PADRE WAGNER FERREIRA: REZAR É CULTIVAR O DIÁLOGO DE AMOR COM DEUS

fevereiro 25, 2013

PAPA BENTO XVI: O SENHOR ME CHAMA A SUBIR AO MONTE

fevereiro 25, 2013

papa 42

Angelus do Papa Bento XVI.

“O Senhor me chama a subir ao monte”

24.02.2013 – Cidade do Vaticano: Como sempre ao longo destes oito anos de pontificado, Bento XVI apareceu ao meio dia à janela dos seus aposentos sobre a Praça de São Pedro para a oração mariana do Angelus com os fiéis ali reunidos. Mas a Praça estava insolitamente repleta de fieis vindos de vários cantos da Itália, do mundo, para o saudar, o agradecer, exprimir-lhe, mais uma vez, o imenso afeto e estima que têm e continuarão a ter por ele.

Queridos irmãos e irmãs,
Obrigado pelo vosso afeto!

Hoje, segundo domingo da Quaresma, temos um Evangelho particularmente belo, aquele da Transfiguração do Senhor. O Evangelista Lucas coloca especial atenção para o fato de que Jesus se transfigurou enquanto rezava: a sua é uma experiência profunda de relacionamento com o Pai durante uma espécie de retiro espiritual que Jesus vive em um alto monte na companhia de Pedro, Tiago e João, os três discípulos sempre presentes nos momentos da manifestação divina do Mestre (Lc 5,10; 8,51; 9,28).

O Senhor, que pouco antes tinha predito a sua morte e ressurreição (9, 22) oferece aos discípulos uma antecipação da sua glória. E também na Transfiguração, como no batismo, ressoa a voz do Pai celeste: “Este é o meu filho, o eleito; ouçam-no!” (9, 35). A presença de Moisés e Elias, que representam a Lei e os Profetas da antiga Aliança, é ainda mais significativa: toda a história da Aliança está voltada para Ele, o Cristo, que cumpre um novo “êxodo” (9, 31), não para a terra prometida como no tempo de Moisés, mas para o Céu.

A intervenção de Pedro: “Mestre, é bom para nós estarmos aqui” (9, 33) representa a tentativa impossível de parar esta experiência mística. Como diz Santo Agostinho: “[Pedro] … sobre o monte … tinha Cristo como alimento da alma. Por que ele iria descer para voltar aos trabalhos e dores, enquanto lá estava cheio de sentimentos de amor santo para Deus e que o inspiravam, portanto, a uma santa conduta. (Discurso 78,3: PL 38,491).

Meditando sobre esta passagem do Evangelho, podemos aprender um ensinamento muito importante. Antes de tudo, o primado da oração, sem a qual todo o empenho do apostolado e da caridade se reduz ao ativismo. Na Quaresma aprendemos a dar o tempo certo à oração, pessoal e comunitária, que dá fôlego à nossa vida espiritual.

Além disso, a oração não é um isolar-se do mundo e das suas contradições, como no Tabor queria fazer Pedro, mas a oração reconduz ao caminho, à ação. “A existência cristã – escrevi na Mensagem para esta Quaresma – consiste em um contínuo subir ao monte do encontro com Deus, e depois voltar a descer trazendo o amor e a força que daí derivam, para servir os nossos irmãos e irmãs com o próprio amor de Deus” (n. 3).

Queridos irmãos e irmãs, esta Palavra de Deus a sinto de modo particular dirigida a mim, neste momento da minha vida. Obrigado! O Senhor me chama a ‘subir o monte’, a dedicar-me ainda mais à oração e à meditação. Mas isto não significa abandonar a Igreja, ao contrário, se Deus me pede isto é para que eu possa continuar a servi-la com a mesma dedicação e o mesmo amor com o qual tenho buscado fazê-lo até agora, mas de modo mais adequado à minha idade e às minhas forças. Invoquemos a intercessão da Virgem Maria: ela nos ajude a todos a seguir sempre o Senhor Jesus, na oração e nas obras de caridade.

Fonte: Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/Angelus%20do%20Papa%20Bento%20XVI%20-%20O%20Senhor%20me%20chama%20a%20subir%20ao%20monte.%20.htm


COMENTÁRIO DO EVANGELHO DE DOMINGO DIA 24/02/2013

fevereiro 22, 2013

evangelho1

COMENTÁRIO DO EVANGELHO DO II DOMINGO DA QUARESMA, ANO C, DO DIA 24 DE FEVEREIRO DE 2013, FEITO PELO PADRE MATEUS MARIA, FMDJ.

Clique no link abaixo e assista:

http://gloria.tv/?media=402479


PADRE VAGNER BAIA: O PAPEL DA IGREJA É DE ANUNCIAR JESUS PARA O MUNDO

fevereiro 22, 2013

POR QUE A SANTA MISSA É SUPERIOR AOS CULTOS PROTESTANTES?

fevereiro 22, 2013

Por que a Santa

Missa é superior


aos cultos protestantes?

Os protestantes em seus “cultos”, têm apenas palavras a oferecer a Deus. São realmente ouvidas muitas palavras, palavras e mais palavras, multiplicação de palavras, e muitos, mas muitos pedidos, carecendo de agradecimentos e da verdadeira adoração.

Uma preocupação excessiva com as bênçãos de Deus, do que prestar o verdadeiro culto de adoração ao Deus de todas as bênçãos, o que não acontece com a Missa Católica.

A Oração direcionada e de adoração a Deus, como acontece nas celebrações eucarísticas, evita uma oração e adoração vazia, egoísta e centralizada em nós mesmos. Veja o por que:
O Pai Nosso e os Salmos são belíssimas orações prontas que nos elevam a Deus. Por quê?

1 – A Oração-Modelo que Jesus forneceu aos seus discípulos ajuda-nos a reconhecer as coisas de importância ESSENCIAIS em nossas orações; (Mt. 6, 9-13)
2 – A repetição de uma oração como o Pai Nosso, os Salmos e o Credo Apostólico auxiliam aos fiéis a meditar melhor os mistérios da Fé;
3 – Induz nos fiéis o sentido de sagrado e da verdadeira adoração;
4 – Podem ser memorizadas pelas pessoas mais simples, iletradas, ou as que têm dificuldades em se expressar naturalmente.

A ORAÇÃO ESPONTÂNEA COM A MULTIPLICAÇÃO DE PALAVRAS TEM COMO PERIGOS:
1 – Se for a voz alta, e em grupo, ter o efeito pernicioso de envaidecer aqueles que a praticam com maestria.
2 – Facilmente, se a pessoa não tiver a fé bem consolidada, podem-se proferir orações sem ortodoxia, contrariando a doutrina e caindo em mero emocionalismo.
3 – A pessoa pode se perder em divagações vazias e desprovidas de sentido, apenas multiplicação de palavras também condenáveis por Cristo tanto quanto as vãs repetições, pois está escrito:

Mateus 6, 7: “Nas vossas orações, não multipliqueis as palavras como fazem os pagãos, que julgam ser ouvidos a força de palavras.”
O católico, por outro lado, na Santa Missa adora a Deus!!!

O Sacrifício de Cristo na Cruz é oferecido a Deus na Santa Missa, que é este Sacrifício Perfeito tornado novamente presente (não repetido) de forma incruenta (sem mortes e derramamento de sangue).

Há palavras na Missa? Sim, por certo as há. Mas elas não são o centro da Missa, nem poderiam jamais ser. O centro da Missa é o Sacrifício, oferecido pelo sacerdote na Pessoa de Cristo em benefício de toda a Igreja.

O Sacrifício é o mesmo, quer seja ele ofertado em voz baixa e inaudível ou em alta voz. A voz não importa, as palavras não são apenas orações, não são apenas palavras de agradecimento, louvor e petição.

Já no século II, os que consagravam o vinho no Sangue de Cristo, São João Crisóstomo, por exemplo, dizia:

“Quando teus lábios forem tingidos pelo Sangue de Cristo, (…) toque em teus lábios após um momento de adoração e santifica-te todo”.

A Missa não é culto protestante

 

 

 A mediocridade de tantos católicos ao lado da ignorância tem levado a mentira ter aparência de verdade. Sem contar aquilo que se levanta contra a Igreja e o Seu Cristo, a ponto de haver uma verdadeira zombaria diante dos Sacramentos.

O Senhor cuida da sua Igreja e Ele sempre vai dar à Igreja santos e santas, homens e mulheres cheios do Espírito Santo para guardar a verdade.

A nossa comunhão é com o Corpo de Jesus Cristo. Quando anunciamos mistério do Sacramento, é uma realidade que nem todos aceitam e fazem zombarias. É pela Igreja que nos alimentamos do Corpo de Cristo, e a Igreja será criticada, pois quando se zomba da Igreja, se zomba do Sacramento de Deus.

Jesus tinha o desejo de se doar a nós. Foi Ele mesmo que instituiu o Sacramento da Eucaristia, e, em cada Missa, a Igreja realiza esse mistério: quem transforma o pão em Carne de Cristo é o próprio Cristo.

Hoje, tentam destruir a moral da Igreja, pois querem denegrir a imagem do seu noivo, através de novelas, de livros, filmes… Estão zombando da moral de Jesus, estão colocando Jesus como humano somente. Jesus não é um homem qualquer, é Homem totalmente Divino; é Deus!

O sublime Sacramento não é pão, é Corpo de Cristo.

 

Nós, católicos, estamos vivendo um tempo muito difícil. Estão mexendo com o Esposo da Igreja. Falando mal da moral da vida de Jesus, fala-se mal da Igreja.

Eu e você sabemos que a Missa não é culto protestante. De maneira alguma se pode comparar um culto protestante com uma Missa. A Missa é o Sacrifício de Jesus no altar.

Católico que é católico não freqüenta os chamados ”cultos”.

O verdadeiro culto que existe é a Santa Missa, e nada, além disso, pode ser chamado de culto. E para ser chamado de culto é preciso ter um sacrifício, como no Antigo Testamento; precisa ter um sacerdote; precisa ter um altar; nem mesmo isso, que é o mais simples, eles têm. O que eles fazem são apenas louvores.

A Missa não é um culto, e sim, o Culto

A Missa é o mistério sublime, a Missa é a renovação e atualização do único e eterno sacrifício de nosso Senhor Jesus Cristo. Nela alcançamos tudo que for para nossa salvação. Bendito seja seu preciosíssimo Sangue!

Se no antigo testamento o Sangue dos bodes, touros, cordeiro etc. expirava os pecados, muito mais o SANGUE DO CORDEIRO DE DEUS: Jesus Cristo.

Fazei isto em Memória de Mim (1Cor. 11,14)

MEMÓRIA NO ANTIGO TESTAMENTO


O significado das palavras de Jesus deve ser deduzido do Antigo Testamento que falam de memória (zeker) ou de recordar-se (zakar). É o conceito base da espiritualidade pré-cristã zkr (lembrar); não é apenas um “lembrar-se do passado”, mas é um lembrar-se eficiente, um acontecimento atuante e criativo.

Assim, Deus se lembra de determinadas pessoas e concede-lhes sua graça e misericórdia. “Quando Deus destruiu as cidades da planície, Ele se lembrou de Abrahão e retirou Lot do meio das catástrofes (Gn. 19,29).

“Então Deus se lembrou de Raquel; Ele a ouviu e a tornou fecunda.” (Gn 30,22).

Pelo fato de Deus recordar-se dos homens, surge situações novas, principalmente em favor das pessoas recordadas.

“Deus ouviu os gemidos do seu povo no Egito… Deus lembrou-se de Abraão, Isaac e Israel…” (Ex. 2,24; Lv. 1,42; Ez. 16,60).

De fato, os homens devem recordar de Deus com os seus benefícios. (Dt 5,15; 9,7; 32,7)

MEMÓRIA NO NOVO TESTAMENTO


No NT temos a visão de “memória e recorda-te”.

No cântico de Zacarias lê-se: “Socorreu Israel, seu servidor, recordando do seu amor.” (Lc 1, 68-79).

Na passagem da conversão de Cornélio em (At. 10,4). O bom ladrão disse: ‘Jesus, lembra-te de mim, quando entrardes no teu paraíso (Lc. 23,42).

