A BONDOSA

abril 30, 2012

Excelente vídeo para Pais, Professores e Catequistas trabalharem sobre os riscos de abusos com crianças.


VERDADES FUNDAMENTAIS DA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM – PARTE V (FINAL)

abril 30, 2012

VERDADES FUNDAMENTAIS DA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM – PARTE V (FINAL)

Características da escravidão a Nossa Senhora
Vistos assim os tópicos 63, 64 e 65, que tratam de um assunto um tanto à margem da matéria, mas muito interessante, voltemos ao Capítulo II. Conforme prevenimos, nos ateremos menos ao texto, pelas razões que já demos.
 

São Luís Grignion expõe, a partir do tópico 69, o verdadeiro sentido da escravidão. Mostra inicialmente as diferenças entre o escravo e o servidor. “Servidor”, em sua linguagem, é o empregado, locatário de serviços, no sentido atual destes dois vocábulos. Trata-se pois de estabelecer a diferença entre um “escravo” e um “empregado”, no sentido hodierno da palavra.

As três principais diferenças, postas em foco por ele, são:

a) a escravidão se caracteriza, antes de tudo, por ser perpétua. A locação de serviços, ao contrário, é temporária. Ela pode ser por tempo fixo ou indeterminado. De um modo ou de outro, em dado momento, qualquer das partes poderá rescindir a locação.

b) A escravidão é incondicional, total, domina completamente o homem. O direito do senhor sobre o escravo é um direito completo, chegando até, nos países pagãos, a incluir o direito de vida e de morte. Os direitos do patrão sobre o empregado são circunscritos: um colono, por exemplo, não pode ser obrigado abruptamente a trabalhar fora das horas de serviço. Seu contrato de trabalho é bem definido.

c) A última diferença já está compreendida na incondicionalidade, mas convém destacá-la: trata-se da gratuidade. O trabalho escravo é naturalmente gratuito. O senhor é proprietário dos escravos, e portanto de seu trabalho. Qualquer que seja o valor desse trabalho, o senhor só deve ao escravo teto e alimento. A locação de serviços, pelo contrário, é sempre remunerada. E o empregado é livre de recusar o emprego, desde que o salário não lhe convenha.

Feitas estas distinções, São Luís Grignion pergunta o que somos em relação a Deus: escravos ou locatários de serviços? E prova que, no sentido de que o domínio de Deus sobre nós é perpétuo, pleno e gratuito, somos escravos. Deus tem de fato sobre nós um tal domínio, que se nos ordenar qualquer coisa, devemos executá-la por mero amor, de tal maneira que o faríamos, ainda que não recebêssemos d’Ele o Céu como recompensa.

Os diversos tipos de escravidão

São Luís Grignion examina em seguida os diversos modos pelos quais alguém se torna escravo:

1) Primeiramente, torna-se escravo por natureza. É o caso de nossa escravidão para com Deus. Somos escravos porque somos criaturas: toda criatura, pelo fato de ser criatura, é naturalmente escrava de Deus Criador. Imaginemos um escultor que toma argila e nela esculpe uma estátua. Imaginemos ainda que a estátua comece a se movimentar. Entende-se que ela pertence, por natureza, àquele que a fez. Devendo o seu ser ao estatuário, a ele deve obedecer. Assim é o homem, por natureza, escravo de Deus. Todas as criaturas – Nossa Senhora, os Anjos, os demônios – são, por natureza, escravas do Criador.

2) Além desta, existe a forma de escravidão por constrangimento. Quando um rei entra em um país que o agrediu injustamente, e o domina – diz nosso Santo – pode, em certos casos, reduzir seus habitantes a escravos. Não serão escravos por natureza ou de livre vontade, mas por constrangimento, porque o rei vencedor lhes impôs sua lei. Os demônios são escravos de Deus, por natureza e constrangimento. Revoltaram-se contra Deus, e não respeitaram Seus direitos. Deus então interveio, e à escravidão de direito, em virtude da natureza dos demônios, somou uma escravidão por constrangimento, pela força.

3) Há, por fim, uma terceira forma de escravidão: por livre vontade. Admitamos que alguém, por admirar muito a outrem, se lhe dê por escravo. É um ato voluntário, pelo qual uma pessoa renuncia a toda sua liberdade, a todo o direito sobre si, e se coloca irrestritamente nas mãos de outrem. É uma escravidão por livre vontade.
Seremos escravos, ou de Deus ou do demônio

Parece-me conveniente assinalar o trecho abaixo. Consubstanciando ele uma visão tão contra-revolucionária das coisas, convém que se saiba que é opinião de um santo, e não invenção nossa.

“Antes do batismo, éramos escravos do demônio; o batismo nos fez escravos de Jesus Cristo. Importa, pois, que os cristãos sejam escravos, ou do demônio ou de Jesus Cristo” (tópico 73).

Considere-se um formigueiro humano visto por um olhar teológico, do alto de um arranha-céu. É forçoso pensar: todos aqueles homens são escravos, ou de Deus ou do demônio. Portanto, eu também o sou, não há outra alternativa. Nada, pois, mais natural do que a seguinte pergunta, para se conhecer alguém: é escravo de Deus ou do demônio? Pois escravo ele o é, necessariamente.

Em termos de doutrina católica, como se demonstra isto? Podemos não querer tributar a Deus a escravidão voluntária. Mas, com a escravidão por natureza, tal não se pode dar, pois escravos de Deus nós o somos, ainda que à maneira dos demônios. Pois a desobediência à Lei de Deus nos torna escravos do demônio, por várias razões:

a) Damo-nos ao demônio, porque quem rompe com Deus se entrega ao demônio;

b) Obedecemos ao demônio, porque seguimos a lei da carne, e a lei da carne é a lei do demônio;

c) Somos escravos do demônio também num sentido especial. O homem mau muitas vezes quereria o bem, mas não tem coragem e nem vontade de o praticar; pois sua vontade está culposamente manietada, está atada, está ligada por um vínculo que o impede de fazer o que quereria. É esta uma forma de escravidão – a escravidão a seus vícios. Ou seja, é a escravidão ao demônio, pois quem se escraviza a seus vícios é escravo de Satanás.

Conclui-se então que todo homem ou é escravo do demônio ou é escravo de Jesus Cristo.

Algumas aplicações dessa escravidão à vida espiritual

Temos bem presente esta noção de que nós, assim como todos os homens, somos escravos de Deus ou do demônio, e de que nisto não há meio termo? Compreendemos que essa classificação dos homens nestes dois grupos de escravos corresponde bem ao espírito contra-revolucionário?

Aprofundando, poderíamos rememorar episódios de nossa vida: fomos sempre escravos de Deus? Ou às vezes o fomos do demônio? Ainda hoje, qual o nosso estado atual? De quem somos escravos no momento? Percebemos que estes princípios que São Luís Grignion lembra, sobre a escravidão, determinam uma atitude vigorosa e intransigente perante a vida, parecida com a que os contra-revolucionários preconizamos? Ou temos o hábito mental de viver despreocupadamente, como se ninguém fosse realmente escravo de Deus ou do demônio?

Temos o hábito de julgar a própria palavra “escravo” enérgica demais, e que bastaria dizer-se “amigo” ou “simpatizante” de Deus? Julgamos que chamar um homem reto de “escravo de Jesus Cristo” é enérgico demais? Achamos que não se deve falar nesses termos?

