PADRE VAGNER BAIA: ASSUMA A AUTORIDADE DE ABENÇOAR O SEU LAR

janeiro 31, 2012

PAPA BENTO XVI: AGORA O FILHO DO HOMEM FOI GLORIFICADO E DEUS FOI GLORIFICADO NELE

janeiro 31, 2012

Catequese do Papa Bento XVI

“Agora o Filho do Homem foi glorificado

e Deus foi glorificado nEle”

 

25.01.2012 – Cidade do Vaticano: Em sua audiência habitual às quartas feiras na sala Paulo VI, o Santo Padre dedicou hoje (25) em sua catequese sobre “a oração que Jesus dirige ao Pai”.

Queridos irmãos e irmãs
Na catequese de hoje concentramos a nossa atenção sobre a oração que Jesus dirige ao Pai na hora do seu enaltecimento e da sua glorificação. Como afirma o Catecismo da Igreja Católica: “A tradição a define a oração sacerdotal de Jesus”. É aquela do nosso Sumo Sacerdote, a qual é inseparável do seu Sacrifício, da sua passagem (Páscoa) ao Pai, onde ele é inteiramente “consagrado” ao Pai. (n. 2747).
Esta oração de Jesus é compreensível na sua extrema riqueza, sobretudo se a colocamos no contexto da festa judaica da expiação, o Yom kippur. Naquele dia o Sumo Sacerdote completa a expiação por si mesmo, depois pela classe sacerdotal e enfim pela inteira comunidade do povo. O objetivo é o de conduzir o povo de Israel, depois das transgressões do ano, à consciência da reconciliação com Deus, à consciência de ser um povo eleito, ‘povo santo’ em meio aos outros povos.

A oração de Jesus, apresentada no capítulo 17 do Evangelho Segundo João, retoma a estrutura desta festa. Jesus naquela noite se volta ao Pai no momento no qual está oferecendo a si mesmo. Ele, sacerdote e vítima, ora por si mesmo, pelos apóstolos e por todos aqueles que acreditarão n’Ele, pela Igreja de todos os tempos (Jo 17,20).
A oração que Jesus faz por si mesmo é o pedido da própria glorificação, do próprio enaltecimento na sua ‘hora’. Na realidade é mais um pedido e uma declaração de plena disponibilidade de entrar, livremente e generosamente, no desígnio do Pai que se cumpre na entrega, na morte e na ressurreição.

Esta “Hora” é iniciada com a traição de Judas (Jo 13,31) e culminará na subida de Jesus ressuscitado ao Pai (Jo 20,17). A saída de Judas do cenáculo é comentada por Jesus com estas palavras: “Agora o Filho do Homem foi glorificado e Deus foi glorificado nEle” (Jo 13,31).

Não acaso, Ele inicia a oração sacerdotal dizendo: “Pai, é chegada a hora: glorifica o teu Filho para que o Filho glorifique a ti” (Jo 17,1). A glorificação que Jesus pede por si mesmo como Sumo Sacerdote é o ingresso na plena obediência ao Pai, uma obediência que o conduz à sua mais plena condição filial: “E agora, Pai, glorifica-me diante de Ti com aquela glória que eu havia junto de Ti antes que o mundo existisse” (Jo 17,5).

Esta disponibilidade e este pedido constituem o primeiro ato do sacerdócio novo de Jesus que é um doar-se totalmente na cruz, e exatamente sobre a cruz – o supremo ato de amor – Ele é glorificado, porque o amor é a alegria verdadeira, a glória divina.
O segundo momento desta oração é a intercessão que Jesus faz pelos discípulos que estiveram com Ele. Eles são aqueles dos quais Jesus pode dizer ao Pai: “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me destes. Eram teus e os destes a mim, e eles observaram a Sua Palavra” (Jo 17,6). “Manifestar o nome de Deus aos homens” é a realização de uma presença nova do Pai em meio ao povo, à humanidade.

Este “manifestar” não é somente uma palavra, mas é a realidade em Jesus; Deus está conosco, e assim o nome – a sua presença conosco, o ser um de nós – se “realizou”. Portanto, esta manifestação se realiza na encarnação do Verbo. Em Jesus Deus entra na carne humana, se faz próximo em modo único e novo. E esta presença tem o seu ápice no sacrifício que Jesus realiza na sua Páscoa de morte e ressurreição.
Ao centro desta oração de intercessão e de expiação em favor dos discípulos está o pedido de consagração; Jesus diz ao Pai: “Eles não são do mundo, também eu mandei-lhes ao mundo; por eles eu consagro a mim mesmo, para que sejam também eles consagrados na verdade” (Jo 17, 16-19).

Pergunto: o que significa “consagrar” neste caso? Antes de tudo vale dizer que “Consagrado” ou “Santo” é propriamente somente Deus. Consagrar, portanto, quer dizer transferir uma realidade – uma pessoa ou coisa – para a propriedade de Deus.

E nisto estão presentes dois aspetos complementares: de uma parte tirar das coisas comuns, segregar, colocar à parte do ambiente de vida pessoal do homem para serem doados totalmente a Deus; e da outra esta segregação, esta transferência à esfera de Deus, tem um significado próprio de envio, de missão: exatamente porque, doada a Deus, a realidade, a pessoa consagrada existe para os outros, é doada aos outros. Doar a Deus quer dizer não estar mais para si mesmo, mas para todos.

