MARCIO MENDES – VENCENDO AFLICOES ALCANCANDO MILAGRES.

setembro 30, 2009

A CONFISSÃO: CONFESSAI-VOS BEM – Parte VII

setembro 30, 2009

confissão

O SACRAMENTO DA CONFISSÃO.

CONFESSAI-VOS BEM !!!

Parte VII.

Segredo inviolável

D. — Padre, será que alguma vez não acontece que o confessor conte algum pecado ouvido na confissão?

M.Absolutamente nunca! Um tríplice segredo fecha-lhe a boca; nisto entra a vontade de Deus que não permite que se cometam faltas no que diz respeito a este capítulo. De fato, a confissão existe há mil e novecentos anos, e nunca aconteceu que um confessor, por nenhum motivo, tenha divulgado um único pecado ouvido na confissão.

Martinho Lutero que era um frade zeloso, renegou a sua fé, fez-se protestante, tornou-se inimigo da igreja falou e escreveu contra a Igreja calúnias infâmias sem fim, mas nunca, nem uma vez sequer, falou de coisas ouvidas na confissão.

Um dia, achava-se ele numa estalagem com alguns amigos, estes, vendo-o meio embriagado, tiveram a idéia de interrogá-lo, justamente a esse respeito. Antes nunca o tivessem feito! Lutero, de um momento para o outro, ficou furioso, e, agarrando uma garrafa, teria quebrado a cabeça daqueles malvados se eles, mais do que depressa, não tivessem fugido. O segredo da confissão é inviolável, mesmo diante da morte.

D. — Até diante da morte?!

M.Certamente! Eis aqui um dos mil fatos que eu poderia citar como prova:

Justamente durante a quaresma de 1873, um missionário famoso pregava com grande sucesso numa das principais Igrejas de Paris. No meio da multidão enorme que acorria para ouvi-lo, havia também alguns incrédulos, os quais, tendo-o ouvido falar sobre a in­violabilidade da confissão, quiseram fazer uma experiência. Depois de terem combinado o plano, um deles se finge de doente e outros dois procuram o sacerdote e o convidam para acudir junto ao leito do enfermo.

O missionário de Deus, concorda de pronto, e acompanha os dois homens que, fazendo-o entrar num carro fechado, vendam-lhe os olhos; depois de uma meia hora de corrida, fazem-no descer na frente de um palacete, e subindo por uma escada o introduzem em um apartamento junto a cabeceira de um homem que se confessa realmente. Acabada a confissão, voltam os dois companheiros e o fazem descer por escadas até um subterrâneo, onde lhe tiram a venda e apontando-lhe duas pistolas carregadas o intimam a referir o que ouvira na confissão.

Muito calmo o Missionário responde:

Os senhores, talvez, não sabem que a confissão é um segredo?

confissão 3 

“Um tríplice segredo fecha-lhe a boca”

— Deixe de desculpas! Aqui ninguém nos vê, ninguém nos ouve; fale ou morrerá.

Se assim é, estou em suas mãos, disparem à vontade, e que Deus seja testemunha do meu dever. Assim dizendo, ajoelha-se, desabotoa a batina, e apresenta o peito às balas.

Nesse ponto a cena se transforma, os dois homens erguem-no, pedem-lhe perdão pela dura prova a que o submeteram e acrescentam: “Agora nós também acreditamos na confissão e, dentro em pouco, estaremos de joelhos no confessionário”.

Vendaram-lhe novamente os olhos e o reconduziram de carro até à casa, renovando as desculpas e promessas, que depois foram mantidas.

D. — Padre, todo o sacerdote, num caso desses, seria obrigado a fazer o mesmo?

M.Certamente! E Deus não deixaria de dar-lhe a graça e a força necessárias, não faltam mártires do sigilo sacramental. Ouça:

São João Nepomucemo era confessor da rainha Joana, mulher de Venceslau, rei da Boêmia. Este por causa de injustas suspeitas motivadas pelo ciúme, pretendia que João referisse as culpas da rainha, ouvidas em confissão. Como o Santo se opôs com inabalável resistência, o rei impiedoso mandou que o trancassem numa prisão, onde seria tratado com barbaridade extrema.

Finalmente, chamando-o à sua presença, depois de novas promessas e ameaças ainda mais terríveis, ordenou que o costurassem num saco de couro, fechado por uma corda, na extremidade da qual deviam amarrar uma pedra pesadíssima, e que o jogassem ao rio Moldava. Queria que lá em baixo, no fundo do rio o padre morresse e apodrecesse, escondido de todos.

Mas oh! prodígio!… Naquela mesma noite o saco flutuava levemente sobre as ondas, escoltado por uma luz vivíssima e uma harmonia suave como vozes de anjos acompanhava­o. Depois de tirado das águas, enterraram-no com pompa e solenidade. E quando, em 1729, quase quatrocentos anos mais tarde, foi proclamado santo, a sua língua estava intacta, e fresquíssima, como se fosse um prêmio do seu silêncio.

Foi então que São João Nepomucemo foi chamado “o mártir do segredo da confissão”.

Não faz muito tempo que, pelos jornais da Rússia, se espalhava a notícia de um vigário condenado aos trabalhos forçados, como assassino de um rendeiro do lugarejo. O seu fuzil descarregado, encontrado na sacristia, atestava o crime. Passaram-se vinte anos: o organista da paróquia está à morte; chama o juiz e confessa que ele mesmo matara o infeliz rendeiro para casar com a viúva, o que de fato se dera.

Tinha acusado o Vigário, e para provar-lhe a culpabilidade tinha posto o fuzil na sacristia. Como meio seguro de impedir que o Padre falasse, tinha-se confessado com ele, contando-lhe tudo o que fizera. Diante disso, as autoridades telegrafaram sem demora a Petersburgo, ordenando que o Vigário Kobjlowes fosse posto em liberdade imediatamente. Responderam que o Vigário tinha morrido havia já alguns meses. O heróico padre tinha carregado à sepultura o segredo da confissão, porque o Confessor pode ser um mártir, mas nunca será um traidor. E agora, você está bem convencido do grande segredo da confissão?

D. — Estou convencidíssimo! Mas esse segredo dura, porém até à morte do penitente; depois, não há mais obrigação?

M. O segredo perdura sempre, estando o penitente em vida e depois da sua morte; é eterno, assim como Deus é eterno. Isto deve inspirar-nos coragem e confiança absolutas, sem limites, de confessar sinceramente os nossos pecados, desde que podemos estar certos de que eles ficarão sepultados num silêncio eterno. Se pelo contrário, nos deixarmos levar por um pudor mal compreendido a escondê-los e a calá-los diante do confessor, serão um dia manifestados diante de todo o mundo no juízo universal, contra a nossa vontade, para a nossa vergonha e para a nossa ruína irreparável. Sinceridade, portanto, sinceridade!

D. — Então, Padre, procede mal quem diz: eu não ouso confessar os meus pecados, porque tenho medo de que o Confessor os conte a terceiros?

M. Quem fala assim, mente a si mesmo e lança contra os confessores a mais infame das calúnias.

D. — Mais uma pergunta: não pode o confessor servir-se em seu próprio favor, das coisas ouvidas na confissão?

M. Não, não pode, não deve fazê-lo absolutamente, e jamais o fará. Pelo contrário, se acontecer que o confessor venha a saber na confissão de uma culpa que já conhecia anteriormente ou por tê-la visto ou porque lhe tenha sido referida, nunca mais fala, nela, justamente para que não pensem que ele se serviu da confissão e que violou o segredo. Eis até a que ponto chega o sigilo sacramental.

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Vários%20Assuntos/CONFESSAI%20VOS%20BEM/Confessai-vos%20bem%20%20-%20Parte%20VII..htm

 


Sou um milagre AO VIVO – DVD Louvor e Glória 10 anos!

setembro 29, 2009

Esse vídeo que postamos abaixo, gostariamos de dedicá-lo, em especial, ao nosso irmão Jorge Lapa que criou esse blog. Que Deus te ilumine sempre. abraços e PAZ E BEM.


JUNTOS PELA VIDA

setembro 29, 2009

JUNTOS PELA VIDA

Vida Positiva – Matéria publicada no Jornal Correio Braziliense do dia 19/09/09

 

Duas crianças portadoras do HIV encontraram na amizade uma arma na luta contra a doença Unidas pela dor e pela esperança, Ana e Davi protagonizam a mais comovente história de solidariedade e afeto. A vida delas é a prova de que a bondade do ser humano ainda pode triunfar
Marcelo Abreu
Publicação: 19/09/2009 09:27 Atualização: 19/09/2009 13:56
ana e davi 1 

Ana, 5 anos, e Davi, 7: de fictícios, somente os nomes. A dura realidade os aproximou e constrói, dia a dia, uma vida marcada por respeito e cumplicidade

 
Há um mês, um anjo entrou naquela casa com cheiro de alfazema e paredes pintadas de verde, azul e laranja. Mudou a rotina de toda aquela gente. Não, não é uma história de faz de conta nem de fadas encantadas.

Aliás, esta história nada tem de mentirinha. É feita de dor, lágrimas, preconceito, quase fim, renascimento e uma esperança infindável. O anjo que chegou àquele lugar tem 7 anos, não anda, não fala, não enxerga. Mas escuta bem. É o sentido que o mantém ligado ao mundo. Que o faz sorrir. E o que o encanta.

Foi assim que ele encantou, de cara, uma outra “anjinha”. Ela tem 5 anos, é esperta, inteligente, linda, da pele cor de canela, cabelos em cachos e um sorriso arrasador de menina sapeca. Chamaremos o menino de Davi. E a menina, de Ana. Na verdade, eles poderiam ter o nome que quisessem.

Há 30 dias, os dois não se largam. Ela, embora mais nova, fisicamente é bem maior que ele. Cuida do amigo como se fosse mãe. Aconchega-o. Pega-o no colo. Abraça-o e o protege. Confidencia segredos que só os dois entendem. Coloca o fone no ouvido do amigo e pede que ele escute alguma música. Ele sorri. Ela o adotou. Basta ouvir a voz dela e ele se enche de felicidade. Reconhece-a de longe. Nunca houve, desde que aquele lugar foi inaugurado, uma história como esta que os dois têm protagonizado.

Ana mora em Taguatinga Norte, na Vida Positiva. Davi passa o dia ali, em regime de creche. À tarde volta pra casa, em Samambaia. Ana e Davi têm Aids. Ela nasceu contaminada pela mãe, que morreu aos 32 anos tempos depois. Ele também adquiriu o vírus na transmissão vertical. A mãe dele igualmente resistiu aos ataques do maldito vírus. Hoje, usando o coquetel, tem esbanjado saúde.

Ana quase morreu nos primeiros meses de vida. Médicos chegaram a dizer que ela não resistiria. Se escapasse, nunca andaria. E provavelmente viveria uma vida pela metade. Falaram em fase terminal. Às vezes, essa gente de jaleco branco erra. A menina linda da cor de canela driblou todas as infecções oportunistas que a atacaram. Sobreviveu. Hoje, seus exames, tanto o de carga viral (que mede a quantidade do vírus no sangue), como o CD4 (indicador das condições imunológicas do paciente, ou seja, a contagem das células de defesa) estão muito além do esperado. O vírus HIV se tornou indetectável no seu corpo. Ela aprendeu a jogar futebol e basquete. E ama pular corda.

 Apaixonada
Ana nunca esteve tão bem. Vende saúde. Os exames de Davi não estão ruins, mas podem melhorar. O vírus do HIV ainda é identificável no seu sangue. E o CD4 ainda não atingiu os índices esperados. Mesmo esbanjando saúde, Ana toma medicação todos os dias. Ele também. Forte, ela se sentiu protetora dele. Ampara-o quando percebe que ele pode cair. Levanta-o quando ele cai. Ele a escuta pular corda e vibra. Sem enxergar, sentado no chão, tenta bater palmas. Joga-lhe beijo levando a mãozinha até a própria boca.

Maria, irmã de Ana, tem 4 anos. Escapou do vírus da Aids porque a mãe fez tratamento com AZT durante a gravidez. No parto, houve todo o preparo para que não contaminasse a filha. Maria é uma rocha. Fala pelos cotovelos e tem uma inteligência acima da média. Gaiata, diz sem cerimônia ao visitante: “Você sabia que a Ana é apaixonada pelo Davi?” Ana retruca: “É mentira. Ele é meu amigo”. Maria fuxica, baixinho: “Ele não anda nem fala”. Mais uma vez, Ana intervém e defende o amigo: “Ele fala, sim. Eu falo e ele escuta”.

Emocionada, Vicky Tavares, 60 anos, presidente da instituição, admite: “Ele (Davi) mudou toda a rotina desta casa. É uma das crianças mais felizes, mesmo com todas as limitações, que já vi na minha vida. Trouxe paz pra todos nós”. Deise Carvalho, 26, supervisora, emenda: “Com a chegada dele, as crianças melhoraram muito. Ficaram mais calmas, mais alegres também. Foi um sopro de esperança pra nossa instituição”.

Enquanto isso, sentados no sofá, Ana coloca o fone de ouvido de um celular em Davi. Ele “viaja” na música. É, de fato, a coisa de que mais gosta. Ele sorri pra ela. Ela passa a mão no rosto dele. Ajeita o aparelho. Quer ter a certeza de que ele escuta. E, por ele, também se alegra. Vicky deduz: “Ela virou mãe dele. Assumiu esse papel direitinho”.

ana e davi 2
 
Vida partida

Davi tem um irmão mais velho, de 9 anos, também portador do HIV. A mãe, hoje com 30 anos, só descobriu que ela e os dois filhos eram soropositivos quando Davi, ainda bebê, começou a adoecer. Um exame de sangue revelou o que ela nunca imaginara. Se o filho tinha o vírus, ela também o teria. Chorou tudo que pôde. Rezou para que os filhos não morressem. O mais velho, de tão saudável, nem começou a terapia com os retrovirais. Davi não teve a mesma sorte. Nasceu com uma atrofia cerebral. E viu, dia a dia, a morte de aproximar. Religiosa, Rosa (nome fictício), a mãe, implorou a Deus para que o filho sobrevivesse.

No meio do processo da luta pela vida do filho mais novo, ela também adoeceu. Viu a própria morte. Tirou força de onde não imaginava. Seguiu todas as recomendações médicas. Fortaleceu-se. E decidiu que salvaria seu filho. Salvou-o. Um dia, chegou à Vida Positiva. Vicky Tavares passou a ajudá-la com cestas básicas e alguma medicação.

Há um mês, pediu que o filho fosse aceito ali em sistema de creche. Vicky não teve como lhe dizer não. Rosa matriculou-se num curso de panificação, depois de perder o emprego como operadora de caixa em um supermercado. O atual marido, auxiliar de mecânico, que não é portador do HIV, assumiu os filhos da mulher como se pai fosse. Ela se casou de noiva. Realizou o maior sonho de sua vida.

E foi ali, na Vida Positiva, que um dia Davi chegou. Veio de mansinho, sem falar, sem andar, sem enxergar. Inundou sorrateiramente o coração da linda Ana, que o adotou como se mãe pudesse ser. Maria, a irmãzinha dela, um toquinho de gente, insiste em fuxicar de novo: “Ela gosta dele de namoro”. Ana sorri. Empresta seus olhos para que Davi enxergue a vida por eles. Conta-lhe o que vê. Fala do passarinho. Segura na mão dele com ternura que molha os olhos de quem assiste à cena. É absolutamente comovente ver tamanha cumplicidade e dedicação de uma gente tão miudinha.

Na hora em que Davi vai embora nos braços da mãe (ela o carrega dentro de um ônibus lotado até Samambaia), Ana o acompanha até o portão. Beija-o no rosto mais uma vez e silencia. Ela sabe que amanhã ele voltará. A dor uniu essas duas crianças. O HIV que circula no sangue de ambos? Nem lembram que o vírus maldito existe. Sábios, resolveram ignorá-lo. Ana e Davi decidiram que querem apenas viver. Esta história é feita de uma delicadeza ímpar. Contá-la é como acreditar que o ser humano ainda é verdadeiramente bom.

Lar especial

A casa é uma instituição para crianças e adolescentes que vivem e convivem com o vírus HIV. Elas chegam ali encaminhadas pela Vara da Infância e da Juventude. Hoje, 18 crianças ocupam a casa e vivem sob os cuidados de 15 funcionários. Algumas moram ali em tempo integral, em sistema de abrigamento. Outras, em horário de creche. O lugar é mantido exclusivamente pela doação de voluntários.
Por uma causa / A Vida Positiva está sempre aberta à visitação. QNC 3, casa 16, Taguatinga Norte. Contato: 3034-0948 – Site: www.vidapositiva.org.br Davi precisa de fraldas descartáveis, roupas e um andador.

Qualquer ajuda é bem-vinda. Caixa Econômica Federal – Agência: 1041. conta corrente: 385-0


Tocando o céu

setembro 28, 2009

OUTONOS E PRIMAVERAS

setembro 28, 2009

primavera

Outonos e primaveras…

A arte das sementes de morrer em silêncio

Primavera é tempo de ressurreição. A vida cumpre o ofício de florescer ao seu tempo. O que hoje está revestido de cores precisou passar pelo silêncio das sombras. A vida não é por acaso. Ela é fruto do processo que a encaminha sem pressa e sem atropelos a um destino que não finda, porque é ciclo que a faz continuar em insondáveis movimentos de vida e morte. O florido sobre a terra não é acontecimento sem precedências. Antes da flor, a morte da semente, o suspiro dissonante de quem se desprende do que é para ser revestido de outras grandezas. O que hoje vejo e reconheço belo é apenas uma parte do processo. O que eu não pude ver é o que sustenta a beleza.

A arte de morrer em silêncio é atributo que pertence às sementes. A dureza do chão não permite que os nossos olhos alcancem o acontecimento. Antes de ser flor, a primavera é chão escuro de sombras, vida se entregando ao dialético movimento de uma morte anunciada, cumprida em partes.

A primavera só pode ser o que é porque o outono a embalou em seus braços. Outono é o tempo em que as sementes deitam sobre a terra seus destinos de fecundidade. É o tempo em que à morte se entregam, esperançosas de ressurreição. Outono é a maternidade das floradas, dos cantos das cigarras e dos assovios dos ventos. Outono é a preparação das aquarelas, dos trabalhos silenciosos que não causam alardes, mas, que, mais tarde, serão fundamentais para o sustento da beleza que há de vir.

São as estações do tempo. São as estações da vida.

Há em nossos dias uma infinidade de cenas que podemos reconhecer a partir da mística dos outonos e das primaveras. Também nós cumprimos em nossa carne humana os mesmos destinos. Destino de morrer em pequenas partes, mediante sacrifícios que nos fazem abraçar o silêncio das sombras…

Destino de florescer costurados em cores, alçados por alegrias que nos caem do céu, quando menos esperadas, anunciando que, depois de outonos, a vida sempre nos reserva primaveras…

Floresçamos.

 padre fabioPadre Fábio de Melo

Padre Fábio de Melo é professor no curso de teologia, cantor, compositor, escritor e apresentador do programa “Direção espiritual” na TV Canção Nova.

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11609


TRÊS CONSELHOS

setembro 27, 2009

três conselhos

TRÊS CONSELHOS

Um casal de jovens recém-casados, era muito pobre e vivia de favores num sitio do interior.
Um dia, o marido fez a seguinte proposta a esposa:
– Querida, eu vou sair de casa, vou viajar para bem longe, arrumar um emprego e trabalhar até ter condições para voltar e dar-te uma vida mais digna e confortável. Não sei quanto tempo vou ficar longe, só peço uma coisa, que você me espere e, enquanto estiver fora, seja fiel a mim, pois eu serei fiel a você.
Assim sendo, o jovem saiu. Andou muitos dias a pé, até que encontrou um
fazendeiro que estava precisando de alguém para ajudá-lo em sua fazenda.
O jovem chegou e ofereceu-se para trabalhar, no que foi aceito.
Pediu para fazer um pacto com o patrão, o que também foi aceito.
O pacto seria o seguinte:
– Me deixe trabalhar pelo tempo que eu quiser e quando eu achar que devo ir, o Senhor me dispensa das minhas obrigações. Eu não quero receber o meu salário. Peço que o Senhor o coloque na poupança, até o dia em que eu for embora. No dia em que eu sair o Senhor me dá o dinheiro e eu sigo o meu caminho. Tudo combinado.
Aquele jovem trabalhou durante vinte anos, sem férias e sem descanso.
Depois de vinte anos, chegou para o patrão e disse:
– Patrão, eu quero o meu dinheiro, pois estou voltando para a minha casa.
O patrão então lhe respondeu:
– Tudo bem, afinal, fizemos um pacto e vou cumpri-lo, só que antes, quero lhe fazer uma proposta, tudo bem?
Eu lhe dou todo o seu dinheiro e você vai embora, ou eu lhe dou três conselhos e não lhe dou o dinheiro e você vai embora. Se eu lhe der o dinheiro eu não lhe dou os conselhos e se eu lhe der os conselhos eu não lhe dou o dinheiro. Vá para o seu quarto, pense e depois me de a resposta.
Ele pensou durante dois dias, procurou o patrão e disse-lhe:
– Quero os três conselhos.
O patrão novamente frisou:
– Se lhe der os conselhos, não lhe dou o dinheiro.
E o empregado respondeu:
– Quero os conselhos.
O patrão então lhe falou:

01) Nunca tome atalhos em sua vida, caminhos mais curtos e desconhecidos podem custar a sua vida;
02) Nunca seja curioso para aquilo que é mal, pois a curiosidade para omal pode ser mortal;
03) Nunca tome decisões em momentos de ódio ou de dor, pois você pode se arrepender e ser tarde demais.