Não sendo de Deus, por que logo de uma vez “do demônio”? Não pode haver uma zona cinzenta entre esse branco e esse preto? A vida não será muito mais agradável se se considerar que existe essa zona cinzenta? Para São Luís Grignion e para a doutrina católica, no entanto, não é assim. Precisamente a zona cinzenta não existe. Tão somente a branca ou a preta. Só se pode pertencer a uma ou à outra. E é precisamente em função disto que muitas das atitudes contra-revolucionárias se explicam.

A plena aceitação dessa doutrina de escravidão, entretanto, não consiste apenas numa convicção doutrinária, ela gera um estado de espírito, uma atitude mental: o que se trata de adquirir é uma posição habitual perante os outros, de quem se sabe escravo e tem aos outros na conta de escravos.

Por que ser escravo de Maria, que é escrava de Deus?

Por que ser escravo de Maria, em vez de o ser de Nosso Senhor Jesus Cristo – pergunta-nos São Luís Grignion – já que Nossa Senhora é também escrava? Maria Santíssima não diz de si “ecce ancilla Domini“? Por que, então, ser escravo d’Ela? Sendo a Virgem Santíssima escrava, pode ter escravos? Que sentido racional tem isso?

Inicialmente São Luís Grignion faz uma introdução muito inspirada a respeito das relações de Nossa Senhora com Nosso Senhor. Embora não mencionando aquelas palavras de São Paulo “não sou eu que vivo, é Jesus Cristo que vive em mim“ (Gal. 2,20), é este o pensamento que o santo desenvolve, mostrando que Jesus Cristo vive numa pessoa quando ela se santifica. E quando atinge a santidade, já não é aquela pessoa que vive, mas Jesus Cristo que vive nela.

Ora, sendo Nossa Senhora absoluta, inteira e perfeitamente santa, é também absoluta, inteira e perfeitamente Jesus Cristo que vive n’Ela. Estabelecer uma separação entre Maria e Jesus Cristo, de maneira a ser possível admirá-La sem admirar Jesus Cristo, ou cultuá-La sem cultuar a Jesus Cristo, segundo São Luís Grignion é o mesmo que procurar separar o calor da luz, numa chama que brilha e que ao mesmo tempo é quente. São elementos que se podem distinguir, mas não se separar.

Os pares de Carlos Magno para nossos modelos – Podemos tornar mais claro o exposto com algumas comparações. Segundo a lenda ou a História, os pares de Carlos Magno não foram apenas os sustentáculos que o auxiliaram a realizar a grande obra da defesa da Igreja e da fundação de um império cristão, mas homens formados por ele mesmo para isto. Guerreiros surgidos ao longo de sua vida de rei-guerreiro, os pares se destacavam acima de outros guerreiros, pois ele os foi formando para a luta, para a batalha e para a guerra, de maneira a assimilarem seu espírito cavalheiresco, suas idéias e seus princípios, e os aplicarem em suas próprias vidas.

Podemos então legitimamente dizer que, se um par de Carlos Magno absorveu, em toda a sua personalidade, todos os princípios de seu chefe, a análise da personalidade desse par é útil e interessante para quem queira conhecer Carlos Magno, pois foi uma reprodução viva daquele imperador. Ele aplicou, em circunstâncias já diferentes, os princípios que Carlos Magno ensinou e viveu. Assim, para se conhecer Carlos Magno a fundo, há vantagem em conhecer a história de seus pares. São outros tantos Carlos Magno, através dos quais poderemos penetrar melhor no conhecimento da obra, da mentalidade e da vida do grande imperador. Enfim, isto é tão verdadeiro que, se não tivéssemos nenhum documento sobre Carlos Magno, mas conhecêssemos a história dos seus pares, através dela poderíamos saber o que ele foi.

O mesmo se dá com os santos em relação a Nosso Senhor. São alter Christus. E estas considerações são muito mais verdadeiras no caso dos santos, pois o santo pratica a virtude heróica, e imita portanto a Nosso Senhor em toda a medida do que lhe é dado imitar. E mais verdadeiras são ainda em se tratando de Nossa Senhora, que é em toda plenitude alter Christus. A invocação Speculum Justitiæ, da Ladainha Lauretana, neste sentido é muito significativa, porque o espelho contém a imagem do original de modo insuperavelmente fiel, e tem a vantagem de não ter em si outra imagem senão aquela que ele reflete. Numa tela podemos distinguir a pessoa retratada do aspecto material da tela que entrevemos na pintura, mas o espelho só mostra a face daquilo que nele se reflete.

Sendo Nossa Senhora Speculum Justitiæ, amando-A, admirando-A e reverenciando-A, estaremos amando, admirando e reverenciando a própria Justiça, ou seja, a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Por que ser mais especialmente escravo d’Ela? São Luís Grignion nos sugere uma comparação popular muito significativa: Num reino absoluto – uma monarquia oriental, por exemplo – todos são, de certo modo, escravos do rei; mas ele pode ter certos escravos mais especialmente a serviço da rainha; são escravos que ele dá para que a rainha mande neles mais particularmente. Assim acontece também na Igreja Católica e no universo. Sendo todos os homens escravos de Deus por natureza ou por conquista, e também, de algum modo, escravos por natureza de Nossa Senhora, é possível a alguns oferecerem-se mais especialmente para servi-La, para glorificá-La, para serem Seus escravos e combaterem por Ela. São estes os chamados para a devoção especial que São Luís Grignion recomenda em seu “Tratado”.

Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=8&id=3865


A FONTE DA AMIZADE

abril 29, 2012

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A fonte da amizade

Com o Senhor aprendemos a ser amigos
 
Se buscarmos a Deus com toda a nossa força, com todo o nosso entendimento, tratando-O como um Verdadeiro Amigo, naturalmente Ele nos providenciará um amigo fiel, bálsamo de vida. Os que temem o Senhor encontrarão esse amigo. O temor ao Senhor é o princípio e origem de toda amizade, isso é uma lei natural do Reino de Deus. Por isso, podemos dizer que a fonte da verdadeira amizade é Deus.Em vez de procurarmos amigos com nossas forças e iniciativas, precisamos primeiramente ser amigos do Amigo por excelência, Jesus Cristo. Do contrário ficaremos mendigando o “amor” das pessoas com o intuito de preencher nossas carências. Desse modo, certamente, só encontraremos esmolas e restos, uma vez que essas pessoas não poderão – por melhores que sejam – corresponder à nossa necessidade mais profunda de amor.

 
Uma amizade que tem como ponto de partida a nossa vontade pode até parecer verdadeira e eterna, mas com o tempo descobrimos que não passava de um afeto passageiro, inventado por nós mesmos, fruto de iniciativas meramente humanas, não vindas do coração de Deus. Cultivar afetos desse gênero só nos levará a amargas decepções e estas, consequentemente, vão nos causar feridas e nos fechar a outros relacionamentos. Assim, não mais acreditaremos na existência e na credibilidade de amigos.
“Um amigo fiel é um poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro. Um amigo fiel não tem preço, é imponderável seu valor. Um amigo fiel é um bálsamo vital e os que temem o Senhor o encontrarão” (Eclo: 6, 14-16).Não são poucos aqueles que afirmam ser

fácil e simples fazeramigos. O difícil e complicado, porém, é cultivar as amizades que conquistamos. Por vezes, uma amizade que levou um bom tempo para ser solidificada, repentinamente, desmorona em um piscar de olhos. E pior ainda: aquilo que antes parecia ser amor se transforma em um grande sentimento de ódio. Se não soubermos controlar as fragilidades, que existem em nós, perderemos muitos amigos.É na amizade com o Senhor que aprendemos a ser verdadeiros amigos. É na intimidade com o Senhor que Ele nos ensina a estar atentos ao outro, a acolhermos o outro como ele é, a compreendê-lo com seus problemas e diferenças.

