A GRANDEZA DA PACIÊNCIA

setembro 30, 2010

Imagem de Destaque

A grandeza da paciência

O que não podemos mudar, devemos aceitar

Os santos diziam que há dois tipos de martírio: o da morte pela espada; e o da morte pela paciência. A paciência é uma forma de martírio que vence todo sofrimento. Não há barreira espiritual que não caia pela força da paciência, a qual é fruto da fé, da humildade e do abandono da vida em Deus.

Foi pela paciência que a Igreja venceu todos os seus inimigos até hoje: o Império Romano, as heresias, as perseguições, o comunismo, o ateísmo, os pecados de seus filhos, entre outros.

Quando os nossos pecados e fraquezas nos assustam e nos desanimam é preciso ter paciência também conosco e aceitar a nossa dura realidade. Quando é difícil caminhar depressa, então, é preciso ter paciência e aceitar caminhar devagar. José e Maria salvaram o Menino Jesus das mãos de Herodes indo passo a passo até o Egito por um longo deserto de 500 km.

A paciência do cristão não é vazia nem significa imobilismo ou resignação mórbida; tampouco perda de tempo. Não. É a certeza de que tudo está nas mãos d’Aquele que tudo pode. “Um espírito paciente vale mais que um espírito orgulhoso. Não cedas prontamente ao espírito de irritação; é no coração dos insensatos que reside a irritação” (Ecle 7,8b-9).

O que não pudermos mudar em nós ou nos outros, deveremos aceitar com paciência, até que Deus disponha as coisas de outro modo. Ninguém perde por esperar!

Maria, nossa Mãe, é a mulher da paciência. Sempre soube esperar o desígnio de Deus se cumprir, sem se afobar, sem gritar, sem reclamar… A paciência é amiga do silêncio e da fé. É a paciência que nos levará para o céu!

“Meu filho, se entrares para o serviço de Deus (…) prepara a tua alma para a provação; humilha teu coração, espera com paciência (…) não te perturbes no tempo da infelicidade, sofre as demoras de Deus; dedica-te a Deus, espera com paciência” (Eclo 2,1-3).

“Aceita tudo o que te acontecer; na dor, permanece firme; na humilhação, tem paciência. Pois é pelo fogo que se experimentam o ouro e a prata, e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação” (idem 4-6).

Muitas vezes, a vontade de Deus permite que as cruzes nos atinjam; curvemos a cabeça com humildade e paciência. Muitos estão prontos para fazer a vontade de Deus no “Tabor da transfiguração”, mas poucos no “Calvário da crucificação”. Sejamos como Nossa Senhora, que disse o “sim” no momento da Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo, mas o manteve na Apresentação d’Ele, na fuga para o Egito, no Pretório, na perseguição ao Senhor, no caminho do Calvário e também aos pés da sua cruz.

Beijar, agradecidos, esta mão invisível que, muitas vezes, permite que sejamos feridos, agrada a Deus e nos atrai as bênçãos do Céu.

Para meditar: Ensinamentos dos Santos Doutores: “Neste vale de lágrimas não pode ter a paz interior senão quem recebe e abraça com amor os sofrimentos, tendo em vista agradar a Deus”. Segundo ele “essa é a condição a que estamos reduzidos em conseqüência da corrupção do pecado”.

Santo Afonso:

São João Crisóstomo: “É melhor sofrer do que fazer milagres, já que aquele que faz milagres se torna devedor de Deus, mas no sofrimento Deus se torna devedor do homem”.

Santo Agostinho: “Quando se ama não se sofre, e se sofre, ama-se o sofrimento”.

“O martírio não depende da pena, mas da causa ou fim pelo qual se morre. Podemos ter a glória do martírio, sem derramar o nosso sangue, com a simples aceitação heróica da vontade de Deus”.

São Francisco de Sales: “As cruzes que encontramos pelas ruas são excelentes, e que mais o são ainda – e tanto mais quanto mais importunas – as que se nos deparam em casa”.

Santa Teresa D’Ávila ensina: “Nada te perturbe; nada te espante. Tudo passa. Só Deus não muda; a paciência tudo alcança. Quem a Deus tem nada lhe falta: Só Deus Basta!”.

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Trocando Idéias”. Saiba mais em Blog do Professor FelipeSite do autor: http://www.cleofas.com.br

29/09/2010 

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12028


PADRE FABIO DE MELO – PESSOAS NÃO SÃO OBJETOS

setembro 29, 2010

AS RAZÕES DAS DORES DE MARIA

setembro 29, 2010
A vista das imensas dores desta Virgem tão compadecida, perguntamos imediatamente a nos mesmos como Deus permitiu que Ela fosse triturada a este ponto.A questão merece seguramente uma resposta, pois Ela supõe o conhecimento dos sublimes desígnios de Deus sobre Maria, e nos ensina como é que devemos carregar as cruzes que a Providência coloca sobre nossos ombros, e mesmo desejar o sofrimento por amor de Deus.
 
 

 

Os sofrimentos de Maria não eram necessários, por necessidade absoluta, para operar a redenção do mundo, mas Deus quis que fossem necessários por necessidade de conveniência.
“O ódio da serpente infernal, diz São Crisóstomo, começara por Eva a perpetrar o desastre original; convinha, por conseguinte, que Maria, nova Eva, interviesse no ato da reparação, efetuado pelo novo Adão”.
(S.J.Crys.: De interdict)

É o mar de Deus a Maria.
Pode o amor dar algo de melhor do que a si mesmo?…
Ora, em Jesus tudo era sofrimento. Maria deverá, portanto, assemelhar-Se ao Seu divino Filho, deverá participar das Suas dores, porque participa do Seu amor.
A lei que atinge a Jesus deverá envolver Maria. E esta lei, nós o sabemos, era uma lei de sacrifício e de expiação, em que a ignomínia e a abjeção deviam chegar quase ao aniquilamento. Maria teria sido um simples instrumento e não uma mãe, se Ela tivesse  sido separada de todas estas coisas.
O crescimento dos méritos da Santíssima Virgem foi mais uma razão dos Seus sofrimentos. E sobretudo nos sofrimentos que se acumulam os méritos. A qualidade de Mãe de Deus não teria sido uma razão suficiente para que Maria fosse elevada ao céu, sem a graça santificante que precedeu e seguiu esta dignidade da maternidade divina.
A elevação legítima de Maria devia depender  dos Seus méritos e os Seus méritos deviam ser adquiridos evidentemente por uma longa série de sofrimentos. (Cfr. Bourdaloue: Sermão sobre a Assunção)
Como avaliar então os arrebatamentos que atualmente enchem no céu a alma de nossa Mãe querida e nos quais Ela reconhece as recompensas especiais devidas a cada uma de Suas dores?…
E por prodigiosa que seja a grandeza da recompensa, Ela vê pormenorizadamente como correspondeu a cada um dos Seus sofrimentos em particular, e como esta recompensa nasceu dos Seus sofrimentos.
Setenta e dois anos de alegria estática jamais teriam, na ordem atual dos desígnios de Deus, elevado o Seu trono tão próximo do trono de Deus. (Jamar: Maria Mãe da dor)
Uma terceira razão das dores da Imaculada era a glória que Deus devia receber dEla.
A maior misericórdia de Deus para com as criaturas é o permitir-lhes contribuírem à Sua glória e fazê-lo de um modo inteligente e livre.
Mas quem melhor do que Maria se achava em condições de procurar esta glória? Ela que era tão próxima de Deus e tão vibrante de amor e de vida sobrenatural. Dela Deus pode receber mais glória não só do que de qualquer outra criatura, mas ainda do que de todas as criaturas reunidas, excetuando-se, evidentemente, a natureza de Jesus Cristo.

A Mãe de Jesus estava cumulada, sem dúvida, das graças poderosas que exigia uma correspondência tão maravilhosa à vontade divina, mas Ela nunca recebeu do Seu divino Filho dom algum, ao qual ligasse tanto apreço, como à Sua compaixão. Não! para ganhar o mundo, Ela não teria consentido em se privar da menor circunstância que pudesse agravar a Sua dor.