Quando Jesus se refere ao Espírito Santo, o lembrar não é estático, mas criativo; vem a ser o novo modo de conhecer as coisas passadas. “O Espírito vos recordará de tudo e vos lembrará de tudo que eu vos disse” (Jo. 14,26).

O mandato confiado a Jesus, a Igreja é confiado (1Cor. 11,24s).

Mandato da Ceia

Para os judeus, a Páscoa era um memorial (zikkaron), que torna presente ou atualizava a atuação do povo iniciada por ocasião da saída do Egito. Todos os anos, os judeus celebram a Ceia Pascal, recordando aquele acontecimento como se fosse vivendo ou como tivessem presente. (Ex. 13,8).

A idéia do passado que estivesse presente está em (1Cor 11,26). Esse anunciar é um acontecimento e algo já ocorrido. Jesus ao celebrar a Eucaristia, ofereceu como remissão dos pecados (Mt. 26,27; Mc. 14,24 e Lc. 22,19s).

Jesus quis que os discípulos repetissem os seus gestos (anánamises ou zikkaron), atualizando e tornando presente a Santa Ceio no Sacrifício do Senhor feito na sexta da paixão.


Conscientes de que estavam celebrando um memorial no sentido bíblico-judaico, os antigos repetiam a Ceia dos Cristãos retomando as preces de ação de graças.

É o memorial da paixão, acompanhada de bênçãos e louvores (berakot). É da ação acompanhada com bênçãos e louvores.

É dessa moldura da ação de graças, característica da Ceia Judaica, que provem o nome grego de Eucaristia.

Anamnese em cada Eucaristia


Na anamnese sempre foi à consagração Eucarística. “Fazei isso em Memória de Mim”. É memória e Sacrifício, e a memória equivale a mesmo e único sacrifício de Cristo; Memória equivale à oferta do Sacrifício do Corpo e Sangue de Jesus.

Não se trata de uma “recordação psicológica”, mas perpetua e torna presente o Sacrifício de Cruz (sem o multiplicar). Ela renova e multiplica sim, a CEIA DO SENHOR. Cristo ofereceu uma vez na Cruz, para que tornar-se presente tantas vezes quando celebramos a Ceia Eucarística.

Por isso que na Missa, os católicos reconhecem sua real presença de Deus, para que nós nos tornássemos presente em Jesus toda vez quando Celebramos a Ceia Eucarística.

A Eucaristia no contexto neo-testamentário:

João 6, 51:


“Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo.”

João, capítulo seis, versículo cinqüenta e um, é o discurso mais difícil que pregou JESUS; de fato é o mais controverso. JESUS já se havia declarado que Ele é o pão da vida: dias antes, JESUS já havia caminhado sobre as águas, desafiando todas as leis naturais (São Marcos 6, 45-52). Poucos momentos antes JESUS havia multiplicado os pães e os peixes (São Marcos 6, 35-43). Com estes dois fatos Jesus quer dizer a seus discípulos que Ele faz com o pão e os peixes o que quer (os multiplica); e com seu corpo também (caminha sobre as águas), ou seja, que tem poder sobre seu corpo e sobre os pães e os peixes.

Agora entra no mistério e proclama que sua carne é pão. Difícil? Ele não caminhou sobre as águas? Algo impossível para um homem! Não multiplicou os pães e os peixes? Algo impossível para um homem! Seguramente que sim, não para DEUS. Ele que tem poder sobre as leis naturais de seu corpo e dos pães, logo pode transformar seu corpo em pão. Nesta passagem JESUS fala claramente: o pão que vai nos dar é sua carne; aqui está explícito.

Esta frase está isenta de simbolismo, mas para esclarecer ainda mais vamos ao texto grego original:

1)- A palavra utilizada para definir carne é “sarx”, que em Grego quer dizer: “Carne, pedaço de carne, corpo, ser vivo, homem.” Vemos uma definição contundente de que JESUS utiliza uma palavra que denota corpo de carne; e que não é, de modo algum, uma metáfora. Fato que concordará com as palavras da última ceia.

2)- Existem outras duas palavras em Grego para definir carne; uma é “Kreas” que quer dizer: “Pedaços de carne” e é utilizado quando se fala de ingerir carne em uma comida normal (Rom 4, 21; 1 Cor 8, 13)

3)- “Sarkinos” que quer dizer “carnal” e é utilizado no sentido simbólico (Rom. 7, 14; 1 Cor 3, 1 ; 2 Cor 3, 3).

4)- A Sagrada Escritura nos mostrou que desde os tempos de Abraão se levavam sacrifícios de oferenda a DEUS para a remissão dos pecados.A Sagrada Escritura afirmou que estes sacrifícios são contínuos e diariamente até o fim dos tempos.

5)- No Antigo Testamento os sacrifícios sangrentos de animais serão substituídos por um novo sacrifício realizado com uma oblação pura. Na Nova Aliança Jesus Cristo é ambos: O Sumo Sacerdote e a Vítima de Sacrifício.

6)- O sacrifício de Jesus Cristo no Novo Testamento é uma representação não sangrenta de sua sangrenta crucifixão no Calvário. Ele é a oblação pura de Malaquías 1,11.

7)- Pão e vinho serão transubstanciados no Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Jesus Cristo, como Ele mesmo o fez na Última Ceia. O sacerdote autorizado atuando “en Personna Christi” chama o Verbo para que desça com sua palavra.

O pão e o vinho então são transformados na Sagrada Eucaristia pelo poder do Espírito Santo.

8)- Jesus Cristo ensinou que devemos comer Seu Corpo e beber Seu Sangue ou não teríamos vida em nós. Ele não disse que deveríamos comer símbolos de Seu Corpo e Seu Sangue. Um símbolo não é uma realidade, não tem poder, e não pode impor a vida espiritual.

9)- Aqueles que se negam a crer em Sua palavra, o têm chamado de mentiroso. Aqueles que participam da Sagrada Eucaristia e não crêem verdadeiramente que é Seu Corpo e Seu Sangue, tem atraído a eles mesmos sua própria condenação.

A profecia:

“Porque, do nascente ao poente, meu nome é grande entre as nações e em todo lugar se oferecem ao meu nome o incenso, sacrifícios e oblações puras. Sim, grande é o meu nome entre as nações – diz o Senhor dos exércitos.” (Malaquias 1,11)

Para eliminar qualquer má interpretação e confusão, faremos aqui algumas definições:

1) Sacrifício: É a forma mais elevada de adoração. Um sacerdote autorizado oferece uma vítima a DEUS como expiação pelos pecados da humanidade.

2) De todas formas, o sacrifício no Antigo Testamento era o holocausto de animais sem defeitos, mesmo por ser um sacrifício limitado, não podia reparar a infinidade de pecados da humanidade.

Holocausto: É a destruição total, especialmente através do fogo.

3) O sacrifício no Novo Testamento é um sacrifício infinito de redenção, o mesmo da qual o débil e limitado ser humano nunca pôde remediar. Era necessário o próprio DEUS infinito, para assim expiar as infinitas ofensas cometidas contra Ele pelas desobediências da humanidade.

4) Jesus, o Cristo, é a Vítima de sacrifício; o infinito sacrifício: 1Coríntios 5, 7; Efésios 5, 2; 1Pedro 1, 19; 1João 2, 2; Apocalipse 13, 8.

5) Oblação: É o ato de oferecer algo a DEUS em adoração e/ou em ações de graças. É a oferenda do pão e vinho na Missa que pela

transubstanciação se converte no Corpo e Sangue de Jesus Cristo.

6) Ação de Graças: A palavra grega utilizada para ação de graças no Novo Testamento é “eukharistia”, de onde se deriva a palavra Eucaristia.

O Salvador não quis que o seu Sacrifício sangrento, de onde nasceu a Igreja, permanecesse entre nós apenas como uma lembrança longínqua, a ser atingida pela fé.

Foi vontade sua perpetuar esse Sacrifício ao longo do tempo, tornando-o presente a cada instante que passa a história do mundo. Assim como o Verbo nos poderia ter salvado sem a Encarnação redentora, e, entretanto quis salvar-nos pelo contato da sua Carne e aspersão do seu Sangue, assim decretou continuar a pôr a sua Carne em contato com a nossa e aspergir-nos com seu Sangue de modo sacramental no Sacrifício da Missa.

O motivo de tal vontade não foi, de certo, a ineficácia e imperfeição do Sacrifício da Cruz. Perfeito e acabado em si, logo definitivo, resta-lhe, todavia a ser aplicada a virtude, pessoalmente, a cada homem que aparece no mundo. Nesse sentido podia São Paulo falar no que faltava à Paixão de Cristo e que ele mesmo completava pelo Corpo de Cristo que é a Igreja (Col. 1, 24).

Ora, nada falta à Paixão de Cristo a não ser a nossa participação individual. Resta, portanto, esta aplicar-se a cada criatura humana, em todos os tempos e lugares (Mediator Dei, n. 72-73). Resta ainda que o culto perfeito, uma vez rendido ao Altíssimo, no Calvário, perdure no tempo, pois que ele é devido todos os dias a todos os homens.

Nosso Senhor com o “Está consumado” diz que o seu sacrifício estava consumado e este sacrifício não salva ninguém, mas redime o gênero humano.

A redenção, ou salvação objetiva, abre novamente as portas do Céu para o gênero humano. Mas a salvação subjetiva, ou simplesmente salvação, depende de nossa participação no sacrifício supremo.

Para assegurar, pois, a presença perpétua de seu único e definitivo Sacrifício sangrento, o Senhor, na véspera de padecer, instituiu o Sacrifício não-sangrento, a Missa.

No Cenáculo, o rito era representação antecipada da imolação da Cruz, depois, passou a ser representação comemorativa dela.

ALGUNS ESCLARECIMENTOS:

 

 

 1) Missa não é lugar para longas cantorias: “Como Zaqueu…” : o nome disso é culto protestante; Missa é outra coisa muito superior a isto!!!.

2) Missa não é lugar para apresentações artísticas: o nome disso é Teatro; Missa é outra coisa.

3) Missa não é lugar de usar sandálias havaianas e roupas curtas: o lugar disto é na praia; e não na celebração da Santa Missa.

4) Missa não é lugar de falar do Bolsa-Família e discursos Socialistas: o nome disso é propaganda político partidária; Missa é outra coisa imensamente superior a isto.

5) Missa não é lugar pra dançar ballet com roupas obscenas: o lugar disso pode ser em qualquer canto, menos na Missa; imagina isso lá no Calvário???…

6) Missa não é lugar para Africanização ou Gauchismos da liturgia: isto não é Missa, é outra coisa: é folclore.

 

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20Página/O%20Poder%20da%20Santa%20Missa/Por%20que%20a%20Santa%20Missa%20é%20superior%20aos%20cultos%20protestantes%20%20.htm


PADRE CHRYSTIAN SHANKAR: QUAL É A SEMENTE QUE VOCÊ TEM SEMEADO?

fevereiro 20, 2013

A TRADIÇÃO DA VIA-SACRA

fevereiro 20, 2013

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A tradição da Via-Sacra

Desfrutemos dos benefícios da Paixão de Cristo

A tradição da veneração e da meditação da Via-Sacra, Via Dolorosa de Jesus Cristo, desenvolveu-se e consagrou-se com a piedade cristã.

Dom Estêvão Bettencourt, OSBM, da revista ‘Pergunte e Responderemos’, de número 26, de fevereiro de 1960, fala-nos sobre a tradição do valoroso exercício de piedade que é a Via-Sacra.

Segundo o bispo, a Via-Sacra é um exercício de piedade, no qual os fiéis percorrem mentalmente o caminho de Jesus Cristo, do Pretório de Pilatos até o monte Calvário. Este exercício muito antigo, que remonta os primeiros séculos da Igreja Católica, tomou forma com o tempo, até a Via-Sacra, como conhecemos em nossos dias.

Desde os primórdios, os fiéis veneravam os lugares santos, onde viveu, morreu e foi glorificado Jesus Cristo. Peregrinos de países mais longínquos iam à Palestina para orar nesses lugares. Em consequência dessas peregrinações, surgiram narrativas, das quais as mais importantes da antiguidade são a de Etéria e a do peregrino de Bordéus, que datam do século IV. Muitos desses peregrinos reproduziam, em pinturas ou esculturas, os lugares sagrados que visitaram.