Em vez de nos fecharmos e ter nojo das feridas e misérias do outro, sejamos bálsamo vital e ajudemos o nosso amigo a ser melhor. Sejamos um instrumento de amor e não de julgamento. Não sejamos apenas mais um, mas tenhamos uma atitude de acolhimento sincero. O amigo não desiste diante dos defeitos, mas tem a capacidade de ir além. A amizade gira em torno de Cristo, Ele é o centro e a fonte da amizade verdadeira.

Bruno Franco
Missionário da Comunidade Canção Nova

27/04/2012

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12758


PADRE LÉO: EU SOU O PÃO VIVO DESCIDO DO CÉU

abril 28, 2012

O QUARTO MANDAMENTO DO DECÁGOLO: HONRAR PAI E MÃE

abril 28, 2012

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O Quarto Mandamento do Decálogo: Honrar pai e mãe

Devemos amar e respeitar a todos

O Quarto Mandamento do Decálogo: Honrar pai e mãe. Refere-se, em primeiro lugar, aos pais biológicos, mas também às pessoas a quem devemos a nossa vida, a nossa prosperidade, a nossa segurança e a nossa fé. Aquilo que devemos aos nossos pais: amor, gratidão e atenção, também deve reger o nosso relacionamento com as pessoas e com nossos deveres de cidadãos diante do Estado. Ele nos manda honrar e respeitar os nossos pais e aqueles que Deus, para o nosso bem, revestiu com a Sua autoridade.

O Quarto Mandamento refere-se, em primeiro lugar, às relações entre pais e filhos no seio da família. «Ao criar ao homem e à mulher, Deus instituiu a família humana e dotou-a de sua constituição fundamental» (CIC 2203). «Um homem e uma mulher unidos em casamento formam com seus filhos uma família» (CIC 2202). «A família cristã é uma comunhão de pessoas, reflexo e imagem da comunhão do Pai e do Filho no Espírito Santo» (CIC 2205).

Um homem e uma mulher, unidos em matrimônio, formam com os filhos uma família. Deus instituiu a família e dotou-a de sua constituição fundamental. O matrimônio e a família são ordenados ao bem dos esposos e à procriação e educação dos filhos. Entre os membros da família estabelecem-se relações pessoais e responsabilidades primárias. Em Cristo, a família torna-se Igreja doméstica, porque ela é comunidade de fé, de esperança e de amor.

Sendo assim, a família é a célula originária da sociedade humana e precede qualquer reconhecimento da autoridade pública. Os princípios e os valores familiares constituem o fundamento da vida social. A vida de família é uma iniciação à vida da sociedade. A sociedade tem o dever de sustentar e consolidar o matrimônio e a família, no respeito também do princípio de subsidiariedade. Os poderes públicos devem respeitar, proteger e favorecer a verdadeira natureza do matrimônio e da família, a moral pública, os direitos dos pais e a prosperidade doméstica.

Os filhos devem aos pais respeito (piedade filial), reconhecimento, docilidade e obediência, contribuindo, assim, também com as boas relações entre irmãos e irmãs, para o crescimento da harmonia e da santidade de toda a vida familiar. Se os pais se encontrarem em situação de indigência, de doença, de solidão ou de velhice, os filhos adultos devem-lhes ajuda moral e material.

Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos e os primeiros anunciadores da fé. Têm o dever de amar e respeitá-los [filhos] como pessoas e filhos de Deus e, dentro do possível, de prover suas necessidades materiais e espirituais, escolhendo-lhes uma escola adequada e ajudando-os com prudentes conselhos na escolha da profissão e do estado de vida. Em particular, têm a missão de educá-los na fé cristã.

Desta forma, os laços familiares são importantes, mas não absolutos, porque a primeira vocação do cristão é seguir Jesus e amá-Lo: «Quem ama o pai ou a mãe mais do que a Mim, não é digno de Mim; quem ama a filha ou o filho mais do que a Mim não é digno de Mim» (Mt 10,37). Os pais devem, com alegria, ajudar os filhos no seguimento de Jesus, em todos os estados de vida, mesmo na vida consagrada ou no ministério sacerdotal.

No âmbito civil a autoridade deve ser exercida, como um serviço, respeitando os direitos fundamentais da pessoa humana, uma justa hierarquia de valores, as leis, a justiça distributiva, e o princípio de subsidiariedade. No exercício da autoridade, cada um deve procurar o interesse da comunidade em vez do próprio e deve inspirar as suas decisões na verdade acerca de Deus, do homem e do mundo.

Portanto, os que estão submetidos à autoridade devem ver os superiores como representantes de Deus e colaborarem lealmente no bom funcionamento da vida pública e social. Isso comporta o amor e o serviço da Pátria, o direito e o dever de votar, o pagamento dos impostos, a defesa do país e o direito a uma crítica construtiva. Porém, a estes, em consciência, não devem obedecer quando os mandamentos das autoridades civis se opõem às exigências da ordem moral: «É necessário obedecer mais a Deus do que aos homens» (At 5,29).

 

Redação Portal
Fonte: Catecismo da Igreja Católica, 2197 a 2257

26/04/2012

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12754


COMENTÁRIO DO EVANGELHO DE DOMINGO DIA 29/04/2012

abril 27, 2012

COMENTÁRIO DO EVANGELHO DO IV DOMINGO DA PÁSCOA, ANO: B, DO DIA 29 DE ABRIL DE 2012, FEITO PELO PADRE MATEUS MARIA, FMDJ.

Clique no link abaixo e assista:

http://pt.gloria.tv/?media=282591


COMO ANDA O MUNDO À NOSSA VOLTA?

abril 27, 2012

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Como anda o mundo à nossa volta?

É preciso buscar o essencial

No mundo à nossa volta – na família, na paróquia, nas estruturas da sociedade, no coração e na vontade dos homens e das mulheres, sobretudo dos crentes – parece que se perdeu o norte, o sentido do essencial. Andamos descentrados, alienados, desfocados, desintegrados. Ficamos no acessório, no acidental, no periférico, no prazer fútil, na agitação da vida, no que agrada e satisfaz apetites e gostos. Não nos centramos no essencial. Temos que voltar a ele, pois só ele nos sacia, nos preenche, nos faz viver a alegria e a paz do Ressuscitado. Precisamos repensar a vida e as coordenadas do nosso ser e do nosso agir.

O essencial, que é invisível aos olhos do corpo, só se enxerga com os olhos da alma e do coração. E, para isso, precisamos do silêncio e do recolhimento que nos ajudam a ver em profundidade, a saborear os matizes da vida de Deus e do Seu amor em nós e à nossa volta. Parece que a beleza da natureza, o rosto bonito da criança ou as rugas da face do idoso já não nos falam da vida, do amor criador, do encanto que nos extasia. Estamos a ficar vazios de valores éticos, valores religiosos, valores da arte e da técnica, que vêm de Deus Criador. Daí a urgência de voltar à oração e à contemplação, para que a alma descubra o essencial e se deixe conduzir por ele. Daí o recolhimento e o deserto na cidade, na vida cotidiana, para nos centrarmos na loucura apaixonada do amor de Deus. É que não nos damos conta do amor, não nos deixamos envolver por ele, não o desejamos como paradigma da vida, não nos encantamos e extasiamos com ele. Precisamos de buscar o essencial.