Após dar os conselhos, o patrão disse ao rapaz, que já não era tão jovem assim:
– Aqui você tem três pães, dois para você comer durante a viagem e o terceiro é para comer com sua esposa quando chegar a sua casa.
O homem então, seguiu seu caminho de volta, depois de vinte anos longe de casa e da esposa que ele tanto amava.
Após o primeiro dia de viagem, encontrou um andarilho que o cumprimentou e
lhe perguntou:
– Pra onde você vai?
Ele respondeu:
– Vou para um lugar muito distante que fica a mais de vinte dias de caminhada por esta estrada.
O andarilho disse-lhe então:
– Rapaz, este caminho é muito longo, eu conheço um atalho que “é dez” e você chega em poucos dias.
O rapaz contente, começou a seguir pelo atalho, quando lembrou-se do primeiro conselho, então voltou e seguiu o caminho normal. Dias depois, soube que o atalho levava a uma emboscada.
Depois de alguns dias de viagem, cansado ao extremo, achou uma pensão à beira da estrada, onde pôde hospedar-se. Pagou a diária e após tomar um banho deitou-se para dormir. De madrugada, acordou assustado com um grito estarrecedor. Levantou-se de um salto só e dirigiu-se à porta para ir até o local do grito. Quando estava abrindo a porta, lembrou-se do segundo conselho.
Voltou, deitou-se e dormiu.
Ao amanhecer, após tomar o café, o dono da hospedagem lhe perguntou se ele não havia ouvido um grito e ele disse que tinha ouvido.
O hospedeiro disse:
– E você não ficou curioso?
Ele disse que não.
No que o hospedeiro respondeu:
– Você é o primeiro hóspede a sair vivo daqui, pois meu filho tem crises de loucura; grita durante a noite e quando o hospede sai, mata-o e enterra-o no quintal.
O rapaz prosseguiu na sua longa jornada, ansioso por chegar a sua casa.
Depois de muitos dias e noites de caminhadas, já ao entardecer, viu entre as árvores a fumaça de sua casinha, andou e logo viu entre os arbustos a silhueta de sua esposa.
Estava anoitecendo , mas ele pôde ver que ela não estava só.
Andou mais um pouco e viu que ela tinha entre as pernas, um homem a quem estava acariciando os cabelos. Quando viu aquela cena, seu coração se encheu de ódio e amargura e decidiu-se a correr de encontro aos dois e a matá-los sem piedade.
Respirou fundo, apressou os passos, quando lembrou-se do terceiro conselho.
Então parou, refletiu e decidiu dormir aquela noite ali mesmo e no dia seguinte tomar uma decisão.
Ao amanhecer, já com a cabeça fria ele disse:
– Não vou matar minha esposa e nem o seu amante. Vou voltar para o meu patrão e pedir que ele me aceite de volta. Só que antes, quero dizer a minha esposa que eu sempre fui fiel a ela.
Dirigiu-se à porta da casa e bateu.
Quando a esposa abre a porta e o reconhece, se atira ao seu pescoço e o abraça afetuosamente.
Ele tenta afastá-la, mas não consegue. Então, com lágrimas nos olhos, ele lhe diz:
– Eu fui fiel a você e você me traiu.
Ela espantada lhe responde:
– Como? Eu nunca te trai, esperei durante esses vinte anos!
Ele então lhe perguntou:
– E aquele homem que você estava acariciando ontem ao entardecer?
E ela lhe disse:
– Aquele homem é nosso filho. Quando você foi embora, descobri que estava grávida. Hoje ele está com vinte anos de idade.
Então o marido entrou, conheceu, abraçou seu filho e contou-lhes toda a sua historia, enquanto a esposa preparava o café.
Sentaram-se para tomá-lo e comer juntos o último pão. Após a oração de agradecimento, com lágrimas de emoção, ele parte o pão, e ao abri-lo, encontra todo o seu dinheiro, o pagamento por seus vinte anos de dedicação e trabalho.
Muitas vezes achamos que o atalho “queima etapas” e nos faz chegar mais rápido, o que nem sempre é verdade…
Muitas vezes somos curiosos, queremos saber de coisas que nem ao menos nos dizem respeito e que nada de bom nos acrescentará…
Outras vezes, agimos por impulso, na hora da raiva, e fatalmente nos arrependemos depois..

Fonte: http://www.cot.org.br/refletir.php?action=ver&id=31

JOÃO E MÁRIO

setembro 26, 2009

A CONFISSÃO: CONFESSAI-VOS BEM – Parte VI

setembro 26, 2009

confissão

O SACRAMENTO DA CONFISSÃO.

CONFESSAI-VOS BEM !!!

Parte VI.

Terno PAI.

D. — E agora, diga-me Padre: ao ouvir certos pecados, será que o confessor não se surpreende, não fica ofendido, não perde a estima… não nega a absolvição?

M. — Mas como é que ele deve ficar surpreendido? Qualquer que seja o confessor, ele já conhece o mundo. Os mesmos pecados que você cometeu, ele já os ouviu mil vezes; por mais que você lhe diga, não lhe dirá nada de novo. Além disso, ele está ali para ouvir misérias e não para ouvir milagres. Nem se ofende se você lhe disser coisas graves, porque, com os pecados, não foi ele que você ofendeu; pelo contrário, como um terno pai, ficará mais comovido, terá mais compaixão de você; alegrar-se-á, pensando que, perdoando muito, aumentará a alegria e a glória de Deus. Será que os pescadores se sentem ofendidos quando puxam na rede peixes enormes?

D. — Nunca, pelo contrário, ficam satisfeitíssimos.

M. — Pois bem, o mesmo acontece com o Confessor. Ouça o que lhe vou contar:

Um dia, um pecador que tinha culpas bem graves foi confessar-se com S. Luiz Bertrano. Apesar de intensamente arrependido, tinha ainda muito medo e muita vergonha, por isso a cada pecado deitava uma olhadela para o confessor para ver qual a impressão que causavam as suas culpas.

Tendo observado que o Santo não mostrava nem um sinal de espanto, criou coragem e confessou até os pecados mais feios e enormes, e então, muito admirado viu passar pelos lábios do Santo um sorriso muito doce. Como o Padre lhe perguntasse se ainda tinha mais coisa a dizer, respondeu tristonho:

— Padre; ainda tenho mais uma coisa a dizer, mas me falta a coragem…

Como é que não ousas, se já disseste tantas e com tamanha bravura?

— Porque cometi essa falta neste momento.

Tanto melhor; assim ela será morta agora mesmo, enquanto está fresca.

— Mas, Padre, eu a cometi contra o Senhor…

Contra mim? Pois bem, quê importa? Se eu devo perdoar os pecados cometidos contra Deus, por que, não perdoarei um pecado contra mim?

— Padre, quando eu estava confessando aqueles pecados enormes o vi sorrir e disse comigo mesmo “Este certamente ainda os cometeu maiores do que eu…” A estas palavras, São Luiz Bertrano respondeu sorrindo:

Não, por graça de Deus, não cometi esses graves pecados, apesar de ter podido cometê-los se o Senhor não me tivesse ajudado. Sabes por quê eu sorria?

A confissão é o principal meio de santificação

Porque à medida que dolorosa e sinceramente, confessavas as tuas culpas, eu via afastar-se de ti o demônio e entrar em ti a graça de Deus.

Eis aqui meu caro, quais são os sentimentos do confessor. Ele não repara nos pecados mas nas disposições e na coragem do penitente.

Quando eu ainda não era sacerdote, não podia convencer-me disso: mas tive depois cem mil provas desta realidade, na prática do ministério. É justamente por isso que, nos meus sermões, falo com freqüência na sinceridade da confissão, e sempre falarei com muito prazer. Oh! quantos corações eu já consegui consolar com este meio e quantas vezes eu mesmo me senti cheio de consolações.

D. — E o confessor não perderá a estima que tem pelo penitente?

M.Aumenta-a pelo contrário, pensando no esforço feito para se confessar bem, pensando na boa vontade que tem de se emendar, pensando que Jesus o encherá de favores e de graças. O confessor é como o médico. Como um bom médico que tem predileção pelos doentes mais graves, assim é o Confessor.

Um dia, apresentou-se a São Francisco de Sales uma senhora que fez uma confissão geral durante a qual confessou muitas misérias, depois da absolvição, antes de sair, interrogou-o:

— E agora, Padre, o que pensa de mim?

Penso que a senhora é uma santa.

— Desculpe, Padre, mas o senhor está caçoando comigo?

Não, absolutamente não estou caçoando, penso que é uma santa desde que teve a coragem e a graça de fazer uma confissão tão dolorosa e sincera.

O confessor, portanto, repito não perde a estima, aumenta-a pelo contrário, quanto mais graves e numerosos são os pecados que se confessam e se perdoam, quanto mais sincera e dolorosa é a confissão.

D. — Padre, nunca se nega a absolvição?

M.Em casos raríssimos: isto é, quando o penitente não está mesmo disposto a deixar o pecado, ou a ocasião próxima de pecar; quando não se está disposto a reparar na medida do possível, os danos, o escândalo dado, ou quando tem intenções de continuar no pecado. Em todos esses casos, a absolvição seria inútil, danosa mesmo, porque cometer-se-ia um sacrilégio, confessor e penitente comprometer-se-iam ao mesmo tempo.

O Padre Fusignano conta que um senhor tinha um mau costume havia muito tempo, e não obstante achava sempre algum confessor que o absolvia. Sua mulher chorava, rezava e não deixava de fazer-lhe notar o seu péssimo estado. Mas ele sorrindo dizia-lhe: “Você é bem louca para se aborrecer tanto por minha causa. Se fosse uma coisa assim tão má, o confessor não me absolveria”.

E assim continuou até à morte com a sua desonestidade. Mas, depois de morto, apareceu à mulher, rodeado de chamas, nas costas de outro, também horrivelmente atormentado e com gritos desesperados disse: “Estou condenado por não ter deixado a ocasião de pecar e este que me carrega nas costas, é o meu confessor que me absolvia, apesar de eu ser indigno”.

D. — Coitados!… Em caso contrário, Padre, isto é, quando o penitente está arrependido e tem boas disposições, o confessor absolve sempre?

M.Sim, sempre absolve e perdoa, mesmo quando se trata de alguma culpa enorme e gravíssima.

O muito douto teólogo francês João Gaume contava que um dos perversos que, durante a revolução francesa, se tinha manchado com os mais terríveis crimes e mais de uma vez tinha feito correr sangue dos sacerdotes, tinha caído gravemente enfermo. Esse homem tinha jurado que nenhum sacerdote teria posto os pés no seu quarto e que, se entrasse, dali não sairia. Tendo-se agravado a doença, um bom padre ofereceu a vida, contanto que pudesse salvar o infeliz. Ao vê-lo, o homem encolerizou-se e, juntando todas as forças gritou:

— O quê? Um sacerdote na minha casa? As minhas armas, depressa!

O quê quer fazer com elas? Perguntou-lhe com muita doçura o sacerdote.

— Quero matar-te, tu que ousas aparecer na minha frente! Não sabes que com estas mãos já degolei doze padres?

Engana-se,meu irmão; para esse número ainda falta um; o décimo segundo não morreu; o décimo segundo sou eu. Deus conservou-me a vida para que eu o salvasse.

— Para salvar-me? E quem poderá salvar-me depois de tantos crimes?

O seu arrependimento e a minha absolvição.

Mas o senhor ainda não sabe de tudo; se eu lhe contasse tudo o senhor me amaldiçoaria.

Amaldiçoá-lo?! absolutamente nunca!

— E o senhor ainda me dará a absolvição?

Sim, porque Jesus Cristo assim o quer.

E, muito caridosamente, começou a instruí-lo e a prepará-lo para uma boa morte.

D. — Que heróico e santo Sacerdote! Mas será que todos os confessores são assim?

M.Sim, todos eles são assim porque todos representam Jesus Cristo, que ordenou que perdoássemos sempre.

D. — Pois então, se o confessor absolve sempre, não devemos ter medo, não é mesmo?

M.Não, nada de medo, nunca! Ele é sempre um pai carinhoso.

Francisco Renato, visconde de Chateaubriand, celebérrimo escritor francês, escreve nas suas “Memórias de Além-túmulo”: “Aproximava-se a época da minha primeira Comunhão. (Na França fazia-se naquele tempo a primeira Comunhão aos quatorze anos). A minha piedade parecia sincera; eu edificava todos os meus companheiros. Tinha eu um confessor de aspecto um tanto rígido; cada vez que me apresentava ao tribunal da Penitência, ele me interrogava com ansiedade surpreendido com a insignificância das minhas culpas, não sabia explicar o meu embaraço diante da pouca importância dos segredos que eu lhe confiava. Quanto mais perto íamos chegando da Páscoa, mais insistentes se tornavam as suas perguntas. “Você não esconde nada?”, perguntava ele. E eu respondia: “Não, Padre…”

— Você não cometeu este ou aquele pecado?

— Não, Padre… E sempre “Não, Padre”. Ele me dispensava duvidoso, suspirando, procurando ler no fundo da minha alma, e eu voltava do confessionário pálido e desfigurado como um culpado. Escondia pecados.

Chegou a tarde de quarta-feira santa, véspera da Comunhão Pascoal. Chegando à igreja, prostrei-me diante do altar e ali fiquei como se estivesse aniquilado. Quando me levantei para ir à Sacristia, onde o Confessor me esperava, meus joelhos tremiam, atirei-me aos pés do Sacerdote, e, com a voz mais alterada do que nunca, fiz a confissão de sempre.

— Você não se esqueceu de nada? Perguntou-me o Ministro de Deus.

Eu calei-me. Às suas perguntas recomeçaram e o fatal “Não, Padre” saiu de novo dos meus lábios. Ele recolheu-se, rezou, e, fazendo um esforço, preparou-se para dar-me a absolvição. Se naquele instante um raio tivesse caído em cima de mim o meu pavor teria sido menor e eu gritei:

— Eu não disse tudo!

Aquele juiz tão temido, aquele Ministro de Deus cujo rosto me inspirava tanto temor, tornou-se o pai mais carinhoso, abraçou-me chorando, e:

Coragem, meu filho, tenha coragem! Um momento como aquele, nunca mais viverei. Eu chorava de alegria, depois da primeira palavra, o resto não me custou mais esforço algum. O sacerdote, erguendo a mão pronunciou as palavras da absolvição. Esta segunda vez, a sua mão fez descer sobre a minha cabeça o orvalho celeste e abaixei a fronte para recebê-la. Eu participava da felicidade dos anjos.

No dia seguinte, quando a Hóstia Santa pousou nos meus lábios, senti-me iluminado por uma luz vivíssima. “Senti então em mim a coragem dos mártires, naquele instante, eu teria sido capaz de confessar a minha fé em Cristo sobre o acúleo ou no meio dos leões…” Eis aí, meu filho, quem é o Confessor, na opinião dos maiores entre os grandes homens. Ele é sempre, repito, “o pai mais carinhoso”.

 Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Vários%20Assuntos/CONFESSAI%20VOS%20BEM/Confessai-vos%20bem%20%20-%20Parte%20VI..htm


CRISTO E EU

setembro 25, 2009

NOVENA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS

setembro 25, 2009

ORAÇÃO DA PAZ


Senhor! Fazei de mim um instrumento da vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor.
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão.
Onde houver discórdia, que eu leve a união.
Onde houver dúvidas, que eu leve a fé.
Onde houver erro, que eu leve a verdade.
Onde houver desespero, que eu leve a esperança.
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria.
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre, fazei que eu procure mais:
consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe.
É perdoando que se é perdoado.
E é morrendo que se vive para a vida eterna.

( fazer esta oração ao final de cada dia da novena)

SÃO FRANCISCO

PRIMEIRO DIA

Ó Deus, ajudai-me e socorrei-me!

Oração: Pai Celestial, que sondais os corações e nada esta escondido para Vós, em Vossa misericórdia e bondade, e através da intercessão de São Francisco, ajudai-me e  socorrei-me na minha humilde petição (mencionar o pedido). Amém!

Sua oferta hoje: Mostre sua humildade fazendo uma boa ação para alguém hoje.

Celebrar com a Oração pela Paz (topo da página)

SEGUNDO DIA

Ouça-me Ó Senhor, e tem piedade de mim.

Oração: Pai do céu, Vosso amor por nós nunca falta, apesar das nossas transgressões e fracassos. Mostrai-me Senhor, a Vossa misericórdia nesta minha necessidade (mencionar o pedido). Através da intercessão de São Francisco e por amor de Cristo, nosso Salvador, tende piedade de mim. Amém!

Sua oferta hoje: Ver o Cristo sofredor em alguém próximo de você.

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TERCEIRO DIA

Senhor, não se afaste de mim.

Oração: Pai amando,  Vós estais sempre junto de nós, pois em Vós vivemos, locomovemo- nos e existimos.  Aumentai a  minha fé e por intercessão de São Francisco acolhei o meu pedido. (mencionar o pedido). Amém!

Sua oferta hoje: Durante todo o dia, dar atenção ao seu Senhor.

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QUARTO DIA

Mostrai-me a Vossa vontade, ó Senhor.

Oração: Pai Poderoso, muitas vezes não entendemos e não seguimos os Vossos caminhos. Guiai-me agora e, por intercessão de São Francisco de Assis, amparai-me na minha tristeza, e pelo Vosso poder mostrai me a  Vossa vontade com respeito às minhas necessidades especiais (mencionar o pedido). Amém.

Sua oferta hoje: Considere hoje como você pode fazer a vontade de Deus.

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QUINTO DIA

Ó Senhor, concede-me a graça de seguir Vossos caminhos.

Oração: Em Vós Pai Celestial, eu coloco a minha confiança, em Vossas mãos deixo todas as minhas inquietações, confiante em Vosso zêlo por mim. E  através da intercessão de São Francisco de Assis, aguardo, de Vós o alívio do sofrimento de minha dor. (mencionar o pedido). Amém

Sua oferta hoje: Por amor de Deus, ajude as pessoas de quem você não gosta muito.

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SEXTO DIA

Ó Senhor, não virai contra mim a Vossa ira.

Oração: Pai Misericordioso, sabeis das minhas fraquezas e desobediência, no entanto, Vos estais sempre pronto a perdoar , olhai com bondade para mim.  Em nome do Cristo e, por intercessão de São Francisco de Assis rapidamente vinde  socorrer me (mencionar o pedido). Amém.

Sua oferta hoje: Elimine de sua mente e língua as más palavras e pensamentos hoje.

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SÉTIMO DIA

O Senhor é  meu escudo nos perigos!.

Oração: Pai do Céu, Vós nunca rejeitais aqueles que buscam Vossa  ajuda e conforto, estais sempre pronto para nos socorrer. Através da intercessão de São Francisco e em nome de Cristo, eu imploro Vossa piedade,  socorrei-me nesta minha necessidade. (mencionar o pedido), aliviai-me de todas as minhas aflições.. Amém.

Sua oferta hoje: Assim como Cristo e  S. Francisco, faça o bem para aqueles que você não gosta.

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OITAVO DIA

O Senhor está sempre próximo dos corações dilacerados.

Oração: Por Vossa bondade, Pai Celestial, respondeis rapidamente as minhas preces, na minha angústia eu Vos imploro, socorrei-me e auxiliai-me  (mencionar o pedido). Em Vós,  ó Deus, continuo esperando, apesar de tudo. Faço este pedido em nome do Cristo e, por intercessão de São Francisco de Assis. Amém

Sua oferta hoje: Ajude  alguém que você conheça e  que esteja necessitando de sua amizade e apoio.

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NONO DIA

O Senhor me libertará e me resgatará porque Ele me ama. 

Oração: Graças Vos dou Ó Pai, em agradecimento a sua bondade e misericórdia. Com a Vossa ajuda sempre vou louvar a Vossa bondade em todas as minhas dificuldades. Rogo Vos assistir me agora, assim como eu fielmente sigo a Cristo, meu Salvador e clamo a bondade e intercessão de São Francisco de Assis, atendendo o meu pedido.  (mencionar o pedido). Amém.

Sua oferta hoje: Em agradecimento, seja cordial e amável com todos hoje.

Celebrar com a Oração pela Paz (topo da página)

Fonte:  http://br.geocities.com/ofsimaculada/novena_sao_francisco.htm


NOVENA E FESTA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS – 2009

setembro 25, 2009

Programação da

Novena e Festa

do Padroeiro 2009

Neste ano, em comemoração ao VII centenário do Carisma Franciscano

cartazFestaPadroeiro 

Fonte: http://www.taufrancisco.com.br/internas.php?id=1453


Bíblia: ler o texto dentro do seu contexto

setembro 24, 2009

 

Bíblia: ler o texto dentro do seu contexto

bíblia

Precisamos conferir as introduções antes de cada livro

A proposta desse artigo é entendermos melhor uma regra de ouro da literatura, qualquer que seja ela: ler o texto dentro do seu contexto. Isso significa vê-lo também como produto de pessoas diferentes e de épocas também diferentes.

Muitas vezes, nos sentimos desencorajados com determinados textos bíblicos por não conseguirmos entendê-los. Quem nunca leu uma passagem bíblica e não apreendeu quase nada do que estava escrito ali? Quem nunca deparou com conceitos muito complicados e muito distantes daquilo que entendemos e vivemos hoje?

Isso acontece porque cada um dos livros da Sagrada Escritura faz parte de um contexto mais amplo, cujos textos foram escritos numa época muito distante da nossa. Dessa forma, a leitura se torna um pouco mais complexa e, não raras vezes, incompreensível, em virtude de uma distância temporal, linguística e cultural existente entre a redação do texto bíblico e a leitura e a interpretação que fazemos hoje.

E por isso chamamos a atenção para a necessidade de uma leitura mais cuidadosa e não tão rápida e superficial, para que não ocorra uma interpretação equivocada e arriscada. Porque é natural entendermos o que lemos a partir de conceitos e da ideia que temos do mundo moderno em que vivemos, esquecendo-nos de que a Bíblia é formada por textos antigos, construídos num mundo diferente do nosso.

Dessa maneira, precisamos buscar o máximo de informações sobre o texto que iremos estudar. Tudo que o cerca, de modo especial o período em que foi escrito e qual contexto histórico que o influencia. Quanto mais informações tivermos a respeito dele [texto], tanto mais poderemos nos guiar pela regra literária citada no começo deste artigo: ler o texto dentro do contexto.

Mas como podemos saber mais sobre a época em que os textos bíblicos foram compostos e sob quais condições se deu esse processo de redação do texto que vamos ler?

É fácil. Basta consultarmos as nossas próprias Bíblias, pois elas nos fornecem essas informações. Precisamos conferir as introduções apresentadas antes de cada livro bíblico. Assim acontece, por exemplo, nas traduções da Bíblia, como a versão da TEB, da Bíblia Jerusalém e do Peregrino. Ou ainda, como na tradução da Bíblia Ave-Maria que traz logo na sua abertura um comentário sobre cada um dos livros bíblicos.

Essas introduções são muito importantes, pois nos dão informações preciosas a respeito do livro que vamos ler, informações estas muito úteis e práticas a respeito do período de composição do texto, sobre o contexto histórico no qual se deu essa redação, a qual grupo esse texto foi primeiramente dirigido, quem o redigiu, entre outros.

Caso tenhamos acesso a fontes confiáveis que podem, da mesma maneira e talvez de forma mais completa, nos fornecer essas informações, podemos e devemos utilizá-las, pois, como dissemos anteriormente, quanto mais informações temos do texto, tanto maior será nossa segurança de que o leremos dentro do contexto, evitando erros e equívocos. Mas, lembre-se: é importante que conheçamos bem essa literatura secundária utilizada para não consultarmos uma bibliografia que possa nos levar ao erro.

Um alerta aos que fazem uso da internet: muito cuidado ao buscar essas informações nesse espaço virtual. Não tenho nada contra a rede mundial de computadores; muito pelo contrário, sou usuário e a vejo como um facilitador da vida cotidiana. Mas, infelizmente, em se tratando de estudos bíblicos, a grande maioria das coisas que encontro nela possui muitos erros ou está ligada a outra doutrina diferente da católica.

Outro recurso apresentado pelas Bíblias, que além de nos auxiliar na compreensão dos textos, também nos fornece informações importantes sobre o conteúdo do que lemos são as notas de rodapé. Essas observações são muito valiosas porque são explicativas e por meio delas nos esclarecidas questões ligadas à língua, à geografia, à cultura, entre tantas outras coisas que facilitam o nosso entendimento deles. Muitos as ignoram, justamente por serem pequeninas, às vezes é difícil enxergá-las, mas elas estão ali para servir de auxílio para que o texto se torne mais acessível a nós que estamos distantes temporal, cultural e linguisticamente dos textos bíblicos.