A tendência de reproduzir os lugares santos aumentou por causa das Cruzadas (século XI-XIII), a qual proporcionou a muitos fiéis a oportunidade de conhecer os lugares santos e de se beneficiar da espiritualidade desses locais. Por isso, aumentaram as capelas e monumentos que lembram os santuários da Terra Santa. Essas capelas e monumentos passaram a ser visitados por pessoas que não podiam viajar para a Cidade Santa.

Até o século XII, os guias e roteiros que orientavam a visita dos peregrinos à Palestina não tratavam de modo especial os lugares santos que diziam respeito à Paixão de Cristo. Em 1187, aparece o primeiro itinerário que seguia o caminho percorrido por Jesus. Porém, somente no final do século XIII, os fiéis passaram a separar a Via Dolorosa do Senhor em etapas ou estações. Cada uma destas era dedicada a um fato do caminho da cruz de Cristo e acompanhada por uma oração especial. Por causa da limitação dos maometanos, os cristãos passaram a ter um programa para a visita desses lugares santos, relacionados à Paixão de Cristo.

No fim do século XIV, já havia um roteiro comum, que percorria, em sentido inverso, a Via Crucis. Este começava na Igreja do Santo Sepulcro, no Monte Calvário, e terminava no Monte das Oliveiras. As estações desse caminho eram bem diferentes da Via-Sacra atual. Alguns autores, do final do século XV, como Félix Fabri, afirmavam que este itinerário – do Calvário ao Monte das Oliveiras -, era o mesmo que a Virgem Maria costumava percorrer, recordando a Paixão de seu amado Filho Jesus Cristo.

Os peregrinos que visitavam a Terra Santa, no fim da Idade Média, testemunhavam um extraordinário fervor, pois arriscavam suas vidas na viagem e se submetiam às humilhações e dificuldades impostas pelos muçulmanos ocupantes da Palestina. Tal fervor fez com que muitos cristãos, que não podiam ir à Terra Santa, desejassem trocar a peregrinação pelo exercício de piedade realizado nas igrejas e mosteiros. Esse desejo fez com que fosse desenvolvido o exercício do caminho da Cruz de Jesus Cristo.

O fervor levou os fiéis a percorrerem o caminho doloroso do Senhor Jesus na ordem dos episódios da história da Paixão de Cristo. A narrativa da peregrinação do sacerdote inglês Richard Torkington, em 1517, mostra que, no início do século XVI, já se seguia a Via Dolorosa do Senhor na ordem dos acontecimentos. Isso possibilitava aos fiéis reviver mais intensa e fervorosamente as etapas dolorosas da Paixão. No Ocidente, as pinturas ou esculturas, das estações da Via-Sacra eram variadas. Algumas delas tinham apenas 7 ou 8 estações. Outras, contavam com 19, 25 ou até 37 estações na Via Dolorosa de Cristo. Em 1563, o livro “ A peregrinação espiritual”, de Jan Pascha, descreve uma viagem espiritual que deveria durar um ano, num roteiro que partia de Lovaina para a Terra Santa.

Cada dia dessa peregrinação era acompanhada de um tema de meditação e de exercícios de piedade. Em 1584, Adrichomius retomou o itinerário espiritual de Jan Pascha e lhe deu a forma que tem a Via-Sacra como a conhecemos hoje, ou seja, o caminho da cruz de Cristo acontece a partir do pretório de Pilatos, onde Jesus foi condenado à morte, num total de 14 estações, até o Calvário, onde morre o Crucificado.

Os franciscanos tiveram um papel importante na propagação do exercício da Via-Sacra. Desde o século XIV, estes são os guardas oficiais dos lugares santos da Terra Santa e, talvez por isso, dedicaram-se à propagação da veneração da Via-Sacra em suas igrejas e conventos. Desde o final da Idade Média, os franciscanos erguiam estações da Via-Sacra, segundo o roteiro de Jan Pascha e Adrichomius. Isto fez com que esta forma prevalecesse sobre as outras formas de devoção da Via Dolorosa de Cristo. Foram também os franciscanos que obtiveram dos Papas a concessão de indulgências ao exercício da Via-Sacra. Dentre os filhos de São Francisco, destaca-se São Leonardo de Porto Maurício, que ergueu 572 “Vias-Sacras” de 1731 a 1751.

Assim, o exercício da Via-Sacra se desenvolveu ao longo dos séculos até atingir sua forma atual, a partir da obra de Pascha e Adrichomius no século XVI. A aprovação da Santa Sé e a concessão de indulgências mostram que a veneração e a meditação da Via Dolorosa de Cristo fazem muito bem para a piedade cristã, especialmente no tempo da Quaresma. Por isso, desfrutemos dos benefícios da Paixão de Cristo como são propostos pela Via-Sacra, piedade que santifica os fiéis cristãos a tantos séculos.

Natalino Ueda
Missionário da Comunidade Canção Nova

15/02/2013

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=13080


18 de fevereiro – Dia de Santa Bernadette Soubirous

fevereiro 18, 2013

Bernadette é a menina que teve a visão em Lourdes de Nossa Senhora, ela faleceu em 1879, porém seu corpo continua incorruptível, ou seja, intacto e exposto na capela de São José em um convento na cidade de Nevers na França, como pode ser visto no vídeo abaixo. “PARA AQUELES QUE CRÊEM NENHUMA EXPLICAÇÃO É NECESSÁRIA; PARA AQUELES QUE NÃO CRÊEM NENHUMA EXPLICAÇÃO É POSSÍVEL”.


PADRE PAULO RICARDO: A RENÚNCIA DO PAPA BENTO XVI

fevereiro 18, 2013

PAPA BENTO XVI: DESMASCARAR AS TENTAÇÕES DO TENTADOR

fevereiro 18, 2013

papa 41

Angelus do Papa Bento XVI

Desmascarar as tentações do tentador.

17.02.2013 – Cidade do VaticanoA Quaresma nos ensina que a fé em Deus é “o critério-base” da vida da Igreja. Foi o que afirmou o Santo Padre no Angelus deste domingo, da janela de seus aposentos que dá para a Praça São Pedro, o primeiro após o anúncio da sua renúncia ao ministério petrino.
Falando aos milhares de fiéis e peregrinos que o saudaram com afeto e comoção, Bento XVI ressaltou que, se estivermos unidos a Cristo, não devemos ter medo de combater o mal. Muitas faixas e cartazes levados pelos fiéis e peregrinos para a Praça São Pedro atestavam proximidade e gratidão ao Pontífice. Na saudação aos presentes Bento XVI agradeceu aos que estão rezando por ele, pela Igreja e pelo próximo Papa.
A Quaresma, iniciada com o Rito das Cinzas, é “tempo de conversão e penitência” que deve reorientar-nos “decididamente a Deus, renegando o orgulho e o egoísmo para viver no amor”. O Santo Padre iniciou assim a sua meditação sobre o Evangelho dominical que narra as tentações de Jesus no deserto. E ressaltou que a Igreja, mãe e mestra, “convida todos os seus membros a se renovarem no espírito”.
“Neste Ano da Fé a Quaresma é um tempo favorável para redescobrir a fé em Deus como critério-base da nossa vida e da vida da Igreja. Isso comporta sempre uma luta, um combate espiritual, porque o espírito do mal naturalmente se opõe à nossa santificação e busca fazer-nos desviar do caminho de Deus.”
Em seguida, Bento XVI observou que Jesus é conduzido ao deserto para ser tentado pelo diabo no momento de “iniciar o seu ministério público”. Portanto, não um momento casual:
“Jesus teve que desmascarar e repelir as falsas imagens de Messias que o tentador lhe propunha. Mas essas tentações são também falsas imagens do homem, que em todos os tempos insidiam a consciência, travestindo-se de propostas convenientes e eficazes, até mesmo boas.”
Os evangelistas Mateus e Lucas, observou, apresentam as tentações diversificando-as por ordem, mas a sua natureza não muda:
“O núcleo central delas consiste sempre no instrumentalizar Deus em função dos próprios interesses, dando mais importância ao sucesso ou aos bens materiais. O tentador é astuto: não impele diretamente em direção ao mal, mas em direção a um falso bem, fazendo crer que as verdadeiras realidades são o poder e aquilo que satisfaz as necessidades primárias.”
“Desse modo – acrescentou – Deus torna-se secundário, se reduz a um meio, definitivamente, torna-se irreal, não conta mais, desvanece”:
“Nos momentos decisivos da vida, mas, olhando bem, em todos os momentos, encontramo-nos diante de uma bifurcação: queremos seguir o eu ou Deus? O interesse individual ou o verdadeiro Bem, aquilo que realmente é bem?”
As tentações, prosseguiu, fazem parte da “descida” de Jesus à nossa condição humana, “ao abismo do pecado e das suas conseqüências”. Uma descida que Jesus fez até os “infernos do extremo distanciamento de Deus”. Desse modo, afirmou, Jesus é, portanto, “a mão que Deus estendeu ao homem, à ovelha perdida para reconduzi-la a salvo”:
“Portanto, também nós não temos medo de enfrentar o combate contra o espírito do mal: o importante é que o façamos com Ele, com Cristo, o Vencedor. E para estar com Ele dirigimo-nos à Mãe, Maria: invoquemos Nossa Senhora com confiança filial no momento da provação, e ela nos fará sentir a potente presença de seu Filho divino, para repelir as tentações com a Palavra de Cristo, e assim recolocar Deus no centro da nossa vida.”

 

O Santo Padre concedeu, a todos, a sua Bênção apostólica.

Fonte: Rádio Vaticano.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/Angelus%20do%20Papa%20Bento%20XVI%20-%20Desmascarar%20as%20tenta%C3%A7%C3%B5es%20do%20tentador.%20.htm


MONSENHOR JONAS ABIB: REINFLAMA O DOM DA FÉ

fevereiro 17, 2013

PAPA BENTO XVI: AGRADEÇO A TODOS PELO AMOR E PELA ORAÇÃO

fevereiro 17, 2013

Catequese do Papa

Bento XVI.

“Agradeço a todos

pelo

 
amor e pela

oração”

13.02.2013 – Cidade do Vaticano: A catequese desta quarta-feira foi dedicada ao início do tempo litúrgico da Quaresma – os quarenta dias que nos preparam à celebração da Santa Páscoa. “É um período de esforço especial no nosso caminho espiritual”, disse o Papa, explicando que é o tempo que Jesus passou no deserto antes de iniciar sua vida pública, e onde foi tentado pelo maligno.
Queridos irmãos e irmãs,
Hoje, Quarta-Feira de Cinzas, iniciamos o Tempo litúrgico da Quaresma, 40 dias que nos preparam para a celebração da Santa Páscoa; é um tempo de particular empenho no nosso caminho espiritual. O número 40 aparece várias vezes na Sagrada Escritura. Em particular, como sabemos, isso remete aos quarenta anos no qual o povo de Israel peregrinou no deserto: um longo período de formação para transformar o povo de Deus, mas também um longo período no qual a tentação  de ser infiel à aliança com o Senhor estava sempre presente.

Quarenta foram também os dias de caminho do profeta Elias para chegar ao Monte de Deus, Horeb; como também o período que Jesus passou no deserto antes de iniciar a sua vida pública e onde foi tentado pelo diabo. Nesta catequese gostaria de concentrar-me propriamente sobre este momento da vida terrena do Filho de Deus, que leremos no Evangelho do próximo domingo.
Antes de tudo o deserto, onde Jesus se retira, é o lugar do silêncio, da pobreza, onde o homem é privado dos apoios materiais e se encontra diante da pergunta fundamental da existência, é convidado a ir ao essencial e por isto lhe é mais fácil encontrar Deus.

Mas o deserto é também o lugar da morte, porque onde não tem água não tem vida, e é o lugar da solidão, em que o homem sente mais intensa a tentação. Jesus vai ao deserto, e lá é tentado a deixar a vida indicada por Deus Pai para seguir outras estradas mais fáceis e mundanas (cfr Lc 4,1-13). Assim Ele assume as nossas tentações, leva consigo a nossa miséria, para vencer o maligno e abrir-nos o caminho para Deus, o caminho da conversão.
Refletir sobre as tentações às quais Jesus é submetido no deserto é um convite para cada um de nós a responder a uma pergunta fundamental: o que conta verdadeiramente na nossa vida?