É consagrado quem, como Jesus, é segregado do mundo e colocado à parte para Deus em vista de um objetivo e exatamente por isto está plenamente à disposição de todos. Para os discípulos, será continuar a missão de Jesus, ser doado a Deus para ser assim em missão por todos. A noite de Páscoa, o Ressuscitado, aparecendo aos seus discípulos, lhes dirá: “A paz esteja convosco. Como o Pai me envio assim eu vos envio” (Jo 20,21)
O terceiro ato desta oração sacerdotal estende o olhar até o fim do tempo. Nela Jesus se volta ao Pai para interceder em favor de todos aqueles que serão levados à fé mediante a missão inaugurada pelos apóstolos e continuada na história: “Não oro somente por estes, mas também por aqueles que acreditarão em mim mediante a Palavra deles”. Jesus reza pela igreja de todos os tempos, reza também por nós (Jo 17,20). O Catecismo da Igreja Católica comenta: “Jesus levou a pleno cumprimento a obra do Pai, e a sua oração, como o seu Sacrifício, se estende até a consumação dos tempos. A oração da Hora preenche os últimos tempos e os leva em direção à consumação” (n.2749).
O pedido central da oração sacerdotal de Jesus dedicada aos seus discípulos de todos os tempos é aquela da futura unidade de quantos acreditarão n’Ele. Tal unidade não é um produto mundano. Essa provém exclusivamente da unidade divina e chega a nós do Pai mediante o Filho e no Espírito Santo. Jesus invoca um dom que provém do Céu, e que tem o seu efeito – real e perceptível – sobre a terra.

Ele reza “para que todos sejam um, como Tu, Pai, estás em mim e eu em ti. Que eles estejam em nós sejam também estes em nós, para que o mundo creia que Tu me enviastes” (Jo 17,21). A unidade dos cristãos de uma parte é uma realidade secreta que está no coração daqueles que creem. Mas, ao mesmo tempo, ela deve aparecer com toda a clareza na história, deve aparecer para que o mundo creia, tem um objetivo muito prático e concreto, deve aparecer para que realmente todos sejam uma coisa só. A unidade dos futuros discípulos, sendo em unidade com Jesus – que o Pai enviou pelo mundo – é também a fonte originária da eficácia das missões cristãs no mundo.
Podemos dizer que na oração sacerdotal de Jesus se cumpre a instituição da Igreja. Exatamente ali, no ato da última ceia, Jesus cria a Igreja. Já que, não é a Igreja a comunidade dos discípulos que, mediante a fé em Jesus Cristo como enviado do Pai, recebe a sua unidade e é envolvida na missão de Jesus de salvar o mundo conduzindo-o ao conhecimento de Deus? Aqui encontramos realmente uma verdadeira definição da Igreja. A Igreja nasce da oração de Jesus. E esta oração não é somente palavra: é o ato no qual se consagra a si mesmo e por assim dizer, se sacrifica pela vida do mundo (Jesus de Nazaré, II)
Jesus reza para que os seus discípulos sejam uma coisa só. Em força de tal unidade, recebida e guardada, a Igreja pode caminhar no mundo sem ser do mundo (cfr Jo 17,16) e viver a missão que lhe foi confiada para que o mundo creia no Filho e no Pai que a enviou. A igreja se torna então o lugar no qual se continua a missão do próprio Cristo: conduzir o mundo da alienação do homem em direção a Deus e a si mesmo, para fora do pecado, a fim que volte a ser o mundo de Deus.
Queridos irmãos e irmãs, colhemos alguns elementos da grande riqueza da oração sacerdotal de Jesus, que vos convido a ler e meditar, para que os guie no diálogo com o Senhor, nos ensine a rezar.

Também nós, então, na nossa oração, pedimos a Deus que nos ajude a entrar, de modo mais pleno, no projeto que Ele tem sobre cada um de nós, peçamos à Ele para sermos “consagrados” a Ele, para pertencer-lhe sempre mais para poder amar sempre mais os outros, os próximos e os que estão distantes; peçamos à Ele para sermos sempre capazes de abrir a nossa oração às dimensões do mundo, não fechando-a no pedido de ajuda pelos nossos problemas, mas recordando diante do Senhor o nosso próximo, aprendendo a beleza de interceder pelos outros; peçamos à Ele o dom da unidade visível entre todos os que creem em Cristo – invocamos isto com força na semana de oração pela Unidade dos Cristãos – oremos para estarmos prontos para responder a qualquer um que nos pergunte acerca da esperança que está em nós (cfr. IPT 3,15). Obrigado.

Fonte: Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/Catequese%20do%20Papa%20Bento%20XVI%2025.01.2012%20.htm


PADRE CHRISTIAN SHANKAR: JESUS ESTÁ NO BARCO DA SUA FAMÍLIA

janeiro 30, 2012

OS PERIGOS DA MEIA CONVERSÃO

janeiro 30, 2012

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Os perigos da meia conversão

A maioria muda pensando em si e sai pensando em si

Falemos dos convertidos para alguma fé. Uma coisa é seguir em frente na mesma fé herdada dos pais e assumida pessoalmente e outra optar por outro púlpito, outros pregadores, outras maneiras de orar, outra forma de ver a ação de Deus na pessoa e na comunidade.

De repente, alguém ferido no corpo e na alma encanta-se com as notícias de que, em determinados templos, existem curas e palavras de conforto. Não vai lá pelos dogmas e sim pela cura e pelo conforto. Em questão de fé, o sentir pesa muito mais do que o intuir ou o entender.

Na verdade, o convertido pensa em si, depois em Deus, Ele quer respostas que alguém lhe oferece em nome do Senhor e são aquelas respostas prometidas que levam um convertido ao novo templo. Ele queria e por enquanto achou um lugar e um ambiente que favoreça a prática de sua fé. Se vier a decepção sempre haverá outros templos e outras igrejas… Muda-se!

Quando o culto e as pregações da igreja na qual foi batizado não satisfazem e o entusiasmo e as pregações da outra igreja trazem respostas tipo: “Deus é”, “Deus quis”, “Deus quer”, “Você foi escolhido”, ele se identifica. “É a palavra que eu andava procurando…”. Paulo toca no assunto quando escreve a Timóteo sobre os que procurariam outros mestres que diriam ou desejariam ter ouvido. (cf. Tm 4,-1-5). Sentir-se escolhido e eleito é outra coisa do que ser um no meio de bilhões. Esta singularização já levou muitas pessoas da grande para as pequenas comunidades onde são mais notadas e acolhidas.