Enfim, é necessário fazer uso desses recursos presentes nas nossas Bíblias, assim como das introduções nos livros e das notas de rodapé. Esses recursos fazem, de certo modo, parte da leitura e não podemos ignorá-los. A Igreja, e nossos tradutores, conhecem as distâncias entre nós e o texto e, consequentemente, sabem do risco de uma leitura fora de contexto. Ou seja, informações presentes na própria Bíblia, ainda que não sejam o texto bíblico propriamente dito, são não apenas importantes, mas necessárias para uma leitura da Palavra de Deus sem equívocos e que permita, verdadeiramente, nosso encontro com o sagrado.

 

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Denis Duarte
contato@denisduarte.com
Denis Duarte Especialista em Bíblia e Cientista da Religião.
www.denisduarte.com

Fonte: http://www.cancaonova.com/portal/canais/formacao/internas.php?e=11600

 

 


Oração de São Padre Pio de Pietrelcina

setembro 23, 2009

SANTO PADRE PIO DE PIETRELCINA

setembro 23, 2009

padre pio 1

Santo Frey Pio de Pietrelcina. (Itália)

O Santo Padre Pio de Pietrelcina é um dos maiores místicos de nosso tempo. Nos ensinou o amor radical ao coração de Jesus e a sua Igreja. Sua vida era oração, sacrifício, pobreza.

Herdeiro espiritual de São Francisco de Assis, foi o primeiro sacerdote a ter impresso sobre o seu corpo os estigmas da crucifixão de Jesus Cristo. Ele é conhecido em todo mundo como o “Frei” estigmatizado.

O Padre Pio, a quem Deus deu dons particulares e carismas, se empenhou com todas as suas forças pela salvação das almas. Os muito testemunhos sobre a grande santidade do Frei, chegam até os nossos dias, acompanhados de sentimentos de gratidão. Suas intercessões providencias junto a Deus foram para muitos homens causa de cura do corpo e motivo de renovação do espírito.

A vida mística consiste nas relações espirituais da criatura com seu Deus Criador, de caráter mais íntimo do que o comum, e que se manifesta de muitas maneiras, sobre tudo com êxtases, aparições, revelações de caráter particular etc…

Sua Biografia.
 

Francesco Forgione (O Santo padre Pio) nasceu no seio de uma humilde e religiosa família, no dia 25 de maio de 1887 as 5 da tarde, hora em que os sinos da Igreja tocavam para chamar a todos os fiéis a honrar a Virgem Santíssima em seu mês.

Padre Pio nasceu em uma pequena aldeia do Sul da Itália, chamada Pietrelcina, uma pequena vila a 12 km de Benevento.

Seus pais, Grazio Forgione e Maria Giuseppa di Nunzio Forgione, ambos agricultores, viviam no sector mais pobre de Pietrelcina.

Grazio, como tantos camponeses, havia ido várias vezes à América para buscar o necessário à família; mamãe Peppa costurava de manhã até a noite, como todas as mães do vilarejo. Ambos eram analfabetos, mas tinham uma grande fé e um bom senso prático, que ensinava aos filhos. Tiveram sete filhos, dos quais quatro faleceram muito cedo.

         A infância de Padre Pio; era diferente dos outros, tanto que logo o Senhor demonstrava Seu desígnio extraordinário. Talvez isso pudesse dar à mentalidade moderna, a idéia de conhecer pessoas semelhantes a nós, com defeitos, com grandes conflitos e que mesmo assim seguem seu caminho de ascensão.

Não nos esqueçamos de que os santos são, antes de tudo, obras-primas da Graça, e também dão sua resposta ao chamado, livremente; por tantas vezes, além de todo exemplo que nos deixam, e nos quais são inimitáveis, devemos admirar o desígnio extraordinário de Deus, totalmente único e inimitável. Deus deu a Padre Pio o dom de desígnios particulares; os fatos extraordinários que começaram a prepará-lo desde a primeira infância.

Na rústica Igreja de Sant’Anna encomendaram a proteção de seu recém nascido a São Francisco de Assis, por esta razão lhe batizaram com o nome de Francesco no dia seguinte de seu nascimento. Nome que se revelava profético pela opção de vida franciscana, abraçada no futuro por aquele menininho.

Da infância e meninice de pequeno Francesco, sabemos que era muito obediente, tanto que seus pais nunca tiveram a necessidade de repreendê-lo; sempre demonstrou ser um grande apaixonado pela oração e absolutamente intolerante às más palavras e, ainda mais, às blasfêmias, infelizmente comuns na boca das suas jovens companhias.

Aos doze anos, Francesco recebeu o Crisma, novamente na Igreja Sant’Anna, em 27 setembro de 1899; aliás, a mesma onde recebeu a Primeira Comunhão.

Desde muito menino Francesco experimentou em si o desejo de consagrar-se totalmente a Deus e este desejo o distinguia de seus coetâneos. Tal “diferença” foi observada por seus parentes e amigos.  Narra a mamãe Peppa: “Não cometeu nunca nenhuma falta,  não tinha caprichos, sempre obedeceu a mim e a seu pai, a cada manhã e a cada tarde ia à igreja visitar a Jesus e a Virgem. Durante o dia não saia nunca com os seus companheiros. Às vezes eu dizia: – “Francì vá um pouco a brincar”. Ele se negava dizendo: – “Não quero ir porque eles blasfemam”.

O Inicio de suas experiências extraordinárias.
 

Do diário do Padre Agostinho, o qual foi um dos diretores espirituais do Padre Pio, soube que o Padre Pio, desde 1892 quando tinha apenas cinco anos, viveu já suas primeiras experiências místicas espirituais. Os êxtases e as aparições foram freqüentes, e já começava a sua luta contra o demônio, que também tornou-se freqüentemente visível, de modo obsessivo e assustador. Mas  para ele pareciam serem absolutamente normais pensando que fosse um acontecimento comum a todos, não falava sobre eles.

Foi um menino muito sensível e espiritual, calado, diferente e tímido, muitos dizem que a tão pouca idade já mostrava sinais de uma profunda espiritualidade. Era piedoso, permanecia longas horas na Igreja depois da missa. Pedia ao sacristão para que lhe permitisse visitar ao Senhor na Eucaristia, nos momentos nos quais a Igreja permanecia fechada.

As aparições eram do Anjo da Guarda, do Senhor, de Maria, e até outros; os demônios, geralmente, apareciam sob formas bestiais, pavorosas e ameaçadoras. Esse tormento, embora significativo, da aparição dos demônios e o conforto das aparições divinas foi uma característica quase cotidiana para Padre Pio, pelo menos até o desaparecimento dos estigmas.

Mas seu pai, percebendo sua inteligência e seu desejo, forçou-o a estudar. Aos quinze anos havia terminado o terceiro colegial; já havia decidido ser sacerdote e, tinha decidido também entrar nos “frades com barba”, porque era admirador do bom frade Camillo, um irmão de longa barba negra, que andava pedindo esmolas.

Mas como havia amadurecido aquela decisão? Aqui começamos a entrar na via extraordinária pela qual o Senhor conduziu Padre Pio. O amor à oração, somando ao amor à penitência ajudaram, tanto que ainda pequeno, algumas vezes sua mãe o surpreendeu enquanto se flagelava.

A Preparação para o Noviciado.
 

             Há dois grandes acontecimentos na vida de Padre Pio, aos quais sempre atribuiu grande importância e sobre os quais comentou, freqüentemente, com seu diretor espiritual. Ambos acontecidos no ano de 1903, por volta de seus 15 anos, pouco antes de sua entrada aos capuchinhos.

Trata-se de uma visão.

A luta contra um gigante.

Os dias antes de entrar ao seminário foram dias de visões do Senhor, que lhe preparariam para grandes lutas Espirituais.

 Jesus lhe permitiu ver o campo de batalha, os obstáculos e inimigos.

 Francesco viu perto dele um homem de grande esplendor, belíssimo que o convida: ”Vem comigo, porque é conveniente lutar com um guerreiro valoroso.“

Ele o acompanhou até um campo que parecia infinito e encontrou dois grupos de pessoas assim: De um lado haviam homens radiantes, com vestiduras brancas e muito belos; ao outro lado, estavam pessoas que se pareciam com imensas bestas espantosas, horripilantes com vestes de cor preta. Era uma cena aterradora e os joelhos do jovem Francisco começaram a tremer.

Repentinamente Francesco se viu caminhando ao encontro de um homem gigante horrível, que sua cabeça chegava as nuvens.

O Homem esplendoroso estimulou Francesco a lutar contra aquele gigante; Francesco pediu para evitar aquele confronto, mas o Homem esplendoroso disse: “É vã a sua resistência. Entre nessa luta com confiança e combata corajosamente; você deve lutar conta ele. Diante dos acontecimentos, entre nesta luta com confiança e lute bravamente; Eu estarei perto de você, o ajudarei e não permitirei que ele te vença”.

O combate foi muito terrível, mas com a ajuda do Homem esplendoroso, o gigante foi vencido e obrigado a fugir; arrastando atrás de si toda aquela multidão de homens asquerosos, gritando blasfêmias e brados atordoados. Do outro lado a multidão das pessoas de branco, explodiram de alegria e júbilo louvando o Homem esplendoroso que havia ajudado Francesco naquela luta.

Foi neste intervalo que o Homem esplendoroso colocou na cabeça de Francesco uma coroa belíssima; removendo-a disse: “Tenho reservada para você uma outra coroa, mais bela, se você souber como lutar nos encontros contra aquele gigante. Ele tornará a assaltá-lo sempre, mas você deve combater sem medo, Eu o farei sempre vencedor porque você o fará se prostrar sempre”.

Toda a vida de Padre Pio foi uma contínua luta contra o demônio (o gigante) que atacava sempre o padre Pio para impedi-lo de salvar as almas. Era uma batalha interior freqüente; algumas vezes, também um ataque externo. Quando o padre ficava exausto, cheio de marcas das pancadas, vinham seus confrades socorrê-lo, ele sempre confessava: “Obrigado! Com a ajuda divina, eu sempre venço!”. Esse acontecimento foi uma prévia muito significativa de toda a luta na vida de Padre Pio.

Um segundo acontecimento, logo após o primeiro, mas também antes que Francesco ingressasse aos capuchinhos. É mais difícil falar deste, porque com relação a ele, o padre foi sempre bastante reservado. Disse e escreveu unicamente o essencial, porque para ele era um acontecimento bastante particular, “uma grande missão”. Mas nunca especificou do que se tratava. “Uma missão grandiosíssima, importante somente para Ti e para mim”. Escreveu isso em uma oração pessoal. Talvez, algum sinal; um exemplo foi a grande insistência com que pediu aos superiores de ser indicado para o ministério da confissão.

Estas são as duas visões que deram sinal profundo na vida de Padre Pio. Na sua luta contra Satanás revivia, sempre, aquele confronto com o gigante. E tem sempre presente “a missão grandiosíssima” que o Senhor lhe havia mostrado; será uma recordação que o suportará na dura luta da longa vida, por causa do atroz sofrimento, como os estigmas, nas ocasiões de calúnia e dos endossos canônicos: oferecia tudo ao Senhor como execução daquela missão. Será esse o segredo de sua inalterada serenidade?

         Realismo e esperança. Foi como escreveu para duas filhas espirituais, Maria Garzani e Raffaela Cerase.

“Não tema perseverar na tempestade, pois o pequeno barco do teu espírito não andará mais submerso. O céu e a terra mudarão, mas a palavra de Deus que assim assegura a quem obedece cantar a vitória, não mudará, permanecerá sempre escrita no indelével livro da vida: Eu existirei sempre” (Ep. III)

“Temos sempre diante dos olhos que a Sua terra é um lugar de combate e que no paraíso se reservará a coroa; que aqui é um lugar de prova e o prêmio se reserva lá em cima; que aqui estamos em exílio e a nossa verdadeira pátria é o céu e que necessita de contínua aspiração. Portanto, vivamos com a fé, a esperança firme e com ardente afeto até que saiamos vitoriosos, para poderemos um dia, quando Deus desejar, habitarmos com Ele” (Ep. II).

AS LUTAS DO PADRE PIO COM O DEMÔNIO.

           O demônio após ter sido expulso do paraíso por São Miguel e seu anjos e sendo precipitado na terra (Apocalipse 12, 7-12) continua existindo; o seu papel ativo, não pertence ao passado e nem é uma fantasia popular. O diabo continua ativo hoje mais do que nunca, induzindo os homens ao pecado e a perdição.

Baudelaire afirmava justamente que a principal atividade de Satanás, nos tempos de hoje é fazer com que as pessoas não acreditem na sua real existência e assim não rezem e nem peçam a proteção do alto. Com o caminho livre o inimigo faz desastres na humanidade sem ser percebido e combatido. Mas Deus na sua infinita Misericórdia fez com que ele se mostrasse ao mundo revelando suas táticas de ataque sobre o homem como aconteceu com o padre Pio e outros santos.

Pe. Pio travou “duros combates” em toda sua vida, mostrando a humanidade o poder dado por Jesus aos sacerdotes em seu ministério sacerdotal sobre o inimigo, principalmente no sacramento da Confissão, na Santa Missa, nos exorcismos libertando as pessoas do inimigo. Tais batalhas foram brigas sangrentas, como foi escrito em muitas cartas que Pe. Pio enviava aos seus diretores espirituais.

As lutas entre Padre Pio e Satanás ficaram mais duras quando Padre Pio livrou as almas possuídas pelo Diabo. Mais de uma vez, falou ao Padre Tarcísio de Cervinara que, antes de ser exorcizado, o Diabo gritava: “Padre Pio você nos dá mais preocupação que São Miguel” e também: ”

Padre Pio, não aliene as almas de nós e nós não o molestaremos”.
 

 

O diabo submeteu Padre Pio à tentações em todos os sentidos.

Padre Agostino confirmou que o diabo apareceu a ele de diferentes formas: “O diabo apareceu como meninas jovens que dançavam nuas, em forma de crucifixo, como um jovem amigo dos monges, como o Pai Espiritual, como o Padre Provincial, como Papa Pio X, como o Anjo da Guarda, como São Francisco e como Nossa Senhora. O diabo também apareceu nas suas formas horríveis, com um exército de espíritos infernais. Às vezes não havia nenhuma aparição, mas Padre Pio estava ferido, ele era torturado com barulhos ensurdecedores, cuspido etc. Padre Pio teve sucesso livrando-se destas agressões ao invocar o nome de Jesus.

Uma noite de verão em que ele não conseguia dormir por causa do grande calor ouviu o barulho dos passos de alguém, que no quarto vizinho, caminhava para lá e para cá. “O pobre Anastásio não pode dormir como eu.”, pensou Pe. Pio. ” Quero chamá-lo, pois, pelo menos conversamos um pouco “. Ele foi até a janela e chamou o confrade mas sua voz permaneceu presa na garganta: no parapeito da janela vizinha, um monstruoso cão se apoiava. Assim contava o próprio Pe. Pio: “Vi horrorizado entrar pela porta um enorme cão feroz de cuja boca saia muita fumaça. Eu caí de bruços na cama e ouvi o que ele dizia: “é este, é este!”. Ainda naquela posição vi a fera pular sobre o parapeito da janela e de lá lançar-se sobre o telhado da frente para em seguida desaparecer.

Amor pela Santíssima Virgem

Toda sua vida não foi outra coisa que uma continua oração e penitência, aquela do Rosário sua predileta oração assim como de muitos Papas principalmente João Paulo II, este consagrado a Maria (Totus Tus – todo teu). Com esta oração não impedia que semeasse a seu redor felicidade e grande alegria entre aqueles que escutavam suas palavras, que eram cheias de sabedoria ou de um extraordinário senso de humor.

Através de suas cartas, ao confessor se descobrem indescritíveis e tremendos sofrimentos espirituais e físicos, seguidos de uma felicidade inefável derivada de sua íntima e continua união com Deus.

Chegava a padre Pio uma multidão de peregrinos de todo o mundo e, além disso, recebia numerosas cartas pedindo oração e conselho. O Papa João Paulo II, em 1947, quando era um sacerdote recém ordenado foi visitar ao padre Pio e ficou profundamente impressionado por sua santidade.

Já sendo Papa visitou sua tumba.

Os Dons extraordinários:

Discernimento extraordinário: É a capacidade de ler os corações e as consciências dos penitentes.

Profecia: Pode anunciar eventos do futuro.

Curas: Curas milagrosas pelo poder da oração.

Bilocação: Estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Perfume: O sangue de seus estigmas tinha fragrância de flores.

Ierognosia: Padre Pio tinha poderes para  reconhecer se um homem era um Padre e se os objetos que lhe apresentavam já tinham sido abençoados.

Estigmas: Recebeu os estigmas no dia 20 de setembro, 1918 e os levou até sua morte 50 anos depois (23 de setembro, 1968).

Os médicos que observaram os estigmas do padre Pio não puderam fazer cicatrizar suas chagas nem dar explicação delas. Calcularam que perdia um copo de sangue diário, mas suas chagas nunca se infectaram.

O padre Pio dizia que eram um presente de Deus e uma oportunidade para lutar, para ser mais e mais como Jesus Cristo Crucificado.

O Ingresso no Noviciado de Morcone.
 

 

Padre Pio sempre caminhou retamente, não permitindo-se luxos nem nada que lhe pudesse desviar de sua relação com Jesus.

Aos 16 anos de idade, Francisco havia adiantado o suficiente para entrar ao seminário; seria frade capuchinho. Ingressou na Ordem Franciscana de Morcone no dia 6 de janeiro de 1903.

         Além da dor de separar-se da família e de seu vilarejo, não desistiu do sonho de entrar para o noviciado mesmo diante da luta interior: teve uma “visão espiritual” através da qual compreendeu que sua vida religiosa seria marcada pela luta com aquele gigante; tanto que ficou claro este ser o único passo da grande missão para a qual Deus o chamava.

Quinze dias depois de sua entrada, no dia 22 de janeiro de 1903, Francisco recebeu o hábito franciscano que está feito em forma de uma cruz e percebeu que desde esse momento sua vida estaria “crucificada em Cristo”, tomou Além disso, por nome religioso, Frei Pio de Pietrelcina em honra a São Pio V. A Fraternidade Capuchinha na qual ingressou era uma das mais austeras da Ordem Franciscana e uma das mais fiéis a regra original de São Francisco de Assis.

O início da vida religiosa do Padre Pio não foi brilhante. Excelente no comportamento, assim como na obediência, na jovialidade e no companheirismo, porém, freqüentemente estava doente e seus sintomas sempre tinham aspectos estranhos. No geral, era mais eficiente do que mais brilhante. E seus companheiros recordavam que ele, quando era interrogado, sabia sempre a ligação. Mas testemunharam também que ninguém, nunca, o viu estudar.

Também durante os anos de teologia, quem entrasse em sua cela surpreendia-o em oração. Não é que se recusasse a estudar; mas apenas abria o livro e rapidamente sentia-se absorto, pensando em Deus, pensando que era constante.

É inútil procurar outro motivo: Padre Pio viveu pela oração; a oração era seu ar, sua vida. Já antes de entrar no convento estava sempre absorto em Deus, e assim continuou a ser, mesmo falando com as pessoas ou fazendo outras coisas também, sem se distrair.

O jejum e a penitencia eram práticas habituais.

O frade Pio abraçou todas as formas de auto privação, comendo sempre muito pouco, em uma ocasião se alimentou unicamente da Eucaristia por 20 dias e ainda que fraco fisicamente se apresentava nas aulas com declarada alegria.

“Sou imensamente feliz quando sofro, e se consentisse os impulsos de meu coração, lhe pediria a que Jesus me desse todo o Sofrimento dos homens”.

Com o passar dos anos, os distúrbios de saúde foram se agravando tanto que os médicos, percebendo serem inúteis os diversos tratamentos, decidiram que o frei fosse mandado a Pietrelcina, acreditando que sua saúde sofreria melhoras na terra natal. Não havia dúvida que o ar de seu vilarejo lhe faria bem, mas também constatou-se um estranho sintoma, que ninguém jamais explicou e que foi um verdadeiro quebra-cabeça, mesmo para o Padre Pio e para seus superiores.

A situação estava assim: em Pietrelcina, Padre Pio, devido à debilidade de saúde, não podia comer qualquer coisa e se sustentar; assim como estava antes, parecia que seu estômago rejeitava qualquer alimento, vomitava tudo, não podia deter nem mesmo uma colher de água; por isso os superiores sentiram-se obrigados a mandá-lo de volta à sua terra natal (Benevento); com dificuldades ia se colocando de pé, enquanto o distúrbio cessava (lentamente).

A Primeira bilocação.
 

 

Em 1905, apenas dois anos depois de haver entrado ao Seminário, o frade Pio experimenta pela primeira vez a bilocação.

Rezando acompanhado de outro frade no coro, uma noite fria de janeiro, ao redor das 11:00h da noite, se encontrou a si mesmo muito longe, em uma casa muito elegante na qual um pai de família agonizava no mesmo momento que sua filha nascia.

Nossa Santíssima Mãe se lhe apareceu ao frade Pio dizendo-lhe: “Encomendo esta criatura a teus cuidados; é uma pedra preciosa sem polir. Trabalha nela, lustrai-la, fazei-la brilhar o mais possível, porque um dia quero adornar com ela”.

Ao que ele respondeu:

” Como pode ser isto possível se sou um pobre estudante, e todavia nem sequer sei se terei a fortuna de chegar a ser sacerdote? E se não chegar a ser sacerdote, como poderei ocupar-me desta menina estando tão longe?”.

A Virgem lhe respondeu:

“Não duvides. Será ela quem virá a ti, mas a conhecerás de antemão na Basílica de São Pedro”.

Imediatamente se encontrou de novo no coro onde havia estado rezando minutos antes.

Dezoito anos mais tarde esta menina se apresentou na basílica de São Pedro, agoniada e buscando a um sacerdote com quem pudesse confessar-se e receber direção espiritual.

Já era tarde e a basílica ia fechar, olhou ao seu redor e viu a um frade entrar no confessionário e fechar a porta. A jovem se aproximou e começou a compartilhar seus problemas. O sacerdote absolveu seus pecados e lhe deu a benção. A jovem em agradecimento quis beijar-lhe a mão, mas ao abrir o confessionário só encontrou uma cadeira vazia.

Um ano depois, a jovem foi em peregrinação a São Giovanni Rotondo. Padre Pio caminhava por entre os peregrinos e ao ver a jovem entre eles, a chamou dizendo:

“Eu te conheço, tu nascente no dia em que teu pai morreu”, a jovem, surpreendida, esperou largo tempo para poder se confessar com o padre e acalmar suas inquietudes.

Padre Pio lhe recebe no confessionário com estas palavras:

“Mi filha, tens vindo finalmente; estou esperando tantos anos por ti!”.

A jovem ainda mais surpreendida lhe disse que ele estava equivocado, sendo esta a primeira vez que ela visitava São Giovanni.
Ao que padre Pio respondeu:

“Tu me conheces, viste a mim no ano passado na basílica de São Pedro”.

A jovem se converteu em sua filha espiritual, obedecendo sempre a seus conselhos. Se casou e formou uma sólida e exemplar família cristã.

De regresso a sua terra natal – Pietrelcina.