Portanto, foi Maria quem pagou, por assim dizer, a dívida que os santos tinham contraído com Jesus pela Sua paixão e que eles nunca podiam saldar.

Maria, ao pé da Cruz, era o mundo em adoração, pois nenhuma criatura adorava então a Jesus em Suas humilhações. Tudo se concentrava, pois, na pessoa desta Virgem das dores; Ela era como que o centro, o coração e a voz do mundo inteiro.

A quarta razão das dores de Maria é que Ela era mãe, e qual é a mãe que não sofre para com o seu filho?…

A mãe não é mãe por um título nobiliárquico, e, sobretudo, ela não pode ser “Consoladora dos aflitos”, como Maria o deveria ser, por um simples decreto emanado da vontade. Poderia dar-se isto, mas Deus não o quis.

A sentença promulgada contra Eva: “Darás à luz na dor”, é, ao mesmo tempo, uma lei e um mistério, uma condenação e uma profecia.

A partir deste momento a dor se torna uma condição inevitável para a mulher se tornar mãe, tanto na ordem natural, como na ordem da graça. A qualidade de mãe é inseparável da qualidade de mártir.
“Maria, ao pé da Cruz, diz São Bernardino de Sena, adquiriu o titulo de Mãe dos cristãos com o preço das mais incompreensíveis dores e, gerando-nos à graça, Ela sentiu, ao mesmo tempo, todas as dores suportadas pelas mães que comunicam a vida na natureza aos seus filhos. Maria sentiu-as todas ao mesmo tempo, gerando-nos à graça ou dando-nos à luz da graça, e deste modo, os seus sofrimentos igualaram os sofrimentos de todas as mães”.

A razão por ele apresentada prova-nos que Maria tendo-nos gerado a todos para a salvação, teve que sofrer para casa um de nós em particular.

Uma quinta e última razão que entrevemos das dores da Virgem, é o desígnio de Deus em dar-nos Maria por modelo.

A dor caracteriza mais ou menos toda a vida humana e, encerrando em si os meios particulares de união com Deus, desarranja e perturba, mais do que qualquer outra coisa, as nossas relações com Ele.

cristãmente a dor é talvez a obra mais elevada e mais árdua que temos nós a realizar, e está em grande parte nos desígnios de Deus que a soma das dores que devemos suportar cresça com o grau de santidade que nos torna capazes de as suportar.

E, sob este ponto de vista, que horizonte luminoso se abre aos nossos olhos!…

A mais pura, a mais doce, a mais santa das criaturas nos aparece esmagada e triturada pela dor e nos ensina como devemos sofrer e como devemos galgar o Calvário da nossa vida.

Como é doce, nas horas de lassidão e de provação, apoiar a cabeça e o coração sobre o coração sanguinolento de Maria!

Como aí irradia levemente o amor, através das lágrimas e das angústias!

Como ele atrai e repousa o coração! Como ele nos pede sobretudo um pouco de reciprocidade de amor, a pequena chama de nosso coração para uni-la ao incêndio do coração da “Virgem das dores”!
(Por que amo Maria, pelo Pe. Júlio Maria, segue com o post: Maria, Rainha dos mártires)

 

http://www.espacomaria.com.br Artigo n.º 2684
Publicado em: 27/09/10 às 07:47:03

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=1&id=2684

 


Imaculada, Maria de Deus

setembro 28, 2010

REZAR, ORAR PARA VIVER

setembro 28, 2010

Imagem de Destaque

Rezar, orar para viver

Não devemos rezar só para nós mesmos

Rezar não é só falar com Deus. É viver com Ele, por Ele e pelos irmãos. “Rezar é viver uma presença de amor em sua vida e fazer tudo por Deus”, explica frei Patrício Sciadini em seu livro “Rezar é”. Orar continuamente, sem cessar, foi ordem de Jesus aos Seus discípulos. Rezar é orar e trabalhar para o Reino de Deus, para acudir os pobres, os doentes, trabalhar pela justiça, exercer uma profissão e fazê-lo a serviço do próximo. Trabalhar assim é colocar a oração dentro da vida e fazer a vida uma oração.

O contato com Deus nos desintoxica da maldade e coloca a oração sempre dentro da vida. Nas palavras de frei Patrício: “Rezar é viver, é amar e deixar-se amar, é evangelizar, abandonar-se em Deus, cantar salmos, olhar os lírios do campo, ouvir os pássaros, desabafar o coração, dizer ‘sim’ e nunca dizer ‘não’ a Deus”.

Na vida cristã, o nosso momento de estar a sós com Deus é na oração pessoal, assim como Jesus também o tinha. Mas a oração cristã não é um ato realizado apenas em benefício próprio, e sim, em benefício dos outros; não rezamos só para nós mesmos. Jesus, Maria e os grandes santos da Igreja sempre colocaram em suas orações a preocupação com os homens, pois, para o cristão, orar não é apenas contemplar a Deus, mas também orar pelo próximo, o que gera atitudes concretas de amor.

A oração é o que nos mantém vivos. Assim como a planta não cresce e não dá frutos se estiver exposta ao sol, também o coração humano não desabrocha para a vida se não tiver Deus. Quem não reza corre o risco de morrer internamente. Mais cedo ou mais tarde sentirá a falta de algo, como se fosse o ar para respirar, o calor para viver, a luz para ver, o alimento para crescer e sustentar-se. É como se lhe faltasse um objetivo para dar sentido à vida.

Santo Afonso de Liguori, fundador dos Redentoristas, dizia que “quem reza se salva e quem não reza se condena”.

O corpo não vive sem alimento. A alma também não. Mas, na prática, notamos que a maioria dos cristãos parece não conhecer esta verdade. Quem mantém o controle de sua vida sabe como a oração lhe faz falta… bastam alguns dias sem oração para as tentações aumentarem e sair do caminho.

Para rezar, procure estar em silêncio dentro de si e ao seu redor. Não é sempre fácil criar esse ambiente [o silêncio], mas é no silêncio que Deus se manifesta e podemos ouvi-Lo.

Quanto mais rezamos, tanto mais temos vontade de rezar e de ajudar aqueles que sofrem. Ao contrário, quando rezamos pouco, menos queremos rezar.

Quem reza sente os frutos do Espírito que fazem a vida mais bela e mais harmoniosa.

(Artigo extraído do livro “Cristãos de atitude” – O caminho espiritual proposto por Dom Bosco, Editora Canção Nova).

Padre Mário Bonatti

27/09/2010

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12023


ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

setembro 27, 2010

DEUS AMA OS POBRES E OS LEVANTA DA SUA HUMILHAÇÃO.

setembro 27, 2010

ÂNGELUS DO PAPA BENTO XVI.

DEUS AMA OS POBRES
E OS LEVANTA DA SUA HUMILHAÇÃO.

26.09.10 – Castel Gandolfo:  “Deus ama os pobres e os levanta da sua humilhação”. Foi o que recordou Bento XVI ao meio-dia de hoje em Castel Gandolfo, antes da oração do Ângelus, destacando que o “destino eterno” de cada um é condicionado pela escolha de seguir o caminho que Deus tem nos mostrado isto é, o amor.

No Evangelho deste domingo, recordou o Papa, Jesus conta a parábola do homem rico e do pobre Lázaro. O primeiro vive no luxo e egoísmo, e quando morre, acaba no inferno. O pobre, ao invés, que come os restos da mesa do rico, quando morre é levado pelos anjos à morada eterna de Deus e dos santos. “Bem-aventurados vós, os pobres – proclamou o Senhor aos seus discípulos – porque vosso é o reino de Deus” (Lc 6:20).

“Mas a mensagem da parábola vai além disso; recorda que enquanto estamos neste mundo, devemos escutar o Senhor que nos fala através das Sagradas Escrituras e viver segundo a sua vontade, caso contrário, após a morte, será tarde demais para se arrepender. Portanto, – continuou o Papa – essa parábola nos diz duas coisas: a primeira é que Deus ama os pobres e os alivia de suas humilhações; e a segunda é que o nosso destino eterno é condicionado pelo nosso comportamento, depende de nós seguir o caminho que Deus tem nos mostrado para chegar à vida, e esse caminho é o amor, não entendido como sentimento, mas sim como serviço aos outros, na caridade de Cristo”.