O gigantismo nem sempre ajuda uma igreja. Não há ministros para cuidar de tanta gente. Equivale ao hipermercado com mais de 100 mil visitas diárias e número insuficiente de funcionários. A pessoa procura melhor atendimento. Isso tem acontecido com a Igreja católica, além de outras diferenças que levaram muitos fiéis a procurar igrejas menores onde se sentem menos número. Não é o dogma que as leva para lá. É a atenção e são as promessas e garantias de resultado que todos os dias são mostrados lá na frente ou na televisão. Vão para os templos onde a graça acontece e é mostrada.

Os católicos fazem o mesmo quando vão a lugares de peregrinações ou movimentos onde se sentem singularizados. “Você” e “Deus” e “Jesus” são as três palavras mais usadas por estes pregadores. Corresponde ao que estes fiéis queriam ouvir.

Convertem-se porque querem o melhor para si. Depois é que começam a querer o louvor de Deus e o melhor para os outros. Mas quando vem a dificuldade e este fiel que mudou de fé percebe que não aconteceu o melhor, a doença voltou, os problemas voltaram, a filha não mudou, o marido não mudou, ou voltam, vão procurar o mais novo pregador e a mais nova igreja que apareceu na televisão. É para lá que fazem romaria. Há um novo pregador bombando na mídia. E vão ouvi-lo porque sua religião é altamente personalizada da mesma forma que é sua fé. Mudam também o enfoque a partir do pregador em evidência. Se ontem era Jesus, depois era o Espírito Santo, agora é o Pai. Se ontem era a graça Universal, agora é o Poder Mundial. Se ontem era o “não sofra mais”, agora é o “não espere mais”. Decida!

Os nossos tempos, à mercê da cultura do indivíduo soberano, geraram milhões de migrantes da fé. Mudam com enorme facilidade e sem nenhum drama de consciência de um templo para o outro e de um caminho para o outro. E ouvem os pregadores a dizer que se não estão confortáveis num caminho devem buscar sua realização no outro porque Deus criou muitos caminhos para que o indivíduo exerça sua liberdade de escolha. Na maioria das vezes é o jeito de o pregador justificar por que ele mesmo mudou duas ou três vezes, trocou de igreja ou de grupo de espiritualidade e até fundou a própria, sempre dizendo que Deus queria a mais nova igreja.

“Você não está feliz onde está? Venha conosco!” É o que se ouve nesses púlpitos. Mas não há muita lógica, porque nunca se ouve dos mesmos pregadores: “Você não é está feliz conosco? Procure outra igreja”. Aí, não! Vir, pode, ir embora é abandonar o caminho certo! O marketing chega a ser deslavadamente cruel. “Deixar a outra igreja pode, deixar a nossa, nunca!”

Não se ensina que não há igreja nem religião perfeita, nem estradas perfeitas. Uma pode ser melhor do que a outra, mas sempre haverá buracos, empecilhos, barreiras. Aí depende muito do individuo ser capaz de se perdoar e perdoar a sua igreja que segundo sua avaliação errou para com ele não lhe dando o conforto que ele esperava. Perdoará a mais nova igreja quando ela também falhar? E ele, por acaso, não precisa pedir perdão à sua antiga e agora à sua nova igreja? As igrejas são pecadoras, mas o sujeito que muda de opção, quando as coisas não saem do seu jeito, não o é?

Contornar barreiras e seguir aquele caminho ou, decepcionado, voltar atrás porque não achou o que queria é o grande drama da conversão! Se foi opção verdadeira o convertido pensará nos outros e fará todos os sacrifícios possíveis para prosseguir no caminho de sempre. Se não foi opção pelos outros e sim por si mesmo, ele mudará e irá lá onde de um jeito ou de outros era protagonista e fará o que sempre sonhou fazer.

Mas no novo caminho, ao primeiro grande conflito, se converterá de novo. Ou deixara de praticar ou mudará outra vez e achará algum culpado pelo seu novo desânimo. Evidentemente. O problema nunca será ele. Mudou porque os outros não o acolheram ou respeitaram…

O perigo da meia conversão existe, como também existe o perigo da meia vocação, da meia promessa e do meio casamento. Todos eles se assemelham à meia virgindade. A história de todas as religiões coincide nesse aspecto. Os que ficam e perdoam sua igreja e os que se cansam dela e buscam outra que lhe fale mais ao coração. Os dogmas aparecem depois. As dúvidas contra sua própria igreja são alimentadas pelo pregador que deseja mais alguém em suas fileiras, sempre cuidadoso a não mostrar os podres da sua igreja. Lá tudo é graça, tudo é força, tudo é luz porque um novo tempo exige uma nova igreja! O marketing é bonito, mas nem sempre honesto!

A maioria muda pensando em si e sai pensando em si. Não havendo nem alteridade nem altruísmo, não haverá ascese, e não havendo ascese, foi apena meia conversão! Se o ego do fiel for outra vez desafiado ele não hesitará em mudar. Sua individualidade está acima de qualquer religião ou fé. Releia a segunda Carta de Paulo a Timóteo, 4,1-5. Já naquele tempo a alteridade andava em baixa!…


Pe. José Fernandes de Oliveira – Pe. Zezinho, scj
Escritor, compositor e cantor. Congregação Dehonianos

28/11/2011 – 08h40

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?id=&e=12582


PADRE FABIO DE MELO: SABOR DO ESPÍRITO SANTO

janeiro 29, 2012

COMO EXERCER A AUTORIDADE

janeiro 29, 2012

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Como exercer a Autoridade

Ela se impõe pelo conteúdo de palavras e pela coerência de vida

A presença de Jesus desconcerta as pessoas, pois Suas palavras e gestos superaram as práticas costumeiras e Seus critérios são totalmente diferentes (cf. Mc 1,21-28). Diante da enfermidade, o Senhor chega com a cura, inclusive tocando com as próprias mãos pessoas excluídas do convívio social, como os leprosos. Anda por todas as partes, vai às casas das pessoas, é procurado pelos pecadores e fracos, não julga, mas acolhe, vence o poder do demônio. Aonde chega, traz um ensinamento novo, dado com autoridade: “Ensinava como quem tem autoridade, não como os mestres da lei” (Mc 1,22). Sua fama se espalha por toda parte!