           Foram quase sete anos que Padre Pio passou em Pietrelcina, de 1909 a 1916, com um contínuo vai-e-vem, de um convento para outro, na esperança de poder se firmar, mas inutilmente. Apenas ficava um pouco melhor e os superiores se apressavam em mandá-lo a outro convento; mas, de repente, bastava qualquer distúrbio no estômago para que os superiores o mandassem de volta ao vilarejo. Podemos imaginar o imenso incômodo para Padre Pio, que desejava com toda a sua alma poder viver a vida conventual, e ai sendo sempre forçado a abandoná-la; aumentava também o grande desafio de seus superiores, que não sabiam a que destinar aquele frade, que rapidamente adoecia, em qualquer lugar aonde o mandassem.

         Enquanto isso, como se desenrolava a vida do padre Pio?

Muita oração, uma contínua meditação da dilaceração, da Paixão do Senhor, muitas lágrimas, ao ponto de lhe embaçar a visão.

A Ordenação Sacerdotal.
 

 

Todavia, continuou seu itinerário teológico, e no dia 10 de agosto de 1910, padre Pio é ordenado sacerdote na Catedral de Benevento, Itália.

A tarde daquele dia, escreve esta oração:

“Oh! Jesus, meu suspiro e minha vida, te peço que faças de mim um sacerdote santo e uma vitima perfeita”.

Ao finalizar a Santa Missa, sua mãe e seus irmãos se aproximaram para receber sua primeira benção. Sua mãe não podia conter suas lágrimas, tanto da emoção como da dor de pensar na ausência de seu esposo, cujo sacrifício havia feito possível a ordenação de seu filho. Como era costume, o novo padre celebraria sua primeira missa na Igreja de seu povoado, na Igreja Sant’Anna.

Na mesma Igreja na qual a 23 anos antes havia sido batizado, em onde havia recebido a primeira Comunhão e o Sacramento da Confirmação.

Foi iniciada uma etapa decisiva em sua vida, porque naquele momento começou o que podemos chamar, sem exagero, “o mistério da Missa de Padre Pio”: mistério que poucos conheceram e pouquíssimos participaram naquele primeiro momento.

O padre dizia a seus filhos espirituais “Se vocês desejam assistir a Sagrada Missa com devoção e obter frutos, pensem na Mãe Dolorosa ao pé do Calvário.

         Enquanto isso, mais uma vez, a vida de Padre Pio continuou se desenvolvendo, por aproximadamente seis anos, naquele esconderijo de Pietrelcina, com breves interrupções, na tentativa de reintegrá-lo em algum convento. Sem aprofundamento, para aproximarmos melhor ao mistério daquela Missa, no mesmo ano da ordenação, em 1910, Padre Pio se ofereceu “vítima pelos pecadores e pelas pobres almas do purgatório”.

Poucos sabem o imenso valor e o grande risco que envolvem a oferta da vítima. Nós fomos preservados do sacrifício de Cristo, a quem todos devemos dar nossa contribuição com oferta pessoal. Mas quem se oferece como vítima, aceita verdadeiramente participar de tal sacrifício de modo heróico e freqüentemente paga a sua generosidade com grande sofrimento para os quais não existe nenhum remédio humano.

        Os refúgios do Padre Pio em Pietrelcina.

Pode-se dizer que em Pietrelcina, no trecho de sua casa, havia três centros entre os quais dividia seu tempo.

O primeiro centro era a pequena Igreja de Sant’Anna. Era neste lugar que celebrava a Missa, que poderia durar quatro horas e que, por sua extensão, era propositalmente evitada por muitos. Foi o primeiro e principal lugar freqüentado por Padre Pio, que aos poucos começamos a compreender.

A Missa de Padre Pio, todos corriam para poderem assisti-la; ela não era semelhante a nenhuma outra Missa; diferente de todas.

         Dom Giuseppe Orlando, alguém que sempre voltava lá, já preso ao lugar, disse poucas palavras: “A sua Santa Missa é um mistério incompreensível”. À luz daquilo que é dado como verdade, podemos afirmar que com a sua ordenação sacerdotal, a Missa de Padre Pio era verdadeiramente um reviver da Paixão de Cristo.

O Segundo é na direção da Ladeira Castello há uma velha “pequena torre”. Ela poderia testemunhar a solicitude orante daquele homem: muita oração, muita união com seu Senhor.

O Terceiro é um olmo (tipo de árvore) no alto da colina de Piana Romana, um pouco distante da casa dos Forgione. Lá, o pequeno Francesco já se refugiava para rezar e estudar quando era pequeno, à sombra daquela árvore. Neste local o sacerdote também passava longas horas de oração, de meditação da Paixão do Senhor, tanto que seus familiares, sabendo ser um local muito importante, construíram lá uma pequena cabana com uma cama de palha que pudesse ficar até a noite, durante sua estadia.

Os Estigmas invisíveis.

Durante seu primeiro ano de ministério sacerdotal, em 1910, enquanto rezava embaixo do olmo, Padre Pio recebeu os estigmas invisíveis. Em recordação a este fato é que se construiu naquele local uma capela.

Em uma carta que escreve a seu diretor espiritual os descreve assim: “Em meio das mãos apareceu uma mancha vermelha, do tamanho de um centavo, acompanhada de uma intensa dor. Também sob dois pés sinto dor”.

Estas dores na mãos e nos pés do padre Pio, são os primeiros indícios dos estigmas que foram invisíveis até o ano de 1918. Uma vez a dor que o padre Pio experimentou foi tão aguda, que sacudiu as mãos, as quais sentia que lhe queimavam.

Este tempo em seu povoado natal foi um período de grandes combates espirituais com o demônio, mas também de grandes consolos através de êxtase e fenômenos místicos, tanto interiores como exteriores, espirituais e físicos.

O demônio aparecia-lhe de distintas maneiras. Algumas vezes até na aparência de animais, de mulheres bailando danças impuras, de carcereiros que o açoitavam e inclusive sob a aparência de Cristo Crucificado, de seu Anjo da Guarda, São Francisco de Assis, a Virgem Maria, também sob a aparência de seu diretor espiritual, seu provincial, etc… Mas depois destes assaltos do demônio, era consolado com êxtases e aparições de Jesus, a santíssima Virgem Maria, seu Anjo da Guarda, São Francisco e outros santos.

No dia 12 de agosto de 1912 experimentou pela primeira vez a “chaga do amor”. O padre Pio escreveu a seu diretor espiritual explicando-lhe o sucedido:

“Estava na Igreja fazendo minha ação de graças depois da Santa Missa, quando de repente senti meu coração ferido por um dardo de fogo fervendo em chamas e eu pensei que ia morrer”.

Suportou o impacto da perfuração do coração e quase que uma vez por semana era submetido à flagelação e à coroação de espinhos. Se durante sua infância e novamente nos anos preparatórios ao sacerdócio, sua meditação constante era a Paixão do Senhor, que o fazia derramar muitas lágrimas, agora, não se tratava somente de meditar o sofrimento de Cristo, mas de vivê-lo na própria carne. E esse era apenas o início!    

Por sete anos, padre Pio permanece fora do Convento, em Pietrelcina. Naturalmente, esta vida estava em contraste com a regra franciscana e alguns irmãos frades se queixaram disto. Foi então quando o Superior Geral da Ordem pediu a Sagrada Congregação dos Religiosos a exclaustração do Padre Pio. Foi um golpe muito duro para ele e em um êxtase se queixou com São Francisco de Assis.

A Congregação dos Religiosos não escutou a solicitação do Superior Geral e concedeu que o padre Pio continuasse vivendo fora do convento, até que estivesse completamente restabelecida sua saúde.

Poder celebrar a Missa na Igrejinha de Sant’Anna, ainda que o enfraquecimento aparente era tal, a ponto de ter de conseguir permissão para celebrar a Missa de Maria ou aquela dos falecidos.

A prática de seus deveres, a memória de sua missão substituíam o esforço do dever cumprido. Foram anos caracterizados por um cotidiano em que se alternavam as visões diabólicas e os estados de doçura. Resistiu a tudo isso até 17 de fevereiro de 1916,

De volta à vida monástica do Convento.

No dia 17 de fevereiro de 1916, o padre Pio saiu de Pietrelcina rumo a Foggia, onde os superiores o chamaram para dar um serviço espiritual.

Padre Pio obteve tarde a possibilidade de confessar, que em geral é conhecida poucos dias após à ordenação sacerdotal, até mesmo em prévio exame de teologia moral. Em Pietrelcina, dirigia espiritualmente qualquer pessoa, que lhe era confiada por meio de correspondência postal. Será também esta, a direção espiritual através de cartas, uma das características do padre.

Graças a as orações de Rafaelina Cerase, uma Senhora muito enferma e perto da morte, o padre Pio pode regressar definitivamente a vida comunitária.

Esta boa Senhora se ofereceu a Deus como vítima para que o padre pudesse ouvir confissões e com isso trazer grande beneficio as almas.

Ainda que o padre nunca mais pôde regressar a Pietrelcina, seu amor por ela nunca diminuiu. Durante a Segunda Guerra Mundial, o padre, referindo-se a seu povoado disse: “Pietrelcina será preservada como a menina de meus olhos”.

E antes de morrer, falando profeticamente disse: “Durante minha vida tenho favorecido a São Giovanni Rotondo. Depois de minha morte, favorecerei a Pietrelcina.

Em Foggia no convento de Sant’Anna, como era chamada aquela comunidade capuchinha, Padre Pio não teve aquele grave distúrbio de vômito, que o impedia de ingerir os alimentos, o que o deixou feliz para, finalmente, viver em comunidade e conviver com a grande pobreza daqueles seus confrades.

A permanência de Padre Pio em Sant’Anna não foi totalmente pacífica. Apesar de muito agradar aos confrades, a presença do sacerdote dedicado à oração e ao mesmo tempo alegre e divertidíssimo na hora da recreação, ocorreram situações que o colocaram em grande confusão.

Freqüentemente, sobretudo à noite, escutavam murmúrio de vozes e pancadas que aterrorizavam os pobres frades. Padre Pio desculpou-se com o superior e deu-lhe a seguinte explicação: o demônio o tentava de todas as formas, mas ele lutava e vencia sempre. Porém ficava exausto, todo banhado de suor, e os confrades tinham que ajudá-lo a se trocar. Ele sempre permanecia sereno e tratava de transmitir, desse modo, sua serenidade aos outros.

Primeira visita a São Giovanni Rotondo.

No dia 28 de julho de 1916, o padre Pio chega a São Giovanni Rotondo pela primeira vez.

San Giovanni Rotondo era então uma pequena vila na península do Gargano, rodeada por casas muito pobres, sem luz, sem água potável, sem caminhos pavimentados e sem formas de comunicação modernas, muito parecido a forma de vida nas vilas pequenas daquele tempo. O monastério se encontrava a uns dois kilômetros do povoado e para chegar a este, era necessário ir em mula.

O monastério contava com uma pequena e rústica Igreja de Nossa Senhora das Graças do século XIV.

De fato, o padre rapidamente se adaptou ao ar puro, tanto que foi pedir ao superior permissão para prolongar por mais tempo sua estadia; sentia-se razoavelmente bem fisicamente, mas haveria ainda outras coisas, como Jesus lhe disse. É difícil saber se Ele revelou tudo o que haveria de acontecer em todo o resto de sua vida; certamente foi advertido que aquele era o local de seu apostolado.

Ele se mostrava contente e os frades estavam bastante contentes com ele. Mas havia alguém a quem aquela adaptação não agradava. Em seu íntimo, foi travada uma tremenda luta. Sentia-se “exposto a Satanás”, que seguramente não havia querido vê-lo naquele lugar. Sentia-se assaltado pela tentação contra a fé, de tal maneira a escrever: “que mistério eu sou a mim mesmo!”. Deste modo, firme para guiar a alma, sentia-se e sempre se sentiu, por isso, fraco e inseguro com relação à sua pessoa.

Não foi só o maligno a perturbar Padre Pio na aparente quietude de San Giovanni. Havia a Primeira Grande Guerra. Até o padre foi convocado a servir e, até 16 de março de 1918, a sua vida foi um sucessivo de viagens e retornos, de visitas médicas e de licença de convalescença.

Foi para ele um período muito duro, pelo esforço físico ao qual foi submetido; mas também pelos comentários e comportamentos de seus companheiros; e, sobretudo, pela freqüente impossibilidade de celebrar a Missa. Em compensação, comoveu meio mundo por quem era impelido a sacrificar-se.

No convento lhe foi dada uma particular missão:

Era diretor espiritual dos frades, todos, entregues ao frei.

Padre Pio dedicou-se a eles com todo o seu empenho: lá, confessava, teve breve conferência espiritual, rezava por eles, lutava por eles contra o demônio e, conforme sua total generosidade se ofereceu ao Senhor, vítima, por eles. Mas logo começou uma nova função ao frei.  Começou aumentar as pessoas em seu confessionário, tanto que em pouco tempo já tinha toda a manhã ocupada. Confessava, fazia direção espiritual e acompanhava as pessoas também pro carta.

A atormentá-lo, não era somente o demônio. O Senhor tinha para si aquele frei de desígnio especialíssimo, e se não lhe ensinava doçura espiritual, cada vez com mais profundidade, preparava-o sempre para desenvolver um sinal visível de Sua imagem.

A Transverberação do Coração.

De 5 a 7 de agosto de 1918, Padre Pio soube quase ininterruptamente, o que aquele fenômeno chamado misticamente de transverbação.

A transverberação é uma graça extraordinária que alguns santos como Santa Teresa de Jesus e São João da Cruz tem recebido.

O coração da pessoa escolhida por Deus é traspassado por uma flecha misteriosa ou experimentado como um dardo que ao penetrar deixa atrás de si uma ferida de amor que queima enquanto a alma é elevada aos níveis mais altos da contemplação do amor e da dor.

O padre Pio recebeu esta graça extraordinária no dia 5 de agosto de 1918.

Em grande simplicidade, o padre narrou a seu diretor espiritual o sucedido:

“Eu estava escutando as confissões dos jovens a noite do dia 5 de agosto quando, de repente, me assustei grandemente ao ver com os olhos de minha mente a um visitante celestial que se apareceu frente a mim. Em sua mão levava algo que parecia como uma lança larga de ferro, com uma ponta muito aguda. Parecia que saia fogo da ponta. Vi a pessoa fundir a lança violentamente em minha alma. Apenas pude queixar-me e senti como que se morresse. Disse ao menino que saísse do confessionário, porque me sentia muito enfermo e não tinha forças para continuar. Este martírio durou sem interrupção até a manhã do dia 7 de agosto.

Desde esse dia sinto uma grande aflição e uma ferida em minha alma que está sempre aberta e me causa agonia.

Em 9 de agosto de 1912, assim escreveu a padre Agostino:

         “Sinto pois, meu padre, que o Amor me vencerá finalmente; a alma corre o risco de dividir-se do corpo pela razão que não posso amar Jesus o suficiente na terra. Sim, minha alma está ferida de amor por Jesus; sou doente de amor; experimento continuamente a dor de amar, aquele ardor que queima e não se consome. Sugeri-me, se autoriza, o remédio para a atual estado de minha alma. Aqui está uma fraca imagem daquilo que Jesus opera em mim. À maneira que uma torrente arrasta bruscamente na profundidade do mar todos que encontra em seu curso, assim a minha alma é aprofundada no oceano, sem demora, reencontrando o amor de Jesus, sem mérito algum meu e sem me dar razão, seduz para dentro de Si todo o Seu tesouro”.

         Em 12 de agosto deste mesmo ano:

         “Estava na Igreja para fazer o agradecimento pela Missa quando, de repente, senti o coração ser ferido por um dardo de fogo, vivo e ardente, que pensei matar-me. Me faltam as palavras corretas para fazê-lo compreender a intensidade daquela chama: estou bastante impotente para poder expressar-me. Acredita? A alma, vítima desta consolação, ficou muda. Parecia que uma força invisível submergisse toda naquele fogo… Meu Deus, que fogo!… Um segundo, minha alma já havia sido separada do corpo… Andava com Jesus” (Ep I).

No seminário menor.

O padre Pio serviu como padre espiritual dos jovens que formavam parte do seminário seráfico menor, que nesse momento estava em São Giovanni Rotondo.

Orava muito e vigiava seu avanço espiritual e até chegou a pedir permissão para oferecer-se como vítima ao Senhor pela perfeição deste grupo a quem como ele mesmo dizia “amava com ternura”. Um dia em que dava um passeio com os jovens lhes disse: “Um de vocês me traspassou o coração”. “Um de vocês esta manhã fez uma Comunhão sacrílega. E saber que fui eu que a dei hoje durante a missa”. O jovem culpado se jogou a seus pés e confessou ser ele.

O padre fez sinal aos demais para que se retirasse um pouco e ai mesmo na rua escutou sua confissão e o restaurou a graça de Deus.

Os estigmas de Cristo.

Foram bem tristes os primeiros meses de 1918. A guerra e a (gripe) “espanhola” haviam matado muitos da população e do convento.

O padre Pio teve as cinco chagas de Cristo crucificado que levou em seu corpo visivelmente durante 50 anos. Um pouco mais de um mês depois de haver tido o coração transpassado, o padre Pio recebe os sinais, agora visíveis, da Paixão de Cristo. O padre descreve este fenômeno e graça espiritual a seu diretor por obediência:

“Era sexta feira, manhã do dia 20 de setembro de 1918. (Festa dos Estigmas de São Francisco)

Eu estava no coro fazendo a oração de ação de graças da Missa e senti pouco a pouco que me elevava a uma oração sempre mais suave, de pronto uma grande luz me deslumbrou e me apareceu Cristo que sangrava por todas as partes.

De seu corpo chagado saíam raios de luz que mais bem pareciam flechas que me feriam os pés, as mãos e o costado. Quando voltei a mim, me encontrei no sozinho e com chagas. As mãos, os pés e o costado sangravam e me doíam até fazerem perder todas as forças para levantar-me. Me sentia morrer, e haveria morrido se o Senhor não houvesse vindo a sustentar-me o coração que sentia palpitar fortemente em meu peito.

Me arrastei até a cela. Me recostei e rezei, olhei outra vez minhas chagas e chorei, elevando hinos de agradecimento a Deus”.

Os estigmas do padre Pio eram feridas profundas no centro das mãos, dos pés e o costado esquerdo. Tinha mãos e pés literalmente traspassados e lhe saia sangue vivo de ambos lados, fazendo do padre Pio o primeiro sacerdote estigmatizado na história da Igreja.

O provincial dos Capuchinos de Foggia convidou ao Professor Romanelli, médico e diretor de um prestigioso hospital, para que estudasse o caso e desse seu parecer. O Doutor Romanelli não teve a menor dúvida do caráter sobrenatural do fenômeno.

Pouco depois a Cúria Geral dos Capuchinos em Roma enviou a São Gionanni Rotondo outro especialista, o professor Giorgio Festa. Suas conclusões foram que “os estigmas do padre Pio tinham uma origem que os conhecimentos científicos estavam muito longes de explicar. A razão de sua existência estão além da ciência humana”.

A notícia de que o padre Pio tinha os estigmas se estendeu rapidamente. Muito rápido, milhões de pessoas acudiam a São Giovanni Rotondo para vê-lo, beijar suas mãos, confessar-se com ele e assistir a suas longas Missas.

Tinha para si a dor e a humilhação, cuidava de esconder ainda mais as feridas e as dores que causavam para evitar o fanatismo do povo.

Uma grande celebridade em matéria de psicologia experimental, o padre Agustim Gemelli, franciscano, doutor em medicina, fundador da Universidade Católica de Milão e grande amigo do Papa Pio XI, foi visitar ao padre Pio, mas como não levava permissão por escrito para examinar suas chagas, este recusou a mostrá-las.

O padre Gemelli saiu de São Giovanni com a idéia de que os estigmas eram falsos, de natureza neurótica e publicou seu pensamento em um artigo publicado em uma revista muito popular. O Santo Ofício se valeu da opinião deste grande psicólogo e fez público um decreto no qual declarava a pouca constância na sobrenaturalidade dos fatos.

Sobre os Estigmas, o Padre Gabriele Amorth esclarece:

( Padre Gabriele Amorth é o exorcista oficial do vaticano. )

As pessoas eram desconcertadas: se o Senhor havia usado em Padre Pio aqueles sinais visíveis da Paixão, não seria um grande convite correr a ele, como modelo de imitação de Cristo?

         Naquele ano, eu escrevia todas as semanas na Famiglia Cristiana (Família Cristã). O diretor, meu confrade, Pe. Zelli, sabia que eu era um assíduo de Padre Pio. Disse-me: “É hora de falar claro. Escreva um amigo equilibrado e bem fundamentado; o publicarei nas duas primeiras páginas, as mais qualificadas da revista”.

         Assim escrevi meu artigo, que foi publicado em 23 de novembro de 1958, com o título bastante provocativo:

 

“Em resumo, duvidamos ou não acreditamos em Padre Pio?”

         Não se pode negar, a principio, a possibilidade do estigma.

Na história da Igreja encontramos cerca de 340 pessoas que o haviam recebido; umas oitenta dessas são canonizadas, às quais não há dúvidas de sua bondade e sinceridade quanto ao tema. Tenta-se entender porque Deus manda estes males, que significado têm. Provavelmente para recordar aos homens o valor redentor da dor e convidar-los a meditar a Paixão do Salvador. Mas não se pode negar que, o sujeito que a carrega, pode nos mostrar um confirmação plena da imagem de Jesus. Talvez este aspecto, que é claro para nós, passe despercebido em Padre Pio.

         Para Padre Pio os estigmas são qualquer coisa que não suas; não se referem a ele, são somente valores para recordar o sofrimento do Senhor. Conseqüentemente deixa-se beijar, como se deveria uma imagem sacra; direi que nele há uma grande veneração.

         Na realidade são uma imagem do Crucificado não esculpida na madeira ou reproduzida em uma tela, mais impressa em sua carne viva.

         A Igreja se pronuncia abertamente pela verdadeira história e características sobrenaturais do estigma de São Francisco, que havia sido o primeiro a receber de Deus aquele sinal de dor, semelhante ao de Jesus Cristo. Tem sido precisamente assim – especialmente nos últimos anos – os critérios de base sobre os quais torna-se possível reconhecer ao menos a presença de um estigma verdadeiro, ou seja, baseado em características sobrenaturais.

Na teoria, os princípios são claros; mas na prática, sim, precisa-se proceder com muita cautela neste assunto, ao aplicar esses princípios, especialmente quando se trata de uma pessoa viva.

         Apesar de tudo, acreditamos que, com relação ao Padre Pio, possa ser dado um parecer. Outros ilustres teólogos já se pronunciaram a respeito: todos nós nos rendemos à evidência de que não se trata de um “novo acontecimento”, para o qual é apropriado duvidar, mas trata-se de uma pessoa conhecidíssima, controladíssima, com setenta e um anos (Padre Pio nasceu em 25 de março de 1887) e que há quarenta anos carrega o estigma; conseqüentemente já há uma prova de tempo que, de modo não definitivo, legitima um julgamento a título pessoal.

         Só o fato que Padre Pio tenha o estigma, não é discutível. São testes médicos precisos e publicados; é uma verdade verificável em qualquer momento.