Na primeira tentação, o diabo propõe a Jesus transformar uma pedra em pão para acabar com a fome. Jesus responde que o homem vive também de pão, mas não só de pão: sem uma resposta à fome de verdade, à fome de Deus, o homem não pode ser salvar (cfr vv. 3-4).

Na segunda tentação, o diabo propõe a Jesus o caminho do poder: o conduz ao alto e lhe oferece o domínio do mundo; mas não é este o caminho de Deus: Jesus tem bem claro que não é o poder mundano que salva o mundo, mas o poder da cruz, da humildade, do amor (cfr vv. 5-8).

Na terceira tentação, o diabo propõe a Jesus atirar-se do ponto mais alto do Templo de Jerusalém e fazer-se salvar por Deus mediante os seus anjos, de cumprir, isso é, algo de sensacional para colocar à prova o próprio Deus; mas a resposta é que Deus não é um objeto ao qual impor as nossas condições: é o Senhor de tudo (cfr vv. 9-12).

Qual é o núcleo das três tentações que sofre Jesus?

É a proposta de manipular Deus, de usá-Lo para os próprios interesses, para a própria glória e o próprio sucesso. E também, em sua essência, de colocar a si mesmo no lugar de Deus, removendo-O da própria existência e fazendo-O parecer supérfluo. Cada um deveria perguntar-se então: que lugar tem Deus na minha vida? É Ele o Senhor ou sou eu?
Superar a tentação de submeter Deus a si e aos próprios interesses ou de colocá-Lo em um canto e converter-se à justa ordem de prioridade, dar a Deus o primeiro lugar, é um caminho que cada cristão deve percorrer sempre de novo. “Converter-se”, um convite que escutamos muitas vezes na Quaresma, significa seguir Jesus de modo que o seu Evangelho seja guia concreta da vida; significa deixar que Deus nos transforme, parar de pensar que somos nós os únicos construtores da nossa existência; significa reconhecer que somos criaturas, que dependemos de Deus, do seu amor, e somente “perdendo” a nossa vida Nele podemos ganhá-la.

Isto exige trabalhar as nossas escolhas à luz da Palavra de Deus. Hoje não se pode mais ser cristãos como simples consequência do fato de viver em uma sociedade que tem raízes cristãs: também quem nasce de uma família cristã e é educado religiosamente deve, a cada dia, renovar a escolha de ser cristão, dar a Deus o primeiro lugar, diante das tentações que uma cultura secularizada lhe propõe continuamente, diante ao juízo crítico de muitos contemporâneos.
As provas às quais a sociedade atual submete o cristão, na verdade, são tantas, e tocam a vida pessoal e social. Não é fácil ser fiel ao matrimônio cristão, praticar a misericórdia na vida cotidiana, dar espaço à oração e ao silêncio interior; não é fácil opor-se publicamente a escolhas que muitos adotam, como o aborto em caso de gravidez indesejada, a eutanásia em caso de doenças graves, ou a seleção de embriões para prevenir doenças hereditárias. A tentação de deixar de lado a própria fé está sempre presente e a conversão transforma-se uma resposta a Deus que deve ser confirmada muitas vezes na vida.
Temos como exemplo e estímulo as grandes conversões como aquela de São Paulo a caminho de Damasco, ou de Santo Agostinho, mas também na nossa época de eclipses do sentido do sagrado, a graça de Deus está a serviço e realiza maravilhas na vida de tantas pessoas. O Senhor não se cansa de bater à porta dos homens em contexto sociais e culturais que parecem ser engolidos pela secularização, como aconteceu para o russo ortodoxo Pavel Florenskij. Depois de uma educação completamente agnóstica, a ponto de demonstrar uma real hostilidade para com os ensinamentos religiosos aprendidos na escola, o cientista Florenskij encontra-se a exclamar: “Não, não se pode viver sem Deus!”, e a mudar completamente a sua vida, a ponto de tornar-se monge.
Penso também na figura de Etty Hillesum, uma jovem holandesa de origem judia que morreu em Auschwitz. Inicialmente distante de Deus, descobre-O olhando em profundidade dentro de si mesma e escreve: “Um poço muito profundo está dentro de mim. E Deus está naquele poço. Às vezes eu posso alcançá-lo, sempre mais a pedra e a areia o cobrem: então Deus está sepultado. É preciso de novo que o desenterrem” (Diario, 97). Na sua vida dispersa e inquieta, encontra Deus propriamente em meio à grande tragédia do século XX, o holocausto. Esta jovem frágil e insatisfeita, transfigurada pela fé, transforma-se em uma mulher cheia de amor e de paz interior, capaz de afirmar: “Vivo constantemente em intimidade com Deus”.
A capacidade de contrapor-se às atrações ideológicas do seu tempo para escolher a busca da verdade e abrir-se à descoberta da fé é testemunhada por outra mulher do nosso tempo, a estadunidense Dorothy Day. Em sua autobiografia, confessa abertamente ter caído na tentação de resolver tudo com a política, aderindo à proposta marxista: “Queria ir com os manifestantes, ir à prisão, escrever, influenciar os outros e deixar o meu sonho ao mundo. Quanta ambição e quanta busca de mim mesma havia nisso tudo!”.

O caminho para a fé em um ambiente tão secularizado era particularmente difícil, mas a própria Graça agiu, como ela mesma destaca: “É certo que eu ouvi muitas vezes a necessidade de ir à igreja, de ajoelhar-se, dobrar a cabeça em oração. Um instinto cego, poderia-se dizer, porque eu não estava consciente da oração. Mas ia, inseria-me na atmosfera de oração…”. Deus a conduziu a uma consciente adesão à Igreja, em uma vida dedicada aos despossuídos.
Na nossa época não são poucas as conversões entendidas como o retorno de quem, depois de uma educação cristã talvez superficial, afastou-se por anos da fé e depois redescobre Cristo e o seu Evangelho. No Livro do Apocalipse, lemos: “Eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e me abrir a porta, entrarei em sua casa e cearemos, eu com ele e ele comigo” (3, 20). O nosso homem interior deve preparar-se para ser visitado por Deus, e por isto não deve deixar-se invadir pelas ilusões, pelas aparências, pelas coisas materiais.
Neste Tempo de Quaresma, no Ano da Fé, renovemos o nosso empenho no caminho de conversão, para superar a tendência de fechar-nos em nós mesmos e para dar, em vez disso, espaço a Deus, olhando com os seus olhos a realidade cotidiana. A alternativa entre o fechamento no nosso egoísmo e a abertura ao amor de Deus e dos outros, podemos dizer que corresponde à alternativa das tentações de Jesus: alternativa, isso é, entre poder humano e amor da Cruz, entre uma redenção vista somente no bem-estar material e uma redenção como obra de Deus, a quem damos o primado da existência. Converter-se significa não fechar-se na busca do próprio sucesso, do próprio prestígio, da própria posição, mas assegurar que a cada dia, nas pequenas coisas, a verdade, a fé em Deus e o amor tornem-se a coisa mais importante.

Fonte: Boletim da sala de Imprensa da Santa Sé.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/Catequese%20do%20Papa%20Bento%20-%20Agrade%C3%A7o%20a%20todos%20pelo%20amor%20e%20pela%20ora%C3%A7%C3%A3o..htm


COMENTÁRIO DO EVANGELHO DE DOMINGO DIA 17/02/2013

fevereiro 17, 2013

evangelho1

COMENTÁRIO DO EVANGELHO DO I DOMINGO DA QUARESMA, DO DIA 17 DE FEVEREIRO DE 2013, FEITO PELO PADRE MATEUS MARIA, FMDJ.

Clique no link abaixo e assista:

http://pt.gloria.tv/?media=401189


PADRE CHRYSTIAN SHANKAR: CARTA AOS JOVENS

fevereiro 16, 2013

O 3º SEGREDO DE FÁTIMA – REPASSEM ESSE ALERTA

fevereiro 16, 2013

O 3º SEGREDO DE FÁTIMA – REPASSEM ESSE ALERTA

JÁ SE PASSARAM 88 ANOS DESDE A APARIÇÃO DE FÁTIMA!!!
1) Após o Papa Pio VI, haveria 12 papas que chegariam ao fim de seus papados: João Paulo II era o décimo segundo!
 

2) O papa que o precederia (o 11º) teria um período muito curto no papado (detalhe: o papado é vitalício): o Papa João Paulo I morreu um mês após ter sido eleito.

3) O 12o Papa teria um longo papado: João Paulo II ficou 27 anos no papado, de 1978-2005. O 3o papado mais longo da história.

4) O sucessor de João Paulo II, segundo a profecia, provocará uma revolução na própria Igreja Católica: (????)

A IGREJA DEU PERMISSÃO DE REVELAR O TERCEIRO SEGREDO DE FÁTIMA.

A igreja deu permissão de revelar aos fiéis uma parte da mensagem de Fátima.

Maria, mãe de Jesus,apareceu a três crianças em 1917. Isto foi provado e manifestações extraordinárias ocorreram, sendo testemunhadas por dezenas de milhares de pessoas.

 

Uma das meninas ainda vivia até recentemente, ela se chamava Lúcia (*Irmã Lúcia), freira que residia enclausurada em um convento na Europa.

A irmã Lúcia deu a conhecer amensagem primeiramente ao Papa Pio XII que, ao terminar de lê-la, estava tremendo, mas manteve a mensagem em segredo e não a deu ao conhecimento público.

 

Ao tempo devido, também a leu o Papa João XXIII, que fez a mesma coisa.Eles agiram daquele modo porque sabiam que, quando revelado, isto causaria pânico mundial e desespero.

Agora outra parte é revelada, NÃO PARA CAUSAR PÂNICO, MAS PORQUE AS PESSOAS DEVEM CONHECER ISTO PARA QUE SE PREPAREM.

A Santa contou a Lúcia: “Veja minha filha, eu mostrei para o mundo o que acontecerá entre os anos 1950-2001.

Os homens não estão pondo em prática os Mandamentos que Nosso Pai nos deu. Satã está dirigindo o mundo, semeando ódio e discórdia em todos lugares.

Os homens fabricaram armas mortais que destruirão o mundo em minutos, ametade da humanidade será horrorosamente destruída, a guerra começará. Contra Roma, haverá conflitos entre ordens religiosas.

Deus permitirá que todos os fenômenos naturais, como a fumaça, o granizo, o frio, a água, o fogo, as inundações, os terremotos, o tempo inclemente, desastres terríveis e invernos extremamente frios, acabem pouco a pouco com a Terra; estas coisas de qualquer maneira acontecerão nas proximidades do ano 2000. Esses que não querem acreditar, agora é tempo, a Mãe Sagrada da humanidade lhes fala. Pratique atos de caridade com seu próximo que necessita; dos que não seamam uns ‘aos outros como meu Filho os tem amado, ALGUNS DESTES, PODERÃO SOBREVIVER, mas Eles quererão ter morrido, milhões destes perderão a vida em segundos. A classe de castigos que estão em frente a nós, na Terra, é inimaginável, e eles virão, não há nenhuma dúvida. Nosso Senhor castigará duramente a quem não creia nele, aos que o rejeitam, e aqueles que não tiveram tempo para Ele. Eu chamo a todos que venham para meu Filho Jesus Cristo; Deus é ajuda para o mundo, mas todo aquele que não der testemunho de fidelidade e lealdade, este será destruído de forma terrível”.

 

O Padre Agustín que reside em Fátima, diz que o Papa Paulo VI lhe deu permissão de visitar a irmã Lúcia, já que ela era monja de clausura, e não podia sair ou receber visitas. O Padre Agustín contou que ela o recebe com de coração partido e lhe falou: ”Padre, Nossa Senhora está muito triste porque quase ninguém se interessou pela profecia dela em 1917; assim os bons têm que caminhar por uma estrada estreita e deste modo, os maus irão por uma estrada larga que os levará diretamente à própria destruição; e se acredite Padre, o castigo virá muito em breve. Muitas almas podem perder-se e muitas nações desaparecerão da Terra. Mas, apesar de tudo isso, se os homens meditarem, rezarem elevarem o término ações boas, o mundo poderá ser salvo. Caso contrário, se os homens insistirem em suas maldades, o mundo humano se perderá para sempre.