Por feliz coincidência – observou o Papa – nesta segunda-feira, 27 de setembro, celebra-se a memória litúrgica de São Vicente de Paulo, patrono das organizações caritativas católicas, falecido há 350 anos.

“Na França de 1600, ele tocou com suas próprias mãos o forte contraste entre os mais ricos e os mais pobres. De fato, como sacerdote, ele pode freqüentar seja os ambientes aristocráticos, seja o meio rural, como também as áreas mais marginalizadas de Paris. Impulsionado pelo amor de Cristo, – destacou o Santo Padre – Vicente de Paulo soube organizar formas estáveis de serviço às pessoas marginalizadas, dando origem às chamadas “Charitées”, a “Caridade”, isto é, grupos de mulheres que colocavam seu tempo e os seus bens à disposição dos mais marginalizados”.

De entre essas voluntárias – lembrou ainda Bento XVI -, algumas optaram por consagrar-se totalmente a Deus e aos pobres. Foi assim que, com Santa Luísa de Marillac, São Vicente fundou as “Filhas da Caridade”, primeira congregação feminina a viver a consagração “no mundo”, no meio das pessoas, com os doentes e os necessitados.

Em seguida o Papa falou do Amor com “A” maiúsculo, que dá a verdadeira felicidade! Demonstra-o outra testemunha, uma jovem que ontem foi proclamada Bem-aventurada aqui em Roma.

“Falo de Chiara Badano, uma jovem italiana nascida em 1971, e que uma doença a levou à morte em menos de 19 anos, mas que foi para todos um raio de luz, como diz o seu sobrenome: “Chiara Luce”, “Clara Luz”. Sua paróquia, a diocese de Acqui Terme e o Movimento dos Focolares, ao qual ela pertencia, estão hoje em festa – e é uma festa para todos os jovens, que podem encontrar nela um exemplo de coerência cristã. As suas últimas palavras, de plena adesão à vontade de Deus, foram: “Mamãe, adeus. Seja feliz porque eu sou feliz”. Demos graças a Deus, porque seu amor é mais forte do que o mal e a morte; e agradecer à Virgem Maria que conduz os jovens também através das dificuldades e sofrimentos, a apaixonarem-se por Jesus e a descobrir a beleza da vida.

Na conclusão o Papa recordou que retorna ao Vaticano na próxima quinta-feira e concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

Fonte: Rádio Vaticano.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/DEUS%20AMA%20OS%20POBRES%20E%20OS%20LEVANTA%20DE%20SUA%20HUMILIAÇÃO%20.htm


PADRE LÉO – NUNCA JULGUE

setembro 26, 2010

Oração para implorar a limpeza do coração e sabedoria celestial

setembro 26, 2010

IMITAÇÃO DE CRISTO.

EXORTAÇÕES À VIDA INTERIOR

Como o amor-próprio afasta no

máximo grau do sumo bem

1. Jesus: Filho, cumpre que dês tudo por tudo, sem reservar-te a ti mesmo. Fica sabendo que teu amor-próprio te prejudica mais que qualquer coisa do mundo. Cada objeto mais ou menos te prende, segundo o amor e afeto que lhe tens. Se teu amor for puro, simples e bem ordenado, de nenhuma coisa serás escravo. Não cobices o que não te é lícito possuir, nem possuas coisa alguma que te possa impedir a liberdade interior ou dela privar-te. É de estranhar que te não entregues a mim, do íntimo do teu coração, com tudo que possas ter ou desejar.

Por que te consomes em vã tristeza? Por que te afanas em cuidados supérfluos? Conforma-te com a minha vontade e nenhum dano sofrerás. Se buscares isto ou aquilo, se desejares estar aqui ou ali, por tua comodidade ou teu capricho, nunca estarás quieto, nem livre de cuidados, porque em todas as coisas há algum defeito, e em todo lugar quem te contrarie.

De nada te serve, pois, adquirir ou acumular bens exteriores, mas muito te aproveita desprezá-los e desarraigá-los do coração. Isso não se entende somente do dinheiro e das riquezas, senão também da ambição das honras, e do desejo de vãos louvores porque tudo isso passa com o mundo. Pouco resguarda o lugar, se falta o espírito de fervor; nem durará muito tempo aquela paz procurada fora, se faltar ao teu coração o verdadeiro fundamento. Isto é, se não se firmar em mim. Mudar tu podes, mas não melhorar, porque, chegada a ocasião, e aceitando-a, encontrarás de novo aquilo de que fugiste e pior ainda.

2.   Oração para implorar a limpeza do coração e sabedoria celestial:

3. Confirmai-me Senhor, pela graça do Espírito Santo. Confortai em mim o homem interior e livrai meu coração de todo cuidado inútil e de toda ansiedade, para que não me deixe seduzir pelos vários desejos das coisas terrenas, sejam vis ou preciosas, mas para que as considere todas como transitórias, e me lembre que eu mesmo sou passageiro, como elas: Pois nada há estável debaixo do sol, onde tudo é vaidade e aflição de espírito (Ecl 1,14). Como é sábio quem assim pensa!

4. Dai-me, Senhor, sabedoria celestial, para que aprenda a buscar-vos, e achar-vos, antes que tudo, a gostar-vos e amar-vos acima de tudo, e a compreender todas as coisas como são, segundo a ordem de vossa sabedoria. Dai-me prudência, para afastar-me do lisonjeiro, e paciência para suportar a quem me contraria. Porque é grande sabedoria não se deixar mover por todo sopro de palavras, nem prestar ouvidos aos traiçoeiros encantos da sereia; pois só deste modo prossegue a alma com segurança no caminho começado.

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Vários%20Assuntos/A%20IMITAÇÃO%20DE%20CRISTO/13.%20Como%20o%20amor%20próprio%20afasta%20o%20Sumo%20bem%20.htm


Comentário do Evangelho de domingo dia 26/09/2010.

setembro 25, 2010

O Pobre que Deus Ajuda


O CRUCIFIXO FAMILIAR

setembro 25, 2010

 

 

 
O que disse até agora, porém, seria incapaz de garantir a felicidade completa no lar. A mesa familiar é, sem dúvida, um móvel necessário em uma família feliz, mas em si é insuficiente. Uma outra peça de mobília é, pelo menos, necessária: o crucifixo de família.
Esta palavra crucifixo, eu a entendo no sentido literal, no sentido físico.

 