O mundo à nossa volta perdeu o sentido da esperança porque não reza, não se deixa envolver por Deus, não se alimenta da Palavra. E sem esperança, que é algo de essencial, andamos todos mais tristes, mais vazios de sentido para a vida e para o futuro, andamos alienados. Sem esperança, e Jesus Ressuscitado é a nossa esperança, ensina-nos São Paulo, ficamos uma «barata tonta», sem gosto de viver, sem sentido do caminho a percorrer, sem encanto que nos faça arder o coração, sem fogo na alma. Um desesperado é triste, vive amargurado, tem um rosto doentio, o coração vazio do essencial. Precisamos de ser sentinelas da esperança, buscando o essencial da vida… Sem desânimo, sem pessimismo, mesmo em meio à crise de valores, à crise econômica, às muitas crises da vida.


Assista: “Do que adianta ganhar o mundo inteiro“, com padre José Augusto



O mundo à nossa volta perdeu o sentido do pecado.Tudo se pode fazer, pensar, realizar, passando o mal a ser bem, sem critérios de verdade, de justiça, de dignidade humana. Parece que já não importa matar o próximo, matar milhões de crianças praticando o aborto, esse crime abominável. Parece que já não se distingue a grandeza da castidade levada a sério, tomando com amor puro os compromissos assumidos diante de Deus e da Igreja. Como parece não ter valor o sacramento da reconciliação, celebrado e vivido com empenho e seriedade, como necessidade da consciência de que somos pecadores e de que o pecado precisa de ser perdoado.

Buscar o essencial deve significar, sempre, mesmo para aqueles que têm repugnância e dificuldade, estar numa atitude de filial obediência à Igreja, às suas normas, às suas orientações. A norma não é o que eu ou nós achamos, mas o «essencial» está na Mãe e Mestra que nos dá a graça de uma doutrina assumida na abertura ao Espírito Santo de Deus. Não fazemos a nossa lei, mas saibamos aderir ao que a Esposa de Cristo, com a autoridade dada por Ele, nos manda ou propõe. Não é este bispo ou padre que determina a norma geral da Igreja, mas o Papa, com a autoridade de São Pedro. E nós, sacerdotes, em filial docilidade ao Espírito, temos que assumir os compromissos renovados na Missa Crismal de Quinta-Feira Santa. Como afirmou o Papa na Missa desse dia, a renovação da Igreja, tão necessária e tão desejada por Jesus, nasce da obediência aos compromissos assumidos.

Os grandes inimigos da Igreja estão cá dentro, quando somos infiéis e não reconhecemos o nosso mau proceder, não temos humildade para assumir o nosso pecado, nem desejamos mudança e conversão, e nos pomos numa atitude de revolta contra a autoridade, de cedência nos grandes valores evangélicos, na falta sistemática de oração, de comunhão, de amor fraterno.

Buscar o essencial é voltar às fontes, às origens do nosso ser cristão e do nosso compromisso de consagrados levado a sério, com coragem, determinação e audácia. Sabendo que somos pecadores, frágeis, mas ter a ousadia santa de chamar mal ao mal, pecado ao pecado, infidelidade à infidelidade. O essencial é uma Pessoa, o Senhor Jesus Cristo, a Sua Palavra, as Suas bem-aventuranças, as Suas normas, o Seu amor, a Sua maneira de agir que deve pautar a nossa maneira de agir sempre e em tudo. Buscar o essencial é o caminho da santidade de vida, da integridade do nosso ser de homens e de cristãos, o caminho da fidelidade que passa pela retidão, a honestidade, a grandeza de alma, a nobreza de sentimentos.

Buscar o essencial é o único caminho que nos conduzirá à felicidade, que só Deus e a Sua graça podem dar. Não os falsos ou fúteis contentamentos que nos tocam, mas não enchem alma e o coração. Só se é feliz em Deus e na Sua vontade. Só se é feliz quando se é fiel. E a fidelidade nos é traçada pela boa consciência formada com os critérios da Palavra e da Igreja. O pecado, mesmo quando dá gozo e prazer, não dá felicidade nem alegria interior. Só a busca sincera e humilde do essencial é que nos dignifica e nos faz felizes com Deus e em Deus.

Buscar o essencial é encontrar alimento e norma de vida, grandeza de alma e de dignidade pessoal, na palavra do Papa Paulo VI quando, em Fátima, nos disse: «Homens, sede homens». Olhemos o mundo à nossa volta. Onde há crime, roubo, suborno, mentira, injustiça, calúnia, depravação moral e sexual não há «homens». Não há «mulheres», na dignidade das suas pessoas e dos seus atos, dos seus critérios, das suas opções e das suas vidas. E assim o essencial não se vive, não se descobre, não é norma de felicidade verdadeira e de dignidade que nos levam a caminhar para Deus e para a santidade. Busquemos o essencial.

Padre Dário Pedroso, s.j.

25/04/2012

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12752


SALETTE FERREIRA: A NOSSA FORÇA É A CRUZ DE CRISTO

abril 26, 2012

PAPA BENTO XVI: A ORAÇÃO É O RESPIRO DA ALMA E DA VIDA

abril 26, 2012

Catequese do Papa

 Bento XVI

“A oração é o respiro da alma e da vida”

25.04.2012 – Cidade do Vaticano Quarta-feira é dia de Audiência Geral. O dia finalmente primaveril favoreceu a presença de inúmeros fiéis e peregrinos na Praça S. Pedro, para ouvir a catequese de Bento XVI. O Papa prosseguiu sua série de reflexões sobre a oração, recordando que para a comunidade cristã ela é prioritária, é sua seiva vital e seu alimento.

Queridos irmãos e irmãs!

Na catequese passada, mostrei que a Igreja, desde o início do seu caminho, teve que enfrentar situações imprevistas, novas questões e emergências às quais procurou dar respostas à luz da fé, deixando-se guiar pelo Espírito Santo. Hoje gostaria de deter-me sobre uma outra situação, sobre um problema sério que a primeira comunidade cristã de Jerusalém teve que enfrentar e resolver, como nos narra São Lucas no capítulo sexto dos Atos dos Apóstolos, a respeito da pastoral da caridade junto às pessoas solitárias e necessitadas de assistência e ajuda.

A questão não é secundária para a Igreja e corre-se o risco naquele momento, de criar divisões no interior da Igreja; o número dos discípulos, de fato, vinha aumentando, mas aqueles de língua grega começavam a lamentar-se contra aqueles de língua hebraica porque as suas viúvas estavam sendo deixadas de lado na distribuição cotidiana (At. 6,1).

Diante da urgência que se referia a um aspecto fundamental na vida da comunidade, isto é, a caridade em relação aos mais fracos, aos pobres, aos indefesos, e a justiça, os Apóstolos convocam todo o grupo de discípulos. Neste momento de emergência pastoral, sobressai o discernimento realizado pelos apóstolos.

Eles se encontram diante da exigência primária de anunciar a Palavra de Deus segundo o mandato do Senhor, mas – também se esta é uma exigência primária da Igreja – consideram da mesma forma o dever da caridade e da justiça, isto é, o dever de assistir as viúvas, os pobres, de prover com amor diante das situações de necessidade nas quais se encontram irmãos e irmãs, para responder ao mandamento de Jesus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,,12.17).

Portanto, as duas realidades que devem ser vividas na Igreja – o anúncio da Palavra, a primazia de Deus, e a caridade concreta, a justiça – , estão criando dificuldade e se deve encontrar uma solução, para que ambas possam estar em seus devidos lugares, e sua relação necessária. A reflexão dos Atos dos Apóstolos é muito clara, como ouvimos: “Não é justo que nós deixemos a Palavra de Deus à parte para servir as mesas. Entretanto, irmãos, procureis entre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais confiaremos esta missão. Nós, ao invés disso, nos dedicaremos à oração e ao serviço da Palavra” (At 6,2-4).