De fato, “grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. Advertiu-os, no entanto, que não dissessem quem ele era. Assim se cumpriu o que foi dito pelo profeta Isaías: ‘Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual está meu agrado; farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o julgamento. Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar o julgamento. Em seu nome as nações depositarão sua esperança’” (Mt 12, 15-21). Até hoje e até o fim dos tempos, o nome de Cristo atrai, converte e transforma radicalmente.

Olhando para Jesus, perguntamo-nos sobre a autoridade exercida nos mais diversos níveis da convivência humana. Tem-na uma criança! Tanto que a sociedade aprende a valorizá-la, a ouvir desde o choro dos bebês até o clamor das crianças de rua, ou a sabedoria de perguntas infantis que desarmam marmanjos! E o “dono da bola”, nos jogos de futebol de nossa infância! Têm autoridade os pais e mães em suas casas, aos quais se confia a transmissão de valores verdadeiros, capazes de sustentar vidas humanas. Quantos são chamados a exercê-la em repartições públicas e empresas, ou órgãos de governo. Quem nunca se encantou com uma parada militar, em que garbosos soldados desfilam diante da população? E pelo menos uma pontinha de justificado orgulho já passou por tantos corações ao dar notícias a familiares e amigos sobre um cargo de chefia ou uma promoção vieram “em boa hora”! Também na Igreja, sacerdotes e outros ministros são chamados a exercer autoridade, estando à frentes de paróquias, grupos e setores de atividade pastoral.

Difícil é exercer a autoridade sem autoritarismo, sem cair na tentação do despotismo ou manipular vidas e consciências. Autoridade tem que vir de dentro, de convicções purificadas pelo sentido do bem comum. Autoridade se impõe pelo conteúdo de palavras e pela coerência de vida. Autoridade tem a criança pela sua transparência e pela imensa liberdade com que se apresenta. Tem autoridade a pessoa que sabe o que pensa e o que fala, pois pode se estabelecer com competência, objetividade e compromisso com a verdade. Revela-a mais do que outras aquela pessoa que escolheu, como o Senhor em quem acreditamos, servir e não ser servido.

Não é novidade dizer que existe uma crise de autoridade nos dias que correm. Para superá-la, há que se trabalhar na formação das pessoas. Os pais e mães, quando saem de seu fechamento e aprendem a partilhar com outros casais, dialogam mais e não perdem o pátrio poder. Ao lado de tantas outras possibilidades, a Igreja põe à disposição Movimentos e Serviços, que são laboratórios para que as famílias se renovem. As lideranças dos vários setores de Igreja sabem também o quanto se insiste na formação dos quadros de serviço.

Aos responsáveis pela distribuição de cargos públicos, fazemos um apelo a que se valorizem as escolas e cursos já existentes e o necessário treinamento para quem a eles for destinado. Cresce na sociedade o controle da administração por meio da verificação de gastos e acompanhamento dos atos do governo. São caminhos para a superação da corrupção, sempre existente, mas dragão a ser vencido um dia depois do outro. E se o sonho não for alto de mais, quem pode pensar em formação para os que vierem a se candidatar nas eleições do ano em curso?

Que mais pessoas possam ouvir de si mesmas, em muitos níveis da vida social, que é diferente seu comportamento e o exercício de suas funções, com verdadeira autoridade! Mas sabemos de nossos limites, pelo que, para que seja nova nossa vida, é necessário pedir: “Concedei-nos, Senhor, nosso Deus, adorar-vos de todo o coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade”. Só o amor a Deus e o amor de caridade no relacionamento com as pessoas podem fazer superar a crise de autoridade do mundo. A receita não mudou!

Foto Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém – PADom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.

27/01/2012

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12644


BANDA DOM CANTA NO PROGRAMA BEM VINDO ROMEIRO DA TV APARECIDA

janeiro 28, 2012

CONFISSÃO: NOSSA FORTALEZA

janeiro 28, 2012

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Confissão: nossa fortaleza

Jesus nos cura da paralisia espiritual
 

Todos os pormenores que envolveram a cura do paralítico (cf. Mc 2,1-12) são profundamente significativos. Aquela doença era bem o símbolo da paralisia espiritual e Jesus, com Seu poder divino, cura a moléstia do corpo e da alma. Com efeito, aquele homem saiu andando, carregando a cama em que o trouxeram até Cristo, que realizou algo ainda mais admirável ao lhe restituir a saúde da alma: “Teus pecados estão perdoados”.

Após Sua Ressurreição, Cristo, que demonstrou peremptoriamente Sua divindade, outorgaria esta faculdade aos apóstolos: “A quem perdoardes os pecados, estes lhes serão perdoados” (Jo 20,23). Era a instituição do sacramento da penitência, o sacramento da libertação. Quando alguém diz que vai se confessar não se trata de um ato qualquer como ir ao dentista ou a qualquer consultório médico, o que já indica um mal corporal, mas atitude que se torna necessária para recuperar o bem-estar físico.

Entretanto, o sacramento da reconciliação opera uma cura muito mais premente, que não admite nenhuma dilação, pois se trata do reencontro pessoal com Aquele que ama o que errou muito além de sua expectativa. Esse sacramento oferece o perdão das faltas veniais ou graves, sendo remédio espiritual que fortalece o cristão para os embates contra as investivas do maligno. Sana as falhas das eivas provenientes dos pecados capitais, sobretudo, do defeito dominante.

O sacerdote é apenas um instrumento do Redentor, pois pronuncia, em Seu nome, a fórmula da absolvição. É Jesus quem cura a paralisia espiritual e ajuda para a caminhada rumo a Jerusalém celeste, impedindo as más decisões e as indecisões diante dos ataques demoníacos. O arrependimento sincero é uma volta medicinal aos erros passados, mas, sobretudo, uma largada para frente, para vitórias fulgurantes, obstando o cristão a desistir do mal, na prática das virtudes, na fidelidade à observância dos mandamentos, no anelo ardente de estar com Deus por toda a eternidade. Tira-se um fardo pesado e se imerge no oceano do amor infinito do Ser Supremo.