Não posso representar um lar realmente cristão, onde não se encontre, em um lugar de honra, a lembrança perpétua da morte de Nosso Senhor Jesus Cristo: o crucifixo. 
O crucifixo, porque ele recorda constantemente os sofrimentos e o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, tornando-se assim um encorajamento e uma consolação ao lar doméstico. Muitas vezes, os esposos constatarão a verdade desta máxima: “A felicidade conjugal se faz com grandes coisas e se desfaz com pequenas”. Doenças e desgraças podem provar a família, privações e desentendimentos podem surgir entre milhões de esposos, e quem os ajudará senão a Cruz de Cristo? 
Muitos esposos verificarão ser o casamento também uma cruz. Mas que consolo, se podem olhar o crucifixo e se lembrar das sábias palavras da Imperatriz Maria Teresa à sua filha Maria Cristina: “Não negligencieis nunca vossos deveres de religião; no matrimônio tem-se necessidade, mais que em qualquer outro lugar, da oração e do socorro de Deus”. 
De fato, divergências de vistas, choques, diferenças de opiniões, são inevitáveis, onde vários levam existência comum; mas se os esposos lançassem então um olhar ao seu crucifixo ouviriam este aviso da Sagrada Escritura: “Carregai os fardos um dos outros e deste modo cumprireis a lei de Cristo” (Gál. 602). É, então, que se realizará para eles esta outra palavra dos livros santos: “O senhor está convosco, quando estiverdes com Ele; se vós O procurardes, acha-lO-eis, mas se O abandonardes, Ele vos abandonará” (II Cr. 15,2). 
Eis-nos em presença deste profundo pensamento que o crucifixo familiar, móvel necessário, quer nos indicar: o verdadeiro espírito religioso com suas conseqüências: disciplina e domínio de si. O crucifixo não deve estar só na parede, mas sim viver na alma dos esposos. É necessário para assegurar a felicidade do casamento. 
Citarei apenas alguns exemplos. 
Há momentos, às vezes meses, talvez anos, em que os esposos são obrigados a observar a continência, como se não fossem casados; assim, por exemplo quando um deles está doente, ou quando seus deveres afastam um do outro, por muito tempo, ou ainda se os esposos, por [graves] dificuldades materiais, não podem receber os filhos. Se, nestas circustâncias, falta a disciplina religiosa necessária, então chega o pecado, e com ele também o fim deplorável da felicidade familiar. 
E agora, quais são os que podem observar a continência forçada? Só os esposos em cuja alma vive o crucifixo. Aqueles, porém, aos quais falta uma idéia religiosa bastante profunda, encontrarão, ao contrário, muito estreito o âmbito do matrimônio conforme a moral. 
Mas não é só no terreno moral, é também no ponto de vista material que é preciso, hoje, mostrar muita renúncia e sacrifício, por causa das dificuldades atuais da existência. 
O Pe. Hardy Schilgen, na “A Criação”, faz ouvir este aviso: “Feliz par! Sereis eternamente feliz, se não vos deixardes seduzir, desejando mais do que tendes, e querendo saber mais do que vos é necessário”. 
“Querendo saber mais do que vos é necessário”, este não é o perigo que ameaça muito os homens atuais. Outro perigo ameaça muito mais a tranquilidade e a harmonia da família, é “querer mais do que tendes”. 
Renúncia, simplicidade, saber contentar-se com o pouco … qual a esposa que disto é capaz?
Só aquela cuja alma for animada pelo amor de Cristo que Se sacrificou. A que nada sabe da pobreza de Cristo será uma esbanjadora, terá pretensões exageradas, e cavará assim a ruína da felicidade familiar.
 
E para que estas mães de família sejam realmente destas mulheres fortes, ser-lhes-ia útil examinar um pouco sob este ponto de visto o culto de Maria. O culto da Santa Virgem é uma das mais poéticas e ardorosas manifestações da vida religiosa católica. Mas, infelizmente, muitas moças e mulheres representam a Virgem sob um só aspecto: com um belo vestido azul e branco, auréola dourada e olhos levantados para o céu. 
Ora esta não é a imagem completa de Maria. A imagem completa de Maria é a que caminha através das planícies e montanhas, sem conhecer a fadiga, unicamente para vir ajudar Santa Isabel nos dias que seguiram ao nascimento de São João Batista. A esta imagem pertence Maria, semblante sorridente, sofrendo ao lado de seu Filho o frio chão do estábulo de Belém e as privações de fuga para o Egito. A esta imagem pertence ainda Maria, alma heróica postada ao pé da Cruz onde espera Seu Filho.
Eis o que ensina, para um matrimônio feliz, este objeto indispensável, o crucifixo.
 
Mas a idéia religiosa simbolizada pelo crucifixo é ainda necessária para garantir a felicidade eterna dos esposos. A tarefa mais bela, mais sublime é, com efeito, velar não só pela sorte terrestre, mas também pela felicidade eterna. É a questão única na qual a mulher tem o direito de ser ciumenta de seu marido. Pelo menos é o que diz Santo Agostinho, quando escreve: “As mulheres devem ter ciúmes de seus maridos, não por causa de seus corpos, mas sim por causa da salvação eterna. Eis por que a isto eu vou obrigo, vo-lo recomendo, vo-lo ordeno: é o bispo que manda, é Cristo quem manda por mim”. 

É também uma grande alegria, quando a mulher pode dizer a seu marido: “É a ti que devo o ter possuído em minha existência um companheiro corajoso, e filhos tão bons”. Grande também é o júbilo quando o marido pode dizer à sua mulher: “Agradeço-te o teres sido para mim uma esposa tão atenta, e a doçura do meu lar”. Maior, porém, deve ser a alegria, quando ambos puderem dizer um dia: “É a ti que devo o ter chegado à vida eterna”. 
Agora que chegamos ao fim desta instrução, e conhecemos as condições necessárias para um casamento feliz, é nos preciso reconhecer que não é fácil realizar esta felicidade. 
Como parte desinteressada, como padre a quem se dirigem ,muitas vezes, os lamentos dos fiéis, devo reconhecê-lo: de fato, não é coisa fácil ser boa esposa. Acolher sempre amável e sorridente o esposo que entra em casa fadigado e aborrecido. Não se abandonar aos próprios caprichos e fantasias, mas fazer unicamente o que é razoável. Cuidar sempre dos filhos, com amor, mesmo se o menor é mais aborrecido, o segundo é turbulento e o terceiro é mais peralta. Sempre e com paciência praticar, entre eles, a justiça, ainda que o primogênito seja insuportável, questione dez vezes por dia com seus irmãos e irmãs. E ainda cuidar da cozinha. Da casa. E da limpeza. E praticar a economia. E fazer a lavagem e os consertos. Saber como se recebem e se fazem visitas … Sim, não é fácil ser uma boa esposa. 

Mas não me queiram mal por isto, se constato o mesmo para a outra parte: “De fato é difícil ser um bom esposo”. Ter sempre em primeiro plano as necessidades materiais da família apesar das dificuldades da vida atual. Novos vestidos que serão necessários, ou a pintura do quarto, ou ainda lições às crianças, ora isto, ora aquilo. Apesar das preocupações e dos cuidados do pão quotidiano, deve achar tempo para ser pai de família e não somente um empregado de escritório. 

Saber, ao mesmo tempo, fazer companhia à esposa e brincar com os filhos. Sentindo o peso da vida, saber em casa pôr de lado todo o amargor e todo o nervosismo. Não se preocupar se o jantar está um pouco atrasado, não discutir se o prato favorito não sai bom, suportar pacientemente os brinquedos barulhentos dos filhos … Sim, não é fácil ser um bom marido. 

Se contudo, isto não é fácil nem para o esposo, e nem para a esposa, qual a conclusão? 

Garantir o auxílio de uma terceira pessoa – o auxílio de Deus poderoso, que uniu os esposos.
E está será a lição final de nossa instrução.
 
Dois caminhos humanos que se encontram entre as mãos de Deus.
dois destinos humanos que resultam da vontade divina,
dois corações que batem no ritmo divino,
duas vidas humanas reunidas pelas mãos paternais de Deus,
eis o segredo final do casamento feliz.
Amém.
 

(Casamento e família – Dom Tihamér Tóth)
 

 

http://www.espacomaria.com.br Artigo n.º 2670
Publicado em: 24/09/10 às 08:50:14

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=33&id=2670


Pe. Fábio de Melo canta no Hallel CN: Não desista do amor

setembro 24, 2010

ATITUDE CRISTÃ DIANTE DO SOFRIMENTO

setembro 24, 2010

 

Não evitaremos o sofrimento.Sofrer! Este termo evoca todo um caos de suspiros, de angústias, de queixas, de lágrimas amargas, de sublimes adorações, de gritos lancinantes, de blasfêmias ímpias e de comovedoras grandezas morais. O som dado pela alma que sofre depende do metal em que ela é vazada. Seja, porém, qual for o metal, a idade, a raça, a situação, a constituição física, o vigor ou a fraqueza moral, a dor fere e nunca deixará de ferir.

 

Assim é desde a queda de Adão; assim será até o fim do mundo… Estamos, pois, em face de uma lei inelutável. Por mais que se berre, que se blasfeme, que se maldiga, com isso o sofrimento será apenas mais amargo, porém, não afrouxará o seu amplexo. Não será então melhor encará-lo de frente e pedir à Fé a arte de bem sofrer? 

  

Atitudes diversas em face do sofrimento 

Efetivamente, há muitas maneiras de sofrer. 

– O estoicismo zomba: “Ó dor, tu não passas de um nome…” E, nesse gesto, há um orgulho condensado. 