Duas coisas aparecem: primeiro, existe a partir daquele momento, na Igreja, um ministério da caridade. A Igreja não deve somente anunciar a Palavra, mas também realizar a Palavra, que é caridade e verdade. E, segundo ponto, esses homens não somente devem gozar de boa reputação, mas devem ser homens repletos do Espírito Santo e de sabedoria, isto é, não podem ser somente organizadores que sabem “fazer”, mas devem “fazer” no espírito da fé com a luz de Deus, na sabedoria do coração, e portanto, também a função deles – mesmo que seja prática – é todavia uma função espiritual. A caridade e a justiça não são somente ações sociais, mas são ações espirituais realizadas na luz do Espírito Santo.

Portanto, podemos dizer que essa situação vem enfrentada com grande responsabilidade por parte dos apóstolos, os quais tomam esta decisão: são escolhidos sete homens; os apóstolos rezam para pedir a força do Espírito Santo e depois, impõem as mãos para que se dediquem em modo particular a essa diaconia da caridade.

Assim, na vida da Igreja, nos primeiros passos que ela realiza, se reflete, em um certo modo, o que havia acontecido durante a vida pública de Jesus, na casa de Marta e Maria em Betânia. Marta estava bem ligada ao serviço da hospitalidade oferecido a Jesus e aos seus discípulos; Maria, ao contrário, se dedica à escuta da Palavra do Senhor (Lc 10,38-42).

Em ambos os casos, não são contrapostos os momentos da oração e da escuta de Deus, e a atividade cotidiana e o serviço da caridade. A expressão de Jesus: “Marta, Marta, tu te preocupas e te agitas com tantas coisas, mas de uma coisa tens necessidade, Maria escolheu a melhor parte, que não lhe será tirada” (Lc 10,41-42), como também a reflexão dos apóstolos: “Nós nos dedicaremos à oração e ao serviço da Palavra” (At 6,4), mostram a prioridade que devemos dar a Deus.

Não gostaria de entrar agora na interpretação desta perícope Marta-Maria. Em todo caso, não vem condenada a atividade pelo próximo, mas vem destacado que ela deve ser penetrada interiormente também pelo espírito de contemplação. Por outro lado, Santo Agostinho diz que essa realidade de Maria é uma visão da nossa situação no céu, portanto, na terra, não podemos nunca tê-la completamente, mas um pouco de antecipação deve estar presente em toda a nossa atividade. Deve estar presente também a contemplação de Deus.

Não devemos nos perder no ativismo puro, mas sempre deixarmo-nos penetrar na nossa atividade à luz da Palavra de Deus e assim aprender a verdadeira caridade, o verdadeiro serviço pelo outro, que não tem necessidade de tantas coisas – tem necessidade certamente das coisas necessárias – mas tem necessidade sobretudo do afeto do nosso coração, da luz de Deus.

Santo Ambrósio, comentando o episódio de Marta e Maria, assim exorta os seus fiéis e também nós: “Procuremos ter também nós aquilo que não nos pode ser tirado, dando à palavra de Deus uma grande atenção, não distraída: acontece também às sementes da palavra de serem levadas embora, semeadas ao longo da estrada. Estimule também tu, como Maria, o desejo do saber: é esta a maior, mais perfeita obra” – E acrescenta ainda: “o cuidado do ministério não desvie o conhecimento da palavra celeste” (Expositio Evangelii secundum Lucam, VII, 85: pl 15, 1720).

Os santos, portanto, experimentaram uma profunda unidade de vida de oração e ação, entre o amor total a Deus e o amor aos irmãos. São Bernardo, que é modelo de harmonia entre contemplação e operosidade, no livro De Consideratione, endereçado ao Papa Inocêncio II para oferecer-lhe algumas reflexões a respeito de seu ministério, insiste exatamente sobre a importância do recolhimento interior, da oração para defender-se dos perigos de uma atividade excessiva, qualquer que seja a condição na qual se encontra a tarefa que se está desenvolvendo. São Bernardo afirma que a demasiada ocupação, uma vida frenética, geralmente acabam induzindo o coração a fazer sofrer o espírito.

É uma preciosa retomada para nós hoje, acostumados a valorizar tudo a partir do critério da produtividade e da eficiência. O trecho dos Atos dos Apóstolos nos recorda a importância do trabalho – sem dúvida se é criado um verdadeiro ministério -, do empenho nas atividades cotidianas que são desenvolvidas com responsabilidade e dedicação, mas também a nossa necessidade de Deus, da sua direção, da sua luz que nos dão força e esperança.

Sem a oração cotidiana vivida com fidelidade, o nosso fazer se esvazia, perde o sentido profundo, se reduz a um simples ativismo que, no final, nos deixa insatisfeitos.

Existe uma bela invocação da tradição cristã para recitar-se antes de toda atividade, a qual diz assim: Actiones nostras, quæsumus, Domine, aspirando præveni et adiuvando prosequere, ut cuncta nostra oratio et operatio a te semper incipiat, et per te coepta finiatur”, isto é: “Inspire as nossas ações Senhor, e acompanhe-as com a tua ajuda, para que todo o nosso falar e agir tenha de ti o seu início e o seu cumprimento”. Cada passo da nossa vida, toda ação, também na Igreja, deve ser feita diante de Deus, à luz da sua Palavra.

Na catequese da quarta-feira passada eu havia destacado a oração unânime da primeira comunidade cristã diante das provas e como, exatamente na oração, na meditação sobre a Sagrada Escritura ela pode compreender os eventos que estavam acontecendo.

Quando a oração é alimentada pela palavra de Deus, podemos ver a realidade com olhos novos, com os olhos da fé e o Senhor, que fala à mente e ao coração, dá nova luz ao caminho em todos os momentos e em todas as situações. Nós cremos na força da Palavra de Deus e da oração. Também a dificuldade que está vivendo a Igreja diante do problema do serviço aos pobres e a questão da caridade, é superada na oração, à luz de Deus, do Espírito Santo.

Os apóstolos não se limitam a ratificar a escolha de Estevão e dos outros homens, mas depois de rezar , impõem-lhes as mãos” (At 6,6). O Evangelista recordará novamente estes gestos em ocasião da eleição de Paulo e Barnabé, onde lemos: “depois de ter jejuado e rezado, impuseram-lhes as mãos e os despediram” (At 13,3). Confirma-se de novo que o serviço prático da caridade é um serviço espiritual. Ambas as realidade devem andar juntas.

Com o gesto da imposição das mãos, os Apóstolos conferem um ministério particular a sete homens, para que seja dada a eles a força correspondente. O destaque dado à oração – depois de ter rezado”, dizem – é importante porque evidencia exatamente a dimensão espiritual do gesto; não se trata simplesmente de conferir um encargo como acontece em uma organização social, mas é um evento eclesial no qual o Espírito Santo se apropria de sete homens da Igreja, consagrando-os na Verdade que é Jesus Cristo: é Ele o protagonista silencioso, presente na imposição das mãos para que os eleitos sejam transformados pela sua potência e santificados para enfrentar desafios práticos, os desafios pastorais.

E o destaque da oração nos recorda além disso que somente no relacionamento íntimo com Deus cultivado a cada dia nasce a resposta à escolha do Senhor que nos vem confiado cada ministério na Igreja.

Queridos irmãos e irmãs, o problema pastoral que levou os apóstolos a escolher e a impor as mãos sobre sete homens encarregados do serviço da caridade, para dedicarem-se à oração e ao anuncio da Palavra, indica também a nós a primazia da oração e da Palavra de Deus, que, todavia, produz depois também a grande ação pastoral.