Percebe-se então que há uma diferença enorme entre o perdão dos homens e o do Criador, pois este é total. O Todo-Poderoso falou por intermédio do profeta Isaías: “Eu não me lembrarei mais dos teus pecados” (Is 43,25). Perdão completo que apaga as manchas devidas à fragilidade humana, benesse ofertada pelo grande amor do Senhor, que é a bondade infinita. Cumpre lembrar que o ato de dileção dos amigos do paralítico permitiu seu encontro com Jesus, encontro que resultou em consequências tão maravilhosas.

Este é um apostolado muito abençoado por Jesus, levar os que estão nas trevas do erro para a luz da anistia divina. Aqueles que se comprimiam ao redor do Redentor tinham uma confiança formidável n’Ele. Cristo, que lia os corações, percebia a fidúcia que neles reinava. Primeiro, foram perdoados os pecados daquele doente, depois se seguiu sua cura. Eis porque, sobretudo, por ocasião de alguma moléstia, é preciso, antes de tudo, colocar a consciência em paz, mesmo porque os medicamentos só produzirão seu efeito total quando a tranquilidade e a imperturbabilidade imperam dentro do coração. Este não deve estar bloqueado, dado que é todo processo psicossomático que necessita ser restaurado.

Os empecilhos que levam à paralisia espiritual podem vir de um passado infeliz, e tudo que esteja lá no inconsciente precisa ser aflorado, ou de um espírito rancoroso, revoltado, amargo que necessita se envolver num perdão cordial ou ainda dos muitos cuidados, ambições terrenas, paixões desregradas, situações familiares, profissionais. Numerosas são as causas que podem impedir o encontro com Jesus. Um sincero exame de consciência é a melhor de todas as terapias.

Com habilidade, diplomacia e muita caridade os bons cristãos podem, de fato, ajudar os amigos a encontrarem o Médico Divino, apostolado admirável, meritório para o dia do juízo final. Adite-se ser de um valor imenso as preces pela conversão dos pecadores. Jesus deseja perdoar a todos, mas respeita a liberdade de nos aproximarmos d’Ele ou não, e conta com o interesse dos verdadeiros cristãos que levem outros até Ele.

Representante de Cristo, o padre no confessionário exerce um tríplice papel. Ele é Juiz e, na verdade quantos, às vezes, pensam estar numa triste situação espiritual e, no entanto, necessitam apenas de pequenos ajustamentos vivenciais. Médico, ele cura enfermidades da alma. Nem sempre o mesmo remédio pode ser aplicado a idêntico tipo de doença, sendo morte para um o que é saúde para o outro. É o que se dá também na esfera espiritual: o confessor, habilmente, diagnostica o que se passa com quem o procura em busca de paz interior, oferecendo-lhe o medicamento adequado. Mestre, ele guia e aponta as veredas salvíficas; tudo isso em nome de Jesus, que tem poder de perdoar pecados.

Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
Professor no Seminário de Mariana durante 40 anos

26/01/2012

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12652


PADRE FABIO DE MELO: FÉ MADURA

janeiro 27, 2012

A BOA NOTÍCIA

janeiro 27, 2012

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A Boa Notícia

Ela não provoca medo, mas conversão

O anúncio feito por Cristo é a Boa Notícia, que suscita um processo de transformação e de passagem para o novo. É saída do antigo, do comodismo e infertilidade para assumir posturas comprometedoras com as exigências da história. Na visão bíblica e cristã, o antigo é pautado por atitudes de pecado, de injustiças e desamor. A conquista do novo é o encontro com as propostas do Reino de Deus, a abertura do coração para a beleza da vida e a presença da graça de Deus em quem a reconhece.

No mundo antigo, a Palavra anunciava castigo para as cidades e povos infiéis a Javé. Nínive, por exemplo, foi ameaçada de destruição, caso não seguisse os conselhos de Jonas. Mas o seu povo foi capaz de experimentar o novo ao mudar de vida.
A Palavra hoje não anuncia catástrofes, mas a chegada da plenitude dos tempos. É como dizer: “o tempo está cumprido”. Aconteceu o nascimento de Jesus Cristo, a chegada do novo. É a chegada do “fim dos tempos”, e não “fim do mundo”.

As catástrofes naturais, enchentes, destruições, perda de pessoas e bens naturais, não significam a chegada do fim do mundo, como está na mente de muita gente. É o curso natural do tempo. O aquecimento global pode ajudar nesse processo.

A Boa Notícia não provoca medo, mas conversão. Ela exige fé e compromisso ativo na comunidade. O povo da cidade de Nínive entendeu a mensagem do profeta Jonas. Ela era a capital dos gentios. Deus guia ao bom caminho os pecadores.

A pregação de Jonas foi a imagem da pregação de Jesus. Em Cristo acontece a “irrupção do Reino de Deus”. Ele não anuncia catástrofe, mas a Boa Nova do Reino. Fez isso como Filho de Deus, convocando as pessoas para a conversão e a esperança.
Conversão é diferente de fazer penitência. Não à base do medo e do castigo, mas de fé na Boa Nova e de experimentar a presença de Deus na vida. Isso faz do convertido discípulo-missionário e “pescador de homens”.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Bispo de São José do Rio Preto

25/01/2012

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12642


COMENTÁRIO DO EVANGELHO DE DOMINGO DIA 29/01/2012

janeiro 27, 2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO DO IV DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO: B, DO DIA 29 DE JANEIRO DE 2012, FEITO PELO PADRE MATEUS MARIA, FMDJ.

Clique no link abaixo e assista:

http://pt.gloria.tv/?media=247225


PADRE ODAIR RIZZO: TUDO PASSA, O QUE PERMANECE É O AMOR DE DEUS

janeiro 26, 2012

janeiro 26, 2012

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Perseverar é preciso

Os homens que fizeram história não desistiram no meio do caminho

 

Quando o assunto é perseverança, lembro-me de algumas lições que aprendi quando ainda era criança. Como morava em sítio distante da cidade, costumava caminhar muito e era normal fazer até viagens mais longas a pé. Por isso, era preciso sair de casa bem cedo para evitar o sol forte durante a caminhada. Recordo-me, por exemplo, de quando iámos em família visitar minha avó.