Vejamos antes se podemos pensar que a origem de tais feridas é sobrenatural. Os critérios nos quais deve se basear são estes cinco:

1. O estigma deve ser verdadeiro e adequado á ferida, importantes modificações do tecidos e localizado onde eram as feridas de Cristo (aproximadamente, tratando-se de ferida mística não importa se, até o detalhe secundário, respeita a verdade histórica comum na crença; o que quero dizer é que não importa se as feridas são no pulso ou na palma da mão, se a ferida é natural quando encontrada, diferentemente, em qualquer outra parte do corpo.

2. Deve aparecer instantaneamente; em geral causa dor aguda no dia, que recorda a Paixão do Senhor, como na Sexta-feira e na Semana Santa. Ao contrário: a dor pela ferida natural depende da situação atmosférica; portanto não há nenhum respeito pelo calendário litúrgico.

3. No verdadeiro estigma há ausência de fatos supurativos: nenhuma podridão, nenhum odor fétido, etc. Quando as lesões naturais prolongadas não são desinfetadas, dão origem a supurações e podem causar gangrena.

4. Os estigmas são acompanhados de contínua hemorragia. Não são como outras feridas.

5. Os estigmas permanecem inalterados, imunes a todo tratamento médico; não se alteram por remédio terapêutico nem por tratamentos; duram até muitos anos. As outras feridas, medicadas, cicatrizam-se.

A ferida de Padre Pio responde a todos esses requisitos.

É verdade que muitos médicos racionalistas haviam tentado demonstrar por vias naturais (sugestionamento, histerismo, fixação, etc.) a estigmatização. Mas foram sues testes que negaram, através de exames feitos, a inexistência de fatos sobrenaturais: todos os argumentos não são reconhecidos cientificamente. Muitos deles, tratando de forma patológica a situação, tentaram demonstrar tratar-se de pessoa histérica ou anormal (como realmente acontece quando se trata de coisas como esta).

O contrário ocorre, porém, em tipos como Padre Pio, pleno de bom senso e de sã atividade, demonstrando ótimas condições psicológicas. Assim narra um jovem médico americano que disse ao padre:

“Eu não acredito nos seus estigmas; eles só aparecem porque você pensava muito fixamente no estigma de Cristo”.

E o bom frei lhe respondeu com um sorriso bondoso:

“Muito bem, filho; pensa intensamente ser um boi; verá que te nascerão chifres”. Uma boa resposta para persuadir naquele doutorzinho.

Se a situação é tão clara, porque a Igreja não se pronuncia?

Porque há um outro motivo.

O Senhor dá esta graça a alguém que pratica a heróica virtude e que, sozinho, também recebe outros dons sobrenaturais, como êxtase, bilocação, etc.

Notemos bem: se os estigmas são uma prova de santidade, a Igreja espera ver a santidade como prova do estigma. E a santidade não consiste num dom especial de Deus, que poderia dar a qualquer um a vantagem da fidelidade; mas este é um exercício de virtude em grau heróico e com perseverança. Conseqüentemente, somente depois da morte se pode ter controle: enquanto estamos vivos, corremos todos os riscos de cair a qualquer momento, qualquer que seja de nosso grau de união com Deus.

         É por isso que a Igreja não se pronuncia.

Mas isso não quer dizer que não possamos ter convicção sobre o Padre Pio: sobre isso nós temos todos os direitos. É permitido admirar nele os prodígios da graça, como é permitido “não crer”; não é nenhum pecado! Mas ainda nesse juízo pessoal não devemos seguir o capricho ou os rumores.

O Evangelho sugere esta regra: “Pelos frutos se conhece a planta; se os frutos são bons, a planta é boa”. Que seja assim o juízo que façamos, observando a paciência de Padre Pio, sua caridade, sua aceitação da dor, sua vida santa dedicada somente em fazer o bem.

Não há quem não conheça historias de conversões, retornos à Igreja, vidas transformadas pelo encontro com o padre. São fatos que não podemos tratar com indiferença; como as curas, etc. Também nos sentimos irritados pelo excessivo entusiasmo de uns ou fanatismo de outros.

         O Papa Pio XI fez uma certa visita ao padre e fez parecer ser contra. Mas não foi uma opinião oficial e muito menos irrevogável. Foi uma opinião como tantas, expressa por um médico que fez o exame de outro médico. Com todo o respeito pela categoria, Pio XI era desconhecedor dessas coisas. Ao contrário, se sabe que no dia da beatificação de Santa Teresa de Lisieux Padre Pio foi visto presente em São Pedro (mesmo estando em San Giovanni Rotondo); um outro monsenhor testemunhou o fato, contou ao Papa, acrescentando que também D. Orione havia visto. E o Papa respondeu: “Se Dom Orione também o viu, sim, acredito”.

         Na conclusão: porque somos livres, pensemos também com nossa cabeça. Mas usando o raciocínio razoável que deve sempre caracterizar um homem. É absurdo, depois de tantos anos de provas e tantos testemunhos importante, negar os fatos e jogar um parecer inventado em um homem como Padre Pio. É um homem de Deus, um “grande Sacerdote”, no pleno exercício do ministério em que há repercussão mundial.

         Ninguém pode se contentar com isso, perceba que são reconhecidos nele outros carismas sobrenaturais e o apreço de um instrumento do Senhor pela graça extraordinária; relembre da Missa de fé que acontece em San Giovanni Rotondo, nas elevadas personalidades eclesiásticas e civis que se voltaram a ele, e se sentirá em boa companhia”.

Dez anos de isolamento (1923-1933).

Demasiadamente esquecidas são as criaturas humanas, com muitos defeitos humanos. Um desses defeitos é o fanatismo. O encontramos continuamente em torno de pessoas que, por motivos diversos, causam entusiasmo.

O encontramos ao redor de Jesus e de muitos santos; o encontramos perto de atores ou políticos, de cantores ou de esportistas. Não se pode destruir o homem pelos defeitos dele; não se pode suprimir um movimento porque tem indícios de desordem. Pior ainda quando, para punir os exaltados, culpam um inocente. Sim, acredito em cortar o mal pela raiz; foi como Jesus sugeriu quando referiu-se a isso (na noite em que foi entregue): “Persigam o pastor e o rebanho será destruído” (cf. Mt 26,31).

Já começaram em junho de 1922, quando seu pai espiritual, padre Benedetto, proibiu Padre Pio de todos os contatos, verbais ou escritos. Devemos reconhecer que padre Benedetto foi por doze anos, de 1910 a 1922, um ótimo diretor espiritual, sábio e prudente.

As medidas contra o padre eram feitas progressivamente, sempre mais e mais pesadas. Ordenava a transferência de Padre Pio e proibia que celebrasse qualquer Missa em público. Foi concedido celebrar em particular, aos internos do convento e, sobretudo, proibiram-no de confessar.

Quando, uns dias depois, padre Raffaele teve a dolorosa incumbência de comunicar-lhe sobre o decreto do Santo Oficio, Padre Pio respondeu humildemente: “Seja feita a vontade de Deus”. Por outros dois anos, viveu como um encarcerado (esta era a sua impressão).

Como conseqüência, o padre Pio passou 10 anos, de 1923 a 1933 asilado completamente do mundo exterior, entre a paredes de sua cela. Durante estes anos não apenas sofria as dores da Paixão do Senhor em seu corpo, também sentia em sua alma a dor do isolamento e o peso da suspeita.

Sua humildade, obediência e caridade não diminuíram nunca.

O Mártir do Sacramento da Misericórdia. (A Confissão.)

O Papa Pio XII perguntou ao bispo de Manfredonia, durante a visita ad limina em abril de 1947.

– “Que faz o Padre Pio?”.

– “Sua Santidade! Ele remove os pecados do mundo”.

Assim mostrou bem qual era a principal atividade apostólica do frei estigmatizado. Aquela revelação de 1903 prenunciou a grandiosíssima Missão a que estava reservado ao jovem Francesco, na época, ingressante no convento.

Ordenado sacerdote em 1910. Demorou três anos antes de obter permissão para confessar; ao que normalmente é concedido logo após a ordenação.

O superior provincial temia por sua saúde física e também era duvidoso que Padre Pio tivesse o conhecimento necessário de teologia moral, pois havia estudado com irregularidades devido aos seus problemas de saúde.

Após a permissão, viveu no confessionário até a manhã de sua morte, a maior parte do seu tempo. Para se ter uma idéia, em 16 de novembro de 1919 escreveu a seu pai espiritual: “Foram mais de 19 horas de trabalho que vou sustentando, sem um pouco de descanso. Enquanto escrevo, já passa um minuto da meia-noite”.

Viveu bravamente, lutando para todos e por todos, contra Satanás, para salvar as almas. Tanto que há muitos escritos sobre o método de confessar de Padre (se é que pode chamar de método), contando histórias incríveis de conversões, de soluções dadas mais tarde ou de tudo negado.

Para Padre Pio, confessar era uma fadiga imensa; não só pela aversão que sentia contra os pecados que ofendiam a Deus, mas também por sua luta interior que não o havia mais deixado. Por toda a sua vida sentiu-se um grande pecador e havia um “prego perfurando-lhe a cabeça e o coração”: o medo de não estar na Graça de Deus.

Como era firme para guiar a alma, ao mesmo era inseguro e temeroso. Mas ele também, homem como todos os outros, sofria pelo peso de suas fraquezas, o que lhe rendia histórias. Um caso típico que contou ao padre Benedetto em 1917, quando um dia lhe aconteceu que, cansado da fadiga: “sem que eu queira, me transformo em uma pessoa sem paciência. Este é um espinho que traspassa meu coração”.

         Quando Padre Pio deixava o altar, parecia que saía do Calvário; quando entrava no confessionário, também sofria muitíssimo pela sua indignação, pelo temor de sua incapacidade. Não o tempo todo, mas próprio dos períodos de confissão, sobretudo ali, que o Senhor lhe concedia um grandioso carisma, aquele de escutar a consciência, de ver interior (dos penitentes).

Nesse longo tempo o Padre Pio iniciava seus dias despertando-se a noite, muito antes da aurora, se dedicava a oração e com grande fervor aproveitando a solidão e silêncio da noite. Visitava diariamente por longas horas a Jesus Sacramentado, preparando-se à Santa Missa, e daí sempre tirou as forças necessárias, para seu grande Missão com as almas, levando-as até Deus no Sacramento da Confissão.

Grandes multidões, de todas as nacionalidades, passaram por seu confessionário. Alguns deviam esperar duas semanas para conseguir confessar-se com ele. As conversões foram inumeráveis. Diariamente recebia centenas de cartas de fiéis, que pediam seu conselho iluminado e sua direção espiritual, a qual tem sempre significado um retorno a serenidade, a paz espiritual e ao colóquio com Deus.

Quem participava na celebração Eucarística do padre Pio não podia ficar tranqüilo em seu pecado. Depois da Santa missa, o padre Pio se sentava no confessionário por longas horas, dando-lhe preferência aos homens, pois ele dizia que eram os que mais necessitavam da confissão.

Satanás foi além de todos os limites da provocação com Padre Pio; até lhe disse que era um penitente.

Ø                           Este é o testemunho do Padre Pio: “Um dia, enquanto eu estava ouvindo confissões, um homem veio para o confessionário onde eu estava. Ele era alto, esbelto, vestido com refinamento, era cortês e amável. Começou a confessar seus pecados, que eram de todo tipo: contra Deus, contra os homens e contra a moral. Todos os pecados eram aberrantes! Eu fiquei desorientado com todos os pecados que ele me contou, e respondi: “ eu lhe trago a Palavra de Deus, o exemplo da Igreja e a moral dos Santos”. Mas o penitente enigmático se opôs às minhas palavras justificando, com habilidade extrema e cortesia, todo o tipo de pecado. Ele desabafou todas as ações pecadoras e tentou me fazer entender normal, natural e humanamente compreensível todas as ações pecadoras. E isto não só para os pecados que eram horríveis contra Deus, Nossa Senhora e os Santos. Ele foi firme na argumentação dos pecados morais tão sujos e repugnantes. As respostas que me deu, com fineza qualificada e malícia, me surpreenderam. Eu me perguntei: Quem ele é? De que mundo ele vem? E eu tentei olhar bem para ele, ler algo na face dele. Ao mesmo tempo me concentrei em cada palavra dele para dar-lhe o juízo correto que merecia. Mas de repente através de uma luz interna vívida e brilhante eu reconheci claramente que era ele.Com tom definido e imperioso lhe falei:”Diga, Viva Jesus para sempre, Viva Maria eternamente” Assim que pronunciei estes doces e poderosos nomes, o Satanás desapareceu imediatamente dentro de um zigue-zague de fogo deixando um fedor insuportável.”

 

Ø                           Dom Pierino conta: “Um dia, Padre Pio estava no confessionário, coberto por duas cortinas. As cortinas do confessionário não estavam fechadas e eu tive oportunidade de ver o Padre Pio. Os homens, enquanto se preparavam, se posicionaram em uma fila única. Do lugar onde eu estava lia o Breviário e, às vezes, erguia o olhar para ver o Padre. Pela porta pequena da igreja, entrou um homem. Ele era bonito, com olhos pequenos e pretos, cabelo grisalho, com uma jaqueta escura e calças compridas. Eu não quis me distrair e continuei recitando o breviário, mas uma voz interna me falou: Pare e olhe! “Eu parei e olhei para Padre Pio. Aquele homem parou em frente do confessionário. E depois que o penitente anterior foi embora desapareceu imediatamente entre as cortinas. Estava em pé, de frente para o Padre Pio. Então eu não vi mais aquele homem de cabelo grisalho. Depois que alguns minutos o vi penetrando no chão. No confessionário, na cadeira onde Padre Pio estava sentado, vi Jesus em seu lugar. Ele era loiro, jovem e bonito e ele parecia fixo naquele homem que penetrou o chão. Então vi Padre Pio surgir novamente. Ele voltou a tomar seu assento, era semelhante a Jesus. Pude então ver claramente o Padre Pio. E imediatamente ouvi sua voz: Se apressem! Ninguém notou este acontecimento e todos permanecemos onde estávamos”

Como era a confissão com o Santo Padre Pio?

Padre Pio tinha o Carisma de Conhecer o interior das pessoas a consciência.

            “Aquelas a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhe-ão retidos”. (Jo 20,23)

Essas palavras de Jesus eram bem impressas no coração de Padre Pio, unicamente pela percepção de ter de ser ministro da Misericórdia Divina. Mas sabia se podia absolver ou não absolver, segundo a disposição do penitente.

Era severo com os curiosos, hipócritas e mentirosos, e amoroso e compassivo com os verdadeiramente arrependidos.

Seu confessionário não era uma máquina de absolvições, mas um lugar de conversas. Queria que o arrependimento por todos os pecados, quer mortais ou veniais, fosse verdadeiro. Nisto era clara sua percepção de absoluta santidade de Deus, da necessidade que a alma chegasse ao Juízo, purificada nesta Terra, além de estado de Graça, porque sabia bem como são grandes as penas do Purgatório.

Ficaram conhecidos vários casos de pessoas que, confessando, acusavam-se assim:

“Padre, eu cometi pecadinhos usuais, as besteiras de sempre….”.

E ele, irredutível:

– “Pecadinhos? Besteira ofender a Deus? Vá embora”, e naquele momento não havia nada a ser feito.

         Suas confissões são como atos de anúncio e de salvação, de dor e de glória, de reprimenda e de amor.

Atesta uma carta de Foggia, em 23 de agosto de 1916:

         “Deveria saber que não me deixaria um momento livre: um turbilhão de almas sedentas de Jesus me desabam, antes mesmo de colocar as mãos nos bolsos” (Ep. I).

         Ele se prodigaliza com a evidente certeza que o confessionário é um tribunal de Misericórdia Divina, mas ao mesmo tempo a sofrida função da caridade sacerdotal.

Para um penitente, disse:

         “Não vê como está escuro? Vá colocar as coisas no lugar, muda de vida e depois volta que eu te confesso”.

         Padre Tarcisio, presenciou a cena, ficou abatido por aquela resposta, mas Padre Pio lhe disse:

         “Se tu soubesses como essas situações ferem primeiro o meu coração! Mas se fosse assim, muitos não se converteriam a Deus…”.

         Muitas vezes repetia:

         “Gerei-lhe no amor e na dor”. Eu posso também golpear os meus filhos, mas choro por todos os que me procuram! Quero carregá-los sem resistência, como uma pipa”.

Levava ao coração dos penitentes, esperança e fidelidade no perdão divino. Escreveu:

         “Você não tem tempo de amar o Senhor? Não O ama ainda? Não deseja amá-Lo para sempre? Não tenha medo por isso! Mesmo admitindo que você tenha cometido todos os pecados deste mundo, Jesus te repete: ‘são-te perdoados muitos pecados, porque muito você amou”’ (Ep.III).

         E mais uma vez:

         “Tenho como certo que Deus pode regenerar tudo em uma criatura concebida no pecado e que carrega a carga hereditária permanente de Adão: mas não pode, absolutamente, rejeitar o desejo sincero de amá-Lo” (Ep. IV).

Uma alma que lhe pedisse o que fosse no confessionário, respondia:

“O trono deve ser a maestria de Deus”.

A um jovem que chorava, Padre Pio perguntou:

– “Por que chora?”.

    Respondeu:

– “Porque não me deu absolvição”.

   Com carinho, Padre Pio consolou-o:

“Filho, é assim, a absolvição não te foi negada para mandá-lo ao inferno, mas ao paraíso”.

O cardeal Lercaro, durante o Congresso Eucarístico diocesano de Trapani, em 1969, celebrando o padre, disse:

         “O confessionário era para ele um manancial de sofrimento interior, espiritual: a sua paixão. O pecado pesava sobre ele, o pecado que ele escutava, contestava e reprovava, por chamar a si aquela misericórdia de Deus; o pecado, que em nome de Deus perdoava, era uma ferida em sua alma… Ele unia seu sofrimento ao de Cristo para que a culpa dos irmãos fossem perdoadas”.

A sede de almas o fazia rezar também longas noites de vigília. Um confrade é testemunha de sua súplica:

         “Jesus, Maria, piedade!”; “Oh, Jesus, te recomendo aquela alma, deve convertê-la, salvá-la…Se tiver que castigar os homens, castiga-me, ficarei feliz… Ofereço-me por inteiro a Ti, por todos eles”.

Padre Pio costumava dizer:

         “Se soubessem quanto custa uma alma! As almas não foram dadas de presente: foram compradas! Vocês ignoram aquilo o que custaram a Jesus. Ora, precisam pagar-Lhe sempre com a mesma moeda?”.

Escreveu ao padre Benedeto em 3 de junho de 1919:

         “Todo o tempo é curto para libertar os irmãos das garras de Satanás. Bendito seja Deus… A maior caridade é aquela de tirar as almas de Satanás e ganha-las a Cristo. E neste ponto, sigo assiduamente, de noite e de dia… vi esplêndidas conversões” (Ep.I).

E tinha um verdadeiro propósito. Muitos de nós se confessa com rapidez, quase como um hábito. Com ele isso não era possível.

Uma vez um jovem disse:

-“Sabe? Tive que voltar três vezes para que Padre Pio me desse a absolvição. Eu não entendi porque me mandava ir embora; eu parecia ser sincero, arrependido. Na terceira vez havia em mim uma certa decisão para corrigir-me de um defeito. Sem que dissesse nada, o padre foi breve e me liberou”.

Ele podia fazer coisas assim porque se demorava muito, mas nem a todos era possível. Em algumas Missas, se alguém, após ter se confessado, precisasse de confessar novamente, deveria esperar passar ao menos sete dias. Sim, porque muitos voltavam a San Giovanni até serem absolvidos.

Este é um fato que merece um aprofundamento maior. Muitas vezes seus confrades faziam observações a este respeito, recomendando-lhe que desse alguma indulgência. Mas ele respondia: “O faço para o bem dele; não acredita que eu sofro também? Mas se tu soubesses como ficam depois, como não sossegam!”.

         Há, casos de pessoas que partiram de San Giovanni Rotondo revoltados contra o Padre Pio por não terem obtido a absolvição, decididas a não voltarem mais. Mas depois entendiam, logo em seguida, e sentiam um desejo quase irresistível de retornar.

  

Padre Pio amava o pecador, mas era intransigente com o pecado. Eram típicas certas frases suas: “Asseguro, tu vais para o inferno”; “Quando deixarás de fazer porcarias?”; “Não sabes que é pecado mortal? Vai embora!”. A multidão implorava, insistia, mas era difícil que mudasse de opinião daquela vez. Não guardava a fisionomia de ninguém: rico ou pobre, bonito ou feio, ele guardava as almas. Todos em fila, iguais, fosse um ministro ou um operário.

uitos haviam dito:

“Que semelhança deve ter como o juízo de Deus, com as almas todas descobertas”. Um fator humano também contribuía: com a freqüência espera longa, de dias ou mesmo de semanas, havia a necessidade de serem breves, pelo grande fluxo, de modo que as pessoas preparassem bem o que iriam dizer. Era o momento de pensar, passar e repassar o próprio discurso.

         Se sabia, e diziam, que ele era dulcíssimo quando alguém estava realmente arrependido; prático em guiar as almas dizendo algum elogio; paciente, logo após a confissão, ainda escutava. Certamente, trabalhava muito com a Graça de Deus para predispor as almas, para fazê-las compreender a gravidade do pecado.

         Do Padre Pio confessor ficou impresso o gesto solene como qual dava a bênção pronunciando as palavras de absolvição. Todos os sacerdotes absolvem; mas a absolvição através de Padre Pio trazia uma paz que era um verdadeiro dom de Deus. Muitas vezes, com um pequeno gesto.

         Um sacerdote entendia ver, enquanto Padre Pio levantava a mão, uma pequena gota de sangue que se acendia no meio da chaga; ele percebeu um grande significado; deve ter sentido o quanto custava ao padre as confissões.

O Santo Sacrifício da Missa Celebrada por Padre Pio.
 

 

Uma recordação da primeira Missa, escrita pelo próprio Padre Pio:

 

“Jesus, meu suspiro e minha vida,

hoje que tremendo te elevo

em um mistério de amor,

contigo eu seja caminho para o mundo,

verdadeira vida e sacerdote santo para Ti, vítima perfeita”.

Havia na Missa celebrada por Padre Pio, qualquer coisa de particular, deveria ser o centro da força que atraía a San Giovani Rotondo. Dizia e repetia muitas vezes; significa que certos aspectos da Missa do padre “colheram” todos de maneira definitiva.

         “Fazei isto em memória de mim”.

É bem claro que quando se fala da Missa de Padre Pio, não se menciona o essencial do sacrifício eucarístico, igual em todas as Missas celebradas por qualquer sacerdote. Poderá se elevar rápida ou lentamente; poderá haver a impressão de menor devoção; as pessoas iam com muito gosto, tendo a impressão de que era celebrada uma melhor que a outra. Muitos sacerdotes haviam recebido esta recomendação: “Celebra a sua Missa como se fosse a última”; outras vezes disse: “Veja como um sacerdote celebra a Missa e saberá como ele é”.

         Podemos notar observações superficiais, mas na realidade continham muita verdade, com profundidade. A essência da Missa é sempre a mesma porque o sacerdote principal é Cristo; mas também o sacerdote coloca algo de si, às vezes, até muito de si. Assim como quem assiste; são tantas as maneiras de participar do Divino Sacrifício. Pode-se dizer: “Estive na Missa”; há quem participe com todo o seu empenho, que se oferece em união á Vítima Divina.