Chegou o tempo para todos de transcrever a mensagem de Nossa Senhora para seus familiares, seus amigos, para os amigos deles e para o mundo inteiro. De começar a rezar, de elevar seus espíritos, de fazer penitências e de se sacrificar. Nós estamos a cerca de um minuto do último dia e a catástrofe se aproxima. Devido a isso, muitos que estão afastados se voltarão aos braços da Igreja de Jesus Cristo.

 

Todos os países, Inglaterra, Rússia, China etc…, todos os religiosos, os protestantes, os espíritas, os muçulmanos, os budistas e os judeus. Todos regressarão, adorarão e crerão em Deus, em seu enviado Jesus Cristo e em sua Santa mãe.

 

Mas o que nós devemos esperar? Em todos lugares se fala de paz e tranqüilidade, mas o castigo virá.

UM HOMEM EM UMA POSIÇÃO MUITO ALTA SERÁ ASSASSINADO E ISTO CAUSARÁ A GUERRA. UMA ARMA PODEROSA CAMINHARÁ ATRAVÉS DA EUROPA E A GUERRA NUCLEAR COMEÇARÁ.

Esta guerra destruirá tudo, a escuridão cairá sobre a Terra durante 72 horas (três dias). Apenas uma terça parte da humanidade sobreviverá a estas 72 horas de escuridão e terror e começará a viver em uma era nova, serão as pessoas boas. Em uma noite muito fria, 10 minutos antes da meia-noite, UM GRANDE TERREMOTO sacudirá a Terra durante 8 horas. Este será o terceiro sinal de que Deus é quem governa a Terra. Os bons, aqueles que propagarem esta mensagem, a profecia da Santa Mãe Maria anunciada em Fátima, não DEVEM TEMER, não TENHAM nenhum receio. O QUE FAZER? Ajoelhe-se peça perdão a Deus. Não deixe a sua casa e não deixe ninguém estranho entrar. Porque só o bom não estará em poder do mal e sobreviverá à catástrofe. De forma que você deve se preparar e permanecer com vida, como meus filhos que são, lhes darei os seguintes sinais: A NOITE SERÁ EXTREMAMENTE FRIA; SOPRARÃO VENTOS MUITO FORTES; HAVERÁ MUITA ANGÚSTIA E EM POUCO TEMPO COMEÇARÁ UM GRANDE TERREMOTO, QUE FARÁ ESTREMECER TODA A TERRA.

Em sua casa, feche portas e janelas e não fale com ninguém que não esteja em sua casa. Não olhe para fora, não seja curioso, porque esta é a ira do SENHOR. Acenda velas benditas, porque por três dias nenhuma outra luz se acenderá. O movimento da Terra será tão violento que moverá o eixo da Terra (23 a 20 graus); depois ela regressará à sua posição normal. Então uma escuridão absoluta e total cobrirá a Terra inteira. Todo espírito maligno andará solto, fazendo muito mal às almas que não quiseram escutar esta mensagem de advertência e para aqueles que não quiseram se arrepender. Que as almas benignas cristãs se lembrem de acender as velas santificadas, preparar um altar sagrado com um crucifixo para comunicar-se com Deus através de Seu Filho, e Lhe implorar sua infinita misericórdia. Tudo estará escuro. Então, uma grande Cruz Mística aparecerá no céu, lembrando o precioso preço que o Seu Filho pagou por amor à humanidade e pela nossa redenção.

 

Na casa a única coisa que poderá dar luz são as VELAS SANTIFICADAS de cera, que uma vez acesas nada poderá apagar até que terminem os três dias de escuridão. Todos também devem ter consigo ÁGUA BENTA (ou magnetizada), que aspergirão pela casa inteira, em especial nas portas e janelas. O Senhor protegerá as propriedades dos eleitos. Ajoelhem-se diante da cruz poderosa do Seu divino Filho, rezem com devoção e depois digam o seguinte:

“OH DEUS, PERDOAI NOSSOS PECADOS, SALVANDO-NOS DO FOGO DO INFERNO E LEVE PARA SEU LADO TODAS AS ALMAS,ESPECIALMENTE AQUELAS MAIS NECESSITADAS DE TUA MISERICÓRDIA“.

Aqueles que acreditam nas palavras acima, levem essa mensagem aos demais.

OS JUSTOS NÃO DEVERÃO TEMER NADA NO GRANDE DIA DO SENHOR.

Falem com todas as almas agora, enquanto ainda há tempo; os que permanecem calados agora serão responsáveis pelo grande número de almas que se perderão pela ignorância. Quando a Terra já não mais tremer, aqueles que ainda não crerem em Nosso Senhor morrerão horrivelmente. O vento trará gases e os espalhará por toda a parte, não sairá o sol. Pode ser que você viva depois desta catástrofe. Não esqueça que o castigo de Deus é Sagrado e que, uma vez começado, não devem olhar para fora, por qualquer razão, já que Deus não quer que nenhum de seus filhos veja quando castigar os pecadores renitentes.

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=8&id=4097


PADRE FABIO DE MELO: PERDÃO NO CASAMENTO

fevereiro 16, 2013

fevereiro 13, 2013

O JEJUM E A ABSTINÊNCIA.

Catecismo de São Pio X.

Com o intuito de fazer penitência por nossos pecados, de melhor nos dispor para a oração e de estar unidos aos sofrimentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, a Santa Igreja nos pede, nos tempos de penitência, que ofereçamos jejum e abstinência a Deus.

O Jejum:

Penitência é a mortificação do corpo.

A Igreja convida todos os fiéis à corresponderem ao preceito divino da penitência que, além das renúncias impostas pelo peso da vida cotidiana, pede alguns atos de mortificação também do corpo … A Igreja quer indicar na Tríade Tradicional “ORAÇÃO, JEJUM, CARIDADE”os modos fundamentais para obedecer ao preceito divino da penitência. Ela defendeu a ora­ção e as obras de caridade, também, e com insistência, a abstinência de carne e o jejum.

Praticado desde toda a Antiguidade pelo povo eleito, como sinal de arrependimento, praticado por Nosso Senhor Jesus Cristo e por todos os santos, recomendado pela Santa Igreja como instrumento de santificação da alma, de controle do corpo e equilíbrio emocional, o jejum obrigatório foi sendo reduzido ao longo dos séculos.

Na prática do dia-a-dia há muitas formas de fazer penitência, devemos aproveitar por exemplo, silenciando algo que sabemos de alguém. Deixar de olhar televisão. Suportar os defeitos de alguém. Viver sem reclamar. Ter coragem de falar sempre bem do próximo. Cumprimentar sempre e, principalmente, aqueles que não nos são simpáticos. Dobrar os joelhos enquanto rezamos. Fazer o sinal da Cruz quando passamos diante de uma Igreja. Deixar de comer algum alimento que gostamos em determinados dias da semana. Agradecer com humildade todos os sofrimentos que ocorrem no dia a dia. Enfim, a penitência nos eleva, nos conduz à viver às 24 horas do dia na graça. Sejamos fortes fazendo penitência.

A oração e o jejum representam, em certo sentido, dois pilares da nossa fé.

O jejum constitui um dos princípios fundamentais da vida cristã; ele torna o devoto capaz de viver de acordo com a vontade de Deus; em todas as circunstâncias. Mediante a prática do jejum, a vontade de Deus poderá ser reconhecida mais facilmente, e raramente será perdida de vista. Como a respiração é função fundamental da vida física, assim o jejum e a oração representam as funções fundamentais da vida espiritual.

Nossa Senhora, em Medjugorje, nos pediu a volta à prática do jejum e nos disse que a melhor forma de jejuar é aquela a pão e água. Então constatamos que pão e água não representam a única maneira de jejuar, mas é a melhor maneira segundo a afirmação da Virgem.

O pão é o alimento fundamental do povo de Deus e, ao mesmo tempo simboliza a vida. A água é insubstituível em nossa vida; ela simboliza a purificação espiritual.

O jejum alimenta a oração e o impulso para Deus, para a paz e a reconciliação: eco fiel do Evangelho. Põe o corpo em sintonia com a alma e transforma-se em fonte de uma outra reconciliação, a interior.

Quando devemos jejuar por obrigação?

Na Quarta-feira de cinzas, abertura da Quaresma

Na Sexta-feira Santa, dia da morte de Nosso Senhor.

No entanto, todos os católicos devem ter a mortificação e o jejum presentes em suas vidas ao longo do ano, principalmente durante o Advento, a Quaresma e nas Quatro Têmporas, tendo sempre o espírito mortificado, fugindo do excesso de conforto e prazeres e, na medida do possível, oferecendo alguns sacrifícios a Deusseja no comer, no beber, nas diversões (televisão principal­men­te), nos desconfortos que a vida oferece (calor, trabalho, etc.), sabendo suportar os outros, tendo paciência em tudo.

Assim sendo, mesmo não sendo obrigatório, continua sendo recomendado o jejum nasQuartas e Sextas da Quaresma e do Advento, guardando-se sempre o espírito pronto para as pequenas mortificações também nos demais dias.

Quem deve jejuar?

As pessoas maiores de 21 anos são obrigadas. Mas é evidente que os adolescentes podem muito bem oferecer esse sacrifício sem prejuízo para a saúde.

Quanto às crianças menores, mesmo alimentando-se bem, devem ser orientadas no sentido de oferecer pequenos sacrifícios, e acompanhar a frugalidade das refeições.

As pessoas doentes podem ser dispensadas (é sempre bom pedir a permissão ao padre)

As pessoas com mais de sessenta anos não têm obrigação de jejuar, mas podem fazê-lo se não houver perigo para a saúde.

Como jejuar nos dias de jejum obrigatório?

– Café da manhã mais simples que de hábito: uma xícara de café puro, um pedaço de pão, uma fruta.

– Almoço normal, mas sem carne (peixe pode), sem doces e sobremesas mais apetitosas, sem bebidas alcoólicas ou refrigerantes.

– No jantar, um copo de leite ou um prato de sopa, um pedaço de pão, uma fruta.

– O ideal é jejuar a pão e água(desde o amanhecer até o anoitecer se tiver fome comer pão, se tiver sede tomar água. Não devemos comer pão e tomar água ao mesmo tempo, pois leva a dor de cabeça. Devemos comer pão calmamente em pequenas porções segurando na boca mastigando bem de modo que se dissolva com a saliva. Para beber água é bom dar um tempo após comer pão, também tomar a água calmamente como fez com o pão, segurar na boca um tempo para se misturar à saliva. Diz-se que devemos tomar o pão e mastigar a água). Pode tomar e comer quantas vezes for necessário durante o dia, em que sentir fome e sede.)

São inúmeras as passagens das Sagradas Escrituras referentes ao jejum. Eis algumas poucas referências:

– II Reis XII,16

– Tobias XII,8

– Daniel I, 6-16

– S. Mateus IV,1

– S. Mateus VI, 17

– S. Mateus XVII,20

– Atos XIV,22

– II Coríntios VI,5

A Abstinência de carne 

 

Dentro do mesmo espírito de mortificação, pede-nos a Santa Madre Igreja a mortificação de não comer carne às sextas-feiras, o ano todo, de modo a honrar e adorar a santa morte de Nosso Senhor. (ficam excluídas as sextas-feiras das grandes festas, segundo a orientação do padre).

A abstinência ainda é praticada e, diferente do jejum, começa desde a adolescência, a partir dos quatorze anos.

Nas sextas-feiras do ano, e mais ainda durante os tempos de penitência, saibamos oferecer esse pequeno sacrifício a Nosso Senhor. Se vamos a um restaurante, peçamos peixe(muitos restaurantes ainda hoje servem pratos de peixe nas sextas-feiras).

O Jejum eucarístico

O jejum eucarístico é o fato de se comungar sem nenhum alimento comum no estômago, em honra à Santíssima Eucaristia.

O espírito do jejum eucarístico é de receber a Santa Comunhão como primeiro alimento do dia. Quando o Papa Pio XII modificou a disciplina do jejum eucarístico, devido à guerra, salientou que todos os que podiam deviam praticar esse jejum, chamado natural: só tomar alimento depois da comunhão. Quem assiste à Santa Missa cedo pode, muitas vezes, praticar esse jejum.