Para os Pastores, esta é a primeira e mais preciosa forma de serviço em relação ao rebanho a eles confiado. Se os pulmões da oração e da Palavra de Deus não alimentam a respiração da nossa vida espiritual, sofremos o risco de nos sufocarmos em meio às mil coisas de todos os dias: a oração é a respiração da alma e da vida.

E existe uma outra preciosa retomada que gostaria de destacar: no relacionamento com Deus, na escuta de sua Palavra, no diálogo com Deus, também quando nos encontramos no silêncio de uma igreja ou de nosso quarto, estamos unidos no Senhor a tantos irmãos e irmãs na fé, como uma junção de instrumentos, que apesar da individualidade de cada um, elevam a Deus uma única grande sinfonia de intercessão, de agradecimento e de louvor. Obrigado.

Fonte: Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/Catequese%20de%20Bento%20XVI%20-%20A%20oração%20é%20o%20respiro%20da%20alma%20e%20da%20vida%20.htm


ELIANA RIBEIRO: LIVRE ACESSO

abril 25, 2012

VERDADES FUNDAMENTAIS DA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM – PARTE IV

abril 25, 2012

VERDADES FUNDAMENTAIS DA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM – PARTE IV

Problema angustiante para São Luís Grignion
O Santo estava às voltas com um problema que encontramos em diversas épocas históricas. Imaginemos um fiel daquela época. Ao ler isto, ele verificaria que já ouviu de outros padres, talvez até de algum bispo, o que São Luís Grignion está condenando. Imediatamente surgiria uma dúvida: “A quem seguir? A um missionário que anda de um lado para outro, mal visto por tantos, ou a um bispo a quem não falta, entre outras coisas, o peso do prestígio? A esse padrezinho ou ao clero jansenista, que parece pensar de modo diferente? Que valor tem esse Grignion? Que mérito?”
 

É preciso ver que Nosso Senhor dá às almas dois modos para conhecerem o caminho. O primeiro consiste na análise da doutrina, conferindo-a com a da Igreja Católica. O segundo é por uma qualidade que se chama discernimento dos espíritos. Por ela somos capazes de discernir, mediante a fidelidade à graça de Deus, aqueles que têm verdadeiramente o espírito da Igreja. Se formos fiéis às graças que recebemos, saberemos quem é de Deus e quem não o é. Ora, está de acordo com a ordem desejada pela Providência que tenhamos, guiados por esse discernimento, uma confiança especial naqueles que temos certeza de que nos levam para Deus, sacrificando inclusive, dentro do limite da prudência – pois infalível é apenas a Igreja Católica – algo de nossa opinião pessoal.

Isto se dava com os fiéis franceses daquele tempo. Eles tinham a graça suficiente para ver em São Luís Grignion um homem de Deus. Deviam, portanto, corresponder a essa graça e crer nesse homem. Se cressem nele, estariam bem; se não, estariam mal. Esse discernimento dos espíritos, nenhum fiel pode deixar de praticar. No Antigo Testamento ele era necessário para se reconhecer os verdadeiros profetas, pois havia muitos impostores.

Atualmente a prática desse discernimento tornou-se mais fácil, pois temos o magistério infalível da Igreja. A adesão a este Magistério é um critério seguríssimo de verdade, mesmo que esteja contra a opinião de todos os homens.

Há ainda outro critério: quando sentimos que alguém revela um espírito de obediência absoluta à Igreja, de tal maneira que seja capaz de abandonar qualquer opinião própria, se a Igreja disser o contrário; que tenha, portanto, verdadeira humildade em relação a Ela, então podemos nele confiar. Quando não o sentimos, tomemos as devidas precauções.

Em São Luís Grignion era admirável a disciplina absoluta que tinha em relação à Igreja Católica, de maneira tal que escrevia tudo isso porque estava de acordo com Ela. Se, porventura, a Santa Sé alterasse em qualquer coisa a doutrina exposta por ele, submeter-se-ia e renunciaria a tudo o que fosse preciso. Esta é a disposição que tem um verdadeiro católico, e é por ela também que se reconhece o verdadeiro católico.

Enfim, fica atestado que os problemas da época de São Luís Grignion eram semelhantes aos que têm existido na Igreja, em outras épocas. Diante disso, ele era obrigado a usar uma tática ardilosa e indireta, para dizer o que queria. Isto vem refutar, por si só, aqueles que acham que a virtude é inteiramente simples, cândida e sem artifícios. Pelo contrário, sua linguagem pode ser, por vezes, artificiosa e até apimentada. Ele usa dela para inculcar nos fiéis as qualidades da verdadeira devoção mariana: afeto, força, persuasão.

Assim deve ser a ação do apóstolo que deseja a propagação da devoção à Virgem Santíssima.

Plinio Corrêa de Oliveira

 

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=8&id=3864


PADRE LÉO: CAMINHAR COM JESUS

abril 24, 2012

SINAIS DE DEUS PARA O NOSSO TEMPO

abril 24, 2012

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Sinais de Deus para o nosso tempo

Faz-se necessário dar o salto da fé!

Tudo começou de novo com a Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. Passou o que era velho e tudo se fez novo, a partir de dentro, num dinamismo plantado no coração de cada cristão que recebe o Sacramento do Batismo. Caiu a velhice do pecado e do egoísmo, desmoronaram os muros da desconfiança, da inveja e do ciúme. Os cristãos exultam pela sua renovação espiritual, pois recuperaram, com alegria, a condição de filhos de Deus e podem esperar com plena confiança o dia da ressurreição (cf. Oração do III Domingo da Páscoa).

Descrever assim a vida pode parecer sonho, quem sabe, uma ilusão, ou otimismo ingênuo. Alguns chamariam utopia por não perceberem que o sentido originário da palavra aponta para o lugar ideal a ser alcançado e não um projeto imaginário e impossível de se concretizar. É que os cristãos não têm medo de ver as coisas a partir dos olhos de Deus, enxergando, além de todas as chagas existentes no mundo, a grandeza o plano de Deus. “O olho de Deus sobre o mundo é o Coração de Cristo, mas a pupila é aquela ferida de amor! A ferida está no Coração de Cristo. Ele foi ferido porque manifestou por inteiro o amor. Ele é o amor do Pai vindo à terra, e nos amou dando tudo… E nós, se vivermos como Ele, poderemos olhar por dentro e ver a Deus, e o Pai pode olhar dentro da chaga do Coração de Cristo e ver a todos nós” (Chiara Lubich, cf. Nuova Umanità 2012/2, p. 167).

Após a Ressurreição de Jesus, Seus discípulos tiveram que aprender este novo modo de compreender a vida (cf. Lc 24,35-48). Ao mostrar-lhes Suas mãos e Seus pés, com as marcas da crucifixão, Ele abriu-lhes os olhos. Não estavam diante de um fantasma! A experiência da presença do Ressuscitado foi novidade para todos. Madalena pensou estar diante de um jardineiro, os discípulos de Emaús O viam apenas como andarilho, os próprios apóstolos à margem do lago não O reconheceram. Os gestos de delicadeza, com que, de várias formas, se apresentou aos Seus, foram mimos cujos frutos se multiplicam no correr dos séculos para as sucessivas gerações de cristãos, das quais nós somos, por enquanto, os últimos! Não é mais possível ver Jesus Cristo e os acontecimentos com os olhos da carne. Faz-se necessário dar o salto da fé!