  

A Missa celebrada ou ouvida pode ser o espelho do nosso relacionamento com Jesus, do amor por ele, da consciência que temos, da intimidade alcançada, da dedicação á qual nos empenhamos.

Na celebração padre Pio se coloca a experimentar tudo: seu amor a Deus Crucificado, ao Deus amor, ao Deus Vítima pelos pecadores, ao Deus Salvador, ao Deus que se deu para que participássemos de Sua obra de redenção.

         Deveríamos pensar em toda a vida de Padre Pio.

As suas longas meditações, quase ininterruptas, da Paixão de Cristo, acompanhadas de muitas lágrimas; seu horror pelo pecado, seu amor por Jesus, a oferta de doar-se como vítima pelos pecadores, pelas almas do purgatório, pela Igreja e pelo mundo. E deveríamos fazer presente com o Senhor, que havia se associado àquele Seu ministro na obra de redenção: a luta contra Satanás, as trevas da fé, a progressiva participação na Paixão, culminante nos estigmas visíveis.

         Não causaria espanto se a celebração da Missa de Padre Pio parecesse um verdadeiro e próprio reviver da Paixão de Cristo. Quando saía do altar, com aquela sua pisada dolorida, parecia mesmo sair de seu Calvário. As palavras que pronunciava eram litúrgicas; e as pessoas respondiam em coro, algo muito raro atualmente. Também se percebia um esforço dos que estavam presente de participarem no que pudessem.

Todos os olhos ficavam fixos naquele rosto que de vez em quando se contraía com visível sofrimento, entretanto, também eram notáveis os esforços do padre para não deixar transparecer; as lágrimas que lhe ofuscavam a visão e que ele enxugava com um lenço passado pelas mãos com algumas voltas, fingindo enxugar o suor; aquele ato de bater no peito na meã culpa, no Agnus Dei com grande convicção, que não se entendia como podia doar-se tanto, dando a impressão de que não teria forças para levantar-se. E as longas pausas, com os olhos fixos e carregados de lágrimas, quando parecia que não iria continuar.

A Missa do Padre Pio foi assim definida: “Um verdadeiro espetáculo sobrenatural”. Certamente era assim composta, pois não havia nada de teatral.

Mas por que então as pessoas vinham de todos os cantos do mundo? Era um local descômodo num horário fora do habitual, para assistir aquela Missa que não terminava mais, quando findava, desejava que se prolongasse para sempre?

Não resta dúvida de que o Santo Padre Pio revivia a Paixão de Jesus.

  

Sabemos de santos e santas, também estigmatizados, que na sexta-feira da Semana Santa reviviam a Paixão; Como Santa Verônica Guiliani, Santa Gemma Galgani, Teresa Newman, a venerável Alexandria Maria da Costa… Mas nenhum deles a viveu na Missa.

         O Santo Padre Pio é, até hoje, o único sacerdote estigmatizado. E este reviver da Paixão de sacerdote durante a Missa, supõe-se que houvesse um propósito específico para que os fiéis fossem, inconscientemente, conduzidos.

Não era um mistério particular a Missa do Santo Padre Pio; o verdadeiro mistério, que compreendemos muito pouco, é a própria Santa Missa! É um Sacrifício, é a memória dolorosa da Cruz, a imolação de Jesus que se oferece ao Pai como vítima por nós e que se dá a nós como sinal de vida eterna.

As pessoas, vendo o Santo Padre Pio celebrar, se esforçavam em tentar compreender o verdadeiro significado da Missa. Tantos sacerdotes e fiéis diziam que entenderam a Missa somente após tê-la assistido e celebrada por Padre Pio.

         Perguntado sobre o entender a Santa Missa, respondeu:

“Filho meu, como posso entendê-la? A Missa é infinita como Jesus…” E acrescentou: “O mundo pode até estar só, mas não pode ficar sem a Santa Missa”. Pois, aquilo que se entendesse na alma durante a Santa Missa é tudo, e somente, obra do Espírito Santo.

Pessoas que vinham por curiosidade, choravam como crianças, homens que não acreditavam e, diante aquele Sacrifício Salvífico, sentiam suas dúvidas desaparecerem; tantos resistentes que se perdoavam e perdoavam os outros, resistentes a mudar de vida e que durante aquela Missa amadureciam em uma decisão radical de conversão. Muitas jovens e rapazes que durante aquele Sacrifício viram sucumbir todas as suas indecisões, doando-se a Deus completamente, na vida sacerdotal ou religiosa.

  

Um bispo disse com muita convicção: “Para saber quem é Padre Pio, não precisa de nada; basta assistir à sua Santa Missa”.

         Cada Missa era uma agonia. Mas era uma chuva de graças, freqüentemente extraordinárias. Não era preciso explicação: dava para ver que aquilo era um Sacrifício; o Sacrifício de Jesus unia-se ao sacrifício do celebrante, que por sua vez, esforçava-se para unir-se aos presentes.

Em uma ocasião lhe perguntaram se a Santíssima Virgem Maria estava presente durante a Santa Missa, ao qual ele respondeu:

“Sim, ela se coloca ao lado, mas eu a posso ver, que alegria. Ela está sempre presente. Como poderia ser que a Mãe de Jesus, presente no Calvário ao pé da cruz, que ofereceu a seu filho como vítima pela salvação de nossas almas, não esteja presente no calvário místico do altar?”

A Missa de Padre Pio trouxe somente benefícios: principalmente aos fiéis que com tanta facilidade deixam a Missa ou ouvem-na distraidamente; útil aos sacerdotes que algumas vezes a terminam com tanta pressa.

E continua o Mistério, o que é o Santo Sacrifício da Missa?

No apostolado da alegria.

O padre Pio era um homem muito duro contra todo tipo de pecado, mas terno, jovial e amante da vida. Era um conversador brilhante, com a astúcia para manter suspenso a seus ouvintes.

Santo Padre Pio como Guia Espiritual de muitos fiéis.

         Como se transformavam em filhos espirituais de Padre Pio?

Era com a freqüência de se confessar com ele. Mas havia um outro meio, acompanhado, sobretudo da possibilidade de retornar até ele, e a qualquer um que assim desejasse. Bastava lhe perguntar, bastava lhe pedir para que fossem aceitos como seus filhos espirituais. Ele disse: “Não chamo ninguém e não afugento ninguém”.

Padre Pio era particularmente exigente com seus filhos espirituais; educava-os à dedicação, ao dever, à cruz, ao heroísmo, quando era possível fazê-lo.

Um Jovem, em San Giovanni, testemunhou o que havia acontecido com ele.

Era costume, e como respeito piedoso, fazer em si o Sinal da Cruz quando passasse em frente a uma Igreja Católica. Um belo dia, estava se divertindo com dois amigos, ambos distante da fé. Estavam passando diante de uma Igreja. Naquele mesmo instante, ouviu ao pé do ouvido uma voz a lhe dizer claramente: “Covarde!”.

Imediatamente pensou estar sendo conduzido por Padre Pio. Logo percebeu a mensagem do padre, zombando dele; depois, bastante sério, ele havia dito: “Desta vez foi assim; mas se o fizer de novo, pensarei que é um fujão”.

         Havia alguns dos filhos espirituais de Padre Pio que moravam em uma cidade bastante próxima a San Giovanni. Começaram a reunir-se; falavam de Padre Pio e de suas experiências com ele. Mas principalmente se dedicavam a oração; depois dos primeiros encontros, limitavam-se somente a rezar.

         Assim nasceram os primeiros grupos de oração, ou as sementes dos futuros grupos encorajados claramente pelo próprio Padre Pio.

Pode-se dizer que os grupos de oração foi um grande impulso da palavra do Papa Pio XII, especialmente a partir de 1947, insistia na necessidade da oração.

         Padre Pio dizia aos grupos: “Espalhem-se desde já, em todo o mundo”, e recomendou: “Reúnam-se periodicamente para a oração em comum. A sociedade de hoje não reza; por isso está em pedaços”.

O Anjo da Guarda de padre Pio.

         Como seus tantos filhos Espirituais faziam para se comunicar com Padre Pio?

Havia os métodos normais: confessar-se ou ser recebido no parlatório lhe falava alguma coisa enquanto passava, escreviam-lhe cartas, mandavam recados através de algum frei que o encontrasse com mais freqüência…

Mas também havia um outro método, que muitos haviam experimentado; é um método mais rápido do que um telegrama ou um fax nos dias de hoje, que naquela época não existia: o recurso do próprio anjo da guarda. Era uma experiência para quando não se pudesse aproximar do padre, ou pela distância ou pela multidão de pessoas, muitos se voltavam com fé ao anjo da guarda de Padre Pio ou ao seu próprio anjo da guarda e a mensagem chegava pontualmente.

Tinha em Roma um confessor capuchinho, Padre Pio da Mondregañez, espanhol. Ele desejava muito encontrar-se com Padre Pio, mas não havia tido permissão. Ao sair para voltar a Roma fez a seguinte oração:

“Se é verdade, como se diz, que o nosso anjo da guarda conhece Padre Pio e leva até ele nossas mensagens, diga-lhe que ao estar na Itália meridional irei me encontrar com ele”.

No mesmo dia, o superior do convento lhe propôs:

“Antes de retornar a Roma, quer ir até San Giovanni Rotondo?”.

Aceitou com alegria e no dia seguinte já segiu viagem. Quando esteve com Padre Pio, no final do encontro disse-lhe: “Padre, já esteve com o meu anjo da guarda?. E Padre Pio: “Sim, ele veio uma vez, de Consenza”. 

Padre Pio tinha a missão de recordar, instantaneamente, todos os mistérios da fé: a paixão redentora do Senhor e a Sua misericórdia; a existência do paraíso, do inferno, do purgatório; e também a existência dos anjos, em particular, dos nossos anjos da guarda que nos auxiliam as vinte e quatro horas do dia, com uma solicitude extraordinária e a quem nós deixamos de lembrar.

Uma promessa de grande amor.

Um dia perguntaram ao padre Pio:

– Jesus lhe mostrou os lugares de seus filhos espirituais no paraíso?

– Claro, um lugar para todos os filhos que Deus me confiará até o fim do mundo, se são constantes no caminho que leva ao céu. A promessa que Deus fez a este miserável”.

– E no paraíso, estaremos perto de vós?

– Ah! Filha e que paraíso seria para mim se não tivesse perto de mim a todos meus filhos?

– Mas eu tenho medo da morte.

O amor exclui o temor. O que chamamos morte, na realidade é o inicio da verdadeira vida. E logo, se eu lhes assisto durante a vida, quanto mais vos ajudarei na batalha decisiva!

Chamado a Co-redenção.

A vida do padre Pio está tão cheia de acontecimentos extraordinários que é necessário buscar as causas deles em sua vida íntima. Quem é chamado a servir na missão redentora de Jesus Cristo tem que sofrer muito moral e fisicamente.

Estes Sofrimentos o purificam e elevam cada vez mais no amor de Deus. Em uma carta escrita pelo padre em 1913 dizia:

“O Senhor me faz ver como em um espelho, que toda minha vida será um martírio”.

Desde que ingressou a vida religiosa até que recebeu os estigmas, a vida do padre Pio foi uma Via Crucis. Em 1912 escreve:

“Sofro, sofro muito mas não desejo nada para que minha cruz seja aliviada, porque sofrer com Jesus é muito agradável”.

A uma filha espiritual lhe disse um dia:

“O Sofrimento é meu pão de cada dia. sofro quando não sofro. As cruzes são as jóias do Esposo, e delas sou zeloso.”

Uma casa para o alívio do Sofrimento físico.

“Estava doente e vieste me visitar” (Mt 25,36)

O verdadeiro seguidor de Jesus Cristo tem uma particular sensibilidade para todo o sofrimento dos irmãos, em especial, dos enfermos. Lembrar-se das curas operadas por Jesus e na recompensa prometida. Devemos lembrar as fundações das ordens hospitalares e da construção dos hospitais, quase todos nascidos da obra piedosa.

         Pelo espírito sensível de Padre Pio, havia motivos muito fortes que alimentavam essa sensibilidade; no seu coração já trazia cada necessidade dos irmãos. Havia uma experiência pessoal, o contínuo contato com as pessoas que, pessoalmente ou através de carta, lhe contavam todos os males e pediam sua ajuda.

         A desprovida situação do local e uma vasta zona privada de assistência medica, dos pântanos às colinas rochosas do Gargano.

Pode-se dizer que Padre Pio sempre foi enfermo. Fortemente provado pelo sofrimento na própria carne, era bastante sensível aos males daqueles que continuamente o procuravam. O Padre tinha tanta compaixão pelos enfermos que se ocupava de todos os males. Mas não era possível colher a dor da humanidade. Mas é possível dar-lhe alívio.

Padre Pio pensava, desde 1922, encorajado pela oferta que recebera com o seguinte objetivo: “para fazer o bem”. Mas foi nos anos quarenta que seus desejos ganharam as primeiras formas reais e concretas.

Três filhos espirituais, tiveram imensa atuação nos projetos de Padre Pio. Tal era o afeto que dedicavam ao Padre, que desde então passaram a viver próximo a ele. São eles: O farmacêutico Carlo Kisvarday, de Zara; O médico Guglielmo Sanguinetti, de Parma; O agrônomo Mario Sanvico, de Perugia. Rapidamente impulsionaram as obras do grande projeto.

Em 9 de janeiro de 1940, o sonho começava a se concretizar, que haveria de ser continuada e crescer mesmo depois de sua morte. Então, eles, seus filhos espirituais, lhe asseguraram que, próximo a igrejinha delle Grazie, seria levantado um grande hospital.

         Assim que a notícia foi publicada começaram a chegar ofertas de todas as partes: da pequena oferta, comparável ao óbolo das fieis, à ricas ofertas que dispunham os grandes meios financeiros. É muito provável que o Senhor houvesse antecipado a obra através de uma visão.

Não era de seu desejo que se falasse em hospital ou de clínica; uma casa, termo familiar, que recorda o lar doméstico. E o propósito: dar alívio a quem sofre, um alívio direto, antes de tudo, às almas e depois aos corpos. Era realmente uma obra de Deus e da caridade humana, sendo possível graças às ofertas que chegaram de todo o mundo.

Padre Pio também deixou claro a este respeito: “Esta casa é, antes de tudo, aos doentes carentes”. Mas desejava que todos fossem tratados igualmente, com caridade fraterna. Aqui o enfermo poderia se sentir um irmão sendo cuidado pelos irmãos.

Em 5 de maio de 1956, somente depois de dez anos do início das obras, aconteceu a inauguração solene daquela tamanha obra caridosa. Com equipamentos moderníssimos, tornou-se um dos melhores hospitais da Europa, sem perder de vista aquela sua característica de casa de acolhimento fraterna.

A realização daquela incrível obra profundamente humana e ao mesmo tempo divina aconteceu durante anos de imensos martírios; foi realizada justamente durante aquele segundo período de perseguição (1952-1962) e que apesar da dor, é preciso comentar.

Precisamente, Padre Pio sempre repetia: “obra da Divina Providência”.

Não foi à toa que São Paulo escreveu a Timóteo: “Pois todos os que quiserem viver piedosamente, em Jesus Cristo, terão de sofrer perseguição (2Tm 3,12).

É bom lembrar que o ambiente fervoroso no meio do povo guardava também elementos de fanatismo.

Nesse período foi um rápida troca de superiores no convento e na província de Foggia, aos quais a transferência de freis de uma província a outra. Todos supostamente sob ordens. Depois começaram os procedimentos contra ele.

Se contra religiosos e sacerdotes foram tomados procedimentos injustos, contra Padre Pio se passou a controlar suas conversas privadas.

         E pior ainda: foi imposto ao padre Pio de celebrar a Missa em trinta ou quarenta minutos no máximo. Isso foi o cúmulo da incompreensão daquilo que era a Missa de Padre Pio, como nos primeiros anos, quando celebrava em Pietrelcina, levando até quatro horas.

         O Papa Paulo VI providenciou a plena liberdade a Padre Pio.

Seu inimigo Volta a atacar.

Padre Pio foi bastante amado, mas sabia bem os verdadeiros inimigos eram os demônios; inimigos do padre e inimigos de qualquer ser humano.

No mundo globalizado de hoje, muitos não acreditam, que esses espíritos agem ocultamente. É uma realidade terrível que São Paulo exprime assim:

“Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) no ares” (Ef 6,11-12).

A indicação que São Paulo fala dos demônios é muito precisa, porque os chama com o nome de sua ordem de classificação. Esta talvez tenha sido uma das missões de Padre Pio: uma luta evidente, para ele visível, contra o verdadeiro e oculto inimigo; o terrível inimigo de todos.

Para tentar desviar o Padre Pio da missão que Deus lhe tinha confiado, o demônio lhe aparecia algumas vezes em forma de um gato negro e selvagem, ou de animais repugnantes: era clara a intenção de incutir o terror. Outras vezes aparecia na forma de jovens moças nuas e provocativas, que dançavam de modo obsceno; era clara a intenção de tentar o jovem sacerdote na sua castidade.

Mas o maior perigo era quando o demônio tentava enganar Padre Pio aparecendo de forma sacra (o Senhor, a Virgem, o anjo da guarda, São Francisco,…), principalmente na forma de pessoas as quais era submisso (o superior da casa, o superior provincial, seu diretor espiritual…).

Para este último caso Padre Pio havia preparado um método de discernimento que depois sugeriu a alguns de seus filhos espirituais e que encontramos já em Santa Teresa d’Ávila, mesmo que Padre Pio não tenha lido os escritos da santa carmelita. O que fazer para distinguir?

Quando aparecia verdadeiramente o Senhor, a Virgem, o anjo da guarda, o padre havia notado que uma rápida sensação de temor, de espanto; mas depois, terminada a aparição sentia uma grande paz.

Quando, ao contrário, era o maligno que se apresentava em uma aparência sacra, o padre sentia uma alegria imediata, atrativa; mas depois ele tinha a impressão amarga, uma grande sensação de tristeza.

Talvez possamos dizer com certeza que a maior luta de Padre Pio com o demônio acontecia quando procurava salvar as almas, seja na confissão, seja quando rezava por todos os seus filhos.

Na luta contra a ação extraordinária do demônio, Padre Pio tinha um particular poder e um particular discernimento, como vemos em tantos santos e santas, por serem exorcistas e não como faziam o exorcismo. Muitas vezes encontrou pessoas possessas pelo demônio e o comportamento do padre variava de caso a caso.

Padre Pio sempre obedeceu as autoridades eclesiásticas, também a custo de um heróico sofrimento, sempre com estima e amor. A luta de toda a sua vida foi ininterruptamente conduzida contra o inimigo de Deus de das almas, o demônio.

Ele viu o demônio em múltiplas formas e levou dele muitas pancadas, por ter sido permitidas para recordar ao mundo incrédulo de hoje sobre essa presença diabólica. Os fatos externos, visíveis e dolorosos de Padre Pio dão uma pequena idéia dos acontecimentos ocultados, da gravidade do pecado, contra tudo aquilo que devemos lutar.

Seu dia a dia se desenrolava com o ritmo monótono e árduo de sempre. As várias proibições não atingiram o movimento dos fiéis, que encontravam em Padre Pio um confessor, um padre educador, aquele que sabia corrigir as vidas desencaminhadas e levá-las a Deus. Não era percebido o seu sofrimento, mesmo que estivesse continuamente batendo.

Os tempos tenebrosos não fizeram Padre Pio perder o afetuoso contato com os seus filhos espirituais e nem o bom senso de humor, que se manifestava sempre nos momentos de recreação com os confrades, aos quais se juntavam também alguns de seus filhos espirituais mais ativos.

A Oração como oxigênio para a alma.

É famosa sua auto-definição, que refletia o aspecto mais profundo da vida de Padre Pio: a sua incessante oração.

Jesus advertia para rezar sempre, sem cessar jamais (Lc 18,1) e São Paulo repete para rezar sem interrupções (Tm 5,17). Na prática, seguido o ensinamento dos santos e do mestre da alma, devemos nos esforçar para transformar em oração todas as ações do dia a dia, sabendo que isso só é possível se dedicarmos um tempo exclusivo à oração.

         Mas para Padre Pio não era assim. Primeiro porque dormia muito pouco e comia pouquíssimo. Na pré-adolescência já era habituado a intensidade de oração, que foi transformada por ele em uma necessidade vital e permanente.

Gostava repetir: “Nos livros se busca a Deus, na oração se encontra”. Na sua oração também era uma alternância de sentimentos contraditórios; não era certo o repouso: “Rezo para que nenhum: raio de luz caia do céu”. Eram momentos quase que contínuos de batalha interior; quando rezava parecia não ver nada. Outras vezes, quando se colocava assim, a orar, sentia-se invadido pelo amor do Senhor, sentia-se inflamar. Era assim habitualmente unido a Deus que algumas vezes parecia distraído, com os olhos fixos em outro ponto, como se conversasse com alguém.

         Preferia rezar por seus filhos, mais do que conversar com eles, se não houvesse necessidade. Certa vez havia revelado que rezava mais pelos outros do que para si.

         Durante sua contínua oração, recebia o dom das aparições celestiais, sobretudo depois da luta diária como o demônio. As aparições mais freqüentes eram de Jesus, de Maria Santíssima, do anjo da guarda.

A sua terna oração a Maria mereceria uma atenção especial, bem como toda a sua devoção mariana. O rosário que chamava de sua arma, o absorvia todo de uma vez, rezando de uma só vez, o rosário completo (Mistérios Gozosos, Dolosos e Gloriosos). Escreveu que recitava pelo menos cinco rosários no dia, em termos de tempo, cinco horas diárias ou mais de rosário. Mas ele rezava bem mais que isso; e é compreensível somente se levar em consideração que o tempo para Padre Pio era diferente do nosso habitual, pois dormia muito pouco e pela capacidade de fazer mais coisas ao mesmo tempo.

O Santo Padre Pio sofreu sensível e visivelmente, as dores da Paixão de Cristo; sentia na sua alma, as dores de Maria, que justamente é considerada a grande Mártir, a verdadeira Rainha do Martírio.

“É de fato, um homem de oração”. “A oração era o seu respiro, o seu oxigênio”, e vivia em união constante com Deus, em qualquer coisa que fizesse; não somente em união de graça, mas de verdadeira presença, de diálogo.

         A necessidade da oração também lhe parecia sugerida pelo constante senso de indignidade; sentia-se um grande pecador porque era justamente consciente de sua fragilidade, comum a todos nós homens, nesta vida; porque sempre teve medo, direi pavor, de cair em pecado, de ofender ao Senhor, de não ser digno do que estava fazendo (ainda mais quando se colocava a celebrar a Santa Missa).

PADRE PIO 2

Padre PIO e as Almas do purgatório.

Numa tarde o padre Pio estava em um quarto, localizado na parte baixa do convento, destinado para casa de hóspedes. Ele estava só e descansando sobre o sofá, quando de repente, apareceu um homem envolto em uma capa preta.