Tudo era festa, eu e minhas irmãs, também crianças, vivíamos com expectativa a preparação para essa viagem que tinha sempre data marcada com antecedência. Junto com a nossa mãe, pensávamos em tudo, inclusive nas coisas gostosas que iríamos comer, nos primos que nos esperavam para brincarmos juntos, etc.

Ainda sinto o cheiro do orvalho daquelas manhãs de verão, os primeiros raios do sol nos enchiam de força e alegria para começar a viagem. Mas o interessante é que a empolgação, que trazíamos no início do trajeto, aos poucos ia se desvanecendo e logo começavam a aparecer os primeiros sinais de desânimo. Lembro-me de que nos segurávamos ao máximo para não começar a reclamar do cansaço, mas, quando uma falava, as outras seguiam suas queixas que, em geral, eram relacionadas à distância, à demora e a tantas outras justificativas que apresentávamos como razão para desistirmos da viagem. Nessas horas minha mãe, com sua simplicidade e pedagogia própria da maternidade, nos dava lições de perseverança.

Geralmente nos sugeria uma pausa na qual nos alimentava, nos dava água e nos motivava, fazendo-nos lembrar que nossa avó já estava diante da porta da casa à nossa espera, que ela tinha feito várias coisas para nós. Dessa forma, ela nos ajudava a perceber que, afinal, já não estávamos assim tão distantes, pois já havíamos caminhado até ali. Regressar seria também cansativo e não nos traria felicidade. As palavras dela eram como injeção de ânimo para nós. Recomeçávamos a viagem animadas e, quase sem perceber, íamos nos apoiando na esperança que acabara de ser semeada em nossos corações.

Nestes dias, em meio às lutas próprias da missão, tenho pedido a Deus a graça da perseverança e Ele me fez lembrar das lições de minha mãe, além de acrescentar algumas outras… Perseverar é preciso, principalmente na vida cristã!

Já é de nosso conhecimento que o fracasso na vida de muitas pessoas deve-se ao fato de começarem seus projetos e não os terminarem, ou seja: falta de perseverança. Os homens que fizeram história e realizaram sonhos são os que não se renderam ao desânimo no meio do caminho, mas seguiram até o fim, mesmo cansados. Podemos recorder, por exemplo, Thomas Edson, que, segundo a história, tornou-se, depois de inúmeras tentativas fracassadas, o criador da lâmpada elétrica para o bem da humanidade. Outro exemplo bem próximo de nós é o do monsenhor Jonas Abib, quantas vezes ele sofreu o peso da responsabidade e até mesmo foi aconselhado a parar com relação à fundação da Canção Nova. Já pensou se ele não tivesse perseverado? E não faltam exemplos de perseverantes vencedores; que diga o testemunho dos santos.

É certo que nossa vida é uma viagem passageira por este mundo e o destino é a Casa, não da avó, mas do Pai Eterno, que desde sempre nos ama e está à nossa espera. Por isso é preciso nos conservar firmes e constantes nos propósitos que nos conduzem aos ideais; e no caso da vida cristã: que nos conduzem à vontade de Deus.

O cansaço, às vezes, nos assola, o “sol forte” dos acontecimentos pode nos tirar as forças. Muitas vezes, precisamos até parar um pouco para nos recompor e reencontrar as inspirações iniciais para que possamos seguir em frente, mas sem voltar atrás. Como explicava minha mãe: desistir também tem seu preço e não nos traz felicidade.

Que hoje seja um dia de retomada em nossa caminhada em todos os aspectos de nossa vida! A Palavra do Senhor, que partilho com você neste sentido, é um conselho do apóstolo Paulo para a comunidade de Coríntios:

“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão” (I Cor 15, 58).

Estou unida e rezo por você!

Foto Dijanira Silva
dijanira@geracaophn.com

Dijanira Silva Apresentadora da Rádio CN FM 103.7 em Fátima Portugal.
Acesse o blog Fatima hoje

24/01/2012

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12640

 


DUNGA: COMO ME LIVRAR DA MURMURAÇÃO?

janeiro 25, 2012

A AVE-MARIA PARA CRIANÇAS

janeiro 25, 2012

A AVE-MARIA PARA CRIANÇAS

Certa vez, enquanto Nossa Senhora estava rezando em sua pequenina casa de Nazaré, apareceu-lhe um Anjo do Céu, que a cumprimentou em nome de Deus: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco.”
Com essas palavras, o Anjo anunciava a Maria Santíssima uma coisa maravilhosa: Ela deveria ser a Mãe de Deus, o Salvador do mundo!
 

Passado algum tempo, Nossa Senhora foi fazer uma visita à sua prima Isabel. Logo que Isabel viu Nossa Senhora, foi-lhe ao encontro, abraçou-a e exclamou:”Bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”.

A Ave Maria nos lembra o nascimento de Jesus e a visita de Nossa Senhora a Santa Isabel.

Quando rezamos a Ave-Maria, Nossa Senhora nos ouve e nos sorri de satisfação. Ela é nossa Mãe também, e estando no Céu, reza por nós, que somos pecadores.

Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém.

*******************************

Quais foram as lindas palavras que o Anjo disse a Nossa Senhora?

O Anjo disse à Nossa Senhora: Ave Maria cheia de graça o Senhor é convosco.

E as palavras de Isabel, quando cumprimentou Nossa Senhora?

Santa Isabel completou: Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre Jesus.

Maria Santíssima é também nossa Mãe?

Sim, Maria Santíssima é nossa Mãe do céu.

O que é que Ela faz por nós, estando no céu?

Estando no céu, Nossa Senhora pede por nós diante do trono de seu Filho, Jesus Cristo.

Prática: Durante o dia, diga várias vezes: “Ó Maria concebida sem pecado: Rogai por nós que recorremos a vós”.

 

 
Fonte: Catecismo da Primeira Comunhão, pag 10.

