UM DIA COM O PAPA BENTO XVI

junho 30, 2010

Um sonho de Dom Bosco – Maria e a Eucaristia

junho 30, 2010
Dom Bosco, o santo dos jovens, fundador da Família Salesiana, recebia com freqüência revelações de Deus através de sonhos. Eram verdadeiros sonhos proféticos.Certa noite, sonhou com um mar tremendamente tempestuoso onde um barco era agitado pelas ondas e cercado de inimigos que o atacavam por todos os lados.
Aproximando a visão, ele pôde ver que naquele barco, além dos tripulantes que lutavam para mantê-lo no meio da borrasca, havia bispos e cardeais e bem na proa do barco estava o papa de pé e de braços abertos. Em seguida, Dom Bosco percebe que, de repente, surge um vento soprando sobre as velas que a tripulação procura manter estendidas, e conduz aquele grande barco numa determinada direção. Dom Bosco não tem mais dúvida: aquele barco é o barco da Igreja. Daí ele entendeu também o porquê daquela tempestade e dos inimigos que o atacavam. Pouco tempo depois percebe que o barco, conduzido por aquele vento (que ele logo entende, é o vento do Espírito Santo), aporta no meio de duas grandes e fortes colunas. Em cima de uma está uma linda imagem de Nossa Senhora, a Auxiliadora dos cristãos, e sobre a outra um enorme ostensório com Jesus presente na Eucaristia. No momento em que o barco se posiciona entre Maria e a Eucaristia, a tempestade, num instante, se dissipa e os inimigos, que atacavam ferozmente o barco da Igreja, fogem espavoridos e se faz uma grande calmaria. Existe uma estampa muito linda retratando esse sonho profético que, com Dom Bosco, nós entendemos também. Maria e a Eucaristia são porto seguro para onde o Espírito Santo conduz a sua Igreja. Aí, e somente aí, ela terá vitória, segurança e paz. É para este porto seguro que o Espírito conduz a Igreja do Brasil. É para aí que o Espírito Santo quer conduzir também a Igreja doméstica que é a sua casa e a sua família. É aí, e somente aí que, nestes tempos tumultuosos de ataque cerrado sobre a família, nós teremos a vitória, a segurança e a paz de que tanto necessitamos. Maria e a Eucaristia são as duas colunas de guarda e proteção para a igreja doméstica na qual você é responsável e porto de salvação para onde estamos sendo todos conduzidos. Aí, e somente aí, teremos a vitória, a segurança e a paz. Paz para nossas casas. Vitória certa para as nossas famílias. Maria e a Eucaristia: o nosso porto seguro.
 
Deus abençoe você! Padre Jonas Abib

Fonte: http://www.espacomaria.com.br/?cat=27&id=2280


Pais Paraplégicos – Pe Zezinho

junho 29, 2010

LIBERDADE E AMOR COINCIDEM

junho 29, 2010

ÂNGELUS DO PAPA BENTO XVI.

“LIBERDADE E AMOR COINCIDEM”.

27.06.10 – Cidade do Vaticano“Liberdade e amor coincidem. Ao contrário, obedecer ao próprio egoísmo conduz a rivalidades e conflitos”. Foi o que recordou o Papa Bento XVI nesta manhã no breve discurso proferido antes da recitação da oração mariana do Angelus, com os fiéis e peregrinos reunidos na Praça São Pedro.

O Santo Padre evocou o episódio narrado pelo evangelista Lucas no qual apresenta Jesus que, enquanto caminha pela estrada em direção a Jerusalém, encontra alguns homens, provavelmente jovens, os quais prometem segui-lo onde for. Com eles Jesus se demonstra muito exigente, advertindo-os que “o Filho do homem – isto é Ele, o Messias – não tem onde repousar a cabeça”, ou seja não tem uma casa sua estável, e quem escolhe trabalhar com Ele no campo de Deus não pode mais voltar para traz. A um outro ao invés Cristo mesmo diz: Segue-me, pedindo-lhe uma interrupção radical com o passado inclusive com os familiares.

“Essas exigências podem parecer duras demais, – disse o Papa – mas na realidade exprimem a novidade e a prioridade absoluta do Reino de Deus que se faz presente na Pessoa mesma de Jesus Cristo. Em última análise, trata-se daquela radicalidade que é devido ao Amor de Deus, ao qual Jesus mesmo por primeiro obedece. Quem renuncia a tudo, até mesmo a si mesmo, para seguir Jesus, entra em uma nova dimensão da liberdade, que São Paulo define “caminhar segundo o Espírito” (cfr Gal 5,16).

Cristo – continuou o Santo Padre – nos libertou para a liberdade e explica que essa nova forma de liberdade adquirida por Cristo consiste no estar “a serviço uns dos outros” (Gal 5,1.13). Liberdade e amor coincidem! Ao contrário, obedecer ao próprio egoísmo conduz a rivalidades e conflitos.

O chamado feito no Evangelho prefigura a vocação religiosa e sacerdotal que requer uma total adesão e de fato, com os jovens que encontra, Jesus – recordou o Papa – “se mostra muito exigente. Quem tem a sorte de conhecer um jovem ou uma jovem que deixa a família de origem, os estudos ou o trabalho para consagrar-se a Deus, – destacou o Pontífice – sabe muito bem do que se trata, porque tem diante de si um exemplo vivente de resposta radical à vocação divina.

“É essa uma das experiências mais bonitas que fazem na Igreja: ver, tocar com a mão a ação do Senhor na vida das pessoas; experimentar que Deus não é uma entidade abstrata, mas uma Realidade tão grande e forte que enche de modo superabundante o coração do homem, uma Pessoa vivente e próxima, que nos ama e pede para ser amada.”

Recordando enfim que se conclui o mês de junho, “caracterizado pela devoção ao Sagrado Coração de Jesus”, o Papa lembrou o encerramento do Ano Sacerdotal na Praça São Pedro – repleta nesta manhã com cerca 40 mil fiéis – durante o qual ele mesmo renovou “com os sacerdotes do mundo inteiro o compromisso de santificação”. “Hoje – concluiu – gostaria de convidar todos a contemplar o mistério do Coração divino-humano do Senhor Jesus, para provar da fonte mesma do Amor de Deus. Quem fixa o olhar no Coração traspassado e sempre aberto por amor nosso, sente a verdade desta invocação: “Tu és, Senhor, o meu único bem”.

Em seguida o Papa rezou a oração mariana do Ângelus e concedeu a todos a sua Benção Apostólica.

Antes de se despedir dos fiéis Bento XVI saudou em várias línguas os diversos grupos de peregrinos presentes na Praça São Pedro. O Papa recordou que hoje na Itália e em outros países realiza-se o Dia da Caridade do Papa, nas paróquias se recolhem as ofertas destinadas ao “Óbolo de São Pedro”, com as quais o Santo Padre ajuda as igrejas mais pobres no mundo.

“Exprimo, – disse o Pontífice – a minha viva gratidão a todos aqueles que, com a oração e as ofertas apóiam a ação apostólica e caritativa do Sucessor de Pedro e em favor da Igreja presente no mundo inteiro e de tantos irmãos próximos e distantes”.

Bento XVI recordou ainda que na manhã de hoje, no Líbano foi proclamado bem-aventurado Estephan Nehme’, religioso da Ordem Libanesa Maronita, que viveu no Líbano entre ao fim de Oitocentos e a primeira metade de Novecentos.

O Papa desejou ainda, na iminência das férias européias, que as mesmas sejam ocasião para encontros “com a natureza, com novas pessoas, com os frutos da criatividade humana” e de “reforço da fé”.

