mil pessoas. Concelebraram com o Santo Padre mais de 200 bispos de todo o continente e milhares de sacerdotes do Benin.

Amados Irmãos no episcopado e no sacerdócio,
Queridos Irmãos e Irmãs!

Seguindo os passos do meu predecessor, o Beato João Paulo II, é uma grande alegria para mim visitar pela segunda vez este querido continente africano, vindo ter convosco ao Benim para vos dirigir uma mensagem de esperança e de paz.

Quero, antes de mais nada, agradecer de todo o coração a D. Antoine Ganyé, Arcebispo de Cotonou, pelas suas palavras de boas-vindas e saudar os bispos do Benim, bem como todos os cardeais e bispos vindos de vários países da África e de outros continentes. E a todos vós, irmãos e irmãs bem amados, que viestes participar nesta Missa celebrada pelo Sucessor de Pedro, dirijo a minha saudação mais calorosa.

Penso naturalmente nos habitantes do Benim, mas também nos fiéis dos países francófonos vizinhos: Togo, Burquina-Faso, Níger e outros. A nossa celebração eucarística nesta solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo dá-nos ocasião de agradecer a Deus pelos cento e cinquenta anos passados do início da evangelização do Benim e também pela segunda Assembleia Especial para a África do Sínodo dos Bispos que teve lugar em Roma há diversos meses.
O texto evangélico, que acabamos de ouvir, diz-nos que Jesus, o Filho do Homem, o juiz supremo das nossas vidas, quis assumir o rosto daqueles que têm fome e sede, dos estrangeiros, dos que estão nus, doentes ou presos… enfim, de todas as pessoas que sofrem ou são marginalizadas.

E, por conseguinte, o comportamento que tivermos com eles será considerado o modo como nos comportamos com o próprio Jesus. Não vejamos nisto uma mera fórmula literária, nem uma simples imagem; toda a vida de Jesus é uma ilustração disso mesmo. Ele, o Filho de Deus, tornou-Se homem, partilhou a nossa vida mesmo nos detalhes mais concretos, fazendo-Se servo do mais pequenino dos seus irmãos. Ele que não tinha onde repousar a cabeça, seria condenado a morrer numa cruz. Este é o Rei que celebramos!
Isto pode, sem dúvida, parecer-nos desconcertante! Ainda hoje, como há 2000 anos, habituados a ver os sinais da realeza no sucesso, na força, no dinheiro ou no poder, temos dificuldade em aceitar um tal rei, um rei que Se faz servo dos mais pequeninos, dos mais humildes; um rei cujo trono é uma cruz. E todavia – como ensinam as Escrituras – é assim que se manifesta a glória de Cristo; é na humildade da sua vida terrena que Ele encontra o poder de julgar o mundo.

Para Ele, reinar é servir! E aquilo que nos pede é segui-Lo por este caminho: servir, estar atento ao clamor do pobre, do fraco, do marginalizado. A pessoa batizada sabe que a sua decisão de seguir Cristo pode acarretar-lhe grandes sacrifícios, às vezes até mesmo o da própria vida. Mas, como nos recordou São Paulo, Cristo venceu a morte e arrasta-nos atrás de Si na sua ressurreição; introduz-nos num mundo novo, um mundo de liberdade e felicidade.

Ainda hoje temos muitos vínculos com o mundo velho, muitos medos que nos mantêm prisioneiros, impedindo-nos de viver livres e felizes. Deixemos que Cristo nos liberte deste mundo velho. A nossa fé n’Ele, vencedor de todos os nossos medos e misérias, faz-nos entrar num mundo novo: um mundo onde a justiça e a verdade não são objeto de burla, um mundo de liberdade interior e de paz conosco, com os outros e com Deus. Tal é o dom que Deus nos fez no nosso Batismo.

«Vinde, benditos de meu Pai, recebei como herança o Reino, que vos está preparado desde a criação do mundo» (Mt 25, 34). Acolhamos esta palavra de bênção que o Filho do Homem, no dia do Juízo, há-de dirigir aos homens e mulheres que tiverem reconhecido a sua presença nos mais humildes dos seus irmãos, com um coração livre e repleto do amor do Senhor.