Os primeiros discípulos de Jesus receberam a missão de espalharem pela Terra uma vida nova e um modo novo para compreender o mundo e os acontecimentos. Cheios do Espírito Santo, eles começaram a pregar o Evangelho de Cristo. Quando experimentaram a incompreensão e a prisão, ficavam “alegres por terem sido considerados dignos de injúrias por causa do santo Nome. E cada dia, no templo e pelas casas, eles não cessavam de ensinar e anunciar que Jesus é o Cristo” (At 5,41-42). Quando se desencadeou a perseguição e mataram Tiago, um dos apóstolos (cf. At 12,1), “a palavra do Senhor crescia e se espalhava cada vez mais” (cf. At 12,24). Todos os períodos mais críticos e de maior sofrimento para a Igreja, com a força da Páscoa de Cristo, suscitaram novos frutos, quando acolhidos como chamado à fidelidade ao Senhor!

Até hoje, “no jardim da Igreja se cultivam as rosas dos mártires, os lírios das virgens, as rosas dos casados, as violetas das viúvas” (Santo Agostinho). Cada pessoa, segundo a vocação e o estado de vida que lhe foi concedido pelo Senhor, é chamada a “ser testemunha” (cf. Lc 24,42). Sua vida fará referência a valores consistentes, que não se abalam com ameaças, segundo a orientação do apóstolo dos gentios: “Não seremos mais como crianças, entregues ao sabor das ondas e levados por todo vento de doutrina, ludibriados pelos homens e por eles, com astúcia, induzidos ao erro. Ao contrário, vivendo segundo a verdade, no amor, cresceremos sob todos os aspectos em relação a Cristo, que é a cabeça” (Ef 4,14-15).

Comprometer-se com a verdade, denunciar o mal existente, indicando em Jesus Cristo o único caminho e o remédio eficaz, orar pelos que nos perseguem, tomar a iniciativa da caridade, perdoar sempre, valorizar mais o que une do que o que separa as pessoas, esperar com paciência a vitória do bem, são algumas das muitas possibilidades para oferecer o testemunho de Cristo em todos os tempos, inclusive o nosso, a partir do olhar da pessoa que entrou no Coração de Cristo, para ver tudo através da chaga aberta em Seu peito. Ali, o cristão se sente cômodo, sem ser acomodado, para não ficar sossegado até que os confins da Terra reconheçam que Jesus é o Senhor.

 

Foto Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém – PADom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém – PA.

20/04/2012

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12749


CANÇÃO NOVA -11 ANOS NO CORAÇÃO DO BRASIL

abril 24, 2012

Nos dias 05 e 06 de maio, no Ginásio da Universidade Católica, o evento “Canção Nova – 11 anos no Coração do Brasil”, grande festa em comemoração aos 11 anos da Comunidade Canção Nova em Brasília.


GRUPO DE ORAÇÃO COM ELIANA RIBEIRO: A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO

abril 23, 2012

Parte 1

Parte 2

Parte 3


PAPA BENTO XVI: O SALVADOR NOS ASSEGURA SUA PRESENÇA REAL ENTRE NÓS

abril 23, 2012

Ângelus do Papa Bento XVI

O Salvador nos assegura sua
presença real entre nós.

22.04.2012 – Cidade do Vaticano: O Evangelho de São Lucas e o mistério da ressurreição estiveram no centro da mensagem do Regina Coeli, dirigida pelo Santo Padre aos fiéis presentes na Praça São Pedro, neste domingo.

Jesus ressuscitado que se apresenta aos discípulos, os quais, incrédulos e tomados pelo medo, pensam que estão vendo um fantasma, disse Bento XVI que, ao citar o filósofo italiano Romano Guardini, explicou as características dessa mudança: “O Senhor mudou. Não vive mais como antes. A sua existência não é compreensível. No entanto, é corpórea, inclui toda a sua vida, o destino percorrido, a sua paixão e morte. Tudo é realidade. Modificada, no entanto, mas sempre tangível realidade”.
Bento XVI descreveu ainda como Jesus convenceu os Apóstolos de que não era um fantasma, como eles haviam pensado.
Visto que a ressurreição não apaga os sinais da crucificação, Jesus mostra aos Apóstolos as mãos e os pés. E para convencê-los, pede até mesmo algo para comer. Assim os discípulos ofereceram uma porção de peixe assado; que Ele aceitou e comeu diante deles”.
Graças a estes sinais muito reais – prosseguiu o Papa – os discípulos superaram a dúvida inicial e se abriram ao dom da fé; e esta fé permite a eles entender as coisas escritas sobre Cristo “na lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”.
Bento XVI ainda falou numa abertura, seguramente misteriosa, à percepção superior para que os Apóstolos pudessem ter uma compreensão daquilo que tinha acontecido e que estava além das razões humanas.
– Lemos que Jesus “abre a mente dos apóstolos para compreender as Escrituras e diz a eles: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressurgirá dos mortos no terceiro dia, e em seu nome serão predicados a todos os povos a conversão e o perdão dos pecados…Disto vocês são testemunhas”.
Superando qualquer dúvida da presença de Jesus Cristo entre nós, Bento XVI esclareceu como e quando Ele se faz presente.
O Salvador nos assegura de sua presença real entre nós, por meio da Palavra e da Eucaristia. Como, por isso, os discípulos de Emaús reconheceram Jesus ao dividir o pão, assim também nós encontramos o Senhor na Celebração eucarística.
Ao citar São Tomás d’Aquino, Papa disse que “é necessário reconhecer, de acordo com a fé católica, que o Cristo por inteiro está presente neste Sacramento…porquê nunca a divindade deixou o corpo que assumiu.
Por fim, lembrou de um momento muito importante na vida dos jovens e convidou os envolvidos a se dedicarem a esse Sacramento.
– Caros amigos, no tempo pascoal a Igreja, frequentemente, administra a Primeira Comunhão às crianças. Exorto, para tanto, os párocos, os pais e os catequistas a preparar bem esta festa da fé, com grande fervor mas também com sobriedade. “Este dia permanece na memória como o primeiro momento em que se percebe a importância do encontro pessoal com Jesus”.
Que a Mãe de Deus nos ajude a escutar com atenção a Palavra do Senhor e a participar dignamente do Sacrifício Eucarístico, para que nos transformemos em testemunhas da nova humanidade.

Fonte: Rádio Vaticano.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/Ângelus%20do%20Papa%20Bento%20XVI%2022.04.2012%20.htm


ESCUTAR É A ATITUDE FUNDAMENTAL DA OBEDIÊNCIA DA FÉ

abril 22, 2012

VERDADES FUNDAMENTAIS DA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM – PARTE III

abril 22, 2012

VERDADES FUNDAMENTAIS DA DEVOÇÃO À SANTÍSSIMA VIRGEM – PARTE III

Apresentá-La de um modo terno, forte e persuasivo
“Se vêem ou ouvem algum devoto da Santíssima Virgem falar muitas vezes, dum modo terno, forte e persuasivo, da devoção a esta boa Mãe como de um meio seguro e sem ilusão, dum caminho curto e sem perigo, duma via imaculada e sem imperfeição, e dum segredo maravilhoso para chegar a Vós e Vos amar perfeitamente, clamam contra ele, e lhe apresentam mil razões falsas para provar-lhe que não é necessário falar tanto a respeito da Santíssima Virgem, que há muito abuso que é preciso empenhar-se em destruir, nessa devoção, e aplicar-se em falar sobre Vós, em vez de favorecer a devoção à Virgem Maria, a quem o povo já ama suficientemente” (tópico 64).
 