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=8&id=3771


PADRE PAULINHO: REGULARIZE A SUA VIDA COM DEUS ENQUANTO HÁ TEMPO

janeiro 24, 2012

RECONSTRUIR E RECOMEÇAR

janeiro 24, 2012

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Reconstruir e recomeçar

Um desafio enorme para uma sociedade que sabe criar burocracias

 

As catástrofes causadas pelas chuvas geram sofrimentos que cortam o coração. Compartilhar a dor de sonhos desfeitos, a desolação da perda do que se conquistou com suor e sacrifícios, o sentimento de abandono e impotência, desafiam o coração, a vida, a cidadania. Não é um compartilhamento fácil.

A reação primeira aparece nos gestos de solidariedade que minimizam esses sofrimentos e a penúria da falta de alimentos, roupas, moradias. Consola o coração quando avaliamos, entre outras iniciativas cidadãs e de fé, o empenho do Vicariato Episcopal para Ação Social e Política, da Arquidiocese de Belo Horizonte. Um trabalho que mobiliza muitas pessoas e conta com a capilaridade de sua rede de comunidades nas paróquias para fazer chegar os primeiros socorros – um verdadeiro testemunho de fé e solidariedade.

A situação cria oportunidade para um olhar clarividente e gestos solidários por parte de todos que podem e devem ajudar os que estão em situação de extrema precisão. É um momento em que não é permitido ficar de longe, de braços cruzados, desfrutando do conforto e da felicidade de não ter sido atingido pelos males causados pelas chuvas. Esta solidariedade tem que conectar a cidadania à compreensão de que a intervenção do poder público, particularmente em âmbito federal, não pode ser considerada como uma ajuda circunstancial e numericamente insignificante diante das necessidades e urgências. Trata-se de uma obrigação e um dever que, na verdade, devem ser cumpridos com ações de prevenção e rapidez em investimentos de infraestrutura, para evitar as surpresas que chegam desmoronando tudo por conta das indicadas e listadas fragilidades.

Esta compreensão situa a cidadania num lugar diferente daquele de se tratar o povo como “ajudados em emergência” para se alcançar e efetivar um entendimento que urge um tratamento diferente. Isto é, um tratamento que define diferentemente as prioridades, premie a capacidade inventiva de quem trabalha, governa e serve. De modo especial, produza e sustente uma cidadania que não fique atrelada e dependente de favores, refém de configurações cartoriais. Que vá além, e ultrapasse o limite próprio e evidente que está na ideologia do partido, que por si é apenas, embora necessário, uma parte.

Esse horizonte, com mais de 180 municípios mineiros em estado de emergência e mais de 60 mil pessoas desalojadas, tendo bem em mente o sacrifício de famílias inteiras e de cada pessoa, nos leva a pensar no longo caminho a ser percorrido, com a reconstrução de casas, ruas, pontes, estradas e outras muitas demandas. Ainda que o tempo tenha melhorado, o comprimento desse caminho não fica encurtado. É preciso lembrar que as necessidades demandam urgências em procedimentos e execuções.

Um desafio enorme para uma sociedade que sabe criar burocracias e tem grande dificuldade de estabelecer rapidez, com eficiência, no atendimento de necessidades e mesmo nos avanços em vista de progressos e do desenvolvimento integral. Esse caminho longo, por si só exigente, é um grito a céu aberto para que as providências sejam tomadas com velocidade para que a vida de tantos volte ao normal e seja como ela deve ser. Há de se incluir, nessa labuta que as chuvas colocaram como desafio, a compreensão de que é hora e oportunidade para recomeçar. Reiniciar, em primeiro lugar, sob o signo da solidariedade, do respeito e do amor, proporcionando a toda a família e, na sociedade, diálogos e discussão dos problemas pensando uma compreensão e vivência cidadãs diferentes e qualificadas. Esse é o ponto de partida insubstituível: a configuração permanente de um humanismo que deve contar com a força da cultura e de seus próprios valores. Imprescindível, pois é preciso aprender com as lições dos sofrimentos. Aproveitar para adotar novos estilos de vida e mudar mentalidades. Mudanças para se buscar o verdadeiro, o belo, o bom e a comunhão cidadã para bem se determinar as opções de consumo, de poupança e de investimentos.

Assim, o caminho da reconstrução, inevitável e inadiável, se torne uma exigência e um imperativo para que se compreenda a cidadania como serviço à pessoa, à cultura, à economia e à política. Determinante seja a política e a atuação dos políticos, em interface indispensável e compreendida como o segredo do êxito, com os outros segmentos da sociedade, alavancados pelo privilégio da rica cultura que subsidia essa história e esse povo tão importantes no cenário nacional.

A reconstrução é uma oportunidade de recomeçar para se ocupar, social e politicamente, o lugar devido que Minas e seu povo merecem.

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo metropolitano de Belo Horizonte

23/01/2012

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12641

 


MAGDA ISHIKAWA: MEU PAI É QUADRADO

janeiro 23, 2012

PAPA BENTO XVI: VIDA SACERDOTAL REQUER DESEJO CRESCENTE À SANTIDADE

janeiro 23, 2012

Papa Bento XVI.

Vida sacerdotal requer
desejo crescente à santidade.

20.01.2012 – Cidade do Vaticano: Ao receber nesta sexta-feira, os seminaristas do Colégio Capranica de Roma, o Papa Bento XVI sugeriu a radicalidade de Santa Inês como modelo para a vida sacerdotal.

Senhores Cardeais,
Excelência,
Queridos irmãos!

É sempre motivo de alegria, para mim, encontrar a comunidade do Colégio Almo Capranica, que há mais de cinco séculos constitui um dos Seminários da Diocese de Roma. Saúdo-vos todos com afeto, em especial naturalmente, vossa Eminência, o Cardeal Martino e o reitor, monsenhor Ermenegildo Manicardi. E agradeço vossa Eminência pelas palavras de cortesia. Em ocasião da festa de Santa Agnes, padroeira do Colégio, gostaria de oferecer-vos algumas reflexões sugestivas justamente sobre esta figura.