Amados irmãos e irmãs, esta passagem do Evangelho é verdadeiramente uma palavra de esperança, porque o Rei do universo Se fez solidário conosco, servo dos mais pequeninos e dos mais humildes. Daqui queria fazer chegar uma palavra amiga a todas as pessoas que sofrem, aos doentes, a quantos estão infectados pela Aids ou por outras doenças, a todos os esquecidos da sociedade: Tende coragem! O Papa pensa em vós e recorda-vos na oração. Tende coragem! Jesus quis identificar-Se com os pequeninos, com os doentes; quis partilhar o vosso sofrimento e, em vós, reconhecer irmãos e irmãs para os libertar de todo o mal, de todo o sofrimento! Cada doente, cada pobre merece o nosso respeito e o nosso amor, porque, através dele, Deus indica-nos o caminho para o céu.
Hoje convido-vos também a alegrar-vos comigo. Com efeito, há 150 anos que a cruz de Cristo foi implantada na vossa terra, que o Evangelho foi anunciado nela pela primeira vez. Neste dia, damos graças a Deus pela obra realizada pelos missionários, pelos «obreiros apostólicos» originários da nação ou vindos doutros lugares: bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas, catequistas… todos aqueles que, ontem como hoje, permitiram a difusão da fé no continente africano. Queria aqui fazer memória do venerado Cardeal Bernardin Gantin, exemplo de fé e de sabedoria para o Benim e para o continente africano inteiro.
Amados irmãos e irmãs, todos aqueles que receberam o dom maravilhoso da fé, este dom do encontro com o Senhor ressuscitado, sentem também a necessidade de o anunciar aos demais. A Igreja existe para anunciar esta Boa Nova. E este dever permanece urgente.

Depois de 150 anos, são numerosos aqueles que ainda não ouviram a mensagem da salvação de Cristo; aqueles que se mostram reticentes em abrir o próprio coração à Palavra de Deus; aqueles cuja fé é débil, e cuja mentalidade, costumes, estilo de vida ignoram a realidade do Evangelho, pensando que a busca dum bem-estar egoísta, do lucro fácil ou do poder seja o fim último da vida humana. Com entusiasmo, sede testemunhas ardorosas da fé que recebestes! Fazei brilhar por todo lado o rosto amável do Salvador, em particular diante dos jovens que, num mundo difícil, andam à procura de razões de viver e de esperar.

A Igreja no Benim recebeu muito dos missionários; deve, por sua vez, levar esta mensagem de esperança aos povos que não conhecem, ou deixaram de conhecer, o Senhor Jesus.

Amados irmãos e irmãs, convido-vos a sentir esta ânsia pela evangelização, no vosso país e no meio dos povos do vosso continente e do mundo inteiro. Isto mesmo no-lo recorda, com insistência, o recente Sínodo dos Bispos para a África! Sendo um homem de esperança, o cristão não pode desinteressar-se dos seus irmãos e irmãs. Isto estaria claramente em contradição com o comportamento de Jesus. O cristão é um construtor incansável de comunhão, de paz e de solidariedade – dons estes, que nos foram concedidos pelo próprio Jesus. Permanecendo fiéis a isto, colaboramos na realização do plano de salvação que Deus tem para a humanidade.
Por isso, amados irmãos e irmãs, convido-vos a reforçar a vossa fé em Jesus Cristo, com uma autêntica conversão à sua pessoa. Só Ele nos dá a vida verdadeira, e pode libertar-nos de todos os nossos medos e entorpecimentos, de todas as nossas angústias.

Reencontrai as raízes da vossa vida no Batismo que recebestes e que faz de vós filhos de Deus. Que Jesus Cristo vos conceda a todos a força de viver como cristãos, procurando transmitir generosamente às novas gerações aquilo que vós mesmos recebestes dos vossos pais na fé. AKLUNƆ NI KƆN FƐNU TƆN LƐ DO MI JI [O Senhor vos cumule das suas graças]!
Neste dia de festa, compartilhamos a nossa alegria pelo domínio de Cristo Rei sobre toda a terra. É Ele que remove tudo o que dificulta a reconciliação, a justiça e a paz. Sabemos que a verdadeira realeza não consiste numa demonstração de força, mas na humildade do serviço; nem na opressão dos fracos, mas na capacidade de os proteger e conduzir à vida em abundância (cf. Jo 10, 10).