Fonte: Rádio Vaticano.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/LIBERDADE%20E%20AMOR%20COINCIDEM.htm


Padre Fabio de Melo – Sendo Honesto Consigo Mesmo

junho 28, 2010

JESUS CRISTO NÃO ERA UM JOVENZINHO

junho 28, 2010

JESUS CRISTO NÃO ERA UM JOVENZINHO
 
 

E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? (Mt 16,13)

Na sua adolescência Jesus estava aprendendo. Certamente ele não era um jovenzinho empolgado com algumas idéias bonitas de libertação. Não era também um adulto contente com as coisas, a ponto de achar que não havia nada que mudar, e certamente não era um velho desacostumado com as mudanças e insatisfeito com os novos caminhos do mundo.

No sentido cronológico das idades, Jesus não era um jovem quando começou a pregação do seu novo reino. Era, no máximo, um adulto recém saído da mocidade. Mas jovem ele não era!…

Sempre comecei por aí as minhas pregações para os jovens, nos quase 30 anos em que falei a eles em movimentos, retiros e colégios.  Jesus foi jovem, mas já era adulto quando começou sua missão. Durante a sua juventude ele estava crescendo em sabedoria e graça diante do Pai e da humanidade. Quem não tinha que se preparar porque trazia em si suficiente sabedoria, esperou!

Depois do episódio no templo ele esperou no mínimo mais 18 anos até começar a pregar! Um aviso aos pregadores que sobem a púlpitos e microfones sem ao menos ter lido o catecismo e a Bíblia… Vão lá repetir frases e comandos que seus mentores disseram num retiro ou num acampamento! Não basta! Conteúdo se adquire por estudo e não por osmose! 

E ao catequizando que me pergunta não posso garantir que Jesus tivesse sido jovem em espírito, mesmo porque não sei se tal coisa de fato exista: um homem de trinta ou quarenta anos com coração e ideais de jovem… E por que não pode ser coração e ideal de adulto? Tem que ser jovem para ter ideal e ser ousado e corajoso? A sabedoria e a covardia estão em todas as idades! Não estamos usando demais o General McArthur para agradar um ser humano jovem, quando repetindo seu discurso poético, mas não necessariamente filosófico, dizemos que adultos ricos de conteúdo como Nelson Mandela ou Mahatma Ghandi eram jovens em espírito? Jesus que foi criança, jovem e jovem adulto não precisou passar por jovem para dizer o que disse e fazer o que fez.  Descanonizemos a idade, porque há velhos e adultos imaturos e jovens maduros, e há jovens imaturos e adultos maduros.

A juventude, em todos os tempos, foi tempo de amadurecer, mas a pressa de alguns era e é tamanha que milhões apodreceram antes de amadurecer! Foi e é o caso das vitimas da prostituição, do ódio, do banditismo, da droga e da violência. Essas coisas envelhecem antes do tempo! Um jovem mergulhado no crack jogou fora a sua juventude. Restou-lhe apenas a idade cronológica!

Como Jesus era normal, suponho que ele não tenha tido a necessidade de fingir uma idade que não tinha. Assim, não creio que ele tenha jamais dito aos seus discípulos que fossem jovens de espírito como ele, simplesmente porque seu espírito era de um homem vivendo a realidade da vida, com coração e ideais de adulto que ele era.

Modelo para os jovens

Jesus, porém, continua sendo o modelo da juventude, porque, no tempo em que foi jovem, segundo nos conta o evangelista, que é bem menos suspeito do que nós para falar dessas coisas, viveu com gente que sabia das coisas e soube crescer e amadurecer em graça. Foi mais uma das suas kênosis dentro da sua grande kênosis.

Homem livre

Livre ele era! Livre de verdade a ponto de se comprometer, mas não por ódio, não por frustração, não por idealismo infantil ou juvenil, não por revolta, não por misticismo ou arroubos e êxtases de entusiasmo religioso. Ele se emocionava, mas controlava muito bem suas emoções. Comprometeu-se por amor, pura e simplesmente por amor! E propôs aos doze que fossem como ele: de coração sereno e despretensioso, manso e humilde! (Mt 11,29) O jugo dele não feria e o fardo dele era suportável. Não se dá o mesmo com o jugo e o fardo do mundo!  A paz dele era diferente da paz que o mundo dá. (Jo 14,27)

Teciam comentários

Um dia, segundo nos narra o evangelista (Jo 7, 25 a 51) Jesus começou a ser comentado.  Teciam comentários sobre o rapaz de Nazaré. “É um sonhador, é um místico alienado, ele pensa que é mais do que nosso profetas, está planejando uma revolução, ensaia um golpe de Estado e um novo reino, vai se dar mal, coitado, tão bonzinho e com essas idéias”…  Havia comentários de todos os costados, mas, de todos, como não podia deixar de ser, os mais entendidos eram os vizinhos e conterrâneos. Afinal, eles conheciam o filho do carpinteiro (Mt 13, 57) Se não estudara para ser rabino, onde ele aprendera aquilo que andava dizendo?

Dificuldades

As coisas não foram fáceis pra Jesus. E não são fáceis para qualquer jovem de hoje que tenha a coragem de abraçar algum ideal na vida, especialmente para aqueles que sonham ser padres. Não em tempos que acentuam a pedofilia de alguns e esquecem os inúmeros mártires que deram seu sangue pelo Reino!

Foi o que eu disse sem pestanejar a um senhor que se dizia convertido a uma novel igreja do Brasil, ao falar com ironia dos padres pedófilos.  Disse-lhe que Jesus não me permitia falar o que sei dos pregadores da igreja dele, mas pedi que ele mostrasse os mártires da sua novel igreja e eu mostraria os da nossa. Antes disso, era melhor ele não partir para a ironia! Não sei de ninguém da igreja dele que morreu defendendo os pobres e os pequenos. Mas tenho uma grande lista de mártires católicos e cristãos de algumas igrejas evangélicas históricas que, na América Latina, deram a vida pelo seu povo. Que ele me mostrasse a lista deles!

O Jesus que conheço não era jovem, mas não chegou à velhice> Motivo: ousou dizer o que a sociedade do seu tempo não queria ouvir!

Fonte: http://www.padrezezinhoscj.com/interna.php?arquivo=ok&flag_area=palavra&id_palavra=125


FOI POR VOCÊ – ANJOS DE RESGATE

junho 27, 2010

A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA

junho 27, 2010

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A importância da disciplina

As pessoas mais produtivas são aquelas que se organizam

O Papa João Paulo II disse – na Carta às Famílias, escrita em 1994 –, que “o ato de educar o filho é o prolongamento do ato de gerar”. O ser humano só pode atingir a sua plenitude, segundo a vontade de Deus, se for educado; e essa missão é, sobretudo, dos pais. É um direito e uma obrigação deles ao mesmo tempo. É pela educação que a criança aprende a disciplina, por isso os genitores não podem se descuidar dela, deixando-a abandonada a si mesma. Se isso ocorrer, essa criança será como um terreno baldio onde só nasce mato, sujeira, lixo e bichos venenosos. Sem disciplina não se consegue fazer nada de bom nesta vida.

Muitas pessoas não conseguem vencer os problemas e vícios pessoais porque não são disciplinadas. Muitas não conseguem ser perseverantes em seus bons propósitos porque lhes falta essa virtude [disciplina]. Para vencer um vício ou para dominar um mau hábito é preciso disciplina. É por ela que aprendemos a nos dominar. Vale mais um homem que se domina do que o que conquista uma cidade, diz a Bíblia.