Apesar da lei eclesiástica em vigor determinar apenas uma hora antes da comunhão para o jejum eucarístico, todos os padres sérios pedem a seus fiéis que se esforcem para deixar três horas, visto que uma hora não chega a ser nem mesmo um sacrifício.

Caso as crianças ou pessoas debilitadas precisarem tomar algo antes da comunhão, com menos de três horas, procurem, ao menos, tomar apenas líquido, um copo de leite, por exemplo.

Porém, tendo se alimentado com menos de uma hora antes da hora da comunhão, não se deve, de modo algum, se aproximar da Sagrada Mesa.

O jejum, a abstinência e o confessionário.

Como o jejum e a abstinência fazem parte dos mandamentos da Igreja, devemos nos empenhar para praticá-los por amor à Deus. Caso haja alguma negligência ou fraqueza da nossa vontade que nos leve a quebrar o santo jejum ou a abstinência, devemos nos arrepender por não termos obedecido ao que nos ordena nossa Santa Madre Igreja, confessando-nos por termos assim ofendido a Deus.

Nos casos de esquecimento, devemos substituir essa obra por outra equivalente, como fazer o jejum em outro dia, rezar um terço, etc.

É sempre bom lembrar que a água pura não quebra o jejum.

As pessoas inclinadas à mortificação e ao jejum não devem nunca determinar um aumento de penitência sem o consentimento explícito do sacerdote responsável. O demônio usa muito o excesso de penitência corporal para enfraquecer a alma.

Tudo fazer na obediência.

 A MORTIFICAÇÃO CRISTÃ

OBJETIVOS E EXERCÍCIOS


Escrito pelo Cardeal Desidério José Mercier

Livre-tradução do Artigo “La mortificación cristiana” do Cardeal Desidério José Mercier publicado em “Cuadernos de La Reja” número 2 do Seminário Internacional Nossa Senhora Corredentora da FSSPX.

 

Artigo 1 – Objeto da mortificação cristã

A mortificação cristã tem por fim neutralizar as influências malignas que o pecado original ainda exerce nas nossas almas, inclusive depois que o batismo as regenerou. Nossa regeneração em Cristo, ainda que anulou completamente o pecado em nós, nos deixa sem embargo muito longe da retidão e da paz originais. O Concílio de Trento reconhece que a concupiscência, ou seja, o triple apetite da carne, dos olhos e do orgulho, se deixa sentir em nós, inclusive depois do batismo, afim de excitar-nos às gloriosas lutas da vida cristã (Conc. Trid., Sess. 5, Decretum de pecc. orig.).
A Escritura logo chama esta triple concupiscência de “homem velho”, oposto ao “homem novo” que é Jesus que vive em nós e nós mesmos que vivemos em Jesus, como “carne” ou natureza caída, oposta ao “espírito” ou natureza regenerada pela graça sobrenatural. Este velho homem ou esta carne, ou seja, o homem inteiro com sua dupla vida moral e física, deve ser, não digo aniquilado, porque é coisa impossível enquanto dure a vida presente, mas sim mortificado, ou seja, reduzido praticamente à impotência, à inércia e à esterilidade de um morto; há que impedir-lhe que dê seu fruto, que é o pecado, e anular sua ação em toda a nossa vida moral.
A mortificação cristã deve, portanto, abraçar o homem inteiro, estender-se a todas as esferas de atividade nas quais a natureza é capaz de mover-se. Tal é o objeto da virtude de mortificação. Vamos indicar sua prática, recorrendo sucessivamente as manifestações múltiplas de atividade em que se traduz em nós:

I) A atividade orgânica ou a vida corporal;

II) A atividade sensível, que se exerce seja debaixo da forma do conhecimento sensível pelos sentidos exteriores ou pela imaginação, seja debaixo da forma de apetite sensível ou de paixão;

III) A atividade racional e livre, princípio de nossos pensamentos e de nossos juízos, e das determinações de nossa vontade;

IV) Consideraremos a manifestação exterior da vida de nossa alma, ou nossas ações exteriores;

V) E, finalmente, o intercâmbio de nossas relações com o próximo.

Artigo 2 – Exercício da mortificação cristã

 
A. Mortificação do corpo

 Limite-se, tanto quanto possa, em matéria de alimentos, ao estritamente necessário. Medite estas palavras que Santo Agostinho dirigia a Deus: “Me ensinastes, oh meu Deus, a pegar os alimentos somente como remédios. Ah, Senhor!, aqui quem de entre nós não vai além do limite? Se há um só, declaro que este homem é grande e que deve grandemente glorificar vosso nome” (Confissões, liv. X, cap. 31);

 Roga a Deus com freqüência, roga-lhe a cada dia que lhe impeça, com Sua graça, de transpassar os limites da necessidade, ou deixar-se levar pelo atrativo do prazer;

 Não pegue nada entre as refeições, ao menos que haja alguma necessidade ou razões de conveniência;

 Pratique a abstinência e o jejum, mas pratique-os somente debaixo da obediência e com discrição;

 Não lhe está proibido saborear alguma satisfação corporal, mas faça-o com uma intenção pura e bendizendo a Deus;

 Regule seu sono, evitando nisto toda relaxação ou molície, sobretudo pela manhã. Se pode, fixe-se uma hora para deitar-se e levantar-se, e obrigue-se a ela energicamente;

 Em geral, não descanse senão na medida do necessário; entregue-se generosamente ao trabalho, e não meça esforços e penas. Tenha cuidado para não extenuar seu corpo, mas guarde-se também de agradá-lo: quando sentir que ele está disposto a rebelar-se, por pouco que seja, trate-o como a um escravo;

 Se sente alguma ligeira indisposição, evite irritar-se com os demais por seu mal humor; deixe aos seus irmãos o cuidado de queixar-se; pelo que lhe cabe, seja paciente e mudo como o divino Cordeiro que levou verdadeiramente todas as nossas enfermidades;

 Guarde-se de pedir uma dispensa ou revogação à sua ordem do dia pelo mínimo mal-estar. “Há que fugir como da peste de toda dispensa em matéria de regras”, escrevia São João Berchmans;

10º Receba docilmente, e suporte humilde, paciente e perseverantemente a mortificação penosa que se chama doença.
B. Mortificação dos sentidos, da imaginação e das paixões
 Feche seus olhos, diante de tudo e sempre, a todo espetáculo perigoso, e inclusive tenha a valentia de fechá-los a todo espetáculo vão e inútil. Veja sem olhar; não se fixe em ninguém para discernir sua beleza ou feiúra;

 Tenha seus ouvidos fechados às palavras bajuladoras, aos louvores, às seduções, aos maus conselhos, às maledicências, às zombarias que ferem, às indiscrições, à crítica malévola, às suspeitas comunicadas, a toda palavra que possa causar o menor esfriamento entre duas almas;

 Se o sentido do olfato tem que sofrer algo por conseqüência de certas doenças ou debilidades do próximo, longe de queixar-se disso, suporte-o com uma santa alegria;

 No que concerne à qualidade dos alimentos, seja muito respeitoso do conselho de Nosso Senhor: “Comei o que vos for apresentado”. “Comer o que é bom sem comprazer-se nisto, o que é mau sem mostrar aversão, e mostrar-se indiferente tanto em um como no outro, esta é a verdadeira mortificação”, dizia São Francisco de Sales;

 Ofereça a Deus suas comidas, imponha-se na mesa uma pequena privação: por exemplo, negue-se um grão de sal, um copo de vinho, uma guloseima, etc.; os demais não o perceberão, mas Deus o terá em conta;

 Se o que lhe apresentam excita vivamente seu atrativo, pense no fel e no vinagre que apresentaram a Nosso Senhor na cruz: isto não lhe impedirá de saborear o manjar, mas servirá de contrapeso ao prazer;

 Há que evitar todo contato sensual, toda carícia em que se poria certa paixão, em que se buscaria ou onde se teria um gozo principalmente sensível;

 Prescinda de ir aquecer-se ao menos que lhe seja necessário para evitar-lhe uma indisposição;

 Suporte tudo o que aflige naturalmente a carne; especialmente o frio do inverno, o calor do verão, a dureza da cama e todas as incomodidades do gênero. Faça boa cara em todos os tempos, sorria a todas as temperaturas. Diga com o profeta: “Frio, calor, chuva, bendizei ao Senhor”. Felizes se podemos chegar a dizer com gosto esta frase tão familiar a São Francisco de Sales: “Nunca estou melhor do que quando não estou bem”;

10º Mortifique sua imaginação quando lhe seduz com a isca de um posto brilhante, quando se entristece com a perspectiva de um futuro sombrio, quando se irrita com a recordação de uma palavra ou de um ato que o ofendeu;

11º Se sente em você a necessidade de sonhar, mortifique-a sem piedade;

12º Mortifique-se com o maior cuidado sobre o ponto da impaciência, da irritação ou da ira;

13º Examine a fundo seus desejos, e submeta-os ao controle da razão e da fé: você não deseja mais uma vida longa que uma vida santa? prazer e bem-estar sem tristeza nem dores, vitórias sem combates, êxitos sem contrariedades, aplausos sem críticas, uma vida cômoda e tranqüila sem cruzes de nenhum tipo, ou seja, uma vida completamente oposta à de nosso divino Salvador?

14º Tenha cuidado de não contrair certos costumes que, sem ser positivamente maus, podem chegar a ser funestos, tais como o costume de leituras frívolas, dos jogos de azar, etc.;

15º Trate de conhecer seu defeito dominante, e quando o tiver conhecido, persiga-o até suas últimas pregas. Por isso, submeta-se com boa vontade ao que poderia ter de monótono e de entediado na prática do exame particular;

16º Não lhe está proibido ter bom coração e mostrá-lo, mas fique atento para o perigo de exceder o justo meio. Combata energicamente os afetos demasiado naturais, as amizades particulares, e todas as sensibilidades moles do coração.

C. Mortificação do espírito e da vontade

 Mortifique seu espírito proibindo-lhe todas as imaginações vãs, todos os pensamentos inúteis ou alheios que fazem perder o tempo, dissipam a alma, e provocam o desgosto do trabalho e das coisas sérias;

 Deve distanciar de seu espírito todo pensamento de tristeza e de inquietude. O pensamento do que poderá suceder no futuro não deve preocupá-lo. Quanto aos maus pensamentos que o molestam, deve fazer deles, distanciando-os, matéria para exercer a paciência. Se são involuntários, não serão para você senão uma ocasião de méritos;

 Evite a teimosia em suas idéias, e a obstinação em seus sentimentos. Deixe prevalecer de boa vontade o juízo dos demais, salvo quando se trate de matérias em que você tem o dever de pronunciar-se e falar;

 Mortifique o órgão natural de seu espírito, ou seja, a língua. Exerça-se de boa vontade no silêncio, seja porque sua Regra o prescreve, seja porque você o impõe espontaneamente;

 Prefira escutar os demais do que falar você mesmo; mas, sem embargo, fale quando convenha, evitando tanto o excesso de falar demasiado, que impede os demais expressar seus pensamentos, como o de falar demasiado pouco, que denota indiferença que fere ao que dizem os demais;

 Não interrompa nunca quem fala, e não corte com uma resposta precipitada quem lhe pergunta;

 Tenha um tom de voz sempre moderado, nunca brusco nem cortante. Evite os “muito”, os “extremamente”, os “horrivelmente”, etc.: não seja exagerado em seu falar;

 Ame a simplicidade e a retidão. A simulação, os rodeios, os equívocos calculados que certas pessoas piedosas se permitem sem escrúpulo, desacreditam muito a piedade;

 Abstenha-se cuidadosamente de toda palavra grosseira, trivial ou inclusive ociosa, pois Nosso Senhor nos adverte que nos pedira conta delas no dia do Juízo;

10º Acima de tudo, mortifique sua vontade; é o ponto decisivo. Adapte-a constantemente ao que sabe ser do beneplácito divino e da ordem da Providência, sem ter nenhuma conta nem de seus gostos nem de suas aversões. Submeta-se inclusive a seus inferiores nas coisas que não interessam para a glória de Deus e os deveres de seu cargo;

11º  Considere a menor desobediência às ordens e inclusive aos desejos de seus Superiores como dirigida a Deus;