– A revolta blasfema, mostra o punho ao céu acusando a Deus e exprobrando-Lhe o torturar as suas criaturas. 

– Em grau menor, ela murmura ou grita a sua frase conhecida: “Que fiz a Deus para que Ele assim me faça sofrer?…” 

– A incompreensão só vê no sofrimento a picada dolorosa que ela não pode compreender; tal o ignorante que, em face de uma página de música só vê pontos pretos. E, depois, nós não admitimos que alguém nos possa compreender, se não passou pelo que nós passamos… 

– A resignação faz-nos compreender que o mais sensato é aceitarmos, sem murmurar, aquilo que não podemos afastar. 

  

A Atitude Cristã 
Para a alma que ama a Cristo, a coisa é diversa; ela abraça o sofrimento com amor, às vezes mesmo vai-lhe ao encontro. Vê nele como que uma mensagem de amor, como um sacramento que contém uma vontade de Deus e que ela aceita.  

Oh! Não é que os espinhos lhe sejam doces e a cruz leve! Não é que a sensibilidade, anormalmente desenvolvida, a induza a não sei que comprazimento mórbido na dor; não é que ela permaneça insensível em face da asperidade do sacrifício e das revoltas da natureza; porém essa alma acolhedora para com o sofrimento vive de fé, e reconhece a mão e o coração d’Aquele que só nos faz sofrer porque nos ama e porque nos quer tornar mais semelhantes a Si. 

O pensamento de Jesus eleva-a acima de si mesma, une-a ao seu Redentor, faz-lhe desejar sofrer ainda mais, para ainda mais se parecer com Ele. 

… Ela estuda Jesus padecente. Essa imagem que nos chega recoberta da lixívia de vinte séculos, ela sabe esforçar-se por compreendê-la na sua acuidade trágica. É este o trabalho da contemplação, que nos faz testemunha mudas e aterradas daquelas cenas de sangue, de ódio e de amor da primeira Sexta-Feira Santa. 

  

Não tarda a alma a compreender que, se Cristo quis sofrer, sem dúvida foi pelo mundo em geral, mas foi também por ela. Penetrada então de gratidão imensa, ela quer fazer por Ele, em ponto pequeno, o que, divinamente, Ele fez por ela. Destarte, o sacrifício impõe-se como um dever de gratidão… 

  

Praticamente 

Vista de fora, qual será, pois a atitude da alma ante a provação? É relativamente fácil bendizer a cruz, desejá-la mesmo, enquanto ela não passa de uma imagem abstrata e remota… Mas, quando ela se abate pesadamente sem dizer “arreda!…”  

Aí! Para muitos, é essa a hora de um despertar angustioso. A gente já não se lembra dos protestos de amor feitos num dia de fervor; os sofrimentos de Jesus não nos sensibilizam mais; os nossos aí estão, e já não vemos senão estes. Então, a gente se desdiz, indigna-se, protesta! Felizes de nós se conseguirmos parar no declive, ao menos na resignação! 

…Outros, bravos, porém mais humildes, aceitam tudo de antemão, sem freses, sem “se”, sem “mas”, sem condições, calma e mesmo alegremente. A alegria no Fiat, não aumenta a dor, apenas duplica o mérito. É um suplementozinho gracioso, uma humilde flor do nosso jardim que oferecemos a Jesus. Porque ratinharmos com Ele? 

  

Se Deus “ama aquele que dá com alegria”, não há de amar aquele que sofre com alegria? 

É o mesmo prêmio, e tão mais belo, tão mais digno! 

  

Enfim, há almas, e não são em geral as menos provadas, que não se satisfazem com as dores físicas e morais que formam o quinhão de cada um de nós neste mundo. Buscam o sacrifício por amor. 

Compreendem que é o ato mais nobre, mais meritório que elas possam praticar; que é o amor elevado à sua suma potência; que ela tem de expiar por si e por outros; que às vezes são necessárias dores para poupar culpas; que o resgate de uma alma vale bem algumas horas de Calvário; que um instrumento precisa ser “brunido” de vez em quando, para manter-se em estado e poder servir… Enfim, que a alma, como a terra, necessita ser lavrada para ser fecunda… 

(Figura – Martírio de São Bartolomeu) 

  

…Destarte, ensaiam-se primeiro em sorrir à cruz, depois em cantar, depois em conformar-se a essa cruz, que se em incrustar-se nela, para poderem repetir a palavra do apóstolo:  

“Estou pregado na cruz com Jesus Cristo”. 

Contudo, não é o sacrifício voluntário o último degrau dessa via ascendente…Ninguém saberá sofrer melhor por Jesus do que a alma abandonada a todas as vontades divinas. Na provação como na alegria, ela permanecerá pequena, jubilosa e simples, bem tranqüila e bem amante. Deus, então, tratá-la-á como a uma criancinha, sabendo que ela nunca lhe dirá não! 

*** 

Ó Jesus, que lição acabo de ler ai! Como ela é difícil de decorar! Sem dúvida, muitas vezes sucedeu-me sonhar com sofrimentos imaginários; isso lisonjeava deliciosamente o meu amor-próprio. Porém, mal a cruz se aproximava, brutal, rugosa, nua, eu me abatia, e talvez que a volta de mim as pessoas tivessem o direito de perguntar-se se eu ainda tinha fé! … 

Por toda a minha vida, pois, ficarei abaixo da minha tarefa!… 

Quantas vezes não vo-Los hei prometido, esses sacrifícios que não tenho coragem de cumprir! Quantas vezes, em face do sofrimento, não tenho murmurado contra Vós! Quantas vez não tenho procurado despregar-me das cruzes em que o Vosso amor me havia, por um instante, estendido para meu maior bem! 

  

Perdão, ó meu Redentor, é meu Rei crucificado! Perdão por haver sido tão pusilânime e tão covarde! De ora em diante, quando o sofrimento vier, encará-lo-ei bem de frente, pois através dele verei a Vós, e na minha cruz lerei a estampilha divina. 

Vendo-Vos marchar na minha frente, com a Vossa Cruz nas costas, afigura-se-me que vos virais para me ver, de longe, se eu vos sigo.  

  

Ó Vós que tanto me amastes, dai-me, pois a força de provar-vos a minha gratidão de outro modo do que com palavras! … 

  

(Mais perto de Ti, meu Cristo! – Pe. José Baeteman)

 

 

 

http://www.espacomaria.com.br Artigo n.º 2660
Publicado em: 23/09/10 às 09:52:03

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=33&id=2660

 


PADRE FABIO DE MELO – O poder da amizade

setembro 23, 2010

Ministério Missionário Shalom: Novo Dia

setembro 22, 2010

A SANTA MISSA É O MAIS PODEROSO SACRIFÍCIO DE RECONCILIAÇÃO.

setembro 22, 2010

A SANTA MISSA É O MAIS PODEROSO

 SACRIFÍCIO DE RECONCILIAÇÃO.

         Depois de seus filhos se terem banqueteado, Jó, levantando-se de madrugada, ofereceu um sacrifício por cada um deles, dizendo: “Talvez meus filhos tivessem ofendido a Deus no coração” (Jó, 1, 5).

         Este proceder mostra que a razão natural basta para reconhecer a necessidade do sacrifício expiatório. Já era usado entre os antigos Patriarcas, antes de tornar-se uma lei no tempo de Moisés. “Se alguém pecou, tome do rebanho uma ovelhinha ou uma cabra e a ofereça, e o sacerdote reze por ele e pelo seu pecado. Se não tiver os meios para oferecer uma ovelhinha ou uma cabra, que ofereça duas rolas ou dois pombinhos: um pelo pecado e outro pelo holocausto. O sacerdote ore por este homem e por seu pecado, e este ser-lhe-á perdoado” (Lev. 5, 6).

         Possuindo o Antigo Testamento tal sacrifício, a santa Igreja devia ter o seu; sacrifício tanto mais elevado, acima do primeiro, quanto o cristianismo é superior ao judaísmo. Este sacrifício expiatório é, evidentemente, o sacrifício sanguinolento da Cruz, pelo qual o mundo foi reconciliado com a Justiça divina.