Santa Inês é uma das mais famosas virgens romanas, que ilustrou a beleza genuína da fé em Cristo e da amizade com Ele. Seu duplo estatus de Virgem e Mártir está ligado à totalidade do tamanho de santidade.
Trata-se de uma perfeição de santidade que é necessária também a vocês em vossa fé cristã e em especial à vossa vocação sacerdotal, com a qual o Senhor vos chamou e a vós em Si.
Martírio – para Santa Inês – quis dizer a generosidade e a livre aceitação de gastar sua jovem vida, em sua totalidade e sem reservar, a fim que o Evangelho fosse anunciado como verdade e beleza que ilumina a existência.
No martírio de Inês, acolhido com coragem no estádio de Domiciano, esplende para sempre a beleza de pertencer a Cristo sem hesitação, confiando-se a Ele. Ainda hoje, para quem passa na Piazza Navona, a efígie de Santa Inês em Agonia recorda que esta nossa cidade foi fundada também sobre a amizade com Cristo e o testemunho do Seu Evangelho, por muitos de Seus filhos e filhas. Sua generosa doação a Ele e para o bem dos irmãos é um componente primário da fisionomia espiritual de Roma.
No martírio, Inês sela também outro elemento decisivo de sua vida, a virgindade por Cristo e pela Igreja. A doação total do martírio é preparada, de fato, pela escolha consciente, livre e madura da virgindade, testemunho da vontade de ser totalmente de Cristo.

Se o martírio é um ato heróico final, a virgindade é fruto de uma prolongada amizade com Jesus amadurecida na escuta constante de Sua Palavra, no diálogo da oração e no encontro eucarístico.
Inês, ainda jovem, aprendeu que ser discípulo do Senhor quer dizer amar-Lo colocando em jogo toda a existência. Esta dupla qualidade – Virgem e Mártir – chama novamente a nossa reflexão para um testemunho com credibilidade da fé de ser uma pessoa que vive por Cristo, com Cristo e em Cristo, transformando a própria vida segundo as exigências mais altas da gratuidade.
Também a formação do presbítero exige exaustividade, integridade, exercício ascético, perseverança e fidelidade heróica, em todos os aspectos que a constitui; a fundo, deve existir uma sólida vida espiritual animada de uma relação intensa com Deus a nível pessoal e comunitário, com particular cuidado nas celebrações liturgicas e na participação dos Sacramentos.
A vida sacerdotal requer um desejo crescente à santidade, um claro sensus Ecclesiae e uma abertura à fraternidade sem exclusão e partidarismo. No caminho da santidade do presbítero está também sua escolha de trabalhar, com a ajuda de Deus, a própria inteligência e o próprio empenho, uma verdadeira e sólida cultura pessoal, fruto de um estudo apaixonado e constante.
A fé tem uma dimensão racional e intelectual que a ela é essencial. Para um seminarista e para um jovem padre, também ligada aos estudos acadêmicos, trata-se de assimilar aquela síntese entre fé e razão que é própria do Cristianismo.
O Verbo de Deus se fez carne e o presbítero, verdadeiro sacerdote do Verbo Encarnado, deve tornar sempre mais transparente, luminosa e profunda a Palavra eterna que nos é doada.
Quem é maduro também nesta sua formação cultural global pode ser mais eficazmente educador e animador desta adoração “em Espírito e verdade” de qual Jesus fala à Samaritana (cfr Gv 4,23).

Tal adoração, que se firma na escuta da Palavra de Deus e na força do Espírito Santo, é chamada a tornar, sobretudo na Liturgia, o «rationabile obsequium», da qual nos fala o apóstolo Paulo, um culto no qual o homem mesmo na sua totalidade de um ser dotado de razão, torna adoração, glorificação de Deus vivente e que pode ser acrescentado com conformidade a este mundo, mas deixando-se transformar por Cristo, renovando o modo de pensar, para poder discernir a vontade de Deus, aquilo que é bom, a Ele agradável e perfeito (cfr Rm 12,1-2).
Queridos alunos do Colégio Capranica, o vosso empenho no caminho de santidade, também com uma sólida formação cultural, corresponde à intenção original desta Instituição, fundada há 555 pelo Cardeal Domenico Capranica.
Tenham sempre um profundo senso da história e da Tradição da Igreja! O fato de estar em Roma é um dom que deve render particular sensibilidade à profundidade da tradição católica. Vocês a tocam com a mão já na história do edifício que habitam. Além disso, vocês vivem estes anos de formação com uma especial proximidade com o Sucessor de Pedro: isto lhes permite perceber com particular clareza as dimensões universais da Igreja e o desejo que o Evangelho desperta em todas as gerações.
Aqui vocês vêem a possibilidade de abrir os horizontes com a experiência de internacionalidade; aqui, sobretudo, vocês respiram a catolicidade. Aprofundem naquilo que lhes é oferecido, para um futuro serviço à Diocese de Roma ou as outras dioceses de origem!
Da amizade, que surge na convivência, aprendam a conhecer as situações diversas das nações e da Igreja no mundo e a formarem-se sobre a visão católica. Preparem-se para ser próximo a cada homem que encontrarem, não deixando que nenhuma cultura possa ser uma barreira à Palavra de vida a qual são anunciadores também com suas vidas.
Queridos amigos, a Igreja espera muito de vocês sacerdotes na obra da evangelização e da nova evangelização. Encoraja-vos porque no cansaço cotidiano, radicados na beleza das tradições autênticas, unidos profundamente a Cristo, vocês são capazes de levá-Lo nas suas comunidades com verdade e alegria.

Com a intercessão da Virgem e Mártir Inês e de Maria Santíssima, estrela da evangelização, que o vosso empenho de hoje beneficie a fecundidade de seus ministérios. De coração concedo a vocês e àqueles que lhes são queridos a Benção Apostólica. Obrigado.

Fonte: Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/Santa%20Inês%20Vida%20sacerdotal%20requer%20desejo%20crescente%20à%20santidade.%20.htm


TONY ALLYSSON: ÁGUAS PROFUNDAS

janeiro 22, 2012