A disciplina depende evidentemente da força de vontade; e esta é fortalecida pela graça de Deus. São Paulo diz que é Deus “ que opera em nós o querer e o fazer” (cf. Fil 2,13). As grandes organizações, fortes e duradouras, como, por exemplo, a Igreja, apoiam-se em uma rígida disciplina. É isso que lhes dá condições de superar os modismos e as ameaças de enfraquecimento. Também as grandes empresas fazem o mesmo.

Em primeiro lugar, é preciso organizar a sua vida. Defina e marque, com clareza, todas as suas atividades; sejam elas profissionais, religiosas ou de lazer. Deve haver um tempo definido para cada coisa; o improviso é a grande causa da perda de tempo e de insucesso. As pessoas mais produtivas são aquelas que se organizam. Essas fazem muitas coisas em pouco tempo. Não deixam para depois o que deve ser feito agora.

Não adianta você ter muitos livros se eles não estiverem arrumados por assunto, assim você não vai encontrar um livro que desejar. Não adianta você ter muitos artigos guardados se eles não estiverem classificados e indexados. No meio da bagunça não se pode achar nada, e perde-se muito tempo. Então, aprenda a arquivar tudo com capricho. O povo diz que um homem prevenido vale por dois. Então, seja prudente, cauteloso, previdente. Se você sabe que a sua memória falha, então carregue com você uma caneta e papel, e anote tudo o que deve fazer durante do seu dia, ou sua ida à cidade.

Muitos fracassam em seus projetos porque não sabem fazer um bom planejamento, com critérios, organização e método, porque não são disciplinados. A pressa atropela o planejamento, por falta de disciplina; é um perigo. Sem disciplina não se consegue fazer um bom planejamento. Muitas obras são construídas repletas de defeitos, e custam mais, porque faltou planejamento, disciplina e ordem. Lembre-se: é muito mais fácil, rápido e barato, fazer uma obra planejada, do que fazer tudo às pressas e depois ter que ficar remendando os erros cometidos.

Foi muito feliz quem escreveu em nossa bandeira: “Ordem e Progresso”. Disciplina significa você fazer tudo com ordem, critério, método e organização. Então, disciplina é uma virtude que se adquire desde a infância, em casa com os pais, na escola, na Igreja, no trabalho…

Sem disciplina gastamos muito mais tempo para fazer as coisas e pode-se ficar frustrado de ver o tempo passar sem acabar o que se pretendia fazer. Por isso, é preciso aprender a organizar a vida, o armário e a casa, arrumar a mesa de trabalho, a agenda de compromissos, etc. A disciplina se adquire com o hábito. Habitue-se a fazer tudo com planejamento, ordem, capricho, etapa por etapa, sem atropelos. Deus nos dá o tempo certo e suficiente para fazer o que precisamos fazer.

São Paulo disse aos coríntios que “os atletas se impõem todo tipo de disciplina. Eles assim procedem, para conseguir uma coroa corruptível. Nós o fazemos por um coroa incorruptível”(1Cor 9,25).

Nenhum atleta vence uma competição sem muita disciplina, treinos, regimes, horários rígidos, etc. Ora, na vida espiritual, pela qual desejamos ganhar a “coroa incorruptível”, a disciplina é mais necessária ainda. Ninguém cresce na vida espiritual sem disciplina: horário para rezar, meditar, trabalhar, etc. Estabeleça para você uma rotina de exercícios espirituais diários, e cumpra isto rigorosamente.

Assim Deus vai lentamente ocupando o centro de sua vida, como deve ser com cada cristão. Sem isto você será um cristão inconstante e tíbio.

É preciso insistir e persistir no objetivo definido. Não recue e não abandone aquilo que decidiu fazer. Para isto, pense bem e planeje bem o que vai fazer; não faça nada de maneira afoita, atropelada, movido pelo sentimentalismo ou apenas pela emoção. Não. Só comece uma atividade, física ou espiritual, se tiver antes pensado bem e estiver convencido de que precisa e quer de fato realizá-la. Peça a graça de Deus antes de iniciar a atividade; e prometa a você mesmo não recuar e não desanimar. Cada vez que você começa uma atividade de maneira intempestiva, e logo desiste dela, enfraquece a sua vontade e deixa a indisciplina ganhar espaço em sua vida.

Sem disciplina não se pode chegar à santidade. São Paulo chegou a dizer: “Castigo o meu corpo e o mantenho em servidão, de medo de vir eu mesmo a ser excluído depois de eu ter pregado aos outros” (I Cor 9,27).

Foto

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: “Escola da Fé” e “Trocando Idéias”. Saiba mais em Blog do Professor FelipeSite do autor: http://www.cleofas.com.br

21/06/2010
Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11909

Oração diária para os consagrados à Virgem Maria

junho 26, 2010
 
 
ORAÇÃO DIÁRIA PARA OS CONSAGRADOS À VIRGEM MARIA
 

 

Faça-a todos os dias
 
Ó Santa Mãe Dolorosa de Deus, Ó Virgem Dulcíssima, eu Vos ofereço o meu coração, a fim de que o conserveis intacto como o Vosso Coração Imaculado.

Eu Vos ofereço a minha inteligência, para que ela conceba apenas pensamentos de paz e bondade, de pureza e verdade. Eu Vos ofereço a minha vontade para que ela se mantenha viva e generosa ao serviço de Deus.

Eu vos ofereço meu trabalho, minhas dores, meus sofrimentos, minhas angústias, minhas tribulações e minhas lágrimas, no meu presente e no meu futuro, para serem apresentadas por Vós ao vosso Divino Filho, para purificação da minha vida. Mãe compassiva, eu me refugio em Vosso Coração Imaculado, para acalmar as dolorosas palpitações de minhas tentações, de minha aridez, da minha indiferença e das minhas negligências. Escutai-me, ó Mãe, guiai-me, sustentai-me e defendei-me contra todos os perigos da alma e do corpo, agora e por toda a eternidade.

Assim seja!

 

Extraído do site: http://www.espacojames.com.br/?cat=28&id=5269


Muitos Choram – Rosa de Saron

junho 25, 2010

Pe. Zezinho scj – Oração de anti-deslumbramento

junho 25, 2010

Oração de anti-deslumbramento
Pe. Zezinho scj

Sei que me ouves, Senhor. Atenderás se quiseres. Mas, como queres o meu bem e eu a tua glória, quero proclamar-te sem cair em deslumbramentos. Não quero esquecer, nem mesmo por um segundo, que não vi, não vejo e não verei tudo a teu respeito. Sei que existes, mas não sei quem és nem como és. És mais do que imagino e mais do que sei ou saberei.

Sou e serei de Ti eterno aprendiz, aluno que pouco sabe. Marcas presença, mas continuas misterioso, indizível, inefável e inenarrável. Há muito mais de Ti do que toda a sabedoria humana poderia apreender. Por mais que eu soubesse, quase nada eu saberia a teu respeito. Eu seria Deus se soubesse como és; eu que mal consigo saber como ages e mim…

Nunca direi, como dizem tantos pregadores, que basta orar com fé que atendes a qualquer prece e a qualquer suplicante, porque és misericordioso. Penso que, exatamente por seres misericordioso, é que não nos darás tudo do jeito que pedimos. Crianças pedem coisas erradas que os pais, por misericórdia, não concedem.

Entendo que poderás nos dar ou darás tudo o que pedirmos, mas não sei quando, nem está dito que é na hora e do jeito que pedirmos… És livre. Não sabes não amar nem odiar, mas atenderás apenas se quiseres. Mesmo atendendo, nem sempre atenderás do nosso jeito. Sabes do que realmente precisamos e nos darás o que nos convém; não o que achamos que nos convém.