O padre Pio, surpreso, ergueu-se e perguntou para o homem quem ele era e o que ele queria. O estranho respondeu que era uma alma do Purgatório. “Eu sou Pietro Di Mauro”. Disse-lhe então:

“Eu morri em um incêndio neste convento, em 18 de setembro 1908. Na realidade este convento, depois da desapropriação dos bens eclesiásticos, tinha sido transformado em uma casa de repouso para anciões. Eu morri entre as chamas quando eu estava dormindo, em meu colchão feito de palha, exatamente neste quarto. Eu venho do Purgatório: O bom Deus, deixou-me vir até aqui e lhe pedir que celebre para mim a santa missa da amanhã de manhã para o meu descanso eterno. Graças a esta Missa eu poderei entrar no Paraíso”.

– Padre Pio falou para o homem que ele teria a missa santa para a sua alma..

O Padre Pio contou: “Eu, queria leva-lo até a porta do convento para me despedir quando repentinamente para minha surpresa ele desapareceu. Eu seguramente percebi que havia falado com uma pessoa morta, na realidade, tenho que admitir que eu reentrei no convento bastante amedrontado.

O Padre Superior do convento, Monsenhor Paolino de Casacalenda, notou meu nervosismo, e então contei-lhe o que havia acontecido . Ai então lhe pedí a permissão para celebrar a Santa Missa da manhã seguinte em voto daquela alma necessitada.

Alguns dias depois, Padre Paolino, despertado pela curiosidade foi até o escritório de registro de óbitos da comunidade de St. Giovanni Rotondo, e pediu a permissão para consultar o livro de registro de óbitos do ano de 1908. Após a consulta ele pode então verificar que a história do Santo Padre Pío era verdadeira, pois no registro relacionado às mortes do mês de setembro, Padre Paolino achou o nome, o apelido  e a razão da morte: No dia 18 de setembro de 1908, no incêndio da casa de repouso morreu o Sr. Pietro Di Mauro. 

Padre Pio contou a seguinte história ao Padre Anastásio.

“Uma tarde, enquanto eu estava rezando só, eu ouvi o sussurro de um terno, e eu vi um monge jovem que se mexeu próximo ao altar. Parecia que o monge jovem estava espanando os candelabros e regando os vasos das flores.

Eu pensei que ele era o Padre Leone que estava reestruturando o altar e como era a hora do jantar, eu fui próximo a ele e lhe falei: Padre Leone, vá jantar, não está na hora de espanar e consertar o altar. Mas uma voz que não era a voz do padre Leone  me respondeu: Eu não sou o Padre Leone.

-Então perguntei: Quem é você?

A voz então respondeu

– “Eu sou um irmão seu que fez o noviciado aqui. Minha missão era que eu limpasse o altar durante o ano do noviciado. Desgraçadamente eu durante todo esse tempo eu não reverenciei a Jesus Sacramentado Deus todo Poderoso, todas as vezes que passava em frente ao altar. Causando grande aflição ao sacramento santo, por causa da minha irreverência. Por este descuido sério, eu ainda estou no Purgatório. Agora, Deus, com a sua bondade infinita, enviou-me aqui para que você estabeleça o dia em que eu passarei a desfrutar o Paraíso. É para você cuidar de mim”.

Eu creio ter sido generoso com àquela alma de sofrimento e assim exclamei: “você estará a manhã pela manhã ao Paraíso, quando eu celebrar a Santa Missa”.

Aquela alma chorou e disse: “Cruel de mim, que malvado eu fui”.

Então ele chorou e desapareceu.

Aquela exclamação me produziu uma ferida no coração, que eu senti e sentirei a vida inteira.

Na realidade eu teria podido enviar aquela alma imediatamente ao Céu, mas eu o condenei a permanecer outro noturno nas chamas do Purgatório.

No final de sua vida.

Desde novembro de 1966 o padre foi obrigado a celebrar a Missa sentado. A sua Missa deveria ser mais breve do que antes, pela sua evidente situação, desde quando foi obrigado à cadeira, parecia que não seria uma vez.

o declínio físico era evidente. Não causaria espanto quando alguém veio a saber que ele afirmava com precisão, falando a uma sobrinha sua: “Daqui dois anos não existirei mais, porque estarei morto”.

O que não cessaram mais foram suas lutas com Satanás, o “gigante” visto na infância e contra o qual sempre combateu e sempre venceu. Ainda suportava as feridas daqueles combates.

No dia 6 de julho de 1964 houve um grande barulho vindo da sua cela; os frades entraram no quarto e encontraram Padre Pio caído, ferido no supercílio; foi necessário suturar a ferida com pontos. O demônio havia batido sua cabeça no chão; o inchaço é bastante visível numa fotografia do Padre Pio tirada naquela ocasião.

         Padre Pio não tinha medo da morte; pois em várias ocasiões entendeu-a como uma libertação.

Em 22 de setembro, domingo a Igreja estava decorada para festa dos cinqüenta anos dos Estigmas; e na sua hora de costume, às 5 horas, Padre Pio começou a celebrar a sua última Missa. Após ainda deu o seu “último adeus aos seus filhos”, por volta das 10h30, na janela do coro .

         Passado um pouco da meia-noite, quando já se podia realizara a celebração Eucarística do novo dia, pediu ao padre Pellegrini para celebrar a Missa. Havia se confessado e renovado seus votos religiosos. Faleceu serenamente às 2h30 da segunda-feira, 23 de setembro de 1968,

         Examinaram seu corpo e constataram que os estigmas haviam desaparecido completamente, sem deixar nenhuma marca ou cicatriz; deste fato foram registrados documentos por escrito e documentação fotográfica.

         Para a ciência restará sempre um mistério de como os estigmas apareceram e também desapareceram misteriosamente, como duraram por mais de cinqüenta anos. Estava concluída a missão que o Senhor lhe havia confiado.

A Canonização.

Os preliminares de sua causa se iniciaram em Novembro de 1969. Por sua Santidade o Papa João Paulo II, Padre Pio foi declarado venerável no dia 18 de Dezembro de 1997. Beatificado no dia 2 de maio de 1999.

Tão grande foi a multidão na missa de beatificação que ocuparam a Praça de São Pedro e toda a Avenida da Conciliação, sem serem estes lugares suficientes. Além disso milhões o contemplaram pela televisão no mundo inteiro.

Sua canonização aconteceu no dia 16 de junho de 2002. A praça de São Pedro e seus arredores não puderam conter as multidões.

Sua beatificação e sua canonização foram as de maior assistência na história. O primeiro sacerdote canonizado que tem os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo.

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PADRE PIO 3

Milagres ocorridos pela intercessão do Santo Padre PIO.

Milagre é um fenômeno interpretado como uma intervenção divina; acontecimento, feito ou ocorrência extraordinária, que não se explica pelas leis da natureza. Os Milagres são considerados expressões do sobrenatural.

Também pode-se dizer que um milagre é um fenômeno que ocorre contrário as leis naturais e obedecem ao poder permitido por Deus.

A vida do Padre Pio é cheia de milagres concedidos por Deus. Desta maneira o Padre Pio sempre convidou as pessoas a agradecer Deus, verdadeiro autor dos milagres. 

         Existem inúmeros milagres ocorridos pela intercessão de Padre Pio citamos apenas alguns.

Ø                           Testemunho de uma mãe: “Minha primeira filha, nasceu em 1953 quando tinha um ano e meio; o Padre Pio salvou a sua vida em forma súbita e milagrosa. Na manhã de 06 de Janeiro de 1955 meu marido e eu estávamos na igreja assistindo à Santa Missa e nossa filha estava em casa com o avô dela. De repente um acidente aconteceu, e nossa filha se queimou com uma panela de água quente. A queimadura era tão grande quanto séria; o atingiu desde estômago até a parte de atrás. O doutor recomendou para a hospitalizá-la imediatamente; porque ela poderia morrer devido ao estado de gravidade suprema… Por isto ele não nos deu nenhum medicamento. Desesperada ao ver sofrendo a minha filha, nisso que o doutor se foi; eu invoquei fortemente o Padre Pio que entrevisse urgentemente. Enquanto eu estava pronta para levá-la para o hospital, já era quase meio-dia; quando de repente a menina que estava só no quarto me chamou mãe, mãe olhe eu já não tenho nenhuma ferida”. E quem desapareceu suas feridas? eu perguntei amedrontada e com grande curiosidade. Ela respondeu. “Mãe o Padre Pio veio, e ele curou minhas feridas pondo suas mãos sagradas em minha queimadura”. Realmente para surpresa de todos, não havia nenhum sinal ou marca que havia alguma queimadura; o corpo de minha filha era totalmente saudável, e pensar que alguns minutos antes que o médico a condenou.

Ø                           Os camponeses de San Giovanni Rotondo se lembram com grande felicidade o evento seguinte: Estavam na primavera, as árvores de amêndoas floridas, enquanto estavam prometendo uma boa colheita. Mas infelizmente milhões de lagartas vorazes chegaram e elas devoraram as folhas e as flores, não deixaram se quer as cascas. Depois de dois dias tentando parar aquela invasão os camponeses estavam muito preocupados, porque para muitos deles as amêndoas eram o único recurso econômico – eles decidiram contar ao Padre Pio o problema. O Padre Pio teve uma bela visão das árvores pela janela dele no convento e ele decidiu as abençoar. Ele vestiu os vestuários sagrados e ele começou a rezar. Quando terminou, ele pegou a água benta e fez o sinal da Cruz, em direção para as árvores. Imediatamente as lagartas desapareceram, e no dia seguinte que as lagartas tinham desaparecido, as árvores de amêndoas, pareciam ter os brotos novamente. Era um desastre; a colheita estava perdida.  O que aconteceu então é realmente incrível!  Nós tivemos a colheita mais abundante. Como é possível que nós tivemos uma colheita mais abundante a que aquelas que nós normalmente tivemos? Nunca, em tempos normais nós tínhamos tido uma colheita deste modo. Os cientistas nunca puderam dar uma explicação a este fenômeno.

                     No jardim do convento eles tiveram vários tipos de árvores; os ciprestes, algumas de fruta e algumas de espinho. Principalmente pelas tardes de verão, o Padre Pio desfrutava do clima, na sombra, junto com os amigos dele, e alguns convidados, uma vez, quando o Padre Pio estava falando com algumas pessoas, repentinamente muitos pássaros começaram a cantar e fazer barulho à sombra das árvores. Os pássaros tinham composto uma sinfonia ali; Grackles, pardais, e outras espécies. O Padre Pio ficou aborrecido pela sinfonia, e olhando para os pássaros lhes falaram: “silencio” Naquele mesmo momento, os pássaros, os grilos e as cigarras estavam quietos.  Pessoas que estavam no jardim, estava profundamente surpreso! Na realidade o Padre Pio tinha falado aos pássaros, igual a São Francisco. 

                   Um cavalheiro contou: “Meu joelho esquerdo inchou há dias e eu tive uma dor muito grande na perna. O doutor tinha me falado que a situação era muito séria e tinha me receitado muitas injeções. Antes de começar a cura eu quis ir  ao Padre Pio. Depois de fazer minha confissão, eu falei com ele sobre meu joelho e lhe pedi que rezasse por mim. Quando eu ia partir de San Giovanni Rotondo, de  tarde, desapareceu a dor. Eu observei  meu joelho e  notei que não estava mais inchado.! Estava  o mesmo do que o direito . Assim, eu corri ao Padre  Pio para lhe agradecer imediatamente. Ele disse: “Você não tem que me agradecer, mas você tem que agradecer ao Nosso Deus! Depois ele acrescentou  sorrindo: “Fale para seu doutor que ele pode guardar as injeções.” 

O Carisma da Bilocação.

A Bilocação pode ser definida como a presença simultânea de uma pessoa em dois lugares diferentes. Muitos Santos da Igreja católica tiveram o carisma da bilocação. Padre Pio teve este carisma, na realidade várias testemunhas oculares o viram em lugares diferentes em bilocação. Existem muitos casos.

                 Um General Italiano do Exército cujo nome era Cadorna, depois da derrota de Feltro de Caporetto estava em tal condição de depressão que decidiu suicidar-se. Uma noite ele foi para o seu quarto e ordenou à empregada dele que não permitisse que ninguém entrasse. Ele pegou sua arma de uma gaveta e apontou-a para sua cabeça, mas de repente ele ouviu uma voz: “Oh General, por que você quer fazer tal coisa estúpida?” A voz e a presença do monge deixaram o general mudo. Ele desejou saber como era possível que um monge tivesse entrado no quarto dele. Ele pediu explicações à empregada dele, mas ela respondeu que não tinha visto ninguém entrando no quarto dele. Alguns anos depois, soube-se de uma notícia em um jornal de um monge que fez milagres na área de Gargano. Ele foi secretamente lá, mas se surpreendeu quando padre Pio lhe falou: “Oi General, você corre um grande risco esta noite, não o faça!”.

                    Sra. Maria era a filha espiritual de padre Pio, ela disse: “Uma vez, durante a noite, eu estava rezando com meu irmão quando de repente ele se sentiu adormecido. Ele se levantou imediatamente por ter recebido um tapa. Ele percebeu que a mão que o bateu estava coberta com uma luva. Ele pensou que era padre Pio e no dia seguinte perguntou para padre Pio se ele tinha dado-lhe um tapa. Padre Pio respondeu: ”Este é o jeito certo de se rezar?” Com um tapa, padre Pio o levantou chamando sua atenção para a oração.

Os Perfumes do Padre Pio.

A osmogenesia, é um carisma possuído por alguns Santos. Tal carisma, em algumas circunstâncias, permitiu percebe-se à distância perfumes particulares. Tais perfumes são definidos como odores de santidade. O Padre Pio chegou a manifestar tal carisma e estes fenômenos foram tão freqüentes  que as pessoas comuns ficaram admiradas e definiram este fenômeno como “Os Perfumes de Padre Pio”. O perfume emanava de seu corpo e também dos objetos que ele tocava e também de suas vestes. Em outras ocasiões, o perfume fora percebido nos lugares onde ele passava. 

                     Um dia, o médico de costume, retirou do tórax do Padre Pio um, curativo composto de bandagens (gases) que foram utilizadas para estancar o sangue. O médico guardou os curativos em um estojo, para ser levado a um determinado laboratório localizado em Roma, para que fossem analisados por meio de testes laboratoriais. Durante a viagem, um Oficial e outras pessoas que estavam na mesma viagem, sentiram o perfume que era emanado do Padre Pio. Nenhuma daquelas pessoas sabiam que o médico possuía em seu bolso os curativos, contendo o sangue do Padre Pio. O médico conservou aqueles curativos no seu estojo, e o estranho perfume impregnou por longo tempo o estojo, tanto que os pacientes que foram visitados pediram explicações a respeito de tal perfume.

                       Um homem contou: “… um dia eu decidi seguir o sugestão da minha esposa para ir no Padre Pio. Eu não estava participando da igreja por um vinte e cinco anos, precisamente no dia de meu matrimônio. Eu sentia a necessidade de me confessar, mas assim que eu estive próximo a Padre Pio, ele me falou bruscamente sem olhar para mim: “Vá embora! ” – Eu respondi: “Eu estou aqui para me confessar, e me dê a absolvição” – eu lhe falei asperamente, mas ele respondeu asperamente: “Vá embora, eu disse.” e eu fui embora. Eu sai da pequena Igreja e fui para o hotel. Minha esposa que tinha me visto sair da Igreja daquele modo, me encontrou no hotel e perguntou: o que aconteceu? O que você está fazendo? ” – Ela queria saber. “Eu vou arrumar a mala e ir embora”, eu respondi. Mas naquele momento senti uma nuvem de perfume. Era um intenso perfume, maravilhoso. Eu estava confuso. Eu me tranquilizei no momento e eu sentia dentro de mim um grande vontade de ver o Padre Pio. Eu voltei para vê-lo mais tarde, mas antes de falar com ele, eu examinei minha consciência cuidadosamente. Amavelmente Padre Pio me deu boas-vindas e me deu a absolvição.” 

                     Uma senhora contou: – Meu marido acidentou-se com o seu carro e foi transportado para o hospital em Taranto, com perigo de perder a vida. Os doutores disseram que não tiveram nenhuma chance para salvá-lo. Normalmente, quando eu vinha visita-lo, eu parava e rezava na frente a um monumento de Padre Pio, no jardim do hospital. Um dia, o “Santo” fez-me cheirar um perfume de maravilhoso de lírios e me fez entender que minhas súplicas tinham sido ouvidas. Daquele momento as condições de meu marido melhoraram e ele começou a recuperar-se completamente. 

                    Um advogado que era devoto de Padre Pio contou: – “Uma vez eu estava numa velha igreja do convento escutando a Santa Missa do Padre Pio, e no momento da consagração do pão, eu fui distraído pensando em outra coisa. Eu era a única pessoa que se levantou no meio da multidão que estava ajoelhada. De repente eu senti um odor penetrante de violetas que me fizeram volte à realidade e dando uma olhada ao redor de mim, eu também ajoelhei sem pensar no estranho perfume. Como sempre, depois da missa, eu fui cumprimentar Padre Pio que me deu boas-vindas dizendo: “Você estava um pouco desorientado hoje? “- “Sim, eu estava Padre; Minha mente se ausentou hoje mas felizmente seu perfume me acordou” – Ele disse: “Para você o perfume é necessário, para você os tapas são necessários.”

                   Depois da conversão, um balconista Siciliano quis confessar-se com o Padre Pio. Estando com o Santo Pio, num gesto fraterno, ele segurou a sua mão direita por alguns instantes, porém, o suficiente para marcá-lo por toda a vida, pois um perfume  único e indescritível o envolveu. Chegando em Foggia (Itália), notou que sua mão direita tinha um perfume que sua mão esquerda não possuía, era o mesmo perfume que ele sentiu quando  estava próximo do Padre Pio. O perfume não desaparecia nem sequer se ele lavasse as mãos. Considerando que, Padre Pio tinha dado a ele uma penitência durante dois meses, o balconista poderia sentir o mesmo perfume que subia de sua mão para seu peito  e nariz. O perfume era tão intenso que ele se sentia inebriado. Com o passar do tempo, e à medida que era cumprida a penitência, o perfume começava a desaparecer, fazendo com que o penitente tentasse de todas as formas voltar a senti-lo em seu corpo, sem qualquer resultado, por fim, quando a penitência terminou, o perfume sumiu, porém naquele homem, ficou a certeza de ter acontecido uma experiência viva da misericórdia de Deus em sua vida, através deste fraterno encontro com o Santo Padre Pio.

O Carisma de Conhecer o interior das pessoas.

Muitos Santos da Igreja católica possuíram o carisma que lhes permitia saber coisas distantes, ver o futuro ou ver e sentir a distância, enquanto usando os dons e as habilidades intelectuais normais deles. Padre Pio teve o carisma do conhecimento do interior sobrenatural e ele poderia olhar de fato em uma pessoa e alcançar as partes mais secretas da alma. Muitos testemunhos existem neste carisma de padre Pio. 

         O filho espiritual do Pe. Pio que morou em Roma, enquanto estando junto com alguns amigos, omitiu por vergonha fazer o que ele normalmente faria, quando passa-se por de uma Igreja, uma reverência pequena, o sinal da cruz em consideração a Jesus. De repente ele ouviu a voz de Pe. Pio que disse: “Covarde!” Depois que alguns dias que ele foi para St. Giovanni Rotondo, lhe foi reprovado por Pe. Pio: “Tenha cuidado – Pe. Pio disse”este tempo eu só o adverti, mas da próxima vez eu lhe darei um tapa”

                      Um dia, ao pôr-do-sol, Pe. Pio estava no jardim do convento. Ele estava conversando agradavelmente com alguns de seus filhos espirituais, quando ele percebeu por não ter com ele o lenço. Então ele se dirigiu a um dos presentes e lhe falou: “Por favor, aqui esta a chave de minha cela, vai lá e tráz o lenço.” O homem foi para a cela, mas, além do lenço, ele levou uma das meio luvas de Pe. Pio e a pôs no bolso dele. Na realidade ele não pôde deixar a chance fosse perdida, de levar uma relíquia! Mas quando voltou para o jardim e deu o lenço, Pe. Pio lhe falou: “Obrigado, mas agora você retorne na minha cela e ponha novamente na gaveta a meia luva que pôs em seu bolso.”

                     Um homem era um bom católico, e ele era estimado e apreciado nos ambientes da Igreja. Uma vez ele foi confessar-se a Pe. Pio. Considerando que ele quis justificar o seu pecado, ele começou falando sobre uma “crise espiritual”. De fato ele viveu no pecado. Na realidade depois de casado, ele vinha negligenciando sua esposa, tentando superar a crise junto com outra mulher. Infelizmente ele não pôde imaginar ficar um confessor “anormal” na frente. Na realidade Pe. Pio se levantou de repente e gritou: “… mas que tipo de crise espiritual! Você é um mentiroso e Deus está bravo com você. Vá embora!”

                   Uma senhora que era da Inglaterra foi para o confessionário, mas Pe. Pio fechou a janela do confessional: “Eu não estou disponível para você.” Por que Pe. Pio não a quis confessar? Aquela mulher regressava todos os dias durantes duas semanas. Durante estas semanas ela tentou ser escutada por Pe. Pio no confessionário. Finalmente Pe. Pio a confessou. Então perguntou para Pe. Pio, por qual razão ele a tinha feito esperar todo aquelo tempo, Pe. Pio respondeu: “E você? Quanto tempo você deixou nosso Deus esperar? Você deveria desejar saber como o Jesus poderia o dar-lhe boas-vindas, depois que você cometesse tantos sacrilégios. Você comeu sua oração durante anos, ao lado de seu marido e sua mãe,  você recebeu a Sagrada comunhão em pecado mortal.” A mulher, ficou atordoada, e recebeu a absolvição chorando. Quando, alguns dias depois ela partiu para a Inglaterra, ela estava muito contente. 

                       Um sacerdote contou, um fato ocorrido com um dos seus confrades, que veio de muito longe para se confessar com o Padre Pio. Ele teve que esperar muitas horas em Bolonha. Depois da confissão, o Padre Pio lhe perguntou: “Meu Filho, lembra daquilo?” – “Não, Padre!” – “Vamos, pense um pouco…” – Este examinou sua consciência, porém não encontrou nada. Então o Padre Pio lhe disse com extrema doçura: “Meu filho, ontem quando você chegou às 5:00 da manhã em Bolonha, as Igrejas ainda estavam fechadas. Porém, você invés de esperar, resolveu ir para um hotel descansar um pouco antes da Missa. Deitou na cama e dormiu tão profundamente que só veio despertar as 3:00 da tarde. Àquela hora, era muito tarde para celebrar a missa. Eu sei, que você não fez por maldade, porém foi uma negligência que feriu a nosso Deus”.

O Carisma da Ierognosia.

Padre Pio tinha poderes para reconhecer se um homem era um Padre e se os objetos que lhe apresentavam já tinham sido abençoados. .

O fenômeno de “ierognosia” estava entre tantos outros carismas que o Padre Pio possuía.

                   Um dia um cavalheiro que usava jaqueta amarra e arqueja, estava na sacristia junto com outros homens que esperavam pela chegada do Padre Pio. Ele estava na primeira fila. Quando Frei Pio o notou, lhe  disse: “Irmão, você tem vindo “disfarçado”, mas você não tem por que se  envergonhar de vir para  me ver. Na próxima vez você pode voltar vestido como padre que é.