Cristo reina a partir da Cruz e, com os seus braços abertos, abraça todos os povos da terra, atraindo-os para a unidade. Pela Cruz, abate os muros da divisão, reconcilia-nos uns com os outros e com o Pai. Hoje rezamos pelos povos da África, para que todos sejam capazes de viver na justiça, na paz e na alegria do Reino de Deus (cf. Rm 14, 17). Com estes sentimentos, saúdo afetuosamente todos os fiéis de língua inglesa vindos do Gana, da Nigéria e dos países limítrofes. Que Deus vos abençoe a todos!
Queridos irmãos e irmãs da África lusófona que me ouvis, a todos dirijo a minha saudação e convido a renovar a vossa decisão de pertencer a Cristo e de servir o seu Reino de reconciliação, de justiça e de paz. O seu Reino pode ser posto em perigo no nosso coração.

Aqui Deus cruza-se com a nossa liberdade. Nós – e só nós – podemos impedí-Lo de reinar sobre nós mesmos e, em conseqüência, tornar difícil a sua realeza sobre a família, a sociedade e a história. Por causa de Cristo, tantos homens e mulheres se opuseram, vitoriosamente, às tentações do mundo para viver fielmente a sua fé, às vezes mesmo até ao martírio. A seu exemplo, amados pastores e fiéis, sede sal e luz de Cristo na terra africana! Amém.

Fonte: Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/Homilia%20do%20Papa%20na%20Missa%20em%20Benin.%20.htm


PADRE REGINALDO MANZOTTI: A ORAÇÃO É A BUSCA DO CORAÇÃO QUE AMA

novembro 21, 2011

A DEVOÇÃO A VIRGEM MARIA É NECESSARIA PARA A SALVAÇÃO?

novembro 20, 2011

A DEVOÇÃO A VIRGEM MARIA É NECESSARIA PARA A SALVAÇÃO?

Quando li o livro do “Tratado da Verdadeira devoção a Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort, sobre a importância da Virgem Maria para a salvação de todos os homens, confesso que fiquei impressionado. Pensei logo naqueles que “abandonaram” essa devoção e me dei conta da real importância da Santíssima Maria na nossa vida. 

Então, concluí: isso precisa ser divulgado.

Assim, transcrevo aqui alguns textos para que possam ser mais amplamente conhecidos. Além disso, pretendem responder às duas perguntas abaixo:

– A devoção a Nossa Senhora é necessária para a salvação?

– Sem a devoção a Nossa Senhora podemos nos salvar?

Eis o que está escrito no referido livro de Montfort nos itens 40 a 42:

§ 1. A devoção a Santíssima Virgem é necessária a todos os homens para conseguirem a salvação

40. “O douto e piedoso Suárez, da Companhia de Jesus, o sábio e devoto Justo Lípsio, doutor da universidade de Lovaina, entre outros, provaram incontestavelmente, apoiados na opinião dos Santos Padres, entre os quais, Santo Agostinho, Santo Efrém, diácono de Edessa, São Cirilo de Jerusalém, São Germano de Constantinopla, São João Damasco, Santo Anselmo, São Bernardo, São Bernardino, Santo Tomás e São Boaventura, que a devoção a Santíssima Virgem é necessária à salvação e também um sinal infalível de condenação – opinião do próprio Ecolampádio e outros hereges, – não ter estima e amor a Santíssima Virgem. O contrário é indício certo de predestinação ser-lhe inteira e verdadeiramente devotado.

41.As figuras e palavras do Antigo e do Novo Testamento o provam; a opinião e os exemplos dos santos o confirmam; a razão e a experiência o ensinam e demonstram; o próprio demônio e seus asseclas, premidos pela força da verdade, viram-se muitas vezes constrangidos a confessá-lo, a seu pesar. De todas as passagens dos Santos Padres e doutores, que compilei para provar esta verdade, cito apenas uma, para não me alongar: “Ser vosso devoto, ó Virgem Santíssima, é uma arma de salvação que Deus dá, àqueles que quer salvar” (São João Damasceno).

42. Poder-se-ia repetir aqui várias histórias que provam o que afirmo. Entre elas, destaco:

Aquela que vem narrada nas crônicas de São Francisco, em que se conta que o santo viu, em êxtase, uma escada enorme, em cujo topo, apoiado no céu, avultava a Santíssima Virgem. E o santo compreendeu que aquela escada ele devia subir para chegar ao céu.
Outra narrada nas crônicas de São Domingos: quando o santo pregava o rosário nas proximidades de Carcassona, quinze mil demônios, que possuíam a alma de um infeliz herege, foram obrigados, por ordem da Santíssima Virgem, a confessar muitas verdades grandes e consoladoras, referentes à devoção a Maria. E eles, para sua própria confusão, o fizeram com tanto ardor e clareza que não se pode ler essa autêntica narração e o panegírico, que o demônio, embora a contragosto, fez da devoção mariana, sem derramar lágrimas de alegria, ainda que pouco devoto se seja da Santíssima Virgem” [Veja abaixo este texto com as respostas dos demônios] (São Luís Maria Grignion de Montfort, “Tratado da Verdadeira devoção a Santíssima Virgem”, pág. 40-45. 31. ed. Vozes. Petrópolis, 2002).