Entrego-me ao teu mistério e à tua misericórdia, e peço, isto sim, que me ensines a confiar em Ti, como criança que se joga no colo da mãe, ou como adulto que se percebe profundamente amado.

Viverei de vislumbres. Ver-te, eu sei que não verei com os olhos da carne. Eles terão que morrer para que eu possa ver-te como és. Também não vejo a eletricidade, nem as ondas de rádio e, nem por isso deixo de saber que elas me cercam e até me invadem. Dia após dia, vejo suas conseqüências.

Eu mesmo sou conseqüência tua. Morrerei cercado dos teus sinais, mas ver-te, não verei! Teus sinais me falarão de Ti!…

http://www.padrezezinhoscj.com


Brilhará – Ministério Adoração e Vida

junho 24, 2010

PAPA: UMA FREQUENTE PARTICIPAÇÃO DO SANTO SACRIFÍCIO DA MISSA.

junho 24, 2010

Catequese do Papa BENTO XVI.

Convite a uma frequentemente, cara a cara,
na companhia do Santíssimo Sacramento!

23.06.10: Cidade do Vaticano, O Papa Bento XVI encontrou-se na manhã de hoje na Sala Paulo VI, no Vaticano, com os fiéis e peregrinos provenientes de todas as partes do mundo no âmbito da tradicional audiência geral das quartas-feiras. No discurso que proferiu em italiano, Bento XVI concluiu hoje a série de catequeses dedicadas a Santo Tomás de Aquino.

Queridos irmãos e irmãs, na escola dos Santos, enamoremo-nos por este sacramento! Participemos da Santa Missa com recolhimento, para obter os frutos espirituais, nutramo-nos do Corpo e do Sangue do Senhor, para sermos incessantemente alimentados pela Graça divina! Entretenhamo-nos de bom grado e frequentemente, cara a cara, na companhia do Santíssimo Sacramento!

Na íntegra:

Queridos irmãos e irmãs,

Desejo hoje completar, com uma terceira parte, as minhas catequeses sobre São Tomás de Aquino. Mesmo após mais de setecentos anos de sua morte, podemos aprender muito com ele. O recordava também o meu predecessor, o Papa Paulo VI, que, em uma homilia em Fossanova, aos 14 de setembro de 1974, por ocasião do sétimo centenário da morte de São Tomás, se perguntava: “Mestre Tomás, que lições pode nos dar?”. E respondia assim: “a confiança na verdade do pensamento religioso católico, do qual ele foi defensor, expositor, aberto à capacidade cognitiva da mente humana” (Insegnamenti di Paolo VI, XII [1974], pp. 833-834). E, no mesmo dia, em Aquino, referindo-se sempre a São Tomás, afirmava: “todos, enquanto filhos fiéis da Igreja, podemos e devemos, ao menos em alguma medida, ser seus discípulos!” (Ibid., p. 836).

Coloquemo-nos, então, também nós na escola de São Tomás e de sua obra principal, a Summa Theologiae [Suma Teológica]. Ela permaneceu inacabada, e todavia é uma obra monumental: contém 512 questões e 2.669 artigos. Trata-se de um argumento forte, em que a aplicação da inteligência humana aos mistérios da fé procede com clareza e profundidade, entrelaçando perguntas e respostas, nas quais São Tomás nos aprofunda o ensinamento que vem da Sagrada Escritura e dos Padres da Igreja, sobretudo de Santo Agostinho.

Nesta reflexão, no encontro com as verdadeiras questões de seu tempo, que são também, muitas vezes, as nossas questões, São Tomás, utilizando o método e o pensamento dos filósofos antigos, especialmente Aristóteles, chega assim a formulações precisas, lúcidas e pertinentes da verdade de fé, onde a verdade é dom da fé, resplandece e torna-se acessível para nós, para nossa reflexão. Tal esforço, no entanto, da mente humana – recorda o Aquinense com a sua própria vida -, é sempre iluminado pela oração, pela luz que vem do Alto. Somente quem vive com Deus e com os mistérios pode também entender o que eles dizem.

Na Suma de Teologia, São Tomás parte do fato de que existem três maneiras diferentes do ser e da essência de Deus: Deus existe em si mesmo, é o princípio e o fim de todas as coisas, e, por isso, todas as criaturas procedem e dependem d’Ele; depois, Deus está presente através da sua Graça na vida e atividade dos cristãos, dos santos; e, finalmente, Deus está presente de um modo todo especial na Pessoa de Cristo unido aqui realmente com o homem Jesus, e operante nos Sacramentos, que emanam de sua obra redentora.

Por isso, a estrutura dessa obra monumental (cf. Jean-Pierre Torrell, La “Summa” di San Tommaso, Milano 2003, pp. 29-75), uma pesquisa com “olhar teológico” da plenitude de Deus (cf. Summa Theologiae, Ia, q. 1, a. 7), é articulada em três partes, e é ilustrada pelo próprio Doctor Communis – São Tomás – com estas palavras: “O principal objetivo da sagrada doutrina é o de dar a conhecer a Deus, e não sobretudo em si mesmo, mas também enquanto princípio e fim das coisas e, especialmente, da criatura racional. No intento de expor esta doutrina, trataremos primeiro de Deus; em segundo lugar, do movimento da criatura rumo a Deus; e, por terceiro, de Cristo, o qual, enquanto homem, é, para nós, via para ascender a Deus” (Ibid., I, q. 2). É um círculo: Deus em si mesmo, que sai de si mesmo e nos toma pela mão, de tal modo que, com Cristo, retornemos a Deus, estejamos unidos a Deus, e Deus será tudo em todos.

A primeira parte da Summa Theologiae investiga, por conseguinte, sobre Deus em si mesmo, sobre o mistério da Trindade e sobre a atividade criadora de Deus. Nesta parte, encontramos também uma profunda reflexão sobre a realidade autêntica do ser humano enquanto nascido das mãos criadoras de Deus, fruto do seu amor. Por um lado, somos um ser criado, dependente, não viemos de nós mesmos; mas, por outro lado, temos uma verdadeira autonomia, de modo que somos não qualquer coisa de aparente – como dizem alguns filósofos platônicos -, mas uma realidade querida por Deus como tal, e com valor em si mesma.

Na segunda parte, São Tomás considera o homem, impelido pela Graça, na sua aspiração de conhecer e amar a Deus para ser feliz no tempo e na eternidade. Primeiro, o Autor apresenta os princípios teológicos do agir moral, estudando como, na liberdade de escolha humana para praticar o bem, integram-se a razão, a vontade e as paixões, às quais se acrescenta a força que dá a Graça de Deus através das virtudes e dos dons do Espírito Santo, bem como a ajuda que é oferecida também pela lei moral.

Então, o ser humano é um ser dinâmico que procura a si mesmo, busca tornar-se a si mesmo e busca, neste sentido, praticar atos que o constroem, o fazem verdadeiramente homem; e aqui entra a lei moral, entra a Graça e a própria razão, a vontade e as paixões. Sobre este fundamento, São Tomás delineia a fisionomia do homem que vive segundo o Espírito e que se torna, assim, um ícone de Deus. Aqui, o Aquinense dedica-se a estudar as três virtudes teologais – fé, esperança e caridade -, seguidas do agudo exame de mais de cinqüenta virtudes morais, organizadas em torno das quatro virtudes cardeais – prudência, justiça, temperança e fortaleza. Termina, então, com a reflexão sobre as diferentes vocações na Igreja.