                      Às vezes, quando lhe foram mostrados a Frei  Pio alguns objetos como coroas do Rosário ou  imagens sagradas com o pedido de que as abençoasse, ele devolveu alguns dos objetos ao solicitante  com a declaração precisa: “Isto já foi abençoado”. E era verdade.

PADRE PIO 4

O Carisma da Levitação.

A levitação pode ser definida como o fenômeno no qual uma pessoa se eleva da terra e fica suspenso no ar e também pode ter o poder de elevar objetos. Tal fenômeno, obviamente é um dom dado por Deus aos místicos da Santa Igreja católica. San. Joseph de Copertino, por exemplo, era famoso pelo dom de levitação e também como ele, Padre Pio de Pietrelcina tinha tais dons. Padre Pio era visto freqüentemente por seus irmãos enquanto ele se elevava do chão, durante a sua oração.

         Cartas do Padre PIO ao Seu conselheiro espiritual.

                     Carta para Padre Agostino, de 18 de janeiro de 1912. – “… O Barba Azul não quer ser derrotado.” Ele chegou a mim assumindo todas as formas. Durante vários dias, vem visitar-me com seus espíritos infernais armados com bastões de ferros e pedras. O pior é que eles vêm com os seus próprios semblantes.  Várias vezes eles me tiraram da cama e me arrastaram pelo quarto. Mas Jesus, Nossa Senhora, o Anjo da Guarda, São José e São Francisco estão freqüentemente comigo.” (PADRE PIO DA PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni – Edizioni “Padre Pio da Pietrelcina” Convento S.Maria delle Grazie San Giovanni Rotondo – FG)

              Carta para Padre Agostino datada de 18 de novembro de 1912 – “O inimigo não quer me deixar só, me bate continuamente. Ele tenta envenenar minha vida com as armadilhas infernais. Ele se perturba muito porque eu lhe conto estes fatos. Ele me sugere não lhe contar os fatos que acontecem entre ele e eu. Ele me pede que narre as visitas boas que recebo; na realidade ele diz que você gosta de só destas histórias. O pastor esteve informado da batalha que eu travo com estes demônios e com referência às cartas, ele me sugeriu ir até ele abrir a carta assim que tivesse chegado. E quando abri a  carta junto do pastor, achamos a carta suja de tinta. Era a vingança do diabo! “__Eu não posso acreditar que você me tenha enviado a carta suja porque você sabe que eu não enxergo bem.” No princípio nós não pudemos ler a carta, mas depois de sobrepor o Crucifixo à carta , tivemos sucesso na leitura, até mesmo não sendo capazes de ler letras pequenas. (PADRE PIO DA PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni – Edizioni “Padre Pio da Pietrelcina” Convento S.Maria delle Grazie San Giovanni Rotondo – FG).

                      Carta para Padre Agostino de 13 de fevereiro de 1913… “Agora, vinte e dois dias passados desde que Jesus permitiu aos diabos descarregarem a raiva deles em mim, meu corpo, meu Padre, é todo marcado pelos golpes que recebi, até o presente, dos nossos inimigos. Várias vezes, tiraram minha camisa e me golpearam de forma brutal”…   (PADRE PIO DA PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni – Edizioni “Padre Pio da Pietrelcina” Convento S.Maria delle Grazie San

                     Carta para Padre Agostino datada 12 de março de 1913: “

 

… Meu padre, escute as reclamações de nosso doce Jesus:

É reembolsado “meu amor para os homens com tanta ingratidão! Essas pessoas teriam Me ofendido se Eu os tivesse amado menos. Meu padre não queira os agüentar mais. Eu gostaria de deixar de amá-los, mas… (E aqui o Jesus manteve silencioso e, logo depois me disse) mas meu coração é feito por amor! Os homens cansados não fazem qualquer esforço para ganhar das tentações. Mas também estes homens desfrutam as suas injustiças.

As alas que eu mais amo são as que quando sofrem uma tentação e quando elas não têm êxito resistido, me invocam pedindo ajuda e eu me presto e as fortifico em suas tentações.

As almas fracas se desanimam e desesperam-se. As almas fortes que confiam em Jesus, me chamam eu venho para relaxá-los. Eles me deixam só durante a noite e pela manhã na igreja.  Eles não levam ao cuidado o sacramento do altar; eles não falam mais deste sacramento de amor; e também as pessoas que falam deste sacramento, falam com tanta indiferença e frieza. De meu Coração foi esquecido; ninguém leva ao cuidado o Meu amor; Eu sempre Sou entristecido.

Minha casa tornou-se um teatro de obras para muitas pessoas; até mesmo Meus padres que eu sempre protegi cuidadosamente, que eu amei como aluno de meu olho; eles deveriam confortar Meu coração cheio de amargura; eles deveriam Me ajudar na redenção das almas, em troca. Quem acreditaria nisto? Eu recebo ingratidão deles. Eu vejo, meu Filho, muito eles que… (Aqui ele parou, e soluça apertado a garganta, ele chorou) que debaixo de falsa semelhança eles me traem com comunhões sacrílegas, enquanto estampando na luz as forças que eu lhes dou continuamente…”

(PADRE PIO DA PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni – Edizioni “Padre Pio da Pietrelcina” Convento S.Maria delle Grazie San Giovanni Rotondo – FG)

                    Carta para Padre Benedetto de 18 de março de 1913…         “Os diabos não deixam de me golpear e me derrubam da cama. Eles removem minha camisa para me bateram. Mas agora eles já não me assustam mais. Jesus me ama, me levanta e me coloca na cama…” (PADRE PIO DA PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni – Edizioni “Padre Pio da Pietrelcina” Convento S.Maria delle Grazie San Giovanni Rotondo – FG)

                   Carta para o Padre Agostino datada de 7 de abril de 1913:

“Meu querido Padre, eu ainda estava na cama na sexta-feira pela manhã, quando Jesus apareceu diante de mim. Ele se encontrava golpeado e desfigurado.

Ele mostrou-me uma grande multidão de padres entre os quais, dignitários eclesiásticos indiferentes que estavam celebrando e vestindo suas sagradas túnicas.

Quando eu vi o meu Jesus nestas condições, senti um grande sofrimento, em seguida perguntei-lhe porque tanto sofrimento. Ele não me respondeu. Porém mostrou-me os sacerdotes que eu deveria castigar. Pouco depois o Senhor estava tristissimo ao olhar estes sacerdotes, e eu notei com grande horror as enormes lágrimas que emanavam do seu santo rosto. Jesus saiu daquela multidão de padres e com uma grande expressão de desgosto em seu olhar, chorou’: “Açougueiros! ” Então eu me pergunto!:

“Minha Criança, não creia que minha agonia foi de três horas, não; de fato eu estarei em agonia até o fim do mundo por causa das almas que eu amo.

Durante o tempo da agonia, minha criança, ninguém pode dormir. Minha alma está procurando alguma gota de piedade humana, mas eles me deixam só debaixo do peso da indiferença. A ingratidão é a mais severa agonia para mim. Eles correspondem mal a meu amor! O tormento maior para mim é que cresçam  nas pessoas o desprezo a indiferença e a incredulidade.

Quantas vezes minha ira fez-me golpeá-los  através de raios, mas eu fui parado pelos anjos e as almas que me amam….

Escreva a seu padre e o narre o que você viu e eu te oriento esta manhã. Mande que mostre tua carta ao padre provinciano… ” O Jesus continuou falando mas eu nunca posso revelar o que ele disse..” 

(PADRE PIO DA PIETRELCINA: Epistolario I° (1910-1922) a cura di Melchiorre da Pobladura e Alessandro da Ripabottoni – Edizioni “Padre Pio da Pietrelcina” Convento S.Maria delle Grazie San Giovanni Rotondo – FG)

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/2.%20Segunda%20Página/O%20Santo%20Padre%20%20Pio.htm


À Padroeira

setembro 22, 2009

AS FACES DO AMOR

setembro 22, 2009

faces do amor

As faces do amor
 
 
O amor gera a vida; o egoísmo produz a morte. A psicologia mostra hoje com toda clareza que as graves perversões morais tem quase sempre como causa principal uma ´frustração de amor´. Os jovens se encaminham para as drogas, para o sexo vazio, para o alcoolismo e para tantas violências, porque são carentes de amor, ´desnutridos´ de amor. A pior anemia é a do amor. Leva à morte do espírito. Ninguém pode ser feliz se não for amado; se não fizer uma experiência de amor. Se isto é importante na infância e na adolescência, também na vida conjugal isto é verdade.

E esse ´amor conjugal´ começa a ser aprendido e treinado no namoro. Na longa viagem da vida conjugal, que começa no namoro, você precisa levar a bagagem do amor. Você amará de verdade o seu namorado, não só porque ele é simpático, bonito ou porque é um atleta, mas porque você quer o bem dele e quer ajudá´lo a ser ainda melhor, com a sua ajuda. Muitas vezes você quis e procurou uma namorada perfeita, ou um rapaz ideal, mas saiba que isto não existe.

A primeira exigência do amor é aceitar o outro como ele é, com todas as suas qualidades e defeitos. Só assim você poderá ajudá-lo a crescer, amando-o como ele é. Alguém já disse que o amor é mais forte do que a morte, e capaz de remover montanhas. O amor tem uma força misteriosa; quando você ama o outro gratuitamente, sem cobrar nada em troca, você desperta-o para si mesmo, revela-o a si mesmo, dá-lhe ânimo e vida, ´ressuscita-o´. É com a chama de uma vela que você acende outra. É com a doação da sua vida que você faz a vida do outro reviver. Desde o namoro você precisa saber que ´amar não é querer alguém construído, mas construir alguém querido´.

É claro que um casal se aproxima pelo coração, mas cresce pelo amor, que transcende os sentimentos e se enraíza na razão. Todo relacionamento humano só terá sentido se implicar no crescimento dos envolvidos. De modo especial no namoro e no casamento isto é fundamental. A ordem de Deus ao casal é esta: ´crescei ´. Deus não nos dá uma ´ajuda adequada´ para ´curtirmos a vida´ a dois; mas para crescermos a dois. Isto vale desde o namoro. E o que faz crescer é o ´fermento´ do amor. Ninguém melhor do que São Paulo expressou as exigências do verdadeiro amor: ´O amor é paciente, O amor é bondoso. Não tem inveja. O amor não é orgulhoso. Não é arrogante. Nem escandaloso. Não busca os seus próprios interesses, Não se irrita, Não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, Mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa. Tudo crê, Tudo espera, Tudo suporta. O amor jamais acabará´ (1Cor 13, 4´7).

Medite um pouco em cada linha deste hino do amor, e pergunte a você mesmo, se você está vivendo isto no seu namoro. Você é paciente com a namorada ou não, sabe se controlar diante dos defeitos dela? Você é bondoso para com ele, ou será que algumas vezes exige ´vingança´, e quer ir à desforra por causa de algo que ele fez e que você não gostou? Ser bondoso é saber perdoar, é ser compreensivo e tolerante, sem ser conivente com o erro, claro. Será que você tem inveja dele porque ele a supera em certas atividades ? Será que você é um namorado orgulhoso, que acha que só por ser homem já é suficientemente superior a ela? Se você não admite ser ultrapassado pelo outro nas coisas boas, saiba que você não o ama de verdade; pois, quando se ama queremos que o outro seja melhor que nós. Será que você não é arrogante, que se acha superior ao outro, e que quer sempre impor a sua vontade? Até que ponto você permite que a presunção o domine, fazendo-o achar-se ´o bom´ ?

Saiba que a arrogância e a prepotência atravancam o caminho do amor e do crescimento do casal. Será que você é escandalosa, e parte para a chantagem emocional para conseguir aquilo que você não consegue pela força dos argumentos? Saiba que a gritaria é muitas vezes a linguagem dos fracos, que agem assim por falta de razões.

Será que você é egoísta no seu namoro, e ele tem que fazer tudo o que você quer? Aqui está a pedra de tropeço principal para muitos casais. Uma vez que o egoísmo é o oposto do amor, um casal egoísta pode ser comparado a duas bolas de bilhar: só se encontram para se chocarem e se afastarem em sentidos opostos… Será que você é daquelas que vive mau humorada ou que ´derruba o beiço´ por qualquer contrariedade? Será que você é daqueles que se irrita por qualquer coisinha dela que não esteja do seu gosto? Você perdeu a linha porque ele se atrasou quinze minutos? Você deixou o seu namoro azedar porque ele olhou apenas um instante para a outra moça que passou ao lado?

O amor não se irrita, não xinga, não ofende, não grita! O amor não guarda rancor, diz o apóstolo. É claro que haverá no namoro momentos de desencontros. São normais os pequenos desentendimentos. É fruto das diferenças individuais e das circunstâncias da vida. O feio não é brigar, mas não se reconciliar, não saber perdoar, não saber quebrar o silêncio mortal e manter o diálogo. Para evitar as brigas e desentendimentos é preciso saber combinar as coisas. O povo diz que ´aquilo que é combinado não é caro´. Aprendam a combinar sobre o passeio, sobre as atividades que cada um gosta de fazer, etc. … É preciso dizer aqui que a face mais bela do amor é a do perdão. Você tem o direito de ser perdoada, pois errar é humano; mas tem também o dever de perdoar quando ele errar e pedir perdão.

O gesto mais nobre de Jesus foi o de perdoar os algozes que o crucificavam. Não pode haver futuro para um casal que não sabe se perdoar mutuamente. Esta é a maior reserva de estabilidade para o casal. Outra face bela do amor é a fidelidade. Ser fiel ao outro não quer dizer apenas não ter outro parceiro; é muito mais do que isto, é ser verdadeiro em tudo. É não tapear o outro em nada. É não ser fingido, mascarado ou dissimulador. Se você mente para a sua namorada saiba que está destruindo o amor entre vocês. Nada é mais fatal para o amor! A mentira gera a desconfiança; a desconfiança gera o ciúme; o ciúme gera a briga e a separação. Ser fiel ao outro é saber respeitá-lo, defendê-lo, e não traí-lo de qualquer forma, seja por pensamentos ou palavras. Se você fizer dos seu namoro uma brincadeira de ´esconde´esconde´, você estará brincando de amar, e isto é muito mal. Portanto, quebre toda falsidade, dissimulação e fingimento, porque isto destrói o amor.

A mentira tem pernas curtas, diz o povo; ela logo aparece, e quando isto ocorre deixa o mentiroso desqualificado, e não mais digno de confiança. Desde o namoro é preciso ter em mente que a beleza do amor está exatamente na construção da pessoa amada. É uma missão para gente madura, com grandeza de alma. Construir uma pessoa é educá-la em todos os aspectos, e isso é uma obra do coração. O amor tudo suporta, tudo crê, tudo espera; o amor não passa jamais. Não há o que o amor não possa fazer. Quando não ajudamos o outro a crescer é sinal de que o nosso amor por ele ainda é pequeno. Se o seu namoro não for um exercício constante do amor, ele ficará vazio, monótono, e sem sabor. E como a natureza tem horror ao vácuo, este vazio será preenchido por desentendimentos e brigas.

Namorando se aprende a amar, mas amando se aprende a namorar. Para você meditar: Sete vezes menosprezei a minha alma:

1. Quando a vi disfarçar-se com a humildade para alcançar a grandeza;

2. Quando a vi coxear na presença dos coxos;

3. Quando lhe deram para escolher entre o fácil e o difícil, e escolheu o fácil;

4. Quando cometeu o mal e consolou-se com a idéia de que outros cometem o mal também;

5. Quando aceitou a humilhação por covardia e atribuiu sua paciência à fortaleza;

6. Quando desprezou a lealdade de uma face que não era, na realidade, senão uma de suas próprias máscaras;

7. Quando considerou uma virtude elogiar e glorificar.


Amar a Deus no irmão – Pe. Fábio de Melo

setembro 21, 2009

LITURGIA GERAL: Artigo I – Ciclo de natal – O ADVENTO.

setembro 21, 2009

estudo da liturgia

LITURGIA GERAL

Artigo I. Ciclo de natal

 § 67. O ADVENTO

268.   1. Prioridade dos ciclos. A formação do ano litúrgico teve início pelas festas de páscoa e pentecostes. Só mais tarde acrescentou-se o ciclo do natal, o qual consideramos em primeiro lugar.

2. Natureza do ciclo do natal. O ciclo principia pelo advento (= vinda), que abrange 4 semanas de preparação. As festas centrais deste ciclo são o dia de natal de N. S. Jesus Cristo e a epifania. A epifania é mais antiga e liturgicamente superior (2i. ordinis), o natal, porém, (3i. ordinis) tem a prioridade nos mistérios do Redentor e dá o nome ao ciclo. Objeto deste ciclo é a aparição de Cristo na gruta, na circuncisão, perante os magos, perante os discípulos em Caná, perante o povo no Jordão, perante Simeão no templo, perante os doutores (Dom. inf. oct. Ep.)

269.   3. História do advento. Na Espanha, já o sínodo de Saragossa (380) prescreveu 3 semanas de preparação para a epifania, em que se celebrava outrora o natal de Cristo. Em Tours, o bispo Perpétuo (+ 491) ordenou 6 semanas de preparação para o natal em 25 de dezembro. Em Roma, o advento é mencionado no Gelasiano (fins do século V). Os domingos do advento foram por muito tempo em alguns lugares 5, ainda hoje no rito ambrosiano são 6, em Roma 4 desde o V século. O rito grego não conhece o advento, mas sim um jejum de 40 dias.

O advento começa no domingo próximo à festa de Santo André. (30 de nov.) Se a festa ocorre na primeira metade da semana, o advento começa na festa ou no domingo precedente, do contrário, no seguinte. A razão mística porque Santo André introduz o ano eclesiástico é o seu empenho de conduzir seu irmão Pedro a Nosso Senhor. A razão natural é o cálculo das 4 semanas do advento. Pois este não pode começar em 26 de novembro, porque seriam mais que 4 semanas (29 dias), nem em 4 de dezembro, porque seriam menos que 4 semanas até a festa de Natal. Só o dia 30 de novembro regula o cálculo litúrgico entre 27-11 e 3-12.

270.   4. Caráter do advento.

1) É o tempo da preparação para o aniversário da vinda do Salvador, causa de novas graças. Pois só a esta se pode aplicar o invitatório nas vésperas de 24 de dezembro: Hodie scietis, guia veniet Dominus et mane videbitis gloriam ejus, repetido várias vezes; a antífona: Crastina die delebitur iniquitas terrae; em 21 de dezembro, a antífona: Quinta die veniet ad vos Dominus.

Esta idéia manifesta da vinda do Redentor inspira toda a Liturgia do advento.

No 1º domingo do advento, o Senhor está longe. A antífona das primeiras vésperas é: Nomen Domini venit de longínquo; Aspiciens a longe (1° Resp.); Prope est regnum Dei. (Evang.)

No 2° domingo: O desejo da Igreja é mais ardente, quase impaciente: Jerusalem, cito veniet salus tua, quare mcerore consumeris. (1.° Resp.) Tu es, qui venturas es. (Evang.)

No 3° domingo Gaudete: Prope est iam Dominus. (Invit.) Alegrai-vos. Pois o Senhor já está perto. Gaudete, Dominus enim propeest. (Capit.) Medias vestrum stetit. (Evang.)

No 4.° domingo: Pulchriores sunt oculi eius vino et dentes eius lacte candidiores (2° Resp.); Videbit omnis caro salutare Dei. (Evang.) Depois os textos do dia 21-24 de dezembro.

271.   2) 0 advento é o tempo de preparação para a segunda vinda de Jesus Cristo como muitos textos o provam, mas só em segundo lugar. Os hinos nas matinas, laudes e vésperas mencionam primeiro o nascimento de Jesus, em segundo lugar o último juízo, do mesmo modo a oração da vigília.

3) Na Liturgia se encontram continuamente os dois elementos: da penitência e da alegria.

a) Os sinais de penitência: no ofício do tempo, não se canta Te Deum; rezam-se as preces feriais; missa sem Glória com paramentos roxos, sem órgão, ornato simples do altar; o diácono e o subdiácono não usam dalmática nem tunicela (vestimenta laetitiae: Pontif.); em lugar delas se usa o estolão para o diácono nas igrejas maiores e as igrejas paroquiais, quanto a este efeito, são igrejas maiores (d. 3352 ad 7) ; nas outras o diácono e subdiácono vestem só alva, estola e manípulo. (Miss. rubr. XIX, 6, 7.)

b) Os sinais de alegria são: sempre aleluia; o vivo desejo do Redentor nas antífonas ad laudes nos domingos e na última semana; as antífonas O ad vésperas; no domingo Gaudete, em que os paramentos podem ser cor de rosa, é permitido o órgão e o uso da dalmática e da tunicela.

4) As regras litúrgicas mencionadas obrigam só nas funções litúrgicas do tempo, não obrigam porém nem nas festas nem nas funções extra-litúrgicas, p. ex., devoções e benção.

272.   5. O advento é símbolo do tempo antes do nascimento de Jesus Cristo. Os suspiros: Rorate, caeli, desuper et nubes pluant Iustum (Is 45, 8) e numerosas aspirações distribuídas por todas as partes do ofício e da missa claramente o provam.

6. O uso do presépio, antigamente muito espalhado no Brasil, merece ser preferido ao da árvore de natal, que é ornada também pelos incrédulos e pagãos modernos.

7. Entre os sinais de alegria deve-se contar o culto especial da SS. Virgem, devido a ela como mãe do Menino Deus. Nos responsórios e antífonas é ela muitas vezes mencionada; a oração de Beata está prescrita como comemoração comum, e em muitos lugares cantam-se as missas: Rorate. Durante o tempo do advento ocorrem duas festas solenes com suas oitavas.

273.   a. Imaculada Conceição, a 8 de dezembro, em honra de Maria, concebida sem pecado.

Os primeiros vestígios desta festa encontram-se no Oriente em meados do século VIII, no Ocidente no século IX; em Nápoles, na Inglaterra pelo ano 1100 já se encontra com o nome de “Conceição da B. V. Maria”. Espalhou-se rapidamente. Sixto V, O. F. M. a introduziu no calendário romano, Clemente IX (+ 1670) acrescentou a oitava, Pio IX com imenso júbilo de todos os fiéis definiu em 1854 o dogma da Imaculada Conceição e elevou a festa a dia santo de guarda.

274.   b. Nossa Senhora de Guadalupe, no México, padroeira da América Latina, a 12 de dezembro; antigamente a 26 de fevereiro.

Em 1531 Maria SS. apareceu a um índio mexicano, João Diogo, e o encarregou de pedir ao bispo que mandasse construir um santuário em honra dela. Como o prelado desejasse uma prova da veracidade da mensagem, Maria Santíssima apareceu a Diogo outra vez, entregando-lhe rosas lindíssimas, apesar do inverno, tempo em que não havia flores. Na capa, em que as levou ao bispo, apareceu pintada a imagem da Mãe de Deus tal qual Diogo a tinha visto. Foi prova suficiente para se reconhecer que a mensagem era genuína. Erigiu-se um templo magnífico.

Fonte:  http://www.derradeirasgracas.com/4.%20CURSO%20DE%20LITURGIA%20-%20Pe.%20Reus/LITURGIA%20-%20PARTE%20III.%20.htm#67.%20O%20ADVENTO

 


Pai Nosso

setembro 20, 2009