É a expressão do mesmo pensamento. Notemos, contudo, um pormenor: “Se vêem algum devoto da Santíssima Virgem falar muitas vezes, de um modo terno, forte e persuasivo“. Como se vê, até nas pequenas coisas de São Luís Grignion temos uma total identidade de posição com ele. Não se deve falar de Nossa Senhora de modo oco e romanceado, mas, como fez São Luís, de modo afetuoso, forte e persuasivo. Afetuoso e forte, isto é, que atinge a vontade; persuasivo, que atinge a inteligência. Nossa devoção à Virgem Santíssima deve basear-se em coisas que atinjam a inteligência, e não consistir apenas em melúrias e coisas adocicadas.

Conjuração sistemática contra Nossa Senhora

“Às vezes metem-se a falar da devoção à Virgem Mãe Santíssima, não, porém, para assentá-la e propagá-la, e sim para destruir os abusos que dela se fazem. Estes senhores são, no entanto, desprovidos de piedade, e não têm por Vós sincera devoção, pois que não a têm a Maria. Consideram o rosário, o escapulário, o terço, como devoções de mulheres, próprias de ignorantes, sem as quais se pode obter muito bem a salvação. E se lhes cai nas mãos algum devoto da Virgem Santíssima que recita o seu terço ou pratica qualquer outra devoção mariana, mudam-lhe em pouco tempo o espírito e o coração. Em lugar do terço lhe aconselham recitar os sete salmos; em vez da devoção à Santíssima Virgem, aconselham a devoção a Jesus Cristo” (tópico 64).

São Luís Grignion denuncia aí um trabalho sistemático contra Nossa Senhora, feito dentro da Igreja. Mostra que havia, naquele tempo, pessoasdesprovidas de sincera devoção para com Nosso Senhor, que tinham como principal preocupação destruir a devoção à Virgem Santíssima. Assim, se caísse em suas mãos alguém que tivesse o hábito de rezar o terço, a primeira coisa que fariam seria procurar tirar-lhe esse hábito, para aconselhá-la a rezar os salmos. São desvios antigos, que precederam os erros do liturgicismo. Os salmos, como sabemos, constituem a principal oração da Liturgia Sagrada, mas substituir com eles, obrigatoriamente, o rosário…

Há uma analogia muito grande nesse ponto. É importante ter presente que, segundo São Luís Grignion, essas pessoas não têm amor a Jesus Cristo, mas consagram-se apenas a destruir a devoção a Nossa Senhora, simplesmente porque a querem aniquilar. E não a substituirão por uma verdadeira devoção a Nosso Senhor.

Se formos verificar o resultado da ação dessas pessoas, zelosas em diminuir a devoção a Nossa Senhora, veremos que elas diminuem também o culto a Nosso Senhor. A devoção que têm a Jesus é fraca, pequena, sem consistência. Pelo contrário, naqueles que não temem exagerar a devoção a Nossa Senhora pelo receio de diminuir o culto a Nosso Senhor, verificamos que o amor deles a Jesus Cristo é intensíssimo. É a confirmação de que a verdadeira devoção a Jesus Cristo só existe quando há devoção à Virgem Santíssima. São as palavras de São Luís Grignion:

“Ó meu amável Jesus, terá essa gente o Vosso Espírito? Será possível que Vos agradem, agindo desse modo? Poderá alguém agradar-Vos, sem fazer todos os esforços para agradar a Maria, por medo de Vos desagradar? A devoção à Vossa Mãe impede a Vossa? Atribuirá Ela a si as honras que Lhe damos? Formará Ela um partido diverso do Vosso? É Ela, acaso, uma estrangeira sem a menor ligação convosco? É desagradar-Vos, querer agradar-lhe? Separamo-nos, talvez, ou nos afastamos de Vosso amor, se nos damos a Ela e A Amamos?” (tópico 64).

Como se conhecem os verdadeiros homens de Deus

“Entretanto, meu amável Mestre, a maior parte dos sábios, em castigo de seu orgulho, não se afastariam mais da devoção à Santíssima Virgem, nem a olhariam com mais indiferença, se tudo o que acabo de dizer fosse verdade. Guardai-me, Senhor, guardai-me de seus sentimentos e de suas práticas, e dai-me uma parte dos sentimentos de reconhecimento, de estima, de respeito e de amor, que tendes para com Vossa Mãe Santíssima, a fim de que eu Vos ame e glorifique na medida em que Vos imitar e mais de perto Vos seguir” (tópico 65).

Aqui a acusação se amplia: já não é “um ou outro” sábio, mas “a maior parte dos sábios”. É uma admoestação aos leitores, para que não sigam esses doutores pestilenciais, mas sigam a ele na devoção que ensina.

 

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=8&id=3863


PADRE FABIO DE MELO: VENCER MEDOS, ALCANÇAR VITÓRIAS

abril 21, 2012

MEDO X VOCÊ: QUEM VAI VENCER?

abril 21, 2012

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Medo X Você: Quem vai vencer?

Enfrente seus medos e descubra como sair vencedor
 

Dizem que, na Bíblia, a expressão “não tenhais medo” está escrita 365 (trezentas e sessenta e cinco) vezes. Isso significa que, para cada dia no ano, temos de nos lembrar de que podemos vencer esse inimigo.

Mesmo que esta conta não seja exata, o certo é que neste duelo: “Medo X Você”, Deus quer fazer de você um vencedor. O Senhor não vai lutar por você, mas, com certeza, lutará com você, e não sei se percebeu, mas você já está na arena da vida, a luta já vai começar. Resta saber quem vai vencer: você ou o seu medo.

Existem muitos tipos de medos: medo do passado, do presente, do futuro; medo de pessoas de dentro de casa, medo de pessoas de fora; medo de solidão, de multidão; medo de morrer, de viver; medo de homem, outros de mulher. Existem pessoas que têm medo de quem está vivo, outras de quem está morto…

Alguns com medo da traição, outros da paixão; outros com medo do perdão (dar ou receber); alguns com medo de falar, outros com medo de calar; alguns com medo do conhecido, outros do desconhecido. Enfim, são muitos tipos de temor e escrever uma lista de todos seria talvez algo quase impossível. Certa vez ouvi padre Rufus dizer que o demônio é o “deus do medo” e que esse sentimento é como um louvor aos infernos, quanto mais uma pessoa o alimenta, tanto mais força tem o demônio de fazer mal a ela. Medo e fé são como água e óleo, não se misturam, ou uma pessoa tem fé ou medo; estes não podem existir ao mesmo tempo dentro da mesma pessoa, se o medo vencer, acabará asfixiando a fé.

Ele, na maioria das vezes, surge da nossa imaginação (como Santa Teresa dizia: “A imaginação é a louca da casa”); por isso muitas vezes o medo é como um manipulador, um “cara bom de papo” ou até um ilusionista, que o faz ver o que não existe, acreditar no que não é verdade e assustar-se com fantasmas que já foram sepultados, mas que ele insiste em dizer que estão vivos.

Na grande arena da vida, os ponteiros da decisão apontam a hora de enfrentar os seus medos, não de mãos vazias, mas com “as armas da fé” (cf Rm13,12). Não se esqueça também de que todo lutador tem sempre um técnico que lhe diz o que fazer, o seu é Jesus, que lhe diz: “não tenhas medo” (Lc 8,50)!

Quem não tiver coragem de enfrentar os seus medos nunca descobrirá que é maior do que eles, não importa o nome que tenham; você não pode mais lutar de costas, essa é a posição do pânico, dos covardes, dos derrotados. Na luta entre o Medo X Você, o cinturão da vitória é seu.

Padre Sóstenes Vieira
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20/04/2012

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=12747