Na terceira parte da Summa, São Tomás estuda o Mistério de Cristo – o caminho e a verdade – por meio do qual podemos alcançar novamente a Deus Pai. Nesta seção, escreve páginas praticamente insuperáveis sobre o Mistério da Encarnação e da Paixão de Jesus, acrescentando, em seguida, uma ampla discussão sobre os sete sacramentos, porque neles o Verbo divino encarnado estende os benefícios da Encarnação para a nossa salvação, para o nosso caminho de fé em direção a Deus e à vida eterna, permanece materialmente quase presente com as realidades da criação, nos toca, assim, no íntimo.

Falando dos Sacramentos, São Tomás detém-se especialmente sobre o Mistério da Eucaristia, pelo qual tinha uma grandíssima devoção, a tal ponto que, de acordo com os antigos biógrafos, era seu costume encostar a cabeça no Tabernáculo, como que para sentir palpitar o Coração divino e humano de Jesus.

Em uma obra de comentário à Escritura, São Tomás nos ajuda a compreender a excelência do Sacramento da Eucaristia, quando escreve: “Sendo a Eucaristia o sacramento da Paixão de Nosso Senhor, contém em si Jesus Cristo que sofreu por nós. Portanto, tudo que é efeito da Paixão de nosso Senhor, é também efeito desse sacramento, não sendo esse outra coisa que não a aplicação em nós da Paixão do Senhor” (In Ioannem, c.6, lect. 6, n. 963). Compreendamos bem por que São Tomás e outros santos haviam celebrado a Santa Missa derramando lágrimas de compaixão pelo Senhor, que se oferece em sacrifício por nós, lágrimas de alegria e de gratidão.

Queridos irmãos e irmãs, na escola dos Santos, enamoremo-nos por este sacramento! Participemos da Santa Missa com recolhimento, para obter os frutos espirituais, nutramo-nos do Corpo e do Sangue do Senhor, para sermos incessantemente alimentados pela Graça divina! Entretenhamo-nos de bom grado e frequentemente, cara a cara, na companhia do Santíssimo Sacramento!

Tudo quanto São Tomás ilustrou com rigor científico nas suas obras teológicas maiores, como considero a Summa Theologiae, também a Summa contra Gentiles foi exposta na sua pregação, dirigida aos alunos e aos fiéis. Em 1273, um ano antes de sua morte, durante toda a Quaresma, ele pregou sermões na igreja de São Domingos Maior, em Nápoles. O conteúdo daqueles sermões foi recolhido e conservado: são os Opúsculos em que ele explica o Símbolo dos Apóstolos [Credo], interpreta a oração do Pai Nosso, ilustra o Decálogo e comenta a Ave Maria.

O conteúdo das pregações do Doctor Angelicus corresponde quase inteiramente à estrutura do Catecismo da Igreja Católica. De fato, na catequese e na pregação, em um tempo como o nosso, de renovado compromisso com a evangelização, nunca deveriam faltar esses temas fundamentais: o que nós cremos, e eis o Símbolo da fé; o que nós rezamos, e eis o Pai Nosso e a Ave Maria; e o que nós vivemos como nos ensina a Revelação bíblica, e eis a lei do amor a Deus e ao próximo e os Dez Mandamentos, como explicação desse mandamento do amor.

Desejo propor alguns exemplos do conteúdo, simples, essencial e convincente, do ensinamento de São Tomás. No seu Opúsculo sobre o Símbolo dos Apóstolos, ele explica o valor da fé. Por meio dessa, diz, a alma une-se a Deus, e se produz como que uma semente da vida eterna. A vida recebe uma orientação segura, e nós superamos facilmente as tentações. Àqueles que objetam que a fé seja uma loucura, porque faz crer em algo que não se inscreve no âmbito da experiência dos sentidos, São Tomás oferece uma resposta muito abrangente, e recorda que essa é uma objeção inconsistente, porque a inteligência humana é limitada e não pode conhecer a tudo. Somente no caso em que nós pudéssemos conhecer perfeitamente todas as coisas visíveis e invisíveis, então seria uma autêntica loucura aceitar a verdade pela pura fé. Além disso, é impossível viver, diz São Tomás, sem confiarmos na experiência de outros, onde o conhecimento pessoal não chega.

É razoável, portanto, prestar fé em Deus que se revela e no testemunho dos Apóstolos: eram poucos, simples e pobres, esgotados por causa da Crucificação de seu Mestre; no entanto, muitas pessoas sábias, nobres e ricas se converteram em pouco tempo escutando sua pregação. Trata-se, com efeito, de um fenômeno historicamente prodigioso, ao qual dificilmente pode-se dar outra resposta razoável, exceto aquela do encontro dos Apóstolos com o Senhor Ressuscitado.

Comentando o artigo do Símbolo sobre a Encarnação do Verbo Divino, São Tomás faz algumas considerações. Afirma que a fé cristã, considerando o mistério da Encarnação, é reforçada; a esperança eleva-se mais confiante, a partir do pensamento de que o Filho de Deus veio entre nós, como um de nós, para comunicar aos homens a própria divindade; o amor é reavivado, pois não há sinal mais evidente do amor de Deus por nós que ver o Criador do universo tornar-se Ele próprio criatura, um de nós. Finalmente, considerando o mistério da Encarnação de Deus, sentimos inflamar o nosso desejo de contemplarmos Cristo na glória. Usando uma comparação simples e eficaz, São Tomás observa: “Se o irmão de um rei estivesse distante, certamente desejaria poder viver ao seu lado. Cristo nos é este irmão: devemos, portanto, desejar a sua companhia, tornarmo-nos um só coração com ele” (Opuscoli teologico-spirituali, Roma 1976, p. 64).

Apresentando a oração do Pai Nosso, São Tomás mostra que ela é perfeita em si mesma, tendo todas as cinco características que uma oração bem feita deveria possuir: confiante e tranquilo abandono; conveniência de seu conteúdo, porque – observa São Tomás – “é muito difícil saber exatamente o que é oportuno pedir e o que não é, dado que estamos em dificuldade frente à seleção dos desejos” (Ibid., p. 120); e, então, ordens apropriadas dos pedidos, fervor da caridade e sinceridade da humildade.

São Tomás foi, como todos os santos, um grande devoto de Nossa Senhora. A definia com um nome bonito: Triclinium totius Trinitati – triclínio, isto é, lugar onde a Trindade encontra o seu repouso, porque, devido à Encarnação, em nenhuma criatura, como n’Ela, as três divinas Pessoas habitaram e provaram a delícia e a alegria de viver na sua alma cheia de Graça. Pela sua intercessão, podemos obter todo o auxílio.

Com uma oração, que é tradicionalmente atribuída a São Tomás e que, em todo o caso, reflete os elementos de sua profunda devoção mariana, também nós dizemos: “Ó beatíssima e dulcíssima Virgem Maria, Mãe de Deus […], eu confio ao teu coração misericordioso toda a minha vida […] Obtém-me, ó minha dulcíssima Senhora, amor verdadeiro, com o qual possa amar com todo o coração o teu santíssimo Filho e a ti, depois d’Ele, sobre todas as coisas, e o próximo em Deus e por Deus”.

Fonte: Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé.

Extraído do site: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/A%20Obra%20prima%20%20do%20doutor%20Angélico%20é%20a%20Suma%20Teologica..htm


Vaticano apresenta as imagens mais antigas dos apóstolos de Jesus.

junho 23, 2010

A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

junho 23, 2010

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A importância da família

O amor está sendo retirado do coração dos homens

O relato de São João sobre as Bodas de Caná (cap. 2,1-11) mostra claramente como Jesus valoriza a família. Foi o Seu primeiro milagre, abençoando com Sua presença os noivos, que pretendiam iniciar uma nova família. Ele quis iniciar o anúncio do Reino em um casamento, mostrando que a família é importante para Ele.