12º Lembre-se de que praticará a maior de todas as mortificações quando ame ser humilhado e quando tenha a mais perfeita obediência àqueles a quem Deus quer se se submeta;

13º Ame ser esquecido e ser tido por nada: é o conselho de São João da Cruz, é o conselho da Imitação: não fale apenas de si mesmo nem para bem nem para mal, senão busque pelo silêncio fazer-se esquecer;

14º Diante de uma humilhação ou repreensão, se sente tentado a murmurar. Diga como Davi: “Melhor assim! Me é bom ser humilhado!”;

15º Não entretenha desejos frívolos: “Desejo poucas coisas, e o pouco que desejo, o desejo pouco”, dizia São Francisco;

16º Aceite com a mais perfeita resignação as mortificações chamadas de Providência, as cruzes e os trabalhos unidos ao estado em que a Providência o pôs. “Quanto menos há de nossa eleição, mais há de beneplácito divino”, dizia São Francisco de Sales. Queríamos escolher nossas cruzes, ter outra distinta da nossa, levar uma cruz pesada que tivesse ao menos algum brilho, antes que uma cruz ligeira que cansa por sua continuidade: Ilusão! Devemos levar nossa cruz, e não outra, e seu mérito não se encontra em sua qualidade, senão na perfeição com que a levamos;

17º Não se deixe turbar pelas tentações, pelos escrúpulos, pelas aridezes espirituais: “o que se faz durante a sequidão é mais meritório diante de Deus do que o que se faz durante a consolação”, dizia o santo bispo de Genebra;

18º Não devemos entristecer-nos demasiado por nossas misérias, senão mais bem humilhar-nos. Humilhar-se é uma coisa boa, que poucas pessoas compreendem; inquietar-se e impacientar-se é uma coisa que todo o mundo conhece e que é má, porque nesta espécie de inquietude e de despeito o amor próprio tem sempre a maior parte;

19º Desconfiemos igualmente da timidez e do desânimo, que fazem perder as energias, e da presunção, que não é mais do que o orgulho em ação. Trabalhemos como se tudo dependesse de nossos esforços, mas permaneçamos humildes como se nosso trabalho fosse inútil.

D. Mortificações que há que praticar em nossas ações exteriores

 Deve ser o mais exato possível em observar todos os pontos de sua regra de vida, obedecer sem demora, lembrando-se de São João Berchmans, que dizia: “Minha maior penitência é seguir a vida comum”; “Fazer o maior caso das menores coisas, tal é o meu lema”; “Antes morrer que violar uma só de minhas regras!”;

 No exercício de seus deveres de estado, trate de estar muito contente com tudo o que parece feito de propósito para desagradá-lo e molestá-lo, lembrando-se também aqui da frase de São Francisco de Sales: “Nunca estou melhor quando não estou bem”;

 Não conceda jamais um momento à preguiça; da manhã à noite, esteja ocupado sem descanso;

 Se sua vida se passa dedicada, ao menos em partes, ao estudo, aplique os seguintes conselhos de Santo Tomás de Aquino aos seus alunos: “Não se contentem com receber superficialmente o que lêem ou escutam, senão tratem de penetrar e aprofundar seu sentido. – Não fiquem nunca com dúvidas sobre o que podem saber com certeza. – Trabalhem com uma santa avidez em enriquecer seu espírito; classifiquem com ordem em sua memória todos os conhecimentos que possa adquirir. – Sem embargo, não tratem de penetrar os mistérios que estão por acima de sua inteligência”;

 Ocupe-se unicamente da ação presente, sem voltar ao que precedeu nem adiantar-se pelo pensamento ao que vem a seguir; diga com São Francisco: “Enquanto faço isto, não estou obrigado a fazer outra coisa”; “Apressemo-nos com bondade: será tão logo tanto quanto esteja bom”;

 Seja modesto em sua compostura. Nenhum porte era tão perfeito como o de São Francisco; tinha sempre a cabeça direita, evitando igualmente a ligeireza que a gira em todos os sentidos, a negligência que a inclina adiante e o humor orgulhoso e altivo que a levanta para trás. Seu rosto estava sempre tranqüilo, livre de toda preocupação, sempre alegre, sereno e aberto, sem ter sem embargo uma jovialidade indiscreta, sem risadas ruidosas, imoderadas ou demasiado freqüentes;

 Quando se encontrava só mantinha-se em tão boa compostura como diante de uma grande assembléia. Não cruzava as pernas, não apoiava a cabeça no encosto. Quando rezava, ficava imóvel como uma coluna. Quando a natureza lhe sugeria seus gostos, não a escutava em absoluto;

 Considere a limpeza e a ordem como uma virtude, e a sujeira e a desordem como um vício: evite os vestidos sujos, manchados ou rasgados. Por outra parte, considere como um vício ainda maior o luxo e o mundanismo. Faça de modo de ao ver sua vestimenta e adereços, ninguém diga: está desarrumado; nem: está elegante; senão que todo o mundo possa dizer: está decente.

E. Mortificações para praticar em nossas relações com o próximo

 

 Suporte os defeitos do próximo: faltas de educação, de espírito, de caráter. Suporte tudo o que nele lhe desagrada: seu modo de andar, sua atitude, seu tom de voz, seu sotaque, e todo o resto;

2º Suporte tudo a todos e suporte até o fim e cristãmente. Não se deixe levar jamais por essas impaciências tão orgulhosas que fazem dizer: Que posso fazer de tal o qual? Em que me concerne o que diz? Para que preciso o afeto, a benevolência ou a cortesia de uma criatura qualquer, e desta em particular? Nada é menos segundo Deus que estes desprendimentos altaneiros e estas indiferenças depreciativas; melhor seria, certamente, uma impaciência;

3º Encontra-se tentado a irar-se? Pelo amor a Jesus, seja manso. De vingar-se? Devolva bem por mal. Diz-se que o segredo de chegar ao coração de Santa Teresa, era fazer-lhe algum mal. De mostrar a alguém uma cara má? Sorria com bondade. De evitar seu encontro? Busque-o por virtude. De falar mal dele? Fale bem. De falar-lhe com dureza? Fale doce e cordialmente;

 Ame fazer o elogio de seus irmãos, sobretudo daqueles a quem sua inveja se dirige mais naturalmente;

 Não diga acuidades em detrimento da caridade;

 Se alguém se permite em sua presença palavras pouco convenientes, ou mantém conversações próprias para danificar a reputação do próximo, poderá às vezes repreender com doçura a quem fala, mas mais freqüentemente será melhor distanciar habilmente a conversação ou manifestar por um gesto de descontentamento ou de desatenção querida que o que se está dizendo o desagrada;

 Quando lhe custe fazer um favor, ofereça-se a fazê-lo: terá duplo mérito;

 Tenha horror de apresentar-se diante de si mesmo ou dos demais como uma vítima. Longe de exagerar suas cargas, esforce-se em encontrá-las leves. O são em realidade muito mais freqüentemente do que parece, e o seriam sempre se tivesse um pouco mais de virtude.

Conclusão

Em geral, saiba negar à natureza o que pede sem necessidade.

Saiba fazer-lhe dar o que ela nega sem razão. Seus progressos na virtude, disse o autor da Imitação de Cristo, serão proporcionais à violência que saiba fazer-se.

Dizia o santo Bispo de Genebra: “Há que morrer afim de que Deus viva em nós: porque é impossível chegar à união da alma com Deus por outro caminho que pela mortificação. Estas palavras: Há que morrer! são duras, mas serão seguidas de uma grande doçura, porque não se morre a si mesmo senão para unir-se a Deus por esta morte”.
Quisera Deus que pudéssemos aplicar-nos com pleno direito as seguintes palavras de São Paulo: “Em todas as coisas sofremos a tribulação… Trazemos sempre em nosso corpo a morte de Jesus, afim de que a vida de Jesus se manifeste também em nossos corpos” (2 Cor. 4, 10).

O SILÊNCIO.

Os doze graus do silêncio, Irmã Amada de Jesus

Livre-tradução do Artigo “Los doce grados del silencio” de “Sor Amada de Jesús” publicado em “Cuadernos de La Reja” número 2 do Seminário Internacional Nossa Senhora Corredentora da FSSPX.

Enquanto o mundo grita desesperado, e os rumores atordoam as multidões, cabe espaço em nós para o silêncio, pois somente através dele, nos calando, é que podemos escutar a voz de Deus. O Espírito Santo não atua na balbúrida, na confusão, na música profana e atordoante, na gritaria e sim no silêncio dos corações.
A vida interior poderia consistir só nesta palavra: Silêncio! O silêncio prepara os santos; ele os começa, os continua e os acaba. Deus, que é eterno, não diz mais que uma só palavra, que é o Verbo. Do mesmo modo, seria desejável que todas as nossas palavras digam Jesus direta ou indiretamente. Esta palavra: silêncio, quão formosa é!
1º Falar pouco às criaturas e muito a Deus

Este é o primeiro passo, mas indispensável, nas vias solitárias do silêncio. Nesta escola é onde se ensinam os elementos que dispõe à união divina. Aqui a alma estuda e aprofunda esta virtude, no espírito do Evangelho, no espírito da Regra que abraçou, respeitando os lugares consagrados, as pessoas, e sobretudo esta língua na qual tão freqüentemente descansa o Verbo ou a Palavra do Pai, o Verbo feito carne. Silêncio ao mundo, silêncio às notícias, silêncio com as almas mais justas: a voz de um Anjo turbou Maria…
2º Silêncio no trabalho, nos movimentos

Silêncio no porte; silêncio dos olhos, dos ouvidos, da voz; silêncio de todo o ser exterior, que prepara a alma para passar a Deus. A alma merece tanto quanto pode, por estes primeiros esforços em escutar a voz do Senhor. Que bem recompensado é este primeiro passo! Deus a chama ao deserto, e por isso, neste segundo estado, a alma aparta tudo o que poderia distraí-la; se distancia do ruído, e foge sozinha Àquele que somente é. Ali ela saboreará as primícias da união divina e o zelo de seu Deus. É o silêncio do recolhimento, ou o recolhimento do silêncio.
3º Silêncio da imaginação

Esta faculdade é a primeira em chamar à porta fechada do jardim do Esposo; com ela vêm as emoções alheias, as vagas impressões, as tristezas. Mas neste lugar retirado, a alma dará ao Bem Amado provas de seu amor. Apresentará a esta potência, que não pode ser destruída, as belezas do céu, os encantos de seu Senhor, as cenas do Calvário, as perfeições de seu Deus. Então, também ela permanecerá no silêncio, e será a servente silenciosa do Amor divino.
4º Silêncio da memória

Silêncio ao passado… esquecimento. Há que saturar esta faculdade com a recordação das misericórdias de Deus… É o agradecimento no silêncio, é o silêncio da ação de graças.
5º Silêncio às criaturas

Oh, miséria de nossa condição presente! Com freqüência a alma, atenta a si mesma, se surpreende conversando interiormente com as criaturas, respondendo em seu nome. Oh, humilhação que fez gemer os santos! Nesse momento esta alma deve retirar-se docemente às mais íntimas profundezas deste lugar escondido, onde descansa a Majestade inacessível do Santo dos santos, e onde Jesus, seu consolador e seu Deus, se descobrirá a ela, lhe revelará seus segredos, e a fará provar a bem-aventurança futura. Então lhe dará um amargo desgosto para tudo o que não é Ele, e tudo o que é da terra deixará pouco a pouco de distrair-la.
6º Silêncio do coração

Se a língua está muda, se os sentidos se encontram na calma, se a imaginação, a memória e as criaturas se calam e fazem silêncio, se não ao redor, ao menos no íntimo desta alma de esposa, o coração fará pouco ruído. Silêncio dos afetos, das antipatias, silêncio dos desejos no que tem de demasiado ardente, silêncio do zelo no que tem de indiscreto; silêncio do fervor no que tem de exagerado; silêncio até nos suspiros… Silêncio do amor no que tem de exaltado, não dessa exaltação da qual Deus é autor, senão daquela na qual se mistura a natureza. O silêncio do amor, é o amor no silêncio…
É o silêncio diante de Deus, suma beleza, bondade, perfeição… Silêncio que não tem nada de chateado, de forçado; este silêncio não danifica a ternura, o vigor deste amor, de modo semelhante a como o reconhecimento das faltas não danifica tampouco o silêncio da humildade, nem o bater das asas dos anjos de que fala o profeta o silêncio de sua obediência, nem o fiat o silêncio de Getsemani, nem o Sanctus eterno o silêncio dos serafins…
Um coração no silêncio é um coração de virgem, é uma melodia para o coração de Deus. A lâmpada se consome sem ruído diante do Sacrário, e o incenso sobe em silêncio até o trono do Salvador: assim é o silêncio do amor. Nos graus precedentes, o silêncio era ainda a queixa da terra; neste a alma, por sua pureza, começa a aprender a primeira nota deste cântico sagrado que é o cântico dos céus.
7º Silêncio da natureza, do amor próprio

Silêncio à vista da própria corrupção, da própria incapacidade. Silêncio da alma que se compraz na sua baixeza. Silêncio aos louvores, à estima. Silêncio diante dos desprezos, das preferências, das murmurações; é o silêncio da doçura e da humildade. Silêncio da natureza diante das alegrias ou dos prazeres. A flor se abre no silêncio e seu perfume louva em silêncio ao criador: a alma interior deve fazer o mesmo. Silêncio da natureza na pena ou na contradição. Silêncio nos jejuns, nas vigílias, nas fadigas, no frio e no calor. Silêncio na saúde, na enfermidade, na privação de todas as coisas: é o silêncio eloqüente da verdadeira pobreza e da penitência; é o silêncio tão amável da morte a todo o criado e humano. É o silêncio do eu humano transformando-se no querer divino. Os estremecimentos da natureza não poderiam turbar este silêncio, porque está acima da natureza.