Respostas dos demônios, mesmo contra a vontade deles.

Quando São Domingos estava pregando o Rosário perto de Carcassona, trouxeram à sua presença um albigense que estava possesso pelo demônio. Consta que mais de doze mil pessoas tinham vindo ouvi-lo pregar. Os demônios que possuíam esse infeliz foram obrigados a responder às perguntas de São Domingos, com muito constrangimento. Eles testemunharam que:

1 – Havia quinze mil deles no corpo desse pobre homem, porque ele atacou os quinze mistérios do Rosário;

2 – Continuaram a testemunhar que, quando São Domingos pregava o Rosário, impunha medo e horror nas profundezas do inferno e que ele era o homem que eles mais odiavam em todo o mundo; isso por causa das almas que ele arrancou dos demônios por intermédio da devoção do Santo Rosário; revelaram ainda várias outras coisas.

São Domingos colocou o seu Rosário em volta do pescoço do albigense e pediu que os demônios lhe dissessem a quem, de todos os santos nos céus eles mais temiam, e quem deveria ser, portanto, mais amado e reverenciado pelos homens. Nesse momento eles soltaram um gemido inexprimível no qual a maioria das pessoas caiu por terra desmaiando de medo… e eles disseram:

“Domingos, nós te imploramos, pela paixão de Jesus Cristo e pelos méritos de sua Mãe e de todos os santos, deixe-nos sair desse corpo sem que falemos mais, pois os anjos responderão sua pergunta a qualquer momento” (…).

São Domingos ajoelhou-se e rezou a Nossa Senhora para que ela forçasse os inimigos a proclamarem a verdade completa. Mal tinha terminado de rezar viu a Santíssima Virgem perto de si, rodeada por uma multidão de anjos. Ela bateu no homem possesso com um cajado de ouro que segurava e disse: “Responda ao meu servo Domingos imediatamente”. Então os demônios começaram a gritar:

“Oh, vós, que sois nossa inimiga, nossa ruína e nossa destruição, porque desceste dos céus só para nos torturar tão cruelmente?

Oh, Advogada dos pecadores, vós que os tirais das presas do inferno, vós que sois o caminho certeiro para os céus, devemos nós, para o nosso próprio pesar, dizer toda a verdade e confessar diante de todos quem é que é a causa de nossa vergonha e nossa ruína? Oh, pobres de nós, príncipes da escuridão: então, ouçam bem, vocês cristãos: a Mãe de Jesus Cristo é todo-poderosa e ela pode salvar seus servos de caírem no Inferno. Ela é o Sol que destrói a escuridão de nossa astúcia e sutileza. É ela que descobre nossos planos ocultos, quebra nossas armadilhas e faz com que nossas tentações fiquem inúteis e sem efeito. Nós temos que dizer, porém de maneira relutante, que nem sequer uma alma que realmente perseverou no seu serviço foi condenada conosco; um simples suspiro que ela oferece a Santíssima Trindade é mais precioso que todas as orações, desejos e aspirações de todos os santos.

Nós a tememos mais que todos os santos dos céus juntos e não temos nenhum sucesso com seus fiéis servos. Muitos cristãos que a invocam quando estão na hora da morte e que seriam condenados, de acordo com os nossos padrões ordinários, são salvos por sua intercessão. Oh, se pelo menos essa Maria (assim era na sua fúria como eles a chamaram) não tivesse se oposto aos nossos desígnios e esforços, teríamos conquistado a Igreja e a teríamos destruído há muito tempo atrás; e teríamos feito com que todas as Ordens da Igreja caíssem no erro e na desordem.

Agora, que somos forçados a falar, também lhe diremos isto: ninguém que persevera ao rezar o Rosário será condenado, porque ela obtém para seus servos a graça da verdadeira contrição por seus pecados e por meio dele, eles obtêm o perdão e a misericórdia de Deus”.