A família é a base, o esteio, o sustento de uma sociedade mais justa. Ao longo da história da humanidade, assistimos à destruição de nações grandiosas por causa da dissolução dos costumes, a qual foi motivada pela desvalorização da família.

No nosso mundo de hoje, depois que ficou liberado o divórcio indiscriminadamente, a família ficou ameaçada em sua estrutura e é por isso que vemos, através dos meios de comunicação e até na comunidade em que vivemos, cenas terríveis. Filhos drogados matam ou mandam matar os pais, pais matam filhos por motivos fúteis, mães se desfazem de seus bebês, quando não cometem o crime hediondo do aborto quando a criança não tem como se defender. Há problemas seriíssimos. Quando os pais se separam alguma coisa se parte no íntimo dos filhos. Eles não sabem se é melhor ficar com o pai ou com a mãe. No fundo, eles gostariam de ficar com os dois. Em paz e harmonia, é claro.

O amor está sendo retirado do coração dos homens e das mulheres. E, em consequência disso, a família está perdendo a sua unidade e a sua dignidade. Isso acarreta a dissolução dos costumes. A família decai e a sociedade decai. Precisamos compreender e nos lembrar sempre de que Deus nos deu uma família a fim de que, num âmbito menor, nós pudéssemos aprender a amar todos os nossos semelhantes.

O desenvolvimento tecnológico tem seus pontos benéficos. Facilitou a vida das pessoas. Mas facilitou de tal modo que a humanidade ficou mal-acostumada. Só quer o que é fácil. Não se interessa pelo que exige esforço, luta. No entanto, o que conquistamos com esforço tem um sabor muito melhor. Parece que nos esquecemos disso.

Na passagem das Bodas de Caná, Jesus transformou a água em vinho, em bom vinho. Ele poderia ter tirado o vinho do nada, mas Ele quis a participação humana. Por isso, mandou que enchessem as talhas de água. Hoje também o Senhor quer que nós enchamos a “talha de nossa vida”, a nossa existência, de “água” que Ele transformará no melhor “vinho”.

Que é que isso quer dizer? Quer dizer que precisamos colocar amor em nossa vida, em nossa família, para que Ele transforme esse amor humano em amor divino, o mesmo amor que une as pessoas da Santíssima Trindade e que é tão grande e tão repleto de felicidade, que extravasa, explode e quer ser espalhado entre nós. E é por meio dele que encontraremos a plenitude da felicidade.

Não é fácil cultivar o amor às vezes, é até difícil. Mas o difícil, quando conquistado tem um valor inestimável. Temos prova disso. Em uma competição esportiva, por exemplo, o vencedor fica mais satisfeito quando enfrenta adversários mais difíceis.

Viver em família, viver em união dentro da família não é fácil. Mas fácil não é sinônimo de bom. Talvez seja até o contrário.

A família precisa de amor para ser bem estruturada. A sociedade precisa das famílias para realizar a justiça e a paz porque a sociedade é uma família amplificada.

Falta o “vinho” para as nossas famílias. Esse “vinho” é o amor. É preciso que cada membro da família se esforce. Que os pais assumam verdadeiramente o seu papel. Apesar de ser bem árdua a tarefa dos genitores no mundo de hoje, não se pode desanimar. É necessária e urgente a ação paterna. O jovem é, por natureza, rebelde, quer ser independente. Desperta para o mundo e seus problemas e questiona tudo. Mas os pais precisam participar de sua vida, de uma maneira ou de outra, porque, mesmo errando algumas vezes, ainda assim, estes [os pais] têm capacidade de orientar e ajudar os filhos. Não podemos deixar tudo por conta dos companheiros, da escola, da sociedade ou de sua própria solidão.

Os pais devem fazer o acompanhamento dos filhos, procurar saber o que está acontecendo com eles, tentar ajudá-los de várias maneiras: com orientações, com atitudes exemplares, com o diálogo, com orações. Sempre. Tanto em casa, como na escola, na vida religiosa e social, nos namoros, entre outros.

Muitas vezes, os pais se sentem impotentes. Muitas vezes, achamos que já fizemos tudo e que nada conseguimos. Entretanto, esforçando-nos ao máximo, dando o melhor de nós por uma família mais feliz, estaremos enchendo de “água” a nossa “talha”. E a Santíssima Virgem Maria já estará falando com o Filho: “Eles não têm vinho”. E Jesus virá nos transformar, transformar a nossa “água” em “bom vinho”, transformar a nossa dificuldade em vitória.

Dom Eurico dos Santos Veloso
Arcebispo Emérito de Juiz de Fora(MG)

22/06/2010 –

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11905


PADRE LEO – GLORIFICAI A DEUS COM VOSSO CORPO

junho 22, 2010

MARIA, CONSOLADORA DOS AFLITOS

junho 22, 2010

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Maria, consoladora dos aflitos

Amá-la significa imitar-lhes as virtudes

Por tudo que padeceu em sua existência, a Santíssima Virgem Maria se tornou a consoladora dos aflitos. A vida humana é, realmente, quer queiramos ou não, pontilhada de aflições. Estas visitam o ser mortal a cada passo e, muitas vezes, deixam sequelas profundas. Umas decorrem de fora, outras são inatas à finitude ontológica do homem. As primeiras ocorrem ao ensejo do falecimento de entes queridos, das atitudes maldosas do próximo, das injunções conjunturais a envolverem os bens criados. Possuem matizes variados e são detonadores de outras atribulações. As causas internas geram moléstias orgânicas, estados mórbidos psíquicos, depressões, a luta permanente entre o bem e o mal. A capitulação às insídias diabólicas por força da inclinação ao mal, fruto do pecado original, muitas vezes colocam muitas consciências em frangalhos com reflexos somáticos graves.

O ser racional é obrigado a conviver a cada passo com os mais imprevisíveis e variados problemas. Adite-se que não é fácil cada um conviver consigo mesmo. O Livro do Eclesiástico retrata bem esta situação existencial do homem: “Vi tudo que se faz debaixo do sol e vi que tudo era vaidade e a aflição do espírito” (Ecl 1,14). Isto tudo, porém, faz parte do processo soteriológico pessoal. Se é verdade que muitas vezes a angústia humana pode ser evitada, porque ocasionada pela própria pessoa, por suas imprudências e erros individuais, outras Deus as permite como oportunidade magnífica de aprimoramento. Os textos bíblicos revelam que se conturba o ânimo diante de uma situação difícil, perante os obstáculos. Surgem então o temor, a perplexidade.

O termo grego stenochoria significa estar mergulhado em miserabilíssima apreensão. É um estado de desolação que aflige quem nele se acha. Sobretudo na velhice o campo está franqueado a todo tipo de situações penosas. Se assim é, Maria que tanto sofreu, juntamente com Jesus, sabe melhor do que ninguém o amargor da lágrima de cada um, a acerbidade do mal que atanaza o espírito e o corpo, o agror do sofrer, a mágoa que fere, o tormento que aflige. Ela esteve ao lado do seu divino Filho sofredor, viveu os transes de sua Paixão e Morte e padeceu com tudo isto e, deste modo, está apta para vir e ajudar todo aquele que sofre. A Senhora das Dores é a Consoladora dos aflitos porque ela sabe o que é a dor e porque muito nos ama.

O papa João Paulo II mostrou o fundamento desta sublime realidade: “Era deste amor misericordioso, precisamente, o qual se manifesta sobretudo em contato com o mal moral e físico, que participava de modo singular e excepcional o coração daquela que foi a Mãe do Crucificado e do Ressuscitado. Sim, Maria Santíssima participava de tal amor; e nela e por meio dela o mesmo amor não cessa de revelar-se na história da Igreja e da humanidade.