8º Silêncio do espírito

Fazer calar os pensamentos inúteis, os pensamentos agradáveis e naturais; só estes danificam o silêncio do espírito, e não o pensamento em si mesmo, que não pode deixar de existir. Nosso espírito quer a verdade, e nós lhe damos a mentira! Agora bem, a verdade essencial é Deus! Deus é o bastante à sua própria inteligência divina, e não basta à pobre inteligência humana!
No que concerne a uma contemplação de Deus perene e imediata, não é possível na debilidade da carne, a não ser que Deus conceda um puro dom de sua bondade; mas o silêncio nos exercícios próprios do espírito consiste, em relação à fé, em contentar-se com sua luz escura. Silêncio aos raciocínios sutis que debilitam a vontade e dissecam o amor. Silêncio na intenção: pureza, simplicidade; silêncio às buscas pessoais; na meditação, silêncio à curiosidade; na oração, silêncio às próprias operações, que não fazem mais que entravar a obra de Deus. Silêncio ao orgulho que se busca em tudo, sempre e em todas as partes; que quer o belo, o bem, o sublime; é o silêncio da santa simplicidade, do desprendimento total, da retidão.
Um espírito que combate contra tais inimigos é semelhante a esses anjos que vêem sem cessar a Face de Deus. Esta é a inteligência, sempre no silêncio, que Deus eleva a si.
9º Silêncio do juízo

Silêncio quanto às pessoas, silêncio quanto às coisas. Não julgar, não deixar ver a própria opinião. Não ter opinião às vezes, ou seja, ceder com simplicidade, sem nada se opor a ele por prudência ou por caridade. É o silêncio da bem-aventurada e santa infância, é o silêncio dos perfeitos, o silêncio dos anjos e dos arcanjos, quando seguem as ordens de Deus. É o silêncio do Verbo encarnado!
10º Silêncio da vontade

 

O silêncio aos mandamentos, o silêncio às santas leis da regra, não é, por dizer assim, mais que o silêncio exterior da própria vontade. O Senhor tem algo que ensinar-nos de mais profundo e de mais difícil: o silêncio do escravo sob os golpes de seu amo. Mas, feliz escravo, pois o Amo é Deus! Este silêncio é o da vítima sobre o altar, é o silêncio do cordeiro que é despojado de sua pele, é o silêncio nas trevas, silêncio que impede pedir a luz, ao menos a que alegra.

É o silêncio nas angústias do coração, nas dores da alma; o silêncio de uma alma que se viu favorecida por seu Deus, e que, sentindo-se rechaçada por Ele, não pronuncia nem sequer estas palavras: Por que? Até quando? É o silêncio no abandono, o silêncio sob a severidade do olhar de Deus, sob o peso de sua mão divina; o silêncio sem outra queixa que a do amor. É o silêncio da crucifixão, é mais que o silêncio dos mártires, é o silêncio da agonia de Jesus Cristo. Se este silêncio é seu divino silêncio e nada é comparável à sua voz, nada resiste à sua oração, nada é mais digno de Deus que esta classe de louvor na dor, que este fiat no sofrimento, que este silêncio no trabalho da morte.
Enquanto esta vontade humilde e livre, verdadeiro holocausto de amor, se despedaça e se destrói para a glória do nome de Deus, Ele a transforma em sua vontade divina. Então o que falta para sua perfeição? O que requer ainda para a união? O que falta para que Cristo seja acabado nesta alma? Duas coisas: a primeira é o último suspiro do ser humano; a segunda é uma doce atenção ao Bem Amado cujo beijo divino é a inefável recompensa.
11º Silêncio consigo mesmo

Não falar-se interiormente, não escutar-se, não queixar-se nem consolar-se. Em uma palavra, calar-se consigo mesmo, esquecer-se de si mesmo, deixar-se só, completamente só com Deus; fugir, separar-se de si mesmo. Este é o silêncio mais difícil, e sem embargo é essencial para unir-se a Deus tão perfeitamente como possa fazê-lo uma pobre criatura que, com a graça, chega com freqüência até aqui, mas se detém neste grau, porque não o compreende e o pratica menos ainda. É o silêncio do nada. É mais heróico que o silêncio da morte.
12º Silêncio com Deus

No começo Deus dizia à alma: “Fala pouco às criaturas e muito comigo”. Aqui lhe diz: “Não me fales mais”. O silêncio com Deus é aderir-se a Deus, apresentar-se e expor-se diante de Deus, oferecer-se a Ele, aniquilar-se diante dEle, adorá-lo, amá-lo, escutá-lo, ouvi-lo, descansar nEle. É o silêncio da eternidade, é a união da alma com Deus.

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20P%C3%A1gina/Document%C3%A1rtio%20da%20Igreja/O%20Jejum%20e%20a%20Abstin%C3%AAncia.htm


O SENTIDO CRISTÃO DO SEXO

fevereiro 10, 2013

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O sentido cristão do sexo

O amor conjugal tem um sentido único
Antes de tudo, o casal cristão precisa conhecer bem o sentido do sexo no plano de Deus. Ele o quis. De todas as alternativas possíveis que o Senhor poderia ter empregado para gerar e manter a espécie humana, Ele escolheu a relação física e espiritual do amor conjugal. Deus quis que o casal humano fosse o arquétipo da humanidade e que sua geração fosse por meio da via sexual.
Além disso, por meio deste ato, Ele quis aprofundar o amor do casal. Então, a conclusão a que se chega é que Deus não só inventou o sexo, mas o dotou de profunda dignidade e sentido, por isso colocou normas para ser vivido de maneira correta, para que não causasse desajustamento e sofrimento. O Senhor quis que o ser humano fosse material e espiritual, algo como uma síntese bela do animal que apenas tem corpo com o anjo que apenas é espírito. E, dotando-o de corpo, quis que o homem fosse sexuado como os animais; porém, a sua vida sexual deveria ser guiada não pelo instinto, mas pela alma, e iluminada pela inteligência, embelezada pela liberdade, conduzida pela vontade e vivida no amor.

A vida sexual é algo muito sublime no plano de Deus; por isso jamais um casal deve pensar que o Senhor esteja longe no momento de sua união mais íntima; pois este ato é santo, santificador no casamento e querido por Ele. O amor conjugal tem um sentido único.

O amor entre dois seres do mesmo sexo, como pai e filho ou dois amigos não contém a complementação no plano físico. O uso do sexo, no seu devido lugar, ou seja, no casamento, bem entendido nos seus aspectos espirituais e psicológicos, é um dos atos mais nobres e significativos que o ser humano pode realizar; pois ele é a fonte da vida e da celebração do amor. A virtude da castidade, mais do que consistir na renúncia ao sexo, significa o seu uso adequado.

Diz o Dr. Alphone H. Clemens, Diretor do Centro de Aconselhamento da Universidade Católica da América, Washington, D.C., que o ato sexual “é um ato de grande beleza e profunda significação espiritual, pois o amor conjugal entre dois cristãos, em estado de graça, é uma fusão de dois corpos que são templos da Trindade, e uma fusão de duas almas. Por outro lado, usado com propriedade, torna-se fonte de união, harmonia, paz e justamento.

Intensifica o amor entre o esposo e a esposa, funciona como escudo contra a infidelidade e a incontinência. A personalidade humana integral, mesmo nos seus aspectos sobrenaturais, é enriquecida pelo sexo, uma vez que o ato do amor conjugal também é merecedor de graças.” (Clemens, 1969, p. 175)

Afirma Raoul de Gutchenere em “Judgment on Birth Control”: “Foi reconhecido, há já bastante tempo, que as relações sexuais produzem efeitos psicológicos profundos, especialmente sobre a mulher, uma vez que o esperma absorvido por seu corpo desempenha um papel dinamogênico, promovendo o equilíbrio. De modo geral, o ato de amor conjugal provoca o relaxamento, o vigor, a autoconfiança, a satisfação e a sensação geral de bem-estar, de segurança e uma disposição que conduz ao esquecimento de atritos e tensões de menor importância entre o casal.” (Apud Clemens, p. 177)

Não é à toa que São Paulo, há 2 mil anos, já recomendava aos cônjuges cristãos: “não vos recuseis um ao outro, a fim de que satanás não vos tente”. (1Cor 7,5)

 

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com

Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”. Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: http://www.cleofas.com.br

07/02/2013

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=13077

 


PADRE RUDINEI ZORZO: CONHECEMOS O QUE É A CARIDADE ATRAVÉS DE JESUS

fevereiro 9, 2013

“EU NÃO DOU CONTA”

fevereiro 9, 2013

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“Eu não dou conta”

Vitória é o que Deus quer celebrar na nossa vida
Vida cristã é muito mais que prazer. Experiência de Deus é você não mais saber quem você é, mas recordar quem é Jesus em você. Há tantos de nós intoxicados pela vida, pela palavra do outro. Quantas vezes você não fez a experiência de chegar a um lugar e adoecer?
A grande artimanha do diabo é minar nossa saúde espiritual, colocar desânimo na nossa vida de oração. Há pessoas que se amarguram por não ter dado conta da vida inteira, mas não fizeram sua parte no milagre.Se nós tivéssemos a possibilidade de analisar nosso espírito hoje, ainda veríamos que permanecemos tão secos e paralisados nos nossos medos. Quer dar força ao inimigo? Tenha medo. O seu medo o faz entregar-se a ele. Muitas vezes, o mar da vida nos torna vítimas. Quantas pessoas são vítimas daqueles que estão ao lado delas! Coração que não faz a experiência de se mergulhar no Espírito Santo sempre será vítima do inimigo.

“Eu não dou conta”. Para essa frase não precisa de esforço; e cada vez que dizemos isso, perdemos o movimento das águas e a chance de atravessar o mar. Tornamo-nos vítimas, porque perdemos a chance de dizer: “eu não aceito”. Tenha a coragem de dizer: “Esse mar não mais irá me afogar”.O que faz um homem ser de fé é a resposta que dá diante da insegurança – isso é Cristianismo. Não é uma postura angelical, é uma forma de se tornar guerreiro, soldado. Coragem! Vitória é o que Deus quer celebrar na nossa vida por meio da fé.

Quando você tiver a coragem de colocar o pé na água, você já poderá sorrir, porque seu inimigo tem os “pés de barro” e, nas águas do Espírito Santo, ele irá se afogar. A única forma de você vencer o mal é colocar os pés onde ele não pode estar.

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Padre Fábio de Melo

Padre Fábio de Melo, sacerdote da Diocese de Taubaté, mestre em teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa “Direção Espiritual” na TV Canção Nova.

07/02/2013

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=13075