         Diz, pois, com muita razão, um grande mestre da vida espiritual, Marchant: “Como Nosso Senhor Jesus Cristo, sofrendo, tomou sobre si os pecados do mundo para lavá-los com o seu Sangue, assim colocamos, no altar, sobre ele, as nossas faltas como sobre uma vítima conduzida à imolação, para que as expie em nosso lugar” (Candel. myst. Tract. 4. 15, prop. d).

         É por isso que o sacerdote se inclina profundamente, ao pé do altar, pois representa a vítima carregada de nossas iniqüidades que se apresenta, humildemente, perante o Senhor, para obter o perdão para todos. Prostrado assim, lembra ainda Jesus Cristo no jardim das oliveiras, onde o peso de nossos crimes o prostrou, banhado em suor de sangue, e lhe arrancou o mais comovente clamor de perdão. Como ele, em seu lugar, o sacerdote intercede pelos pecados do mundo inteiro.

         Belas e consoladoras palavras para o coração arrependido, e muito próprias para nos estimular o zelo em assistir à santa Missa, onde se opera o benefício de nossa reconciliação!

         Na liturgia de São Tiago, lê-se: “Nós vos oferecemos, Senhor, este Sacrifício incruento pelos pecados que cometemos por ignorância”. É certo que cometemos muitas faltas, das quais não nos apercebemos, que não confessamos, de que, porém, havemos de dar contas a Deus. O rei David pensava nestas faltas ignoradas, quando exclamou: “Senhor, não vos lembreis dos pecados de minha juventude e de minhas ignorâncias” (Sl. 24) e “Quem conhece seus desvios? perdoai-me os que ignoro” (Sl. 18).

         Por conseguinte, se não quisermos comparecer diante de Deus cobertos destes pecados de ignorância e malícia, como de uma veste abominável, aproveitemo-nos da santa Missa que serve de expiação por nossos pecados que não conhecemos, apesar de um sincero exame de consciência.

         “Pela oblação do santo Sacrifício, diz o santo Papa Alexandre I, o Senhor reconcilia-se conosco e perdoa a multidão de nossos pecados”.

         Deveríamos muito alongar-nos, se quiséssemos lembrar todos os textos dos santos Padres sobre este assunto. Citaremos somente a doutrina da Santa Igreja, declarada no Concílio de Trento: “O Sacrifício da Missa é, verdadeiramente, o sacrifício propiciatório, por meio do qual, se nos apresentarmos a Deus com coração reto e fé sincera, com temor e respeito, com contrição e arrependimento, obteremos misericórdia e receberemos os socorros de que temos necessidade” (Sess. 22, c. 2).

         Perguntará, talvez, o piedoso leitor: Para que um sacrifício de reconciliação, visto que podemos reconciliar-nos com Deus por sincera contrição?

         Certamente, a contrição “perfeita” nos põe em graça, porém, onde o pecador achará esta contrição? Senti-la por si mesmo, lhe é tão impossível quanto ao morto ressuscitar por própria vontade. Com efeito, se cada um pudesse, pelas próprias forças, provocar, em si sentimentos de penitência e arrependimento, o inferno não estaria tão povoado, porque cada um aplicar-se-ia a isto, na hora da morte, e morreria no estado de graça.

         E, se alguma vez acontecer que se achem pecadores comovidos e penetrados de compunção, durante um sermão ou uma leitura piedosa, ficai certos que tal efeito é de uma graça particular da parte de Deus, e que não a concede, ordinariamente, sem ser pelo menos solicitado.

         Ora, para abrir o tesouro das graças divinas, não há chave mais segura do que o santo Sacrifício do Altar. A justiça severa do Pai celestial muda-se em amor, em compaixão, em misericórdia. De que ternura para os pobres pecadores não se sente comovido, durante sua imolação, Nosso Senhor Jesus Cristo, a divina Vítima! Suas palavras a Santa Gertrudes, meditadas atentamente, serão para nós de grande consolação.

         Foi, numa quinta-feira santa, no momento em que se cantavam, no coro, as palavras: “Foi oferecido porque quis”, que Nosso Senhor disse à Santa: “Se acreditas que ofereci a Deus, meu Pai, somente porque quis me oferecer, crê também que desejo agora oferecer-me por cada pecador a Deus, meu Pai, tão prontamente como me ofereci então pela salvação de todos os homens em geral. Assim não há ninguém, por carregado de pecados que esteja, que não possa esperar o perdão, oferecendo a minha Paixão e Morte, contanto que acredite poder, efetivamente, obter o fruto e o dom da graça. Deve persuadir-se de que a memória de meus sofrimentos unida a uma fé viva e verdadeira penitência é o mais poderoso remédio contra o pecado” (Livro 4, c. 25).

         Em outra ocasião, disse o divino Mestre: “Minha filha, venho à Missa com tal mansidão que não há, entre os assistentes, pecador tão pervertido que não suporte, perdoando-lhe com alegria, se o desejar” (Lib. Revel. c. 18).

Oh!, admirável Sacrifício do altar, quão grande é tua força! Quantos pecadores não convertestes da morte eterna! Que gratidão não devemos a Jesus Cristo, que nos torna tão fácil a reconciliação com Deus! Que loucura, pois, a de não aproveitar este grande Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo!

         “O homem, diz ele, perdoa a injúria que recebeu, se o ofensor lhe oferece um presente equivalente ou lhe presta um relevante serviço. Da mesma forma, Deus nos perdoa pela honra que lhe rendemos, assistindo, piedosamente, à santa Missa, e pelo dom sublime que lhe fazemos da oblação do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo”.

         Se, na santa Missa, oferecermos a Deus tão justamente irritado contra nós, as virtudes, os méritos, a Paixão e a Morte de seu dileto Filho, mudamos-lhe os sentimentos a nosso respeito, mais depressa do que Jacó mudou o coração de Esaú, visto que os nossos dons são mais preciosos aos olhos de nosso Deus. “Toda a cólera e indignação de Deus, diz Alberto Magno, dissipa-se diante desta oferta”.

         Convém fazer aqui uma pergunta:

          Pela virtude da santa Missa um pecador “impenitente” será reconciliado com Deus? Em outros termos, uma pessoa em estado de pecado mortal que assistir à santa Missa, que a fizer celebrar, ou pela qual alguém a mandasse celebrar, recobraria a graça por este simples fato? Não, porque a graça somente se recupera por uma sincera contrição.

         Então, perguntará alguém, que fruto tira o pecador do Sacrifício?

         É-lhe muito útil, respondemos, tanto para o temporal como para o espiritual. Preserva-o de muitas desgraças e atrai-lhe bênçãos, porque Deus nunca “deixa o menor bem sem recompensa. Certamente a recompensa da santa Missa é, antes de tudo, espiritual, porém, não sendo o pecador susceptível desta graça superior, Deus, na infinita bondade, concedeu-lhe, em primeiro lugar, o bem inferior dos favores temporais. Não obstante, na ordem espiritual, a vantagem fica ainda mais preciosa.

         Ensinam os Santos que a Santa Missa atrai, sobre a alma, a graça necessária, para reconhecer e detestar os pecados mortais, dispondo-a para o arrependimento e a confissão. Esta graça não opera, em todos, com a mesma eficácia. Este converter-se-á logo, aquele não voltará senão lentamente, conforme a docilidade do coração, para deixar agir as influências divinas”.

         A fim de tornar ainda mais clara esta doutrina, dizemos: Na Missa, Nosso Senhor derrama uma bálsamo salutar sobre o coração ulcerado do pecador. Este bálsamo Jesus o compôs, sobre a Cruz, de seus sofrimentos, de suas lágrimas, de seu Sangue. Se o pecador deixar agir este remédio precioso, a cura é certa; se em sua malícia infernal, arrancá-lo da chaga, a morte eterna também é certa. A malícia humana não tira ao santo Sacrifício o caráter de reconciliação, tem, porém, o terrível poder de recusar esta reconciliação que Deus lhe oferece.