Esta revelação é particularmente frutuosa, porque se funda, tratando-se da Mãe de Deus, na singular percepção do seu coração materno, na sua sensibilidade particular, na sua especial capacidade para atingir todos aqueles que aceitam mais facilmente o amor misericordioso da parte de uma mãe”. A Mãe das Dores está atenta às necessidades de seus filhos. Pelo muito que padeceu não há mal que ela não possa debelar. Ela consola, conforta e ampara. Por tudo isto nada melhor do que venerar e implorar a Maria que tanto sofreu. O culto à Senhora das Dores, Rainha dos Mártires, que remonta aos primórdios do cristianismo, sobre demonstrar gratidão a ela, significa estar matriculado na escola de uma Mestra admirável, que ensina estas preciosas lições que formam o cristão e lhe retemperam o ânimo, garantindo-lhe proteção nos momentos aflitivos.

Honrar Nossa Senhora das Dores implica, além disto, num imediato e radical aborrecimento do maior de todos os males que é o pecado, morte da alma, causa dos dissabores que Jesus e ela experimentaram, fonte de tantos males para quem se afasta de Deus. A exemplo de Maria cumpre cooperar na obra da salvação empreendida por Cristo, levando os corações empedernidos a corresponderem às graças que jorraram das cinco chagas do Redentor, oferecendo sacrifícios pela conversão dos transviados. O muito que ela sofreu sobretudo na Rua da Amargura, aos pés da Cruz e com a soledade, após o enterro de seu dileto Filho, insufla, além disto, confiança inabalável na sua atuação materna. É que ela não apenas compreende as decepções humanas, como ainda, lá do céu, continua sua tarefa de Corredentora dos filhos na caminhada por este vale de lágrimas. Adite-se que a Senhora das Dores faz progredir em toda espécie de boas obras, mormente no sacrifício pelo próximo. Desvalidos, excluídos do reino do céu, mister se fazia que um Deus redimisse a humanidade.

Maria sabia que ao dar consentimento na participação nesta tarefa redentora muito iria sofrer. Se ela se compadeceu de nossa miséria, porque também nós não nos compadeceremos diante da penúria de nossos irmãos que sofrem toda espécie de privação? Acrescente-se que as dores de Maria nos levam a amá-la cada vez mais por ter ela nos demonstrado tanta dileção. Amá-la significa imitar-lhes as virtudes, fazendo resplandecer em nós um pouco da grandeza desta mãe extraordinariamente santa. Como, porém, é pela cruz que se chega à luz da bem-aventurança eterna, venerar a Senhora das Dores é estar a seu exemplo sempre junto da Cruz redentora, aceitando com resignação as provações que Deus envia a cada um. Somente assim se chegará àquela ventura sem fim a nós merecida pela Paixão de Jesus e pela Compaixão de Maria.

Côn. José Geraldo Vidigal de Carvalho
http://conegovidigal.blogspot.com/

21/06/2010 – 08h31

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11906


EXEMPLO DE SUPERAÇÃO

junho 21, 2010

Do amor do Filho de Deus em querer morrer por nós.

junho 21, 2010

A Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Do amor do Filho de Deus em querer morrer por nós

1. “Eis aí o teu tempo, o tempo dos que amam… e te tornaste extremamente bela” (Ez 16, 8, 13). Quanto nós, os cristãos, somos devedores ao Senhor, por nos fazer nascer depois da vinda de Jesus Cristo! Nosso tempo não é mais o tempo do temor, como era o dos Hebreus, mas é o tempo do amor, havendo um Deus morrido por nossa salvação e para ser amado por nós. É artigo de fé que Jesus nos amou e por nosso amor se entregou à morte: “Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós” (Ef 5,2).

E quem poderia fazer morrer um Deus onipotente se ele não quisesse de livre vontade dar a vida por nós? “Eu entrego a minha vida… Ninguém a tira de mim, mas eu a entrego por mim mesmo” (Jo 10,17-18). Por isso diz S. João que Jesus na sua morte deu-nos a última prova que podia dar-nos do seu amor: “Tendo-os amado, amou-os até ao fim” (Jo 13,1). Afirma um autor devoto que Jesus na sua morte nos deu a maior prova de seu amor, nada mais lhe restando depois disso a fazer para nos demonstrar quanto nos amava (Contens. 1. 10, d. 4, c. 1).

 Meu amado Redentor, vós vos destes todo a mim por amor e eu por amor me dou todo a vós. Destes a vida por minha salvação, eu por vossa glória quero morrer quando e como vos aprouver. Vós não podíeis fazer mais para conquistar o meu amor e eu, ingrato, entreguei-vos por nada. Meu Jesus, arrependo-me disso de todo o coração: perdoai-me por vossa paixão e em prova do perdão concedei-me a graça de amar-vos. Sinto em mim um grande desejo de vos amar e tomo a resolução de ser todo vosso: vejo, porém, minha fraqueza, e vejo as traições que vos fiz: só vós podeis socorrer-me e tornar-me fiel. Ajudai-me, meu amor, fazei que vos ame e nada mais vos peço.

2. Diz o Beato Dionísio Cartusiano que a paixão de Jesus Cristo foi denominada um excesso: “E falavam do excesso que realizaria em Jerusalém” (Lc 9,31), porque foi excesso de piedade e de amor. Ó Deus, qual é o fiel que poderia viver sem amar Jesus Cristo, se meditasse a miúdo na sua paixão? As chagas de Jesus, diz S. Boaventura, são todas chagas de amor, são dardos e chamas que ferem até os corações mais duros e abrasam as almas mais frias.

O beato Henrique Suso, para melhor imprimir em seu coração o amor a Jesus crucificado, tomou uma vez um ferro cortante e gravou em seu peito o nome de seu amado Senhor, e estando assim banhado em sangue dirigiu-se à igreja e prostrando-se diante do crucifixo, disse-lhe: Ó Senhor, único amor de minha alma, vede o meu desejo, quereria escrever vosso nome dentro de meu coração, mas não posso. Vós, que tudo podeis, supri o que falta às minhas forças e imprimi no mais fundo do meu coração o vosso nome adorável, de tal maneira que não possa ser mais dela apagado nem o vosso nome, nem o vosso amor.

“O meu bem amado é cândido e rosado, eleito entre mil” (Ct 5,10). Ó meu Jesus, vós sois todo cândido por vossa ilibada inocência, mas, sobre essa cruz, estais todo vermelho pelas chagas sofridas por mim. Eu vos escolho pelo único objeto de meu amor. E a quem amarei senão a vós? Que objeto entre todos posso eu encontrar mais amável do que vós, meu Redentor, meu Deus, meu tudo? Eu vos amo, Senhor amabilíssimo, eu vos amo sobre todas as coisas. Fazei que eu vos ame com todos os meus afetos e sem reserva.

3. “Oh! se conhecesses o mistério da cruz”, disse S. André ao tirano. Ó tirano, queria ele dizer, se conhecesses o amor que Jesus Cristo te mostrou, querendo morrer sobre uma cruz para salvar-te, deixarias todos os teus bens e esperanças terrenas para te entregares inteiramente ao amor deste teu Salvador. O mesmo deve dizer-se aos fiéis que crêem na paixão de Jesus Cristo, mas nela não meditam. Ah, se todos os homens pensassem no amor que Jesus Cristo lhes testemunhou na sua morte, quem poderia deixar de amá-lo?