Observação: É bom ressaltar que os demônios falam apenas “Maria (assim era na sua fúria como eles a chamaram)”. Portanto, nunca devemos imitar os demônios dizendo somente “Maria” quando nos referimos à Virgem Maria, Nossa Senhora

 

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=1&id=3698


PADRE JOSE AUGUSTO: O ENCANTO PELAS COISAS MUNDANAS NOS AFASTAM DO CAMINHO DE DEUS

novembro 20, 2011

CRISTO REI

novembro 19, 2011

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Cristo Rei

Optar por Cristo é a decisão mais inteligente que qualquer pessoa possa fazer

“Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente”. Assim reza a Igreja na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

Há um plano de Deus para o mundo, como o projeto de um artista, que quer elaborar sua obra prima. De fato, nada foi feito para ser destruído ou cancelado, mas tudo para a felicidade de todos os seres humanos. É privilégio para todos nós tomar consciência de que a criação de Deus chegou ao seu ponto mais alto quando, na descrição lindamente poética e verdadeira dos primeiros capítulos do Livro do Gênesis, foi no último dia que Deus fez o homem e a mulher à sua imagem e semelhança: inteligência, vontade e capacidade para amar! Imagem e semelhança da Trindade Santa, Deus que, desde toda a eternidade, é Pai e Filho e Espírito Santo.

Em Cristo, Deus nos escolheu, antes da fundação do mundo, para sermos santos e imaculados diante dele, no amor. Ele nos fez conhecer o mistério de sua vontade, segundo o desígnio benevolente que formou desde sempre em Cristo, para realizá-lo na plenitude dos tempos: restaurar tudo em Cristo, tudo o que existe no céu e na terra. (Cf. Ef 1, 1-14). Todas as realidades humanas encontram em Cristo sua realização e seu aperfeiçoamento. A nós, homens e mulheres cristãos, cabe fazer tudo para que toda a criação se encontre em Cristo e nele se realize plenamente. De fato, toda a criação espera ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus (Cf. Rm 8, 19).

Jesus veio para a Galileia, proclamando a Boa Nova de Deus: “Completou-se o tempo, e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede na Boa-Nova” (Cf. Mc 1, 14-15). Cristo é em primeiro lugar rei dos nossos corações e chama a uma mudança de mentalidade, conversão. Seu poder não se equipara aos de qualquer lugar do mundo ou época da história, mas supera todos eles e lhes dá a possibilidade de se transformarem em instrumento de serviço ao bem comum.

Chama-se “Reino de Deus” a paixão de Jesus Cristo, que perpassa o Evangelho, ilumina as parábolas “do Reino”, contadas por ele, coloca-o diante dos poderes de seu tempo, com a força para dizer que não é do mundo o “seu” Reino (Jo 18, 36). Não é do mundo, mas atua e transforma o mundo! Este Reino não terá fim, e, já presente aqui e agora, chegará à sua plena manifestação quando Deus for tudo em todos! Para lá caminhamos, este é o nosso sonho, é o projeto que catalisa todos os esforços dos cristãos, para que sejam atuantes na história do mundo.

Optar por Cristo é a decisão mais inteligente que qualquer pessoa possa fazer. Quando existem homens e mulheres renovados no Espírito Santo, estes serão agentes de mudança, suscitando crescimento qualitativo no relacionamento ente as pessoas. Esta escolha abre estrada para a libertação das muitas amarras que escravizam as pessoas. Quem segue Jesus Cristo escolhe valores diferentes daqueles que comumente norteiam as ações de muitas pessoas. A Missa da Solenidade de Cristo Rei no-los descreve: “Reino eterno e universal, reino da verdade e da vida, reino da santidade e da graça, reino da justiça, do amor e da paz”.

Tais pessoas servem à majestade de Deus. Ainda que as imagens dos palácios de todos os tempos possam influenciar na compreensão da expressão, trata-se, sim, de prostrar-se diante de Deus e servi-lo. E servir a Deus é reinar e transformar o relacionamento entre as pessoas. É sair do círculo vicioso da incansável luta pelo poder de todos os tempos. Só quando nos inclinamos diante do poder de Deus é que descobrimos a estrada da realização plena da humanidade. A glorificação eterna de Deus é meta e caminho. Sem escolher a Deus como Senhor de nossas vidas, os reinos que disputam dentro e em torno de nós continuarão a ganhar as porções de nossa dignidade e de nossa felicidade.

Venha a nós o vosso Reino! Vinde, Senhor Jesus!

Foto Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém – PADom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.

19/11/2011

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12576


PADRE FABIO DE MELO: A SABEDORIA DAS ESPERAS

novembro 19, 2011