         Entre os pecadores que se achavam ao pé da Cruz, alguns somente se converteram batendo no peito e dizendo: “Na verdade, este era Filho de Deus” (Mt. 27, 54). Os outros, obstinados na malícia, repeliram o raio de luz e misericórdia que brotava do Coração traspassado de Jesus. Entretanto, no dia de Pentecostes, a palavra de São Pedro achou o terreno preparado, e três mil pessoas tornaram-se, pelo seu convite, discípulos do divino Mestre.

         Diz ainda Marchant: “A santa Missa excita-nos ao arrependimento ou faz-lhe nascer o desejo. Isto acontece, às vezes, durante a celebração do santo Sacrifício, outras vezes, mais tarde. Muitos pecadores converteram-se por graça especial, sem pensar que a devem à virtude da santa Missa, outros permaneciam impenitentes, porque rejeitam a graça ou abusam dela” (Candel. myst. tract. lect. 15, prop. 4).

         A alma, porém, que suspira por ver-se livre de seus pecados, obterá, pela santa Missa, a graça de reconciliar-se com Deus por uma sincera contrição e confissão, porque a santa Igreja ensina: “Se assistirmos à santa Missa com sentimentos ou desejos de contrição, Deus reconcilia-se conosco, concede-nos a graça da penitência e perdoa-nos os crimes, por abomináveis que sejam” (Concílio de Trento, Sess. 22).

         Que palavras consoladoras para todos os pecadores e almas desanimadas! Digam, pois, todos, na santa Missa, a Deus: “Senhor, por este augusto Sacrifício, deixai-Vos aplacar e atraí, para Vós, a minha vontade rebelde”. Deus escutará esta oração, e, pelo amor de seu Filho imolado sobre o altar, inundará vossa pobre alma com uma chuva de graças.

         Objetar-nos-á alguém com a Sagrada Escritura: “A própria oração de quem não cumpre a lei será execrável aos ouvidos de Deus” (Prov. 21, 14). A isto responde São Tomás de Aquino: “Ainda que a Sagrada Escritura nos diga, em várias passagens, que a oração de uma alma, em estado de pecado mortal, não agrada ao Senhor, Deus não rejeita a que sai de um coração sincero”.

         Supondo mesmo que Deus despreza a oração do pecador, quando este lhe oferece o Sacrifício da Missa, não pode deixar de aceitá-lo com prazer. Repara bem: não dizemos que a oração do pecador, durante a santa Missa, é agradável a Deus, mas, sim, o próprio Sacrifício da Missa que o pecador oferece à divina Majestade. Se te achasses em extrema necessidade, e se um inimigo te mandasse dez mil reais por intermédio de seu servo, sem dúvida alguma, aceitarias este presente, dizendo contigo: Apesar de vir de meu pior inimigo, muito me servirá.

         – Da mesma maneira Deus, em presença do Corpo e do Sangue de seu Filho, oferecido por um pecador, estremecerá de emoção e dirá: Ainda que este presente me venha de um inimigo de quem tenho horror, não posso deixar de estimá-lo e aceitá-lo. E, como o pecador, por esta oferta, me dá grande honra, quero recompensá-lo com a oferta de minha graça; se aceitá-la, esquecerei todas as suas injúrias e dar-lhe-ei minha amizade.

         Coragem, pois, oh pecador desanimado! tua salvação não é impossível; vê Jesus quebrar as cadeias de teus maus costumes enquanto assistes ao santo Sacrifício; segue-lhe as divinas inspirações e tua alma tornar-se-á mais branca do que a neve.

         Talvez pergunte o benévolo leitor:

         Se uma pessoa piedosa assiste à Missa e a oferece em louvor de um pecador, que fruto lucra este?

         Santa Gertrudes no-lo ensina. Um dia ela pediu a Deus, durante a santa Missa, que comovesse os pecadores com sua divina graça, para que se convertessem mais cedo, mas não ousou rezar pelos que morrem na impenitência. Nosso Senhor, porém, repreendeu-a, dizendo: “A dignidade e a presença de meu Corpo Imaculado e de meu Sangue precioso não merecem conduzir à vida melhor aqueles que estão no caminho da perdição?”.

         Animada por estas palavras, a Santa pediu logo: “Suplico a Vossa divina Majestade, disse, conceder o estado de graça também às pessoas que vivem em pecado e estão em perigo de perecer”. A estas palavras Nosso Senhor, cheio de bondade, respondeu: “A confiança pode facilmente obter tudo” e, em seguida, assegurou-lhe ter tirado diversas almas do caminho da perdição (Lib. III, c. 9).

         Pais cristãos, não esmoreçais jamais, se vossas exortações, vossos bons exemplos ficam, aparentemente, sem resultado para as almas que vos são confiadas; recorrei à santa Missa e oferecei-a pelos que vos são caros, e a hora do triunfo virá, tanto mais depressa quanto mais completa for a vossa confiança.

         Outro bem inestimável que recolhemos do santo Sacrifício da Missa é a expiação dos pecados veniais, que ofendem a Deus muito mais do que se pensa.

         São Basílio torna saliente a malícia deste pecado em uma parábola: “Que se diria, pergunta ele, de um filho que racionasse assim: Acautelar-me-ei para não trair meu pai ou cometer contra ele um atentado qualquer que o obrigue a deserdar-me; fora disso farei como me agradar, quer meu procedimento lhe agrade quer não!”

         Eis a nossa atitude para Deus, quando cometemos o pecado venial de caso pensado. É como se disséssemos: Sei perfeitamente, que dependo, inteiramente, de Deus, que tudo lhe devo, que me cumula de benefícios todos os dias; também não quero ofendê-lo gravemente, porém, enquanto se trata de pequenas imperfeições, deve suportá-las. Minha vaidade lhe desagrada, entretanto não estou disposto a renunciá-la; meus movimentos de cólera lhe são desagradáveis, não quero, porém, aplicar-me a domá-los; contrário à sua vontade, sei muito bem, é perder horas inteiras na ociosidade, falar a torto e a direito, rezar com indolência, apegar tão estreitamente meu coração às coisas mundanas, perder as ocasiões de fazer o bem, contudo não tenho vontade de combater estes defeitos.

         Oh Deus, que terrível seria o nosso julgamento, se não tivéssemos para apaziguar Vossa indignação, em face de um tal procedimento, um sacrifício de reconciliação, “a fim de que, por sua virtude, nos obtenha a remissão das faltas quotidianas” (Concílio de Trento, sess. 22. c. 1). Estas faltas quotidianas são, evidentemente, os pecados veniais.

         Diz um escritor, eclesiástico muito explícito a respeito deste assunto: “O santo Sacrifício se renova cada dia, porque pecamos cada dia e cometemos faltas inerentes à fraqueza humana”. Nosso Senhor, é verdade, deu-nos outros meios para reparar essas faltas diárias, como a oração, o jejum, a esmola; nenhuma, entretanto, é tão eficaz como a santa Missa.

         Teologicamente falando, também o pecado venial não obtém perdão sem a contrição. Mas é certo que, assistindo à santa Missa, para obtermos a expiação de nossos pecados, aí trazemos, pelo menos implicitamente, a contrição e o desejo de sermos purificados. Segundo o padre Gobat, os que assistem à santa Missa obtêm o perdão dos pecados veniais, mesmo quando a contrição é imperfeita.

         Soares é da mesma opinião: “Jesus Cristo instituiu, escreve ele, o santo Sacrifício da Missa e lhe apropriou os méritos de sua morte, para que, em virtude de seus merecimentos, os pecados quotidianos nos sejam perdoados” (Tom. 3 dist. 79, sect. 5).

         São João Damasco escreve: “O Sacrifício imaculado da Missa é a reparação de todo o dano, e a purificação de todas as manchas” (Lib. 4 c. 14). Isto Nosso Senhor o prometera pelo profeta Ezequiel: “Derramarei sobre vós água pura e sereis purificados de todas as vossas culpas” (Ez. 36, 25). Esta água purificadora brotou do Sagrado Coração de Jesus, donde jorra, sob o golpe da lança do soldado, segundo estas palavras proféticas: “Neste dia haverá uma fonte aberta na cada de David, para lavar as manchas do pecador” (Ez. 12, 7). Desta fonte sagrada, irrompe, na santa Missa em borbotões, o precioso Sangue, a água simbólica, da qual todos podem aproximar-se e purificar-se. Sua abundância é inesgotável. Nunca a sua entrada está vedada.

         Oh, quantos pecadores já vieram e beberam, com alegria, das águas da salvação! A todos convida São João, dizendo: “O que tem sede venha; e o que quiser receba, gratuitamente, a água da vida” (Ap. 22, 17).

         Poderias ficar afastado de uma fonte tão maravilhosa, cujo movimento salutar se faz sentir em cada Missa? De hora em diante, não te apressarás em chegar ao pé do altar, animado dum ardente desejo de reaver, para tua alma, as vestes brilhantes da pureza batismal?

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20Página/O%20Poder%20da%20Santa%20Missa/A%20santa%20Missa%20é%20o%20mais%20poderoso%20sacrifício%20de%20reconciliação..htm


PADRE FABIO DE MELO – FOGOS DE ARTIFÍCIO.

setembro 21, 2010

Maria, Mãe da Misericórdia

setembro 21, 2010

 

Grandeza e força dessa maternidade
Mãe de misericórdia é um dos maiores títulos de Maria. Nós nos damos conta se consideramos a diferença da misericórdia, que é uma virtude da vontade, e a piedade sensível, que não passa de uma louvável inclinação da sensibilidade. Essa piedade sensível, que não existe em Deus, já que é um espírito puro, nos leva a nos compadecer dos sofrimentos do próximo, como se nós o sentíssemos em nós mesmos e de fato eles podem nos atingir. 

 

È uma louvável inclinação, mas é geralmente tímida, está acompanhada do temor do mal que nos ameaça também, e é muitas vezes incapaz de trazer um socorro efetivo. 

Ao contrário, a misericórdia é uma virtude que se acha, não na sensibilidade, mas na vontade espiritual; e como nota santo Tomas, se a piedade sensível se encontra sobretudo entres os seres fracos e tímidos que se sentem logo ameaçados pelo mal que vêem no próximo, a virtude da misericórdia é própria dos seres fortes e bons, capazes realmente de prestar socorro. Por isso se encontra sobretudo em Deus, e como diz a oração do Missal, é uma das maiores manifestações de seu poder e de sua bondade. Santo Agostinho observa que é mais glorioso para Deus tirar o bem do mal do que criar alguma coisa do nada; é maior converter um pecador lhe dando a vida da graça, do que criar do nada todo o universo físico, o céu e a terra. 

Maria participa eminentemente dessa perfeição divina, e nela a misericórdia se une a piedade sensível que lhe é perfeitamente subordinada e que a torna mais acessível a nós pois só atingimos as coisas espirituais pelas coisas sensíveis. 

A Santa Virgem é Mãe de misericórdia, porque é a Mãe da divina graça. Mater divinae gratiae, e esse título lhe convém porque é Mãe de Deus, autor da graça, Mãe do Redentor, e está associada mais intimamente do que ninguém ao Calvário, à obra da redenção. 

Como Mãe de misericórdia, nos lembra que se Deus é o Ser, a Verdade e a Sabedoria, é também a Bondade e o Amor, e que sua Misericórdia infinita que é a difusão de sua Bondade, deriva de seu Amor antes da justiça vingadora, que proclama os direitos imprescritíveis do Soberano Bem de ser amado acima de tudo. É o que leva o apóstolo Tiago a dizer (cap 2,13): “A misericórdia se eleva acima da justiça”. 

Maria nos faz compreender que a misericórdia, longe se ser contrária a justiça, como a injustiça, se une a justiça ultrapassando-a sobretudo no perdão, pois perdoar é dar acima do que é devido, perdoando uma ofensa. 

Percebemos então que toda obra de justiça divina supõe uma obra de misericórdia ou de bondade inteiramente gratuita. Se, com efeito, Deus deve alguma coisa a criatura, é em virtude de um dom precedente puramente gratuito; se ele deve recompensar nossos méritos, é porque, antes, ele nos deu a graça para merecer; se ele pune, é depois de nos ter dado um socorro para tornar realmente possível a realização de seus preceitos, pois ele não manda nunca o impossível. 

A Santíssima Virgem nos faz compreender que Deus por pura misericórdia nos dá muitas vezes alem do necessário do que seria de justiça nos conceder; nos mostra que ele nos dá muitas vezes alem dos nossos mérito, como por exemplo, a graça da comunhão que não é merecida. 

Ela nos faz perceber que a misericórdia se une a justiça nas penas dessa vida, que são como um remédio para nos curar, nos corrigir se nos trazer de volta para o bem. 

Enfim nos faz compreender que muitas vezes a misericórdia compensa as desigualdades das condições naturais pela graças concedidas, como dizem as bem-aventuranças evangélicas, aos pobres, aos que são mansos, aos que choram, aos que têm fome de justiça, aos misericordiosos, aos que têm o coração puro, aos pacíficos e aos que sofrem perseguições pela justiça.
Principais manifestações de sua misericórdia
 

Maria se mostra como Mãe de misericórdia no que diz respeito à “saúde os enfermos, refugio dos pecadores, consoladora dos aflitos, socorro dos cristãos”. Essa gradação exprimida na ladainha, e muito bonita; Mostra que Maria exerce a misericórdia em relação aqueles que sofrem em seus corpos para curar a alma, e que em seguida os consola nas aflições e os fortifica no meio das dificuldade que têm para superar. Nada nas criaturas é ao mesmo tempo mais elevado e mais acessível a todos, mais prático e mais doce para nos reerguer.  

http://www.espacomaria.com.br Artigo n.º 2634
Publicado em: 20/09/10 às 08:42:43

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=8&id=2634


PADRE FABIO DE MELO – Enfrentando os medos

setembro 20, 2010

Ângelus do Papa: O espírito de devoção filial à Mãe de Deus

setembro 20, 2010

 

Ângelus do Papa Bento XVI

Na viagem ao Reino Unido.

19.09.10 – Birmingham: Bento XVI presidiu o Ângelus deste domingo, no Cofton Park de Birmingham, na Inglaterra, após a missa de beatificação do Cardeal John Henry Newman.

Irmãos e Irmãs em Jesus Cristo,

Tenho o prazer de enviar minhas saudações ao povo de Sevilha, onde, justamente ontem, Madre María de la Purísima de la Cruz foi beatificada. Que a beata Maria sirva de inspiração para todas as jovens a seguir o seu exemplo de amor total a Deus e ao próximo.
Quando o Beato John Henry Newman veio morar em Birmingham, deu o nome de “Maryvale” (Vale de Maria) à sua primeira casa. O Oratório que ele fundou é dedicado à Imaculada Conceição da Santíssima Virgem. E a Universidade Católica da Irlanda foi por ele colocada sob a proteção de Maria, Sedes Sapientiae. De muitíssimos modos, ele viveu seu ministério sacerdotal num espírito de filial devoção à Mãe de Deus.


Meditando sobre o papel de Maria na implantação do plano de Deus para nossa salvação, chegou a exclamar: “Quem pode avaliar a sua perfeição e santidade, quem foi escolhida para ser a Mãe do Cristo? Quais deveriam ter sido seus dons, ela que foi escolhida para ser a única familiar terrena do Filho de Deus, a única a que ele foi obrigado por natureza a reverenciar e à qual se destinar; a única encarregada de guiá-lo e educá-lo, instruí-lo dia após dia, enquanto crescia em sabedoria e estatura?” (Parochial and Plain Sermons, II, 131-2).
É devido a esses abundantes dons de graça que nós a honramos, e é com base na íntima ligação com seu Filho Divino que nós, de maneira natural, buscamos sua intercessão por nossas necessidades e as do mundo todo. Nas palavras do Ângelus, voltamo-nos agora à nossa Mãe Santíssima e confiamos a ela as intenções que estão em nossos corações.

Enfim, o Papa concedeu a todos a sua bênção apostólica.

Fonte: Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/Ângelus%20do%20Papa%20Bento%20XVI%20.htm