Diz o Apóstolo que nosso amado Redentor morreu por nós, para que com o amor que nos demonstrou na sua morte se fizesse senhor de nossos corações. “Para isso Cristo morreu e ressuscitou, para ser senhor tanto dos mortos como dos vivos. Quer, pois, morramos, quer vivamos, somos do Senhor” (Rm 14,9). Portanto, quer morramos, quer vivamos, é justo que sejamos todos de Jesus que a tanto custo nos salvou. Oh! que eu pudesse dizer, como o abrasado S. Inácio, mártir, que teve a sorte de dar a vida por Jesus Cristo: “Que venham sobre mim o fogo, a cruz, as feras, e toda a espécie de tormentos, contanto que goze de ti, ó Cristo” (Ep. ad Rom. c. V).

Ó meu caro senhor, morrestes para conquistar minha alma, e eu que fiz para vos adquirir, bem infinito? Ah, meu Jesus, quantas vezes eu vos perdi por um nada! Miserável! eu já sabia que com o meu pecado perdia a vossa graça, sabia que vos causava um grande desgosto e contudo eu o fiz. Consolo-me que tenho de tratar com uma bondade infinita, que se esquece das ofensas, mal um pecador delas se arrepende e a ama. Sim, meu Deus, eu me arrependo e vos amo. Perdoai-me e de hoje em diante dominai sobre este coração rebelde. Eu vo-lo entrego e a vós me dou inteiramente: dizei-me o que quereis, que eu quero fazer tudo. Sim, meu Senhor, quero amar-vos, quero contentar-vos em tudo: dai-me força e espero executá-lo.
 

4. Jesus com sua morte não cessou de nos amar; ama-nos ainda e procura-nos com o mesmo amor com que veio do céu à nossa procura e a morrer por nós. É célebre a fineza de amor que demonstrou o Redentor a S. Francisco Xavier, quando ele viajava. Durante uma tempestade, uma onda do mar havia-lhe roubado o crucifixo. Chegado o santo à praia, sentia-se triste e desejava recuperar a imagem de seu amado Senhor. E ei que vê um caranguejo vir ao seu encontro com o crucifixo alçado entre suas tenazes. Ele correu-lhe ao encalço e com lágrimas de ternura e amor o recebeu e estreitou ao peito. Oh! com que amor Jesus vai ao encontro da alma que busca. “Bom é o Senhor… para a alma que o busca” (Lm 3,25), isto é, para a alma que o busca com verdadeiro amor.

Poder-se-á pensar que possuem este amor aquelas que recusam as cruzes que o Senhor lhes envia? “Cristo não procurou agradar a si mesmo” (Rm 15,3). Cristo não buscou sua vontade e cômodos, diz Cornélio a Lápide, mas sacrificou tudo isso e sua própria vida por nossa salvação. Jesus, por amor de nós, não procurou prazeres terrenos, mas os sofrimentos e a morte, apesar de ser inocente. E nós que procuramos por amor de Jesus Cristo?

Um dia se queixava S. Pedro, mártir, estando encarcerado por uma injusta acusação que lhe fizeram, e dizia: Mas, Senhor, que mal fiz eu para sofrer esta perseguição? E o crucificado lhe respondeu: e eu que mal pratiquei para estar pregado nesta cruz? Ó meu Salvador, perguntais que mal fizestes? Muito nos amastes e por isso quisestes padecer tanto por nosso amor. E nós, que por nossos pecados merecíamos o inferno, recusaremos padecer o que nos enviardes para nosso bem? Vós sois todo amor, ó meu Jesus, para quem vos procura. Eu não busco vossas doçuras e consolações, busco só a vós e a vossa vontade; dai-me o vosso amor e depois tratai-me como vos aprouver.

Abraço todas as cruzes que me enviardes, pobreza, perseguições, enfermidades, dores: livrai-me unicamente do mal do pecado e em seguida sobrecarregai-me de todos os males. Tudo será pouco em comparação dos males que vós sofrestes por meu amor.

5. “Para remir o servo nem o Pai poupou o Filho, nem o Filho poupou-se a si mesmo”, diz S. Bernardo (Serm. de pass.). E depois de um tão grande amor para com os homens poderá haver alguém que não ame a esse Deus tão amante? Escreve o Apóstolo que Jesus morreu por nós todos, para que nós vivamos somente para ele e seu amor: Por todos morreu Cristo, para que os que vivem, não vivam mais para si, mas para aquele que morreu por eles (2Cor 5,15).

A maior parte dos homens, infelizmente, depois de um Deus haver morrido por eles, vive para os pecados, para o demônio e não para Jesus Cristo. Dizia Platão que o amor é o ímã do amor. E Sêneca afirmava: Ama, se queres ser amado. E como é que Jesus, que, morrendo pelos homens, pareceu enlouquecer de amor, na expressão de S. Cregório (Hom. 6), não conseguiu atrair a si os nossos corações depois de tantas provas de amor? Como é possível que amando-nos tanto não chegou a fazer-se amar de nós? Oh! se vos amassem todos os homens, ó Jesus meu amabilíssimo.

Sois um Deus digno de um amor infinito. Mas, meu pobre Senhor, permiti que assim vos chame, sois tão amável, fizestes e padecestes tanto para que os homens vos amassem, e quanto são os que vos amam? Vejo quase todos os homens aplicados em amar ou os parentes, ou os amigos, ou as riquezas, ou as honras, ou os prazeres, e mesmo os animais: mas quantos são os que vos amam, bem infinito? Ó Deus, são muito poucos, mas eu quero estar no número destes poucos, apesar de mísero pecador, que durante tanto tempo também vos ofendi, amando o lodo, separando-me de vós. Agora, porém, eu vos amo e vos estimo sobre todos os bens e só a vós quero amar. Perdoai-me, meu Jesus, e socorrei-me.

6. Ó cristão, diz S. Cipriano, Deus está contente contigo, chegando até a morrer para conquistar teu amor, e tu não estarás contente com Deus, visto que amas outros objetos, fora de teu Senhor? (Ap. Cont.) Ah, meu amado Jesus, eu não quero ter outro amor que não seja por vós: estou satisfeito convosco: renuncio a todos os outros afetos, o vosso amor só me basta. Sinto que me dizeis: “Põe-me como selo sobre o teu coração” (Ct 8,6). Sim, meu Jesus crucificado, eu vos ponho e peço-vos que vos ponhais a vós mesmo como um selo sobre o meu coração, para que fique fechado a todo outro afeto que não tenda para vós. No passado eu vos desgostei com outros amores, mas presentemente não há pena que mais me aflija como a recordação de haver com os meus pecados perdido o vosso amor, e no futuro “quem me separará do amor de Jesus Cristo?”

Não, meu amabilíssimo Senhor, depois de me haverdes feito conhecer o amor que me tivestes, não quero mais viver sem vos amar. Eu vos amo, meu amor crucificado, eu vos amo de todo o meu coração e vos entrego esta alma tão procurada e amada por vós. Pelos merecimentos de vossa morte, que tão atrozmente separou vossa bendita alma de vosso corpo, desprendei-me de todo o amor que possa impedir-me de ser todo vosso e de amar-vos de todo o meu coração. Maria, minha esperança, ajudai-me a amar unicamente o vosso dulcíssimo Filho, de tal maneira que eu possa repetir sempre, no decorrer de minha vida: Meu amor foi crucificado. Amém.
Oração de S. Boaventura
Ó Jesus, que por mim não perdoastes a vós mesmo, imprimi em mim a vossa paixão, a fim de que em toda parte para onde me volte veja as vossas chagas e não encontre outro repouso que em vós e em meditar os vossos sofrimentos. Amém.

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Vários%20Assuntos/A%20Paixão%20de%20Jesus%20Cristo/Do%20amor%20do%20Filho%20de%20Deus%20em%20querer%20morrer%20por%20nós.%20.htm


Adoro te

junho